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Para o corpo humano, elas oferecem saúde. Para insetos e pássaros, representam o alimento. No planeta Terra, são a vida vegetal. Mergulhe no mundo das flores:

Assim como acontece entre os humanos e tantos outros animais, as plantas precisam do toque, do contato, de um grão que se funde a outro, para que possam reproduzir-se e manter-se vivas.

É como se entre elas também existisse amor. Seus órgãos sexuais são as flores, que na maioria das espécies desabrocham na primavera, encomendando nascimentos vegetais para a estação quente que se segue.

Ao contrário de seus parceiros do mundo animal, as plantas são incapazes de se mover. Para que possam atingir outros “corpos”, decoram suas flores. São coloridas pétalas, nutritivos néctares e deliciosos perfumes, que atraem pássaros, insetos e muitos outros animais.

Chamados de agentes polinizadores, eles dão uma carona aos grãos de pólen, permitindo que a reprodução vegetal ocorra entre exemplares de distantes campos, florestas e jardins.

Algumas flores têm como principais atrativos a cor, outras, o perfume, o néctar e há até as que se utilizam do pólen. Para atrair insetos, algumas espécies chegam a imitar o odor e a aparência de sua fêmea. Existem ainda as que são polinizadas por moscas e exalam um cheiro característico de material em decomposição.

As que dependem dos morcegos, por sua vez, têm cheiro de matéria ácida, em fermentação. Tudo para seduzir os polinizadores e garantir o transporte do pólen até outras plantas da mesma espécie.

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Veja, a seguir, o caminho da natureza do desabrochar de uma flor até o nascimento de uma semente:

O grande desafio das plantas, no momento da reprodução, é conseguir o contato com outros indivíduos da mesma espécie, uma vez que não podem, como os animais, movimentar-se.

As flores, portanto, além dos órgãos responsáveis pela reprodução, têm estruturas exclusivas para a atração de agentes polinizadores – como pássaros, insetos, morcegos etc.

Em busca de alimento ou até da parceira sexual, o polinizador aproxima-se de uma flor. Ao tocar os grãos de pólen (localizados nas anteras), esta substância pegajosa gruda-se em seu corpo.

No momento em que for “visitar” outra flor da mesma espécie, o polinizador deixa ali um pouco do pólen. Quando os grãos entram em contato com o estigma (parte feminina que vai receber o pólen), são produzidas determinadas secreções e acontece a germinação do grão de pólen – ele forma um tubo que penetra no óvulo e o fecunda.

Assim, são geradas as sementes. O que está em volta delas, o ovário, desenvolve-se e transforma-se em fruto.

A maioria das flores do inverno é polinizada por pássaros. Muitas delas têm cores vibrantes, em tonalidades de rosa e vermelho. Assim, os pássaros – capazes de distinguir cores – podem visualizá-las a grandes distâncias.

Das flores, as mais especializadas são as das orquídeas. Algumas delas têm um único agente polinizador. Por isso, muitas delas imitam com perfeição a fêmea de insetos.

Esta propriedade tem dois aspectos: por um lado, é um fantástico recurso para atrair seus polinizadores; por outro, elas ficam totalmente dependentes deles para a propagação.

As flores e o corpo
Além de conter o néctar que serve de alimento para tantos animais, as flores têm inúmeras utilidades também para o homem.

Acompanhe, abaixo, algumas flores e suas propriedades medicinais:

Borago officinalis
- Flor-de-borago (Borago officinalis): Lilases e com as pétalas dispostas em formato de estrela, as flores de borago podem ser consumidas em saladas. Elas possuem propriedades antitérmicas e, por isso, são ótimas para quando se está em estado febril.

Taraxacum officinale
- Flor de dente-de-leão (Taraxacum officinale): As flores desta herbácea ajudam a limpar o fígado e são diuréticas.

Calendulas officinalis
- Flor de calêndula (Calendulas officinalis): As flores da calêndula podem ser consumidas em chás e são ótimas para o sistema imunológico.

Matricaria chamomillia
- Flor de camomila (Matricaria chamomillia): Para dores estomacais, gastrite e insônia, o professor Sylvio Panniza indica, no livro “Plantas que Curam”, uma xícara de chá preparada com uma colher (também de chá) de flores de camomila, três vezes ao dia.

Por que a maioria das plantas desabrocha na primavera?
Principalmente nas regiões do globo onde as estações são mais marcadas, a primavera é a época das flores. Ocorre que, no inverno, os vegetais entram no chamado estado de dormência.

