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As plantas

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As plantas nascem, alimentam-se, respiram, crescem e reproduzem-se. A maioria das plantas possui um atributo especial: produz o seu próprio alimento. As plantas podem ter características muito diferentes considerando o local onde vivem. As que vamos explorar são formadas por raiz, caule, folha, flor, fruto e semente e correspondem à maioria das plantas – cerca de 80%.

A raiz cresce normalmente debaixo da terra. Serve para a planta se fixar ao solo e para absorver água e nutrientes.

O caule, na maioria dos casos, cresce acima da terra. Nele estão inseridas as folhas e as flores. O caule ajuda no suporte da planta, no transporte da água e dos nutrientes, na reserva de alimentos e no crescimento.

As folhas são as fábricas onde a planta produz o seu alimento. Para que estas fábricas funcionem é preciso da luz do sol. Enquanto as plantas produzem o seu alimento libertam um gás, o oxigênio.

As flores são muito importantes para as plantas se reproduzirem e formarem outras plantas iguais a elas.

Os frutos formam-se após a polinização das flores. No seu interior vão crescer as sementes. A polinização pode ser ajudada pela água, pelo vento ou por animais (abelhas, moscas, pássaros…).

As sementes quando caem na terra “acordam” e originam um pequeno rebento que irá dar origem a uma nova planta. As sementes, tal como as raízes, os caules, as folhas, as flores e os frutos, podem ter forma, cor, textura e tamanhos muito diferentes. Algumas plantas não formam flores nem sementes, por exemplo, os fetos e os musgos. Nestes, as plantas reproduzem-se através de esporos, que são ainda mais pequeninos do que as sementes.
Dependendo da estação do ano, as folhas também podem mudar de cor. Isso ocorre por causa de alguns fatores como a intensidade de luz, a umidade, a temperatura. Alguns tipos de plantas deixam cair as folhas em determinadas épocas do ano.
As folhas possuem uma substância chamada clorofila, que dá a cor verde aos vegetais.
A maioria das folhas são verdes, embora existam as que são vermelhas, amarelas, marrons. Essas folhas apresentam outras substâncias além da clorofila, que lhes oferece outra cor.
Essas folhas que caem não são perdidas. Você se lembra sobre o que acontece com as folhas mortas que caem no chão?

Elas são atacadas pelos microorganismos do solo fazendo com que se decomponham, passando a constituir uma camada da terra chamada húmus – folhas mortas e matéria animal em decomposição – é fundamental para a qualidade do solo.
É no húmus que as plantas encontram as substâncias necessárias à sua vida.

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Cultivo

O Cultivo ou Plantio é a arte ou processo de usar o solo para cultivar plantas com o objetivo de obter alimentos, fibras, energia e matéria prima para diversos produtos como roupas, construções, medicamentos, ferramentas e contemplação estética.
Está diretamente ligado a ação de semear, lançar na terra a semente para que a planta germine cresça e dê frutos.
No entanto, não se planta apenas por semente. Existem plantas que são propagadas vegetativamente, ou seja, uma parte da plantam que não é a semente é plantada e ela pode se desenvolver e completar o seu ciclo.

PodaJá a Poda é o processo de cortar uma planta, erva, árvore ou arbusto para conseguir formas artificiais aumentando o valor ornamental dos mesmos.
Feita com cuidado e corretamente, a poda pode incrementar o crescimento da planta favorecendo o rendimento dos frutos; ajuda as árvores a obter caules mais retos e com menos ramificações; previne o caimento precoce das folhas; e ainda controla o tamanho e desenvolvimento das árvores.

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Algumas folhas e folhagens testemunham o nascer do dia e o cair da noite com movimentos espontâneos: abrem, fecham, giram ou se enrolam de acordo com o relógio. Observá-las faz bem.

