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Clúsia (Clusia fluminensis)

Alguns arbustos necessitam poda, outros não. Tomar como princípio que todos devem ser podados é um caminho errado.

Há pessoas que apreciam um jardim todo topiado, formas redondas, chatas e até quadradas, nenhum ramo fora do controle.
A manutenção de um espaço assim é constante e dispendiosa em maquinário e mão-de-obra.

Também optar por não podar nada com o pensamento de deixar tudo livre e por conta da natureza poderá transformar seu jardim numa selva intransponível.

Será um berçário de insetos, fungos e doenças, pois as plantas não terão a luminosidade e o arejamento necessário para crescerem e florescerem. O ar de abandono também será evidente.

Tipos de podas
Recolher ramos, folhas e flores secas é tarefa comum o ano todo. Podar ramos doentes, com broca, ramos indesejados crescidos a partir do porta-enxerto ou da raiz, fora do formato do arbusto e ramos no interior da copa são tarefas que não tem época para realizar.

Buxinho (Buxus sempervirens)

Poda de formação
Para definir o formato de um arbusto, devemos aparar seus ramos retirando aqueles que cresceram demasiado e pode ser feito em qualquer época do ano, mas, para arbustos com flores, convém esperar o fim da floração.

Entra na qualificação de formação os arbustos topiados, quando se procura dar um formato diferente do normal da planta.

O mais usado é o redondo, para plantas como o Ficos (Ficus) e para cerca-viva o achatado formando ângulos. Assim se apresentam muitos jardins europeus da França e Itália.

caliandra vermelha

Poda de florescimento
Usada para arbustos que perdem as folhas no outono, retornando na primavera com flores e folhas novamente.

É feito essencialmente no final do inverno, assim que as gemas iniciarem o processo de brotação.
Podar os galhos débeis e os mais altos,dando uma forma adequada.

Podar os ramos incentiva o desenvolvimento de mais gemas, tornando o arbusto mais copado. Exemplo: Marmelinho-de-jardim (Chaenomelas) e Mussaenda (Mussaenda).

É feita quando o arbusto desenvolve ramos que impedem o trânsito de pessoas e veículos, atingem a altura das janelas, impedem a abertura de portões, acesso a escadas, etc. Pode ser feito em qualquer época do ano.

4. Poda de adequação
É feita quando o arbusto desenvolve ramos que impedem o trânsito de pessoas e veículos, atingem a altura das janelas, impedem a abertura de portões, acesso a escadas, etc. Pode ser feito em qualquer época do ano.

Croton (Codiaeum variegatum)

5. Poda de reversão
Não é muito conhecido o termo, mas para quem cultiva arbustos de folhas variegadas fará sentido.

Alguns arbustos de folhas com várias cores, chamadas de variegadas, como Cróton (Codieum) e Pitosporo (Pittosporum tobira) tem de repente a emissão de ramos com folhas somente verdes.

Isto dá uma aparência estranha ao conjunto e deverá ser retirado, pois são mais vigorosos que os demais e tendem a ser dominantes acabando por modificar as folhas variegadas que também se tornarão verdes.

Não confundir com arbustos de folhas variegadas que estão sujeitos a lugares sem muita luminosidade e que mudam a cor das folhas para verde para aproveitarem ao máximo sua superfície para a produção de fotossíntese.

Ao levar estas plantas novamente para um lugar de luz adequada à espécie, ela retornará a apresentar as folhas variegadas.

Cuidados
Quando podar arbustos que emitem folhas de coloração diferente quando novas, como a Fotínia (Fothinia), evitar este procedimento na época de emissão de novas folhas, o que estragaria justamente o efeito atrativo da planta.

lagoinha

ervas aromáticas

As ervas aromáticas oferecem as mais variadas formas e ainda produzem flores delicadas e bonitas. Muitas ervas aromáticas são de pequeno porte e tão fáceis de cultivar que podem ser plantadas até em pequenos vasos ou jardineiras, formando um belo conjunto ornamental.

Diversas ervas aromáticas podem compor um jardim útil e perfumado. Plantar ervas aromáticas podem trazer benefícios, além de aproveitar suas propriedades como temperos ou medicinais.

Alecrim, alfavaca, camomila, cerefólio, melissa, erva-doce, hortelã, manjericão e sálvia,  são apenas alguns exemplos. Algumas ervas preferem crescer em local aberto e ensolarado, enquanto outras conseguem crescer bem até à meia-sombra. Por essa razão, é importante conhecer bem as exigências de cada uma delas.

Tanto no jardim como em vasos, o solo ideal para o plantio de ervas aromáticas deve ser leve, fofo, poroso, bem drenado e arejado, para favorecer a circulação do ar e da água – essenciais para o bom desenvolvimento das plantas. A adição de areia e matéria orgânica à terra comum do jardim, torna-se essencial para garantir essas condições.

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Para o plantio em vasos e jardineiras, recomenda-se a seguinte mistura:
- 1/3 de terra comum
- 1/3 de adubo orgânico bem curtido
- 1/3 de areia grossa lavada

Antes de encher o vaso ou jardineira com esta mistura, coloque no fundo uma camada de cascalho para garantir a drenagem.

Algumas ervas podem ser semeadas diretamente no local definitivo, outras devem ser semeadas em sementeiras, para a formação de mudas que serão transplantadas posteriormente.

Na etapa do plantio, é importante escolher sementes de boa qualidade, com alto poder germinativo. Por essa razão, o ideal é adquirir as sementes em lojas especializadas.

Algumas ervas aromáticas podem ser multiplicadas por meio de estacas de caule ou divisão de touceira. Neste caso, observe sempre que a planta-mãe (da qual serão retiradas as estacas ou touceiras) deve ser sadia, robusta e livre de pragas ou doenças.

Mudas de ervas aromáticas devem ser cuidadosamente regadas no início de seu desenvolvimento. De forma geral, deve-se evitar as regas escassas e as muito frequentes.

É preferível fazer regas fartas e esparsas, escolhendo o período da manhã ou o final da tarde para realizá-las. A drenagem é outro fator importante: terra encharcada pode ser fatal para as ervas.

A adubação orgânica é a mais indicada para este tipo de cultivo. Bem curtido, o composto orgânico fornece os nutrientes necessários às plantas e ainda melhora as condições gerais do solo.

O composto orgânico deve ser incorporado à terra cerca de um mês antes do plantio. Já a adubação química (à base de nitrogênio, fósforo e potássio – NPK) pode ser uma boa opção como complemento e manutenção.

Neste caso, recomenda-se observar as exigências de cada planta e aplicar o produto seguindo rigorosamente as orientações do fabricante

Em geral, as ervas aromáticas são muito resistentes ao ataque de pragas e doenças, sendo que algumas são até boas repelentes de insetos.

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Entretanto, certas medidas são fundamentais na prevenção destes problemas:
* Usar sementes ou mudas de boa procedência;
* Obedecer às exigências das plantas, garantindo-lhes os tratos culturais adequados;
* Observar as condições de luminosidade e umidade essenciais para o bom desenvolvimento das plantas.

Pequenos insetos podem ser combatidos com a tradicional calda de fumo e lagartas podem ser catadas manualmente, facilmente atraídas com cascas de chuchu ou abóbora espalhadas à noite pelo canteiro ou perto das jardineiras. A calda bordalesa pode ser aplicada como medida preventiva contra o ataque de doenças.

Manter as plantas livres de folhas ou galhos secos, eliminar plantas daninhas ou concorrentes e afofar a terra periodicamente são tratos culturais simples, mas necessários para o sucesso no cultivo de ervas aromáticas.

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Alecrim (Rosmarinus officinalis L.)
Planta pertencente à família das Labiadas, muito fácil de ser cultivada em canteiros e vasos. O plantio por meio de sementes é muito demorado, por isso recomenda-se a multiplicação por mudas ou estacas de galho (medindo cerca de 15 a 20 cm).

O alecrim se desenvolve bem em solos leves e bem drenados, mas o essencial para o seu desenvolvimento é receber sol direto em boa parte do dia.

As regas devem ser escassas, sem encharcamento e, para garantir sua floração, recomenda-se abrigar a planta contra ventos fortes. A colheita dos ramos mais novos favorece a rebrota.

Dica para secagem: amarrar pequenos maços de alecrim e pendurar com ramos para baixo, em local sombreado e arejado.

B/10/14 Basilico ( Ocimum basilicum )

Alfavaca (Ocimum basilicum L.)
Também pertencente à família das Labiadas, é uma planta de odor agradável que produz ponteiros floridos e muito ornamentais. Seu cultivo é muito simples em canteiros, vasos e jardineiras porém, é essencial que a planta receba luz solar direta na maior parte do dia. A propagação pode ser feita por meio de sementes ou mudas com boas raízes.

A mistura de solo ideal para o plantio é composta de 2/3 de terra comum e 1/3 de adubo orgânico. Quanto às regas, devem ser frequentes sem, contudo, deixar a terra encharcada, pois o excesso de umidade irá favorecer a proliferação de fungos.

Dica de secagem: a alfavaca costuma perder parte de seu aroma depois de seca. Quando a finalidade for a secagem, o ideal é colher os ramos duas a três semanas antes da floração, amarrar em pequenos maços e pendurar com as folhas para baixo em local arejado e com pouca luminosidade.

Matricaria chamomilla L.

Camomila (Matricaria chamomilla L.)
Planta da família das Compostas, produz flores pequenas e delicadas, responsáveis pelas propriedades medicinais e aromáticas. Seu cultivo é mais indicado em vasos ou jardineiras colocados em local onde recebam muito sol direto. O solo deve ser fofo, poroso e com boa drenagem, sem excesso de adubação.

Sua propagação se dá por meio de sementes ou estacas de galho (neste caso, o melhor período é a primavera). Durante as regas, recomenda-se cuidado para não encharcar demais a terra junto às raízes. As flores para secagem devem ser colhidas antes de se abrirem por completo, em dia de sol e tempo seco.

Dica para secagem: Colocar os galhos floridos estendidos sobre um tecido de trama larga e deixar à sombra, em local arejado e fresco.

Melissa officinalis L.

Melissa (Melissa officinalis L.)
Pertencente à família das Labiadas, a melissa apresenta propriedades aromáticas tanto nas sumidades floridas como nas folhas. Trata-se de uma planta perene cujas flores delicadas além de atraírem as abelhas ainda têm função ornamental. Seu plantio pode ser feito por meio de sementes, divisão de touceiras ou estaquia.

A melissa necessita de muita luz solar, mas tolera bem locais parcialmente sombreados durante parte do dia. Solos profundos e ricos e matéria orgânica são os ideais para o seu cultivo. A colheita da melissa deve ser feita em dias secos. Como se trata de uma planta que possui tecidos frágeis, recomenda-se manipulá-la o menos possível.

Dica de secagem: O processo de secagem pode ser o mesmo indicado para a camomila.

Mentha piperita L.

Hortelã (Mentha piperita L.)
Outra representante da família das Labiadas. A hortelã apresenta aroma muito característico, resultado da concentração de sua essência – o mentol. O cultivo em jardins, vasos e jardineiras é muito simples e a propagação é feita por meio de mudas e estacas de galho, uma vez que a planta não produz sementes.

A adubação do solo deve ser fraca, para que a planta não se desenvolva muito, prejudicando a concentração da essência. Outro cuidado: as mudas devem ser protegidas contra o excesso de sol, que pode queimar as folhas.

Os ramos frescos de hortelã mantém seu aroma mais intenso, mas a planta pode ser submetida à secagem.

Dica de secagem: Pendurar os galhos de hortelã com as folhas para baixo, em local sombreado, fresco e arejado.

Salvia officinalis L.

Sálvia (Salvia officinalis L.)
A sálvia também pertence à família das Labiadas e é utilizada como erva aromática e medicinal há séculos. Existem variedades de sálvia com folhas largas e outras variedades com folhas estreitas, sendo que as de folhas largas são as mais aromáticas.

As flores da sálvia, conforme a variedade, podem ser azuladas, violetas, rosadas ou brancas. A multiplicação se dá por meio de sementes ou estacas de galho. É possível melhores resultados no plantio em vasos do que em canteiros, quando o local é bem ensolarado.

A planta adulta pede regas esparsas, sem encharcamento. A erva fresca mantém maior concentração do seu aroma.

Dicas de secagem: Os ramos, floridos ou não, devem ser pendurados com as folhas para baixo, em local seco, arejado e à sombra. Para conservar os ramos secos, guardar em recipientes fechados.

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