A fim de economizar energia, muitos despem-se das folhas e reduzem sua atividade metabólica o quanto podem.

Na primavera, com o aumento das temperaturas, as espécies retomam o trabalho, na corrida para que, antes do verão, já estejam com sementes e frutos formados, para dar vida a novos indivíduos. Daí a abundância das flores na primavera.

Nas regiões equatoriais e tropicais, muitas espécies florescem também durante o inverno. por quê?
Nas partes mais quentes do planeta, a queda de temperatura e umidade (característica do inverno) não chega a afetar todos os agentes polinizadores. Em geral, apenas os insetos mais sensíveis a essas oscilações diminuem seu “ritmo de trabalho”.

Por isso, a maioria das espécies que florescem no inverno são polinizadas por pássaros, que “trabalham” também na estação mais fria. É o caso de azaléias, eritrinas caliandras e várias outras espécies vegetais.

Quando começa o calor, a atividade metabólica dos insetos aumenta. Daí em diante, é possível ver uma quantidade maior de flores, que são polinizadas por eles, desabrochando.

Depois de polinizadas, é comum as flores secarem e caírem. A própria fecundação desencadeia a produção de algumas substâncias químicas que fazem com que elas entrem em processo de envelhecimento.

Existem ainda flores que mudam de cor logo após a fecundação. É o caso da quaresmeira: quando “virgens”, suas flores são brancas; depois de polinizadas, adquirem para seus polinizadores.

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As Plantas que têm folhas salpicadas de manchas, listras ou desenhos em uma infinidade de cores, são muito valiosas porque eles mantêm os seus recursos ao longo do ano, em vez de exibir suas flores em um curto período de tempo.

Elas são muito decorativas quando colocadas sozinhas ou em um grupo ou mesmo juntamente com outras amostras de folhas verdes.

Deve proporcionar o direito à luz a essas plantas, uma vez que este desempenha um papel importante na sua aparência, porque a cor de suas folhas aumenta em relação à quantidade de luz que recebem.

Esta é a razão pela qual as plantas crescem na sombra, e que requerem menos luz, as folhas são levados a uma maior profundidade de pigmento verde, como nos fetos.

As plantas de folhas coloridas foram adaptadas para não precisar de tanto pigmento verde em suas folhas, por absorver a energia do sol suas cores são brilhantes.

Isto explica porque as plantas aparecem coloridas ou marmorizados, perdem o verde quando colocado em um local mal iluminado.

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Com algumas exceções, para a grande maioria dessas plantas possa ainda ser o mesmo princípio, nunca expô-las ao pleno sol, mas colocá-las onde você pode obter uma boa quantidade de luz.

Do mesmo modo, estas belas plantas coloridas também são muito mais sensíveis do que aqueles que são totalmente folhas verdes, e, portanto, mais suscetíveis a contrair doenças e pragas.

croton

Chaves para manter a cor:
* Proporcionar muita luz, mas indiretamente. As variedades mais resistentes como o Croton, Cryptanthus, Iresine, Scheflera, Heuchera, podem receber sol durante as horas de menos intensidade.

* Temos de protegê-las das correntes de ar, que provoca a queda da folha, que é a sua principal atração.

* A rega do substrato com a água que contém cloro e é um pouco quente. É especialmente importante para a pulverização das folhas se a água estiver livre de cloro, uma vez que deixa manchas.

* Aplicar tratamentos preventivos contra a praga, na Primavera, é melhor prevenir do que remediar.

* Limpe as suas folhas regularmente com uma esponja ou pano umedecido em água morna, destilada é melhor.

* Manter um ambiente aconchegante e uniforme em todos os momentos, essas plantas não gostam de frio.

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Como todos os seres vivos, as plantas também precisam de repouso. E é durante o inverno que elas descansam. O sono verde do inverno é uma função biológica que norteia a vida das plantas. O amarelecimento das folhas, nessa época é um dos muitos sinais, dados pelas plantas perenes, de que estão hibernando.

Nos casos extremos, como das bulbosas típicas (gladíolos, frésias, lírios, dálias e anêmonas), as plantas passam para uma atividade subterrânea e secam completamente suas partes áreas.

É nessa ocasião que os bulbos precisam ser arrancados: com um pequeno pincel, retira-se todo o excesso de terra que os recobre e devem ser então guardados em um saco plástico perfurado. Três a quatro meses depois são replantados e a reserva alimentar acumulada nos bulbos transfere-se para o caule fazendo surgir novