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cactos
Os cactos são originários da América, entre o Sul dos Estados Unidos e o Peru. O Brasil, México, Uruguai e Argentina são os países mais ricos em espécies exóticas. O México é o país por excelência dos cactos, com mais de 700 espécies.

Possuem espinhos que são potentes armas de defesa e finos pêlos cuja função é proteger do raios do sol são outro fator diferenciador.

Por serem plantas xerófilas (xeros = seco) que quase não necessitam de água, eles têm a capacidade de suportar variações extremas de temperatura e de captar e armazenar água para longos períodos de escassez são um atrativo à parte que fica ainda mais interessante quando descobre-se que estas plantas desenvolveram uma  bioquímica diferente da grande maioria das plantas para conseguir estas proezas.

Enfim, cultivar cactos é mais do que apenas cuidar dos espinhentos e implica em possuir noções básicas de botânica e conhecimento das técnicas de cultivo, mas também dominar a fotografia digital para documentar e compartilhar o hobby com outros aficcionados muitas vezes em locais distantes e de culturas ou idiomas muito diversos.

Clasificação
Cientificamente podem ser classificados da seguinte forma:
* Reino: Plantae
* Divisão: Magnoliophyta
* Classe: Magnoliopsida
* Ordem: Caryophyllales
* Família: Cactaceae ou cactáceas
* Gênero: Conhecidos mais de 84
* Espécie: Conhecidos mais de 2000
* Sub espécie: São milhares
* Variedades

Os cactos podem ser divididos em dois grandes grupos:
Os do deserto, onde é raro chover;
Os da floresta, que crescem à sombra das árvores.

Fotossíntese
O caule dos cactos varia muito no formato. É sempre verde, exercendo ao mesmo tempo a função de caule – dando-lhe a resistência e a função clorofilina.A fotossíntese é o principal processo em que o dióxido de carbono (CO2) é fixado pelas plantas verdes. O CO2 é fundamental para formar todos os compostos orgânicos duma planta. Os cactos assimilam o CO2 durante a noite ou na escuridão, evitando assim abrir os seus estomas ou poros durante o dia, o que ocasionaria grandes perdas de água. Assim, acumulam ácido málico a uma velocidade superior à que o expulsam durante a respiração, resultando daí uma reserva com acumulação de CO2. Com a exposição à luz, a acidez diminui e a este fenómeno, descoberto primeiro nas crassuláceas, chama-se CAM (Crassulean Acid Metabolism). As folhas transformaram-se em espinhos para não perderem na fotossíntese grande e preciosa quantidade de água.

O corpo
Os cactos podem viver de 200 a 300 anos como os Carnegiea gigantea do Arizona e podem ir desde as miniaturas até aos gigantes de 20 m de altura. Nos mini-cactos, a menor conhecida é o Blosfeldia liliputana, dos Andes bolivianos, com apenas 0,5 cm de diâmetro.
Os cactos, plantas xerófilas (amigas da secura), são pouco exigentes, desde que recebam algumas horas de sol, tenham boa drenagem e ventilação, podem aguentar muitos dias sem receberem água. Suportam bem o ar condicionado, raras vezes necessitam de adubo e nunca precisam de ser podados.Os caules são carnudos. A pele ou cutícula dos cactos é espessa e apresenta uma cera que ajuda a evitar a perda de água por transpiração. Há cactos que têm o caule parecido com uma folha e outros como os Trichocereus , formam grandes colunas mais ou menos grossas com inúmeras costelas.  Um grande número de cactos é globular e dentro destes esféricos temos cactos com costelas (Melocactus, Echinocactus, etc.) e cactos com protuberâncias (Mammellaria, etc.). Os Cereus têm a forma de árvore e de tronco grosso.
Nem todos os cactos emitem ramificações. Alguns cactos vivem com um corpo isolado e solitário para toda a vida. Há cactos que emitem ramos a partir do seu tronco, como os Cereus ou desde a base do caule inicial, como os Trichocereus, podendo crescer de forma vertical, inclinada ou rastejante.Há outro tipo de cactos a que nascem filhotes que se podem separar do caule mãe, como os Echinopsis, Mammillaria, etc.

