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Sophronitiscernua

Esta pequena orquídea alaranjada, de nome científico Sophronitis cernua, é bastante pontual. Todo final de verão, começo de outono, ela dá início aos preparativos para uma bela floração, a cada ano mais abundante.

Durante a época em que não está florida, ela se dedica ao crescimento vegetativo, emitindo novos pseudobulbos. Estas estruturas se esparramam pelo substrato, criando uma touceira de grandes proporções, em forma de tapete.

Quando a floração acontece, o conjunto todo nos proporciona um espetáculo memorável. Dentre as orquídeas do gênero Sophronitis, esta é a mais generosa quanto ao número de flores.

Estas florações, no entanto, em nada se assemelham às clássicas orquídeas vermelhas, representadas pela icônica Sophronitis coccínea. As flores da Sophronitis cernua também são bastante diferentes das grandes florações pink produzidas pela Sophronitis wittigiana, outra parente próxima.

Outro híbrido famoso, a Sophronitis Arizona, também apresenta flores muito maiores e geralmente solitárias, quando comparadas à espécie cernua. Embora a Sophronitis cernua seja assim conhecida desde o século XIX, atualmente há quem diga que nem Sophronitis ela é mais.

Sophronitiscernua

A Sophronitis cernua é uma orquídea presente em vários estados do território brasileiro. Há relatos de que também ocorra na Bolívia e no Paraguai. No Brasil, sua ocorrência concentra-se na região sudeste.

Descoberta em 1828, nas imediações da cidade do Rio de Janeiro, esta espécie foi utilizada por Lindley para descrever todo o gênero Sophronitis. Atualmente, há quem a considere parte do gênero Cattleya, sendo assim classificada como  Cattleya cernua.

A Sophronitis cernua é uma orquídea que aprecia elevados níveis de umidade relativa do ar em seu ambiente de cultivo, de forma similar à condição em que se encontra em seu habitat de origem.

Por esta razão, é tão complicado cuidar desta micro orquídea em apartamentos ou em interiores de modo geral. O ambiente urbano em que vivemos, notadamente os cômodos de nossas casas, costumam apresentar um ressecamento mais acentuado do ar.

A falta de ventilação também é outro entrave para o cultivo de orquídeas como a Sophronitis cernua.

Existem alguns artifícios que ajudam a elevar os níveis de umidade relativa do ar, em ambientes internos. O uso de fontes de água, próximas ao local de cultivo das orquídeas, ajuda neste quesito.

Sophronitis Cernua

Alternativamente, pode-se fazer uso das bandejas umidificadoras. Qualquer recipiente raso pode ser utilizado, até mesmo o pratinho. Contudo, ele deve contar uma camada de areia, pedrisco ou brita.

A lâmina de água fica no fundo e o vaso vai por cima deste sistema. Não há contato direto da água com as raízes da Sophronitis cernua.

Embora apreciem umidade no ambiente, as orquídeas detestam ficar com os pés molhados por muito tempo. Por isso, é fundamental evitar o uso de pratinhos sob o vaso, que acumulam a água das regas.

Estas devem ser espaçadas e somente realizadas quando o substrato estiver bem seco. Como orquídea epífita, o ideal é que a Sophronitis cernua seja cultivada em pedaços de madeira ou troncos de árvore. Nestes casos, as regas precisam ser mais frequentes.

olhodeágua

Dendrobium purpureumalbum-1

A orquídea que não se parece com uma orquidácea. Esta é a impressão que muitos têm, ao se depararem com o Dendrobium purpureum e suas magníficas inflorescências em forma de delicados pompons brancos.

Sem flores, no entanto, esta orquídea tem o aspecto vegetativo clássico de muitas espécies do gênero Dendrobium, com longos e finos pseudobulbos em forma de cana, que vão perdendo as folhas com o tempo e tornam-se levemente enrugados, como se estivessem mortos.

O Dendrobium purpureum, particularmente, fica com estas estruturas em um interessante colorido branco acinzentado, com um aspecto bastante outonal e ornamental.

A orquídea Dendrobium purpureum é nativa das Ilhas Fiji, Moluccas, Sulawesi e Nova Guiné. Seu habitat é caracterizado por úmidas florestas localizadas tanto em regiões costeiras como montanhosas.

As flores do Dendrobium purpureum surgem a partir das gemas localizadas ao longo do pseudobulbos, justamente nas regiões que conectam os diversos segmentos, e que anteriormente eram pontos de inserção das folhas.

