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phalaenopsis

Uma orquídea de boa qualidade, mas mal cultivada, ou seja, atacada por pragas e/ou doenças, sem condições adequadas de adubação, água, iluminação, pode dar flores tão medíocres que se tornam irreconhecíveis em relação ao seu potencial.

De modo geral, a orquídea deve se aproximar o mais possível de uma forma arredondada e plana, sem espaços entre seus segmentos, além de se distinguir pela cor, tamanho, textura, substância e número de flores, de acordo com sua espécie.

Uma orquídea é constituída de 3 sépalas e 3 pétalas, uma das quais formando o labelo que é, portanto, uma pétala diferenciada para ajudar na reprodução da flor.

Uma orquídea de forma ideal deve ter as 3 sépalas formando um triângulo equilátero, o mesmo ocorrendo com as pétalas, de forma invertida, ou seja, no vértice inferior está a 3a pétala, o labelo.

Dependendo da categoria da flor, não deve haver vãos entre as pétalas e as sépalas. Elas devem estar planas, nem encurvadas para trás nem para frente. Em outras palavras, espalmadas. O labelo deve estar ligeiramente encurvado para frente, mas não em ângulo reto com as sépalas.

Entretanto, existem espécies, como a C. araguaiense, cuja natureza é a existência inevitável de vãos entre pétalas e sépalas, pois é a característica natural delas. Já em espécies, como a C. labiata, walkeriana, nobilior e outras, existem clones em que as sépalas e pétalas são largas, espalmadas, sem vãos entre elas, arredondadas e muitas atingindo um diâmetro superior a 15cm.

A substância corresponde à rigidez ou dureza das pétalas, isto é, não são flácidas e, se você tentar dobrá-las, elas se quebram. A textura corresponde ao brilho que se percebe nas pétalas. Elas podem ser cristalinas, aveludadas ou cerosas.

Reprodução
Na natureza, cada orquídea está adaptada para sua reprodução e este é seu objetivo primordial. Jamais se fez bela para o deleite de nossos olhos.

Uma orquídea é perfumada, por exemplo, porque o seu agente reprodutor, isto é, o que carrega seu pólen para outra flor, é atraído por aquele perfume. O perfume, muitas vezes, para nós, é relativo, pois há as orquídeas que cheiram a carniça, quando seu agente reprodutor são moscas atraídas por este perfume.

As não perfumadas, adaptadas a insetos que provavelmente não têm olfato, buscam atraí-los pela cor exuberante. Há as que se parecem com fêmeas de insetos, como a Ophris, para que os machos venham retirar seu pólen. Enfim, as formas exóticas que tanto nos atraem e o néctar que possuem são ardis especialmente criados pela flor, para preservar sua reprodução na natureza.

Atualmente, um dos maiores agentes polinizadores é o homem. É um processo já observado por Darwin e que vem se realizando artificialmente há alguns séculos. Atualmente há cerca de 120.000 híbridos registrados, produtos dos cruzamentos mais diversos, como entre Oncidium e Odontoglossum, Miltonia, etc.

Na polinização artificial, o homem colhe o pólen e pode guardá-lo para polinizar uma flor dali a alguns meses e assim obter um híbrido que floresce em data diferente, além de outras misturas.

Cultivo em apartamento
Todas as orquídeas podem ser cultivadas em apartamento, basta que se tenha espaço e iluminação suficientes. Já constatamos floração até de Vandas e Cymbidiuns em varandas de apartamentos, no centro de São Paulo, entre centenas de outras variedades, florescendo bem. Mas,se você tem pouco espaço e quer ter flores o ano inteiro, cultive plantas que floresçam em datas diferentes.

Onde colocar a planta?
Iluminação é essencial. As plantas devem ficar numa varanda ou perto de uma janela, recebendo o sol da manhã e/ou tarde. Uma planta não deve fazer sombra para a outra. Se a janela for de vidros lisos, transparentes, deve receber uma cortina tipo tela que quebre o excesso de luz ou uma tela de nylon 50%, a fim de que o sol não incida diretamente sobre a planta e queime as folhas.

Quando devo molhar?
Ouvimos com frequência esta pergunta e a resposta é infinitamente relativa. Se uma orquídea está plantada em xaxim com pó, a rega pode ser semanal, mas, se estiver plantada em piaçaba ou casca de madeira, a rega deve ser diária. Quando se compra um vaso de orquídea, é útil verificar qual o substrato (material) em que está plantada, pois, dependendo dele, a secagem pode ser rápida ou lenta.

Os substratos mais comuns são:
1.  Coco desfibrado com pó: secagem lenta.
2.  Coco desfibrado sem pó: secagem moderada.
3.  Musgo ou cubos de coxim: secagem lenta.
4.  Carvão ou piaçaba: secagem rápida.
5.  Casca de pínus: secagem moderada, quando sem pó, e lenta, se tiver pó.
6.  Mistura de grãos de isopor, casca de pínus e carvão: secagem rápida.

A melhor maneira de regar é imergir o vaso num recipiente com água e deixar por alguns minutos. Se você regar um vaso ressecado com um regador, pode ocorrer de a água encontrar um canal por onde escorrer e o resto do substrato continuar totalmente seco. Um meio de verificar a umidade do vaso é aprender a sentir o peso, segurando com as mãos ou através de um exame visual. Não use a mesma água em que foi mergulhado um vaso, para outro, pois, se no primeiro houver fungos nocivos à planta, o outro vaso irá se contaminar.

Na impossibilidade de rega adequada, muitas pessoas deixam o vaso sobre um prato com água para conservar a umidade.

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PLANTAS TROPICAIS
Entre as inúmeras plantas das florestas tropicais da América Central e do Sul, encontram-se diversas variedades que se adaptam magnificamente aos terrários. As lojas especializadas oferecem uma vasta gama de plantas deste tipo, indo ao encontro de todos os gostos.

DieffenbachiaEncontram-se nas lojas de plantas em diversas variedades. Trata-se de uma planta de solo, que só se deve utilizar enquanto pequena ou num terrário de grandes dimensões, com animais tranqüilos ou pequenos; as folhas são muito frágeis.

Philodendron Encontram-se nas lojas de plantas, em diversas variedades.

Philodendron panduriforme – Trepadeira de folhas de tamanho médio; como muitas outras plantas semelhantes, cria raízes aéreas que se ramificam decorativamente na água, de modo que a planta passa a dispensar a terra.

Philodendron martianumPlanta rija e decorativa, que precisa de muita luz.

Philodendron scandens Adapta-se quer como planta de solo, quer como trepadeira. Sendo rija e de folhas pequenas, é muito versátil em termos de utilização. Multiplica-se facilmente, bastando para isso cortar e plantar a parte superior da planta.

Spathiphyllum – As variedades mais pequenas adaptam-se bem a um terrário. Planta de solo, produz ocasionalmente rebentos brancos.

SyngoniumEncontram-se no mercado, em diversas variedades. Trata-se de uma planta trepadeira, cujas folhas são um pouco mais sensíveis que as das Philodendron.

Ananases (Bromeliaceae), bromélias – O seu crescimento típico e as suas características de epífitas tornam estas plantas especialmente indicadas para a criação de pequenas paisagens inconfundíveis.

Vriesea splendensTrata-se de uma espécie grande de belas folhas recortadas, mas no mercado encontram-se variedades de menores dimensões. Epífita; as folhas dispõem-se em roseta, como na maior parte dos Ananases, formando uma espécie de cisterna, que também tem de ser regada. A planta utiliza esta cisterna para armazenamento de água e nutrientes e muitos animais servem-se dela como bebedouro, ou para reprodução, como alguns anfíbios.

Vriesea psittacinaVariedade de pequenas dimensões. Epífita, sensível as acumulações de umidade.

TillandsiaExistem diversas variedades, com características epífitas. Podem crescer ligadas apenas a madeira, sem suporte de tecido vegetal. Necessitam de muita luz e de um elevado grau de umidade noturna.

Guzmania – Encontram-se em diversas variedades e ainda na forma de híbrido. De tamanho variável, adaptam-se a vários tipos de terrários. Epífita, sensível as acumulações de umidade.

Cryptanthus – Existem diversas variedades no mercado. Planta muito decorativa, cresce sobretudo no solo e apenas ocasionalmente como epífito. Os rebentos são facilmente quebrados por animais grandes, portanto convém cultivá-los separadamente.

Nidularium – Encontram-se em diversas variedades e também sob a forma de híbrido. Epífita, geralmente bastante grande, mas fácil de cuidar.

Aechmea fasciata, Aechmea chantinii, Aechmea fulgens – Plantas grandes, com características epífitas. Rijas, adequadas apenas a terrários de grandes dimensões.

Billbergia – Surge em diversas variedades. Epífita grande, que produz rebentos com facilidade.