A raíz
Alguns cactos possuem uma raiz cônica e muito profunda que vai em busca da umidade, por vezes longe, em especial por baixo das pedras, onde se condensa a água.
Outros cactos possuem raízes superficiais muito ramificadas e com muitos pelos absorventes e, quando chega a época das chuvas, captam a maior quantidade de água que é possível.
A água absorvida na época das chuvas é rapidamente armazenada nos tecidos esponjosos do corpo do cacto, que possuem uma estrutura especial. Como possuem costelas ou tubérculos na superfície do seu corpo, os cactos podem ter contrações e dilatações com a admissão ou perda de água.

Folhas
Nos cactos, as folhas, no verdadeiro sentido da palavra, só se encontram em algumas espécies. Folhas verdadeiras encontramos nos gêneros Pereskia e Rhodocactus. Na generalidade as folhas estão ausentes ou muito rudimentares.
No corpo dos cactos ficaram as recordações das folhas verdadeiras que possuíram há muitos séculos atrás, representadas pelos espinhos e pelos tubérculos. Cientificamente provou-se que os espinhos são formas reduzidas dos limbos das folhas e que os tubérculos ou protuberâncias, onde se situam as aréolas e os espinhos, correspondem à base das folhas.

Espinhos
A planta tem também estomas – estruturas semelhantes aos nossos poros -, que durante o dia, sob sol forte, permanecem fechados para evitar a perda da água na forma de vapor. Os espinhos são uma outra maneira de reduzir a perda de água, porque sem as folhas eles evitam ainda mais a transpiração.
Os espinhos, que nascem nas aréolas, são a única reminiscência de existência de folhas (normalófilas = sem folhas) e que não estão unidos à epiderme porque, se os arrancamos, separam-se do caule através da aréola e não danificam a planta.
Os cactos que crescem em zonas muito sujeitas ao efeito forte do sol apresentam uma densidade muito grande de espinhos fortes que, quando fazem sombra, diminuem o efeito do sol sobre o corpo do cacto.
Há um tipo especial de espinhos que cresce nas aréolas das Opuntia, que são os gloquídeos. Estes são um conjunto de pequenos e finíssimos espinhos que se encontram agrupados formando molhos e com que devemos ter cuidado pois se cravam na pele são bastante difíceis de extrair.

Os espinhos podem ter diversas formas e tamanhos:
* Espinho central em gancho e bem saliente
* Espinhos radicais finos e com um grande espinho central
* Espinho central curvo, robusto e com bandas
* Espinhos planos e flexíveis
* Espinhos semelhantes a cabelos eriçados
* Espinhos proeminentes em forma de agulha
* Espinhos radiais, não centrais
* Espinhos robustos e cônicos
* Espinhos em forma de pente
* Espinho central curvo e robusto

Os espinhos podem ter várias cores – avermelhados, cor-de-rosa, pretos, castanhos, brancos ou cinzentos.

Aréolas
As folhas são modificadas em espinhos, reunidos num ponto saliente ou deprimido, que constitui a aréola, de onde se originam os ramos, as folhas e as flores e que são a origem dos pelos, cerdas gloquídios e espinhos.
A sua forma é a de uma pequena almofadinha, geralmente cobertas por uma penugem e podem estar situadas ao longo das costelas, como acontece nos cactos de forma colunar e alguns de forma globular ou então localizam-se sobre os tubérculos como nalgumas formas globulares.
Numa aréola existem dois pontos de vegetação: Um que é a origem das flores e frutos e outro que dá lugar aos espinhos. Estes dois pontos podem encontrar-se juntos na mesma aréola, caso dos Cereus, Echinopsis e Opuntia ou pode dar-se o caso de estarem separados, situando-se um sobre o tubérculo, que dá origem aos espinhos e outro deslocado na axila do tubérculo, onde se produzem as flores e os frutos, como se observa majoritariamente nas Mammillaria