Em um primeiro momento, estas estruturas aparentam serem keikis, brotos que costumam surgir em diversos representantes do gênero Dendrobium. No entanto, com o passar do tempo, os pequenos tufos verdes de aparência arrepiada vão se desenvolvendo e revelando delicados botões florais.

Dendrobium purpureum -55

À primeira vista, cada pompom branco parece ser uma flor. No entanto, trata-se de uma inflorescência, composta por centenas de minúsculas flores em forma de trombeta, densamente imbricadas, formando uma semi-esfera.

Sendo assim, o Dendrobium purpureum poderia ser classificado como uma micro orquídea, dado o tamanho diminuto de suas flores.  No entanto, ninguém se refere a esta orquídea como tal, muito provavelmente devido ao tamanho avantajado de seus pseudobulbos, que podem atingir grandes proporções, tanto em altura como em volume da touceira.

O desenvolvimento é rápido, uma vez que vários novos brotos são emitidos simultaneamente. Infelizmente, esta é uma orquídea que emite poucos keikis, ao longo da vida, de tal forma que as chances de multiplicação do Dendrobium purpureum ficam restritas à simples divisão das touceiras.

Além disso, como já mencionamos em um artigo aqui no blog, a propagação de orquídeas através de sementes é um processo bastante minucioso, técnico e demorado.

Trata-se de uma orquídea bastante resistente, que pode florescer em qualquer época do ano. Embora o cultivo da parte vegetativa seja fácil, fazê-lo florescer costuma ser um desafio.

Esta é uma orquídea que aprecia bastante umidade durante a fase de crescimento, necessitando de uma pequena redução nas regas durante o inverno.

Este método é denominado stress hídrico. Quando as temperaturas começam a baixar, no outono, as regas devem ser reduzidas, assim como a adubação. Desta forma, enviamos um sinal fisiológico ao Dendrobium purpureum, de modo que sua floração seja estimulada.

Durante as demais estações do ano, convém aplicar um adubo do tipo NPK, com um maior teor de fósforo, a letra P do NPK. Existem formulações próprias para o cultivo de orquídeas, de diferentes marcas.

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O vaso para o cultivo do Dendrobium purpureum pode ser de barro ou de plástico. Em ambientes mais amenos, com bons níveis de umidade relativa do ar, o vaso de barro pode ser utilizado, já que é mais poroso e permite que o substrato seque mais rapidamente, além de proporcionar um melhor arejamento das raízes.

Como orquídea de hábito epífito, o Dendrobium purpureum precisa ser cultivado em um substrato bem arejado e drenável. Existem misturas à base de casca de pínus, carvão vegetal e fibra de coco, à venda em lojas especializadas.

A troca de vaso somente deve ocorrer quando o material estiver muito velho, entrando em decomposição, ou quando a orquídea começa a sair do vaso, devido ao adensamento da touceira.

A luminosidade para uma boa floração do Dendrobium purpureum deve ser intensa, porém indireta. O ideal é que os raios solares sejam filtrados por uma tela de sombreamento, preferivelmente capaz de reter 50% da luz incidente.

O sol do início da manhã e do final da tarde também pode ajudar a estimular a floração. Apesar de todos os cuidados com as regas, stress hídrico, adubação e floração, há anos em que este Dendrobium se recusa a florescer.

Trata-se de uma planta meio temperamental, ao menos sob o meu cultivo. O lado positivo desta birra é que, no ano seguinte, com muito mais pseudobulbos, a floração se torna ainda mais espetacular.

Dendrobium-purpureum-album

O interessante é que, mesmo que um pseudobulbo já tenha produzido flores, ele poderá voltar a fazê-lo, no ano seguinte, a partir de outras gemas adormecidas. Portanto, por mais seca e encarquilhada que esta estrutura esteja, cheia de bainhas brancas ressecadas, não devemos cortá-las. Há sempre a possibilidade de surpresas, em termos de florações.

Infelizmente, as flores do Dendrobium purpureum album ficam abertas por pouco tempo, simultaneamente. Se esperarmos demais para fotografar a inflorescência completamente aberta, veremos que as primeiras flores que desabrocharam já estão secando, ao passo que os últimos botões florais ainda estão fechados.

