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Presença marcante da jardinagem nos anos 1970, as samambaias estão de volta! Para dar aquele suntuoso volume às composições, arquitetos, decoradores e paisagistas abrem cada vez mais espaço a elas em seus projetos paisagísticos e transformam o cantinho verde em verdadeiras “micro florestas”.

Aprenda onde e como cultivá-las e dê também lugar a uma samambaia no seu jardim, terraço, varanda e até mesmo no living.

As  samambaias são em geral plantas herbáceas, rizomatosas (ou seja, têm caules em forma de raiz, frequentemente subterrâneos), com folhas alongadas, subdividas em folíolos [pequenas folhas] que podem ser lisos ou rendados. De coloração verde com tonalidades diversas, normalmente formam touceiras volumosas, em tamanhos variados, para todos os gostos e ambientes.

De valor ornamental, estas plantas são vistas suspensas em varandas ou presas a árvores e palmeiras. Entretanto, as samambaias podem formar um jardim vertical ou mesmo decorar ambientes internos da casa, como livings ou outras áreas sociais.

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Para deixar sua folhagem extensa, com caimento livre, use suportes pendurados em correntes, fixados por ganchos. Outra opção para valorizar o comprimento da folhagem é dispor a samambaia plantada em vaso sobre um móvel mais alto.

Como a maioria das espécies é de meia sombra ou prefere incidência indireta de sol, ao definir o local para cultivá-la dê preferência a lugares frescos, arejados e iluminados.

Substitua o xaxim
É difícil pensar em samambaia e não associá-la ao xaxim, usado como suporte, vaso e substrato para a planta. Entretanto, o xaxim ou samambaiaçu, planta da espécie Dicksonia sellowiana, é um arbusto de crescimento lento e que está ameaçado de extinção.

Ele foi extraído sem controle da natureza para servir de suporte para diversos tipos de samambaias.

As principais espécies são a samambaia paulistinha, a de metro, a renda-portuguesa, a samambaia prata e a americana. Esta última é bastante resistente. Não tem frescura, para o plantio de qualquer espécie, use sempre um solo rico em matéria orgânica ou substratos como terras preparadas, comercializadas até em supermercados.

Regue bem
Para que as samambaias cresçam saudáveis, não pode faltar umidade. Mantenha sempre o vaso umedecido com regas abundantes. Se usar o composto com matéria orgânica apropriada para samambaias, elas não vão encharcar e não vão perder a umidade sempre necessária.

Em épocas com temperaturas mais amenas, provavelmente a irrigação deverá ser mais dispersa; em dias mais quentes, além de regar, é interessante borrifar água sobre a samambaia para criar o clima úmido de que ela gosta.

É recomendável adubar a planta com produtos à base de nitrogênio a cada dois meses. A aplicação pode ser foliar ou diretamente no substrato. Neste caso, regue em seguida para que o adubo seja facilmente disponibilizado sem correr o risco de queimar as raízes da planta.

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Mais cuidados
Durante o ano, é aconselhável fazer uma poda de limpeza, retirando apenas as folhas amareladas ou secas. Nos meses de inverno, aproveite para realizar uma poda mais radical, aparando bem todas das folhas.

Assim que chegar a primavera, as folhas nascerão mais fortes e em maior quantidade. Não deixe de observar sua planta regularmente para verificar se seu desenvolvimento está indo bem e se não há indícios de pragas ou doenças.

Em lojas de jardinagem, são vendidos inseticidas específicos para uso em samambaias, contudo a limpeza e catação manual de pragas como lagartas e pulgões são combates naturais e eficazes.

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As bromélias apresentam riqueza e abundância de espécies, nas regiões tropicais e neotropicais, sendo consideradas espécies “chave” nos ecossistemas em que se encontram, disponibilizando seus serviços a outros seres vivos, o que indica que a extinção de algumas espécies de bromélias possa levar a extinção, outras espécies, sejam elas micro ou macroscópicas, associadas a elas.

Classificação
Dependendo de onde eles moram, as bromélias podem ser classificadas como:

Terrestre: se eles crescem no chão;

Rupícolas ou saxícolas: se vivem em pedras ou rochas, e

Epífitas: se vivem em outras plantas.

As bromélias constituem um gênero com um grande número de espécies terrestres e epífitas, que vivem em clima tropical quente de 0 a 2900 m acima do nível do mar, em dunas costeiras e florestas tropicais úmidas.

Devido ao seu alto grau de endemismo, as bromélias constituem um dos gêneros mais importantes em seu habitat, as florestas úmidas tropicais.

Inúmeras relações mutualísticas são estabelecidas entre bromélias e outras espécies, o que as torna, essenciais a existência de outras espécies e ao equilíbrio nos ecossistemas onde são encontradas.

Mosquitos e aranhas são os artrópodes que mais se destacaram, pois muitos estudos e observações foram desenvolvidos, nos quais esses animais ovipositam, forrageam e vivem nessas plantas.

Alguns são especialistas, dependem exclusivamente de bromélias para sobreviver, assim a existência dessas plantas, pode estar intimamente ligada a sobrevivência desses animais e de outro, não apenas invertebrados, como também de aves , anfíbios e mamíferos.

Vertebrados que se destacaram na pesquisa foram os beija-flores polinizando e os anuros ovipositam e forrageam em bromélias. Apenas dois trabalhos discutiram frugívoria, um com micos-leões e outro com ursos.

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Herbivoros forrageam partes das bromélias foram apresentados na pesquisa e também insetos controladores desses herbívoros, em pesquisas que são desenvolvidas na América do Norte.

Bromélias apresentam mecanismo CAM, que serve para realização da fotossíntese, com reduzidas perdas de água, abertura dos estômatos à noite.

Efeitos estocásticos (queda de árvores, a formação de clareiras naturais) associados ao desmatamento e o extrativismo de espécies ornamentais aumentam a probabilidade de extinção dessas espécies, que tem acelerado o processo de fragmentação da Mata Atlântica, provocando o empobrecimento da flora em geral e a predominância de espécies com dispersão anemocórica, com redução de espécies.

O presente trabalho teve como objetivo apresentar alguns serviços oferecidos pelas bromélias, para a conservação e manutenção dos ecossistemas. Mesmo sendo encontradas em diversos ambientes, essas plantas, são mais conhecidas e estudadas nas regiões Sul e Sudeste do Brasil.

Sul e Sudeste do Brasil apresentam vários trabalhos sobre essas plantas, enquanto as demais regiões são carentes em pesquisas.

A extração dessas plantas de forma desordenada pode levar a extinção, espécies que nem sequer chegaram a ser descritas. Interferindo no fluxo gênico entre populações, alterando a dinâmica das teias tróficas e comprometendo a sobrevivência de outras espécies que vivem associadas as bromélias.

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