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xaxim

Nome Científico: Dicksonia sellowiana
Nome Popular: Xaxim, samambaiaçu, samambaiaçu-imperial, feto-arborescente
Família: Dicksoniaceae
Divisão: Pteridophyta
Origem: Brasil
Ciclo de Vida: Perene

O xaxim ou samambaiaçu é uma planta de tronco fibroso e espesso, suas folhas são bastante grandes e surgem no topo do tronco, diferentemente das outras samambaias. É resistente ao frio e apresenta crescimento muito lento, no entanto, é uma planta grande, chegando a 4 metros de altura.

Devido ao seu diferencial, sua utilização no paisagismo é muito interessante. Além de sua beleza singular, serve de suporte e substrato para as mais diversas plantas epífitas, como orquídeas, bromélias e outras samambaias.

No jardim, deve ser cultivado sempre à meia sombra ou sombra, gosta de terrenos baixos com solo rico em matéria orgânica, mantido úmido. Devido ao risco de sua extinção, deve ser utilizada racionalmente e suas mudas devem sempre ser originárias de plantas cultivadas e não das extraídas do ambiente natural.

Aprecia o clima ameno. Multiplica-se por esporos e através da separação dos brotos com um parte do caule.

Ela é uma das espécies vegetais mais antigas e contemporâneas dos dinossauros cujo tronco se extrai o xaxim que conhecemos, aquele vendido em floriculturas e até supermercados e ainda como matéria-prima para a fabricação de substratos.

Planta típica da Mata Atlântica, esta samambaiaçu está na lista oficial das espécies brasileiras ameaçadas de extinção (Ibama), em razão da sua intensa exploração comercial desordenada destinada à jardinagem e floricultura.

No ano 2001, uma resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) passou a proibir a extração dessa espécie da mata, já que era impossível defender a espécie da extinção. A área de maior ocorrência do xaxim na Mata Atlântica é a Floresta das Araucárias, nos estados do Sul do país e é justamente lá que acontece a maior exploração da planta.

A velocidade de crescimento da samambaiaçu varia, mas costuma ser muito lenta – geralmente ela cresce cerca de 5 a 8 cm por ano. Por essa medida, estima-se que para conseguir um vaso com 40 a 50 cm de diâmetro são extraídas da mata samambaiaçus com idade mínima de 50 anos!

O xaxim foi introduzido em jardins e casas para o cultivo de orquídeas, os orquidófilos foram os primeiros a utilizar o xaxim para o cultivo dessas plantas. Por serem mais baratos que os vasos de barro, o xaxim passou a ser consumido em grande escala.

A difusão por plantas ornamentais dentro de residências em todo canto do país favoreceu o costume e tornou a utilização mais corriqueira, gerando assim um consumo gigantesco e como a espécie demora pra se desenvolver entrou em risco de extinção.

A valorização do xaxim e das samambaias em geral são um comportamento típico da moda, como já aconteceu com outros tipos de plantas em determinadas épocas, como os antúrios, por exemplo, que há 20 anos eram muito procurados no país e a moda é comprar xaxim então todas as donas de casa compram, mas se houver uma conscientização tanto de quem vende como de quem compra, o xaxim poderá ser poupado.

Hoje, existem no mercado produtos alternativos que substituem o xaxim, como vasos fabricados a partir da fibra do coco e resinas, resíduos de borracha e resinas e o mais atual com resíduos de cana-de-açucar e resinas e também substratos como palha de coco, ardósia, casca de pinus e carvão que tentam a todo custo substituir o xaxim, embora as vezes sem sucesso, já que o xaxim caiu nas graças da dona-de-casa.

O substituto do xaxim:
Para aliviar um pouco a exploração da samambaiaçu, uma das alternativas foi a descoberta da utilização da fibra de coco, chamada popularmente por coxim, casca triturada de Eucalyptus grandis misturada com carvão vegetal.

A vantagem do coxim foi comprovada depois de 3 anos de pesquisas e estudos, e como qualquer produto, vantagens e desvantagens aparecem na medida em que é experimentado.

O coxim tem aparência semelhante ao xaxim, facilidade de manuseio, grande retenção de umidade, resistência, durabilidade, boa aeração, drenagem, mesma composição de nutrientes, pH adequado e processo de industrialização mais barato. As desvantagens são que o consumidor tem de ter um pouco de paciência quando o vaso é novo, pois demora a reter umidade, o que faz com que ele deva ser emerso em água durante certo tempo antes da sua utilização.

O coxim apresenta concentração de nutrientes muito alta, que pode não favorecer o desempenho da orquídea. Apesar das desvantagens, o coxim ainda é o substituto mais próximo do xaxim e o importante é sempre pesquisar para aprimorar o produto.

As várias utilidades do coxim:
Tomar água-de-coco é bom, mas como se livrar da casca? Na verdade, da casca do coco, a indústria produz fibras longas e curtas que servem para preencher colchões, compensados, divisórias e bancos de automóveis. No caso das fibras curtas ou o pó da casca, o aproveitamento é para a utilização como adubos orgânicos por serem mais ricos em potássio e nitrogênio.

O uso desse tipo de adubo é feito pelas fazendas que produzem flores, principalmente na região sudeste do país. Para a produção da fibra, a receita é bem simples, pois com apenas seis cocos produz-se 1 quilo de fibra. Ao sair da máquina, a fibra é seca no sol e depois levada a uma prensa que a transforma em fardos de 100 kg prontas para o consumo.

Ao optar por este ou outros produtos estamos ajudando a preservar a existência da Dicksonia selowiana nas matas e as orquídeas silvestres.

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