Cactos das espécies Rhipsalis e LepismiumEncontram-se diversas variedades no mercado. Trata-se de cactos epífitos, que descobriram um nicho ecológico próprio nas florestas tropicais. É necessário evitar acumulações de umidade; estas plantas são aconselháveis apenas para animais leves e pouco impetuosos.

Tradescantia Encontram-se em diversas variedades e formas, quer como planta de solo, ou como trepadeira. Multiplicam-se facilmente através do corte da sua parte superior.

Maranta leuconeura, Calathea makoyana, Calathea ornata Plantas de solo; a exceção da primeira, Maranta leuconeura, adequadas apenas a terrários de grandes dimensões. Tem grande necessidade de luz.

Peperomia Existem em diversas variedades. Essencialmente planta de solo, algumas das suas variedades são epífitas. Evitar as acumulações de umidade, visto as raízes com facilidade. Adequadas a animais leves e pouco impetuosos.

Polypodium aureum Feto epífito, adequado apenas a terrários de grandes dimensões.
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As orquídeas que afloram em regiões rochosas têm a difícil tarefa de se manterem vivas e se reproduzirem nesse hostil ambiente. A oscilação de temperatura e o ambiente aparentemente sem condições para nutri-las são alguns dos fatores que limitam muitas espécies a se adaptarem nas rochas, porém aquelas que se aventuram e resistem a todas as barreiras naturais se tornam verdadeiras dominadoras dessas paisagens.

Alguns gêneros são facilmente percebidos em muitos afloramentos rochosos, isso porque criaram mecanismos para aproveitar qualquer oportunidade do ambiente que seja favorável ao seu pleno desenvolvimento. A reciclagem da biomassa é muito notada nestes biomas, onde toda matéria orgânica se transforma em substrato para as plantas que necessitam de um solo mínimo para o enraizamento. Por outro lado, nas rochas, vemos também muitos vegetais que simplesmente “caminham” pela rocha nua e não se sentem limitados, estes já se encontram no ápice da evolução e por isso conseguem viver em tais condições.

Em contrapartida, estas plantas estão apropriadamente adaptadas, contudo, são extremamente dependentes dos afloramentos rochosos e raramente respondem bem ao cultivo doméstico, pois os cultivadores não são capazes de oferecer um local e condições ideais para seu pleno desenvolvimento.

Cada espécie responde de forma diferente a um mesmo ambiente e por isso observamos verdadeiros mosaicos na vegetação, onde a heterogeneidade e a harmonia das espécies resultam em verdadeiros jardins rústicos. A convivência entre as muitas famílias botânicas e as diferenças entre elas nos revelam que esses ambientes vem sendo povoados por vários períodos, sendo que as espécies mais evoluídas foram se sobrepondo àquelas menos adaptadas, resultando numa seleção natural.

Orquídeas, bromélias, cactos e vellozias são algumas das famílias botânicas que atualmente estão melhor representadas nos afloramentos rochosos, havendo uma grande diversidade de espécies. Essas plantas são dependentes umas das outras, pois juntas formam ilhas de vegetação e dão oportunidade para que outras espécies se desenvolvam dentro daquele ambiente mais favoravelmente.

É fácil perceber que muitas plantas não resistiriam a viver em locais que aparentemente não sustentam a vida, como é o caso dos afloramentos rochosos. A alta insolação, a escassez de umidade por um longo período, as altas temperaturas durante o dia e oposição a alta umidade e baixas temperaturas durante a noite são alguns dos fatores que podemos citar, mas esses vegetais resistiram e agora povoam esses ambientes.

Muitas espécies de orquídeas desenvolveram mecanismos para resistir às barreiras naturais, possibilitando que elas possam sobreviver por um grande período de estio, pois os ambientes em que elas se desenvolvem não se caracterizam pela retenção de água suficiente. Tais mecanismos são órgãos que podem armazenar água e nutrientes por um longo período de escassez, geralmente são folhas e pseudobulbos carnosos e suculentos responsáveis pela manutenção da vida desta família botânica. Além disso as orquídeas ativam, mais intensamente, o metabolismo durante o período da noite, já que o sol e o calor fariam com que elas transpirassem muito e perderiam, desta forma, líquidos preciosos durante o dia.

As raízes vão em busca de água e nutrientes na rocha ou nas camadas finas de terra que se acumulam sobre ela, muitas vezes elas ficam protegidas pela camada de musgo e líquen que se estabelecem sobre a pedra e deles também elas recebem sais oriundos das rochas, que já estão parcialmente dissolvidos.

Assim como outras plantas, as orquídeas que vivem nas rochas apresentam poucas folhas, pois assim elas economizam água através da baixa taxa de transpiração. O desenho das folhas pode variar, mas normalmente elas serão pequenas e rígidas. Certas orquídeas perdem as folhas por um período, e apenas voltam a apresentar novas folhas quando há uma nova brotação. As orquídeas terrestres possuem este mecanismo e também deixam suas raízes, rizomas e tubérculos enterrados sobre a proteção da matéria orgânica.

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Já os pseudobulbos têm a maior importância para a sobrevivência das orquídeas em ambientes rochosos, pois é ele que armazena a maior quantidade de seiva para a planta e todas as energias necessárias para que ela tenha seu desenvolvimento saudável e natural, é ele que vai sustentar uma nova brotação, as folhas e as flores.

Sabe-se que cada ser vivo precisa lutar de todas as maneiras para a sua sobrevivência e perpetuar a própria espécie. As orquídeas e todas as outras formas de vida que existem nesse ambiente estão travando essa batalha pela vida a todo instante, criando uma forte dependência a essas condições.

Com esse exemplo natural podemos também passar a ver nosso mundo com mais atenção, pois também temos que nos adaptar a viver, a cada dia, em um mundo cada vez mais degradado pela própria ação humana. Com esta degradação do ambiente, estamos diminuindo as oportunidades de manutenção da vida dos seres vivos com os quais convivemos, além de não estarmos garantindo a sobrevivência das futuras gerações da nossa própria espécie.

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Mesmo se à primeira vista temos a impressão que um vegetal desenvolve-se sem regra aparente, mecanismos específicos estão a operar. Pode-se muito bem jardinar sem incomodar-se com estes mecanismos, mas se os conhecer ajuda a compreender as plantas e portanto, a ter êxito nas suas culturas.

Tudo começa com o rebento
Esta regra é uma das regras que sofre o menos de exceções no mundo vegetal, qualquer ramo, qualquer folha ou qualquer flor (portanto, qualquer fruto) nasceu de um rebento. O rebento constitua-se de folhas no estado muito reduzido, apertadas umas as outras, e que rodeiam uma pequena zona invisível ao olho nu mas, essencial: o meristema. Trata-se de uma zona onde as células da planta multiplicam-se de maneira muito ativa para formar as folhas jovens. Mais tarde quando se desenvolvem, estas folhas vão trazer à sua axila um rebento, portanto outro meristema. Se estes rebentos desenvolvem-se, o ramo ramifica-se. Se não, apenas vão alongar-se. De certa maneira, folha após folha, a planta constrói-se.

Numerosos fatores condicionam a evolução dos rebentos. Em geral, enquanto um rebento desenvolve-se na extremidade do talo, proíbe aqueles situados debaixo, pelo menos à proximidade, de desenvolver-se. É apenas quando o ramo cresceu bem que os rebentos situados na base podem começar a crescer. A quantidade de luz e de seiva que recebem os rebentos também tem uma grande importância.

Sem saber, utiliza este mecanismo. Quando pode uma planta, suprime o rebento terminal e obriga os rebentos que permanecem a começar enquanto eram inativos. Na realidade, autoriza os rebentos a começar, dado que suprimiu a proibição que mantinha a extremidade do talo, que cortou. Nalguns vegetais, os rebentos inativos saem dificilmente do seu torpor, uma lavanda ou um desespero do macaco (Araucária) não suportam ser cortados demasiados curtos, enquanto outros vegetais suportam a poda.

Sinais para o jardineiro
O meristema tem outras propriedades tão interessantes como a que vimos acima. Esta zona específica do rebento acaba por dar um rebento floral. Desaparece. Vê-se efetivamente que no Rododendro, no lilás ou nas roseiras, a extremidade dos ramos que trazem uma flor não é prolongada. São os rebentos, situados debaixo da flor, que seguem. Não prejudique quando cortar a flor murcha, senão vai coibir o ramo de começar de novo. Há algumas exceções, raras, nas quais o rebento que deu flores continue a crescer. O Callistémon é o mais simples a observar, dado que das suas espigas escarlates emerge o ramo que continuará o talo. Cortar o talo compromete o bom desenvolvimento do arbusto.

Por último, quando uma planta tem tendência a formar numerosas rejeições na base, é que a parte a mais alta perdeu do seu vigor. Pode ser o sinal de um problema se este comportamento não for os hábitos da planta. É necessário então olhar de mais perto, e detectar um eventual problema enquanto for ainda tempo.

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