Flores
Todos os cactos florescem, porém alguns tipos somente irão florescer após os 80 anos de idade. As flores são de quase todas as cores e muito vistosas, tais como róseas, púrpuras, alaranjadas, avermelhadas, amarelas ou brancas. São chamadas flores de seda pois se assemelham no seu auge a tecidos brilhantes e fosforescentes. Algumas flores podem chegar a 35 centímetros de diâmetro mas outras são muito pequenas.Quando uma flor tem hábitos noturnos, geralmente é de cor branca, porque não fazem uso da cor para atrair os polinizadores e, em contra partida, são muito aromáticas.
As flores da família das cactáceas especializaram-se em viver em regiões de clima seco, abertas, com muita insolação e em solos formados por cascalho e areia, onde a água escoa muito rapidamente.
São flores que se adaptam aos diversos locais, são muito vistosas e atraem os insetos, os pássaros e até os morcegos.Depois da primeira floração, todos os anos, as flores voltam a aparecer sempre na mesma época.
Geralmente as flores dos cactos são hermafroditas, isto é, a mesma flor possui tanto órgão masculino como feminino.
O nascimento das fores dá-se desde o princípio da Primavera, primeiro com as Mammillarias, seguindo-se as Rebutia, os Gymnocalycium seguindo-se os restantes géneros até se chegar ao Outono, altura em que florescem os cactos mais tardios.Contudo há cactos que só florescem durante o Inverno, como os Schlumbergera e os Zygocactus.

Frutos
Algumas espécies produzem frutos comestíveis. É o caso do cacto mexicano Opuntia Ficus-indica, que produz o conhecido figo-da-Índia. Geralmente os frutos são bagas carnudas embora em alguns cactos os frutos sejam secos. Os Pterocactus dão frutos em forma de cápsula.

O meio
Os cactos vivem em zonas onde as chuvas são muito escassas e inclusive em sítios onde não chove durante anos. As cactáceas eram, há milhares de anos, plantas normais mas devido às alterações climatéricas foram-se alterando e adaptando ao clima do deserto. O seu caule tomou a forma cilíndrica e carnuda para acumular a água, quando ela aparece. A esfera é a figura geométrica que, com a mínima superfície consegue ter o máximo volume. As formas redondas que possuem a maior parte dos cactos fazem com que a transpiração pelos seus poros se reduza consideravelmente. Os cactos precisam de luz e por isso devem ser colocados em locais o mais luminoso possível e de forma que possam receber, pelo menos numa parte do dia, luz solar direta. Os cactos dão-se bem dentro de uma estufa, que pode proporcionar-lhes luz, calor e umidade, condições que podemos fazer variar individualmente. Convém ter condições de ventilação para compensar os dias de maior calor. Os cactos precisam de sol, ventilação e pouquíssima umidade com exceção dos mini cactos, em pequenos vasos, que têm menos de três anos e apresentam uma resistência menor à exposição direta do sol. Devem ser colocados em áreas arejadas, mas longe da luz direta do sol. O ambiente onde se encontram os cactos deve estar Sempre bem arejado.

A temperatura
Os cactos requerem, para um bom crescimento, temperaturas relativamente elevadas, entre 25ºC e 35ºC. As plantas desérticas requerem uma amplitude térmica grande, com temperaturas elevadas durante o dia e temperaturas baixas durante a noite. Durante o Inverno os cactos não se devem colocar em casas muito aquecidas pois as temperaturas entre 18ºC e 24ºC pois esse aquecimento prejudica o repouso invernal dos cactos.Nunca deve haver frio e umidade no solo ou no ambiente que rodeia os cactos. Como regra prática a seguir pode se dizer que os cactos que possuem pelos e espinhos muito fortes e densos requerem plena exposição ao sol, que ajuda à sua formação e colorido. As espécies com poucos espinhos requerem um ambiente mais sombrio. Num caso ou noutro, os cactos devem estar sempre muito bem iluminados.