Ainda assim, o processo todo é um espetáculo. Existem vários outros representantes de Dendrobium que produzem florações desta forma, em diferentes cores, tais como púrpura, rosado ou laranja. Embora sejam orquídeas consideradas de difícil cultivo, é impossível resistir à tentação de colecioná-las.

nostalgia

clematis

A Clematis é um arbusto escandente, pertence à família Ranunculaceae, nativa do hemisfério norte e ajustadas ao ambiente suavizado, abundante, semi-lenhosa, que pode atingir até 3 m de altitude.

Todo jardineiro de flores deve conhecer o prazer de cultivar clematis. Se você já tem um em seu jardim, provavelmente está planejando como plantar outro.

No mundo existem quase 300 espécies de clematis, muitas das quais florescem em climas mediterrânicos. As clematis de flor grande constituem a maioria de pelo menos 5000 cultivares em todo o mundo.

A Clematis é uma planta perene, designação botânica dada às espécies vegetais cujo ciclo de vida é longo, permitindo-lhe viver por mais de dois anos, ou seja por mais de dois ciclos sazonais. Suas folhas não caem.

Até bem recentemente, havia apenas um punhado de cultivadores de clematis, mas as clematis se tornaram uma planta imensamente popular e, hoje, o centro de jardinagem local médio oferece dezenas de opções diferentes.

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Folhas elípticas e de cor verde-claras
Suas flores são independentes ou aglomeradas que se formam que se agrupam , podemos ter variações no tamanhos e formas, de maneira que podem ser simples ou dobradas.

Suas cores podem ser brancas, amarelas, róseas ou vermelhas, podendo depender da desigualdade e seu perfume é encantador. Brotam da primavera ao outono e convidam beija-flores e borboletas.

Temos aproximadamente de 290 classes desiguais de Clematis e mais de 500 espécies resultantes de hibridizações e adição genética.

As clematis são alpinistas encantadores, geralmente decíduos, que crescem rapidamente e, uma vez estabelecidos, produzirão profusamente flores na primavera ou no verão.

Ela podem ficar em jardins , para isso muitas vezes ficam sustentadas  em caramanchões, pérgulas, cercas, árvores e coroando muros.

Cuidados com a Clematis
Favorável ao Clima: Tropical de altitude, Subtropical, Temperado. Mas se adapta também em ambientes frios..

Próspera em solos úmidos e bem drenados, diz-se que Clematis gosta de ter a cabeça ao sol e os pés à sombra – portanto, a proteção das raízes durante o calor do dia é essencial para obter bons resultados.

Cultive-os ao lado de um poste, cerca, pérgola ou treliça ou deixe-os subir em um arbusto ou árvore para um delicioso efeito entrelaçado de cottagy.

Clematis cartmanii Joe

O Clematis cartmanii Joe é uma variedade sempre-viva não apegada que produz massas de flores no início da primavera. O cartmanii Joe pode ser usado para derrubar bordas elevadas ou como cobertura do solo.

Algumas pessoas tendem a cultivá-las saindo de chaminés de recuperação e caindo em cascata pelos lados, caindo e caindo no chão. Grandes efeitos podem ser criados com essas clematis versáteis, das quais o cartmanii Joe é um exemplo perfeito.

As flores começam a aparecer em meados de março e permanecem em maio, então a folhagem perene forma muito interesse pelo resto do ano.

Ao selecionar um clematis para o seu jardim, você deve pensar em algumas coisas, como altura madura, forma e cor das flores.

Se você tem espaço para uma vigorosa videira clematis de 10 ou 20 pés, existem muitas que se encaixam. Existem também variedades mais compactas que são perfeitamente felizes em crescer em um pequeno jardim ou mesmo em um recipiente no pátio.

chuva forte

vanda amarela

Eu particularmente eu sou apaixonada pela Vanda, acho a flor um espetáculo. Além das cores vibrantes, o brilho das pétalas chamam muito a minha atenção.

É uma orquídea de origem asiática e costuma ser encontradas em regiões pantanosas, semelhante a mangues, onde, mesmo quando não chove, a umidade do ar é muito alta. Pelas características dessa região é fácil imaginar qual o ambiente ideal para ela: calor, muita luz, ventilação (circulação do ar), água e muita umidade.

Em condições ideais, ela pode florescer até quatro vezes por ano e suas flores podem durar cerca de 30 dias e são nas cores amarelo, laranja, vermelho, rosa e arroxeadas.

Ainda quanto a flor, há muitas variações de tamanho e algumas delas podem ser cobertas com manchas ou listras.

Quando a orquídea não estiver florindo, deve-se ficar atenta, pois alguma coisa deve estar errado. Pode ser por pouca água, pouca luminosidade ou falta de adubação.

