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MILTONIA

A família Orquidaceae é sem dúvidas uma das mais numerosas de todo o reino Plantae (antigo reino Vegetal). São mais de 25 mil espécies já conhecidas.

As orquídeas epífitas vivem naturalmente sobre as árvores, sob a luz intercalada pelas folhas de sua copa, sob condições de luminosidade, umidade, temperatura e nutrientes ideais ao seu crescimento e florescimento.

Para o cultivo das orquídeas epífitas (a grande maioria das espécies), devemos tentar alcançar as condições encontradas no ambiente natural da orquídea, alcançando seu melhor desenvolvimento.

As 3 principais categorais
Há vários hábitos diferentes no meio ambiente, as 3 principais categorias no Brasil são: as epífitas, as terrestres e as saprófitas.

1 – epífitas
Abrange a maioria das orquídeas cultivadas. São aquelas que ficam sobre os troncos e galhos de árvores. Não são parasitas! Elas utilizam os troncos como suporte, nada mais. Elas retiram os nutrientes das folhas e outros fragmentos que caem próximos às raízes.

Luminosidade natural
Sob as folhas das árvores, as orquídeas recebem a luz do sol que passa entre as folhas, sendo essa a luminosidade ideal ao seu crescimento. Em cultivos comerciais, o efeito é reproduzido com sombrites e ripas, que simulam o sombreamento parcial das folhagens.

As raízes das epífitas são cobertas por uma casca porosa chamada velame , que consegue absorver água do ar. Em ambientes muito úmidos muitas orquídeas dispensam irrigação. O excesso de água gera apodrecimento dessas estruturas.

Alguns fungos chamados microrrízicos se associam às raízes das orquídeas, ajudando na absorção de água e nutrientes. Estudos demonstram que eles são essenciais às orquídeas. Mexer nas raízes das orquídeas constantemente causa quebra dessas estruturas, gerando problemas.

2 – terrestres
São quase a metade das espécies de orquídeas, mas são poucas as cultivadas comercialmente. São as que se desenvolvem no chão, e possuem hábitos semelhantes às outras plantas terrestres. São muitas as espécies no Brasil, e muitas são orquídeas muito decorativas, mas são pouco exploradas comercialmente.

3 – saprófitas
São orquídeas que não fazem fotossíntese, absorvem compostos orgânicos do substrato. Suas flores são pequenas e pálidas, sem grande interesse ornamental, O ambientes natural x ambiente de cultivo.

Como qualquer planta, para as orquídeas expressarem seu máximo potencial, o melhor método é a simulação das suas condições naturais. Fazemos isso com sobreamento artificial, irrigações controladas, substratos adequados, adubações complementares, entre outras.

jardim

raizes

A função das raízes é retirar os nutrientes e água do solo. As espécies que estão adaptadas para crescer em regiões áridas têm longas raízes de busca, que sugam humidade de uma vasta área. As que vivem em solos húmidos e férteis têm raízes finas e pouco profundas, que podem não se expandir para além da extensão de seus ramos. As raízes  atuam como depensa para a árvore. Durante o inverno, as raízes armazenam açúcares que foram sendo produzidos pelas folhas, ao longo dos meses de verão.

Como funcionam as raízes:

Se examinar as raízes de uma árvore, mesmo em uma pequena planta de viveiro, irá reparar que não existe uma raiz-mestra. Esta provavelmente é a primeira raiz produzida por uma semente, ela cresce diretamente  para baixo em busca de água e simultaneamente fortalece a estabildiade da planta.

As pessoas costumam pensar que a raiz-mestra continuava a estender-se para baixo, por uma distância considerável, mas agora sabe-se que não é isso que acontece. As raízes apenas se enterram no solo o suficiente para localizar uma fonte constante de água e alimento e na maioria dos casos isso não acontece em grandes profundidades.

Vale a pena reforçar que as raízes em geral estão estruturadas na mesma forma que os galhos, as raízes mais grossas irradiam para fora da base do tronco, depois bifurcam regularmente e terminam em aglomerados de raízes finas nas pontas.

A humidade é absorvida pela planta pelo processo de osmose, principalmente através dos cabelos radiculares mais finos.Em alguns casos elas são tão minusculas que quase não vemos a olho nu.

Osmose, o que é?

As paredes dos cabelos radiculares são permeáveis, isto é, as moléculas de água são capazes de as atravessar. O fluído no interior das células dos cabelos radiculares acumula elevada concentração de nutrientes sob a forma de sais mineirais, enquanto a água no exterior contém uma concentração muito mais baixa. De modo a equilibrar as duas, a água passa dos solos húmidos através das paredes celulares para o interior dos cabelos radiculares, causando a diluição da concentração contida na raiz. Conforme a água passa através das paredes celulares, carrega consigo os nutrientes.

Quando a concentração de nutrientes do solo é maior do que nas raízes (por exemplo quando utilizamos fertilizantes em excesso), a água passaria das raízes de volta para o solo e as raízes morreriam de desidratação ( este fato é o que conhecemos como raízes queimadas).

Por isso devemos deixar por exemplo o esterco de vaca fermentar durante +- 1 ano antes de utilizá-lo.

As raízes mais grossas atuam como armazéns no inverno para os açúcares que as folhas produziram no verão.

No verão as raízes finas começam a bombear água para os novos brotos em crescimento.

Conforme a água passa para cima, atraves das raízes, para interior do tronco, o crescimento de novos rebentos e folhas é acelerado.

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líquem (Small)

Os líquens são associações simbióticas de mutualismo entre fungos e algas. Os fungos que formam liquens são, em sua grande maioria, ascomicetos (98%), sendo o restante, basidiomicetos. As algas envolvidas nesta associação são as clorofíceas e cianobactérias. Os fungos desta associação recebem o nome de micobionte e a alga, fotobionte, pois é o organismo fotossintetizante da associação.

A natureza dupla do liquen é facilmente demonstrada através do cultivo separado de seus componentes. Na associação, os fungos tomam formas diferentes daquelas que tinha quando isolados, grande parte do corpo do liquen é formado pelo fungo.

Morfologia
Normalmente existem três tipos de talo:

Crostoso: o talo é semelhante a uma crosta e encontra-se fortemente aderido ao substrato.

liquem crostoso

Folioso: o talo é parecido com folhas

liquem folioso

Fruticoso: o talo é parecido com um arbusto e tem posição ereta.

liquem fruticoso

Reprodução
Os liquens não apresentam estruturas de reprodução sexuada. O micobionte pode formar conídios, ascósporos ou basidiósporos. As estruturas sexuadas apresentam forma de apotécio. Os esporos formados pelos fungos do liquen germinam quando entram em contato com alguma clorofícea ou cianobactéria.

O fotobionte se reproduz vegetativamente. O líquen pode se reproduzir assexuadamente por sorédios, que são propágulos que contém células de algas e hifas do fungo, e por isídios, que são projeções do talo, parecido com verrugas. O liquen também pode se reproduzir por fragmentação do talo.

Habitat
Os líquens possuem ampla distribuição e habitam as mais diferentes regiões. Normalmente os liquens são organismos pioneiros em um local, pois sobrevivem em locais de grande estresse ecológico. Podem viver em locais como superfícies de rochas, folhas, no solo, nos troncos de árvores, picos alpinos, etc. Existem liquens que são substratos para outros liquens.

A capacidade do líquen de viver em locais de alto estresse ecológico deve-se a sua alta capacidade de dessecação. Quando um líquen desseca, a fotossíntese é interrompida e ele não sofre pela alta iluminação, escassez de água ou altas temperaturas. Por conta desta baixa na taxa de fotossíntese, os liquens apresentam baixa taxa de crescimento.

Importância Econômica
Os liquens produzem ácidos que degradam rochas e ajudam na formação do solo, tornando-se organismos pioneiros em diversos ambientes. Esses ácidos também possuem ação citotóxica e antibiótica.
Quando a associação é com uma cianobactéria, os liquens são fixadores de nitrogênio, sendo importantes fontes de nitrogênio para o solo.

Os liquens são extremamente sensíveis à poluição, sobrevivendo de bioindicadores de poluição, podendo indicar a qualidade do ar e até quantidade de metais pesados em áreas industriais.
Algumas espécies são comestíveis, servindo de alimento para muitos animais.

pássaro marrom

ipomea alba (Small)

Em botânica, as plantas são divididas em gimnospermas e angiospermas. As gimnospermas são plantas que apresentam sementes nuas, isto é, não são formadas por ovários e portanto não formam frutos. São os pinheiros, ciprestes, araucária, plantas que evolutivamente são inferiores.

As Angiospermas, tem suas sementes envoltas de ovário e assim formam frutos. As angiospermas, por sua vez, são divididas em duas classes, as monocotiledôneas e as dicotiledôneas. As monocotiledôneas, (capins, gramíneas), como o nome diz, tem apenas um cotilédone e suas flores tem três sépalas, três pétalas e três estames. Já as dicotiledôneas (feijão, manga, abacate, palmito e muitas outras conhecidas), o embrião tem dois cotilédones, e suas flores tem cinco sépalas, cinco pétalas e cinco estames.

As mono e dicotiledôneas agrupam famílias botânicas. Cada família engloba gêneros, e em cada gênero existe um certo número de espécies.

O nome científico de cada planta é composto pelo gênero e a espécie.Primeiro vem escrito o gênero com a primeira letra maiúscula e depois a espécie, em letra minúscula, ambos em latim, grifados ou em itálico.

O nome científico da planta é utilizado em todo o mundo, independente da língua, diferente do nome popular que varia de região para região (até num mesmo país). É muito importante identificar as plantas pelo nome científico para que não ocorram confusões.

Por exemplo:

Família: Convavulaceae
Gênero:
Ipomea
Espécie: Ipomea alba
Nome Popular:
Dama-da-noite ou Boa –noite

Existe uma outra planta, conhecida popularmente como Boa-noite que é tóxica quando ingerida (Catharanthus roseus), por isso é muito perigoso.

Algumas Famílias Importantes:

Bignoniaceae: São plantas tropicais, especialmente da América do Sul, como os ipês (amarelo, rosa, roxo), o crajirú, a cuia.

Compositae: Das espécies ornamentais é uma das famílias mais importantes. Ocorre em todo o mundo, menos na Antártida. Apresenta ervas, arbustos, trepadeiras e árvores. As flores são agrupadas em inflorescências, chamadas capítulo e o fruto é do tipo aquênio.

Ex.: crisântemo, dente-de-leão, margarida, estévia, girassol, alcachofra, calêndula, artemísia, camomila, carqueja, losna, macela, chicória. Veja mais »