A luz
A luz é a responsável pelas funções mais importantes dos cactos, influencia na formação dos seus órgãos e na periodicidade da sua vida. Sem luz, os cactos crescem pouco, deformam-se, murcham, mudam a sua cor típica e resistem menos às enfermidades. Os cactos têm que se adaptar às condições de luz existentes no meio em que se encontram, sem exageros de exposição ao sol. Os cactos, que se cultivam com extrema facilidade, não devem estar expostos ao Sol o dia inteiro, precisam apenas de luminosidade intensa.

A rega
As necessidades de rega variam de cacto para cacto.
A água utilizada no rego dos cactos deve ser água doce, sendo ideal a água da chuva a uma temperatura superior à temperatura do ar ambiente. O pH da água nunca deve ser inferior a pH=4.
O excesso de água no solo, associado a um tempo frio, fazem enfraquecer a raiz e podem levar o cacto à morte. A quantidade de água necessária para a manutenção dos cactos depende da drenagem, da temperatura e da terra. Toda a terra à volta do cacto deverá ser molhada, porém, não encharcada. A água deve estar toda absorvida antes de se adicionar mais água. Não é preciso regar mas sim apenas pulverizar com água nos dias mais quentes. O maior inimigo dos cactos é o excesso de água.
Enterrar um pauzinho no solo: se sair com terra agarrada é porque não necessita de água.

No princípio da Primavera, quando desaparecem os riscos de geadas, os cactos começam a crescer e é a altura de começar a regar com uma certa frequência, uma vez cada 10-12 dias e vamos aumentando frequência das regas de forma progressiva, até chegarmos aos meses mais quentes em que regamos os cactos a cada 4-8 dias. A partir do fim de Setembro deve reduzir-se a intensidade da rega, realizando-se a cada 8-10 dias e espaçando a rega cada vez mais à medida que nos aproximamos do período de repouso dos cactos, até chegarmos a suspender todas as regas durante os meses de Dezembro e Janeiro podendo, quando muito, nesta época fria, regar a cada 20-40 dias.
Deve ter-se em conta que com temperaturas inferiores a 10ºC não devemos regar os cactos, pois o risco de apodrecer a raiz é grande.

Uma outra regra que podemos adotar é a de que mais vale uma rega forte uma vez só que umedeça todo o solo do que dez umedecimentos superficiais que não chegam a alcançar os pelos absorventes da raiz.
Para evitar excessos, deve deixar-se a terra secar completamente entre cada rega.
Excepto para as espécies com pelos, os cactos gostam de uma pulverização com água de vez em quanto. As horas mais favoráveis para a rega, são:

* No final da Primavera e Verão – às ultimas horas da tarde.
* No princípio da Primavera, Outono e Inverno – primeiras horas da manhã.

O solo
Deveríamos dar aos cactos um solo tão parecido quanto possível com os de sua terra de origem para que possamos observar um vigoroso crescimento, uns espinhos fortes e uma maravilhosa floração.

Os cactos devem estar plantados em solos tão permeáveis quanto possível de forma a absorverem com facilidade a água e de forma a secarem com a mesma facilidade.

O tipo de solo varia de cacto para cacto mas poderemos definir um solo tipo standard, que reúne as condições que são essenciais para todos os cactos, tais como a porosidade, moderada riqueza, retenção média da umidade e reação algo ácida (pH=6).A porosidade consegue-se com areia do tipo silício, bem lavada e com um grão de tamanho médio entre 0,7 e 2,0 mm de diâmetro. Não se deve usar a areia do mar devido ao teor salino e não se deve usar a areia de construção por ser demasiado fina e compactar o solo.

A mistura de terra indicada para o cultivo de cactos pode ser obtida misturando partes iguais de boa terra para plantas caseiras e areia.

Quando os materiais começarem a ficar saturados, devemos mudar o solo do vaso, com uma periodicidade de 2 a 4 anos. Apesar de 92% de sua estrutura ser composta por água, a presença do cacto indica sempre um solo pobre e seco.

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