Se uma Vanda adulta, bem enraizada, com folhas de igual dimensão do topo à base, que está em clima adequado (temperaturas maiores que 18ºC), não florescer, é porque faltou iluminação ou/e rega constante ou/e adubação.

Uma Vanda sem boas condições pode até florescer, mas sua haste será curta, com menos flores  e de menor tamanho.

As Vandas apreciam bastante água direto nas raízes, mas não gostam de ficar molhada muito tempo, pois isso pode causar o apodrecimento das raízes o que levará a sua morte.

Poderá ser molhada uma ou duas vezes no dia, sempre no início da manhã e/ou no final da tarde. É aconselhado nos dias de calor intenso, além de intensificar a rega para duas vezes no dia, molhar o chão onde sua planta fica, pois aumentará a umidade do ar.

Vanda6

Uma boa dica para saber se elas estão sendo bem regadas:
- Raízes curtas em Vanda saudável e com bom desenvolvimento indica que ela está recebendo a umidade adequada.

- Raízes longas e em excesso significam que o ambiente está um pouco seco ou as regas estão insuficientes.

- Perdas das folhas de baixo (próximas as raízes), é sinal de falta de água, o que pode levar à sua morte.

A Vanda gosta de clima quente e não suporta temperaturas muito baixas. Em temperatura inferior a 15ºC, pode entrar em estado de repouso ou estagnação por vários meses, ou seja, não vai crescer e nem dar flores.

Vanda-Coerulea

Se a temperatura atingir 30ºC ou mais, mantenha o chão bem molhado, para aumentar a umidade relativa do ar ao redor dela. Ela suportará a temperatura alta sem problemas, contato que haja umidade no ambiente.

A planta requer mais adubo do que as demais orquídeas, porque suas raízes são aéreas e seu caule precisa crescer para uma nova floração.

O adubo deve ser do tipo foliar, e devido ao grande número de florações no ano, deve conter maior teor de fósforo, tipo 15-30-20.

É aconselhada adubação semanal ou no mínimo quinzenal, usando adubo foliar diluído e aplicando diretamente nas folhas e raízes.

Diferente das demais orquídeas, elas podem e devem ser adubadas quando estão floridas, somente deve haver cuidado para não atingir as flores.

Lembrando que, nunca se deve adubar em pleno sol, opte sempre pelo início da manhã ou fim da tarde.

A Vanda dispensa substrato, ela gosta de suas raízes limpas e soltas. Você pode deixá-la pendurada, ou amarrá-la num tutor vivo (árvores em geral) ou em pedaços de madeira. Neste caso, fixe-a voltada para o lado norte. Se for plantar em vaso ou cachepô de madeira, ele deve servir apenas de base e não deve ter substrato. Atenção! Nunca enterre suas raízes!

A Vanda deve ser colocada num local onde local onde receba luz direta do sol do início da manhã e do fim de tarde. É importante que a iluminação seja filtrada nas horas de sol mais forte.

Vanda-Dearei

Uma Vanda bem cultivada, pode ter até 3 hastes florais com 10 a 20 flores em cada uma. O cultivo adequado e dedicado pode aumentar até a durabilidade das flores, de 30 dias até 3 meses.

Depois de abertas, as flores continuam a crescer. Você pode observar que a primeira flor que abriu chega a ter uma diferença de 2 a 3 cm em relação a que abriu mais recentemente. O número e tamanho das flores também varia de acordo com a idade da planta. As primeiras floradas são de 5 a 9 flores, já a partir da quinta, ela pode atingir até 20 flores com tamanhos bem maiores que as da primeira florada.

As vandas tem crescimento monopodial, ou seja, crescem sempre para cima. As vandas produzem mudas ocasionalmente.

Muitas vezes a produção de novas mudas em uma vanda adulta é determinada por dois fatores:
* Excelente cultivo
A planta muito bem cultivada pode interpretar fisiologicamente que poderá emitir novas mudas sem sofrer necessidades climáticas ou nutricionais.

* Sofrimento vegetal
Uma vanda adulta que esteja sofrendo por carência nutricional ou injúrias climáticas poderá emitir várias mudas na tentativa de preservar a espécie, já que a planta mãe corre o risco de morrer.

Neste momento as mudas alimentam-se por um bom tempo dos nutrientes da planta adulta, servindo este como substrato nutricional, uma vez que nos primeiros meses as mudas jovens ainda não emitiram suas raízes.

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