Girassol (Helianthus laetiflorus)
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A trajetória do sol guia os movimentos dessa flor. Uma de suas características é, por exemplo, o crescimento de até 3m de altura e as enormes flores, que chegam a 35 cm de diâmetro – tudo para alcançar a luz.

Particularidades:
- Embora seja mais apropriado cultivá-la a pleno sol, suporta climas temperados e subtropicais, o que explica sua origem americana.
- Floresce na primavera e no verão, mas quando cultivado em regiões com temperatura entre 18 e 30 graus Celsius, dá flores o ano inteiro.
- Suas sementes podem ser semeadas durante todo o ano e, quando tostadas, viram ingredientes de pães e biscoitos. Comê-las com mel, antes das refeições, abre o apetite.
- O óleo do girassol previne e combate problemas cardíacos.
- Sua raiz tem cerca de 1,5m de profundidade.
- insetos polinizadores, como abelhas, são vitais para girassóis de flores hermafroditas, que têm um intervalo de cinco a dez dias entre a abertura dos órgãos masculino e feminino.

Onze-horas (Portulaca oleraceae)Portulaca
Quando o sol fica mais forte, por volta das 11h da manhã, os pequenos botões da onze-horas se abrem. Possuidora de uma exuberância simples, essa herbácea suculenta de origem européia tem na sua família uma versão brasileira com flores vistosas. Da mesma maneira que desabrocham com os fortes raios de sol, as flores – de cor amarela, branca ou vermelha – se fecham quando a luz cai. Um ritual que se repete diariamente.

Particularidades:
- Os botões dessa flor iniciam sua jornada de abertura a partir das 10h. Com o sol das 11h, a flor chega ao ápice de sua abertura.
- É uma planta ideal para jardineiras e canteiros porque tem porte de forração – não ultrapassa 20cm de altura.

Cacto (Rebutia muscula)Rebutia_muscula
Não são apenas a aspereza e a rusticidade do cultivo que tornam os cactos atraentes. Em meio a espinhos que intimidam, surgem flores que se abrem com o primeiro despontar de raio solar e só se fecham com o anoitecer o ao cair a temperatura.

Curiosidades:
- Nem todas as duas mil espécies existentes de cactos têm o mesmo comportamento. A Rainha-da-noite, por exemplo, abre sua flor branca, de 30cm de diâmetro, durante a noite.
- Os cactos são nativos de regiões secas das Américas do Sul e do Norte, com raras exceções na Amazônia e na Mata Atlântica.

Flores do Mammilaria hahnianaMammilaria hahniana
- As flores do cacto mexicano Mammilaria hahniana surgem somente no topo de seu globo, como uma coroa.
- Mesmo com 1,5cm de diâmetro, as flores do cacto Mammilaria un pico – uma seleção desenvolvida na Espanha – exibem uma perfeição improvável para o seu tamanho.
- Se o seu cacto nunca floresceu, acalme-se. Algumas espécies levam 30 anos para mostrar o primeiro botão. Mas há exemplares que florescem a partir do primeiro ano de vida.

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Cambria

Plantas exóticas são aquelas que foram introduzidas em determinado ambiente sendo, no entanto, originárias de outras regiões ou países. Às vezes, estas plantas se adaptam tão bem que se proliferam e avançam sobre a vegetação nativa, podendo causar grandes desequilíbrios ecológicos. Quando isso acontece, a planta passa a ser considerada invasora.

Talvez ainda desconhecemos as conseqüências deste fato em toda a sua extensão. Porém, o conceito de biodiversidade vem se tornando familiar a nós. Já sabemos que o Brasil é um dos países mais ricos em diversidade de espécies e a presença de plantas exóticas invasoras constitui uma ameaça, porque os ambientes naturais estão sendo alterados. Plantas nativas, cujas funções e propriedades ainda nem conhecemos bem podem estar sendo gradualmente exterminadas e nem sabemos o que estamos perdendo. Não é raro ouvirmos: “isto é mato, não presta pra nada”. Estamos assim assinando nosso testemunho de ignorância, só respeitamos o que conhecemos.

O Brasil possui uma das maiores floras medicinal do planeta, porém apenas 20% do total de espécies consumidas para este fim no País são conhecidas com alguma profundidade científica. Ainda não houve tempo, interesse ou investimento apropriado para que estudos científicos aprofundados pudessem ser viabilizados.

Assim, a medida que a vegetação nativa vai se extinguindo, seja pelo desmate ou pela substituição por plantas exóticas, estamos perdendo informações que poderiam ser de valor tanto científico como econômico.

É difícil de acreditar que os beijinhos tão coloridos e delicados que crescem na serra do mar são invasores, ou que o perfumado lírio-do-brejo deve ser erradicado antes que cause graves desequilíbrios na Floresta Atlântica, ou que árvores como a santa-bárbara, a uva-do-japão, o alfeneiro e o pau-incenso são capazes de grandes invasões biológicas e alterações de difícil reversão nas nossas florestas nativas. A realidade é que estas plantas pertencem a outros países e, aqui, por mais que sejam belas ou úteis, estão causando desequilíbrios possivelmente irreparáveis a longo prazo.

Torna-se mais fácil entender a importância da flora nativa se considerarmos que há milhares de anos ela vem interagindo com o ambiente, passando por um rigoroso processo de seleção natural que gera espécies adaptadas e em equilíbrio com o nosso meio. Já as espécies introduzidas de outras regiões, não sofreram tal processo e, em hipótese alguma serão um substituto ideal para a vegetação nativa em todas as funções que esta desempenha no ecossistema. A invasão de uma planta exótica pode significar não só prejuízo à flora nativa, mas também à fauna, que estava harmoniosamente adaptada às espécies nativas.

Esta função de equilíbrio ambiental proporcionada pela vegetação nativa, jamais poderá ser comparada a culturas homogêneas de espécies exóticas, como o pinus e eucalipto. No entanto, sabemos do valor econômico destas culturas que hoje se tornaram a importante fonte de matéria prima; mas o seu plantio deve ser restrito a áreas agrícolas específicas, respeitando a lei ambiental.

O que será necessário para que nossas cabeças acordem e nossos olhos se abram para a riqueza e beleza das plantas brasileiras? Será que um dia vamos parar de plantar só pinus, roseiras, limoeiros, eucaliptos e amores perfeitos nos nossos jardins e chácaras?

O Brasil tem muitas regiões fitogeográficas, cada qual com características e vegetação próprias, uma riqueza de mais de cinqüenta mil espécies de plantas, um patrimônio fantástico, único, que a natureza nos oferece, o qual continuamos denominando de “mato”. Ainda somos tomados por um forte sentimento de inferioridade, damos mais valor a plantas que vieram da Europa, Ásia, Austrália, ou seja de onde for, enquanto a nossa grande riqueza vai sendo consumida, pela ignorância ou pela ambição. Neste ponto estamos sendo brasileiros desprezíveis, demonstrando sermos incapazes de administrar este capital, ao invés de sairmos em defesa de nossas florestas, campos e rios. Ainda não entendemos que as leis ambientais propiciam nossa sobrevivência e qualidade de vida; para nós elas são apenas um grande atrapalho na busca do lucro imediato.

A raça humana está transitando neste planeta como uma espécie exótica e invasora, destituída de seu vínculo em si tão óbvio com o ambiente, se espalhando como uma praga que massacra tudo a sua volta e ainda acha que tem razão, exaurindo os recursos naturais sem perceber que com isto está sentenciando sua própria morte. Se você não quer fazer parte desta massa mentalmente entorpecida, se informe, comece a gostar dos “matinhos”. Vamos valorizar o que é nosso, patriotismo também se faz em jardins, chácaras e fazendas. Plante plantas nativas, conserve as nossas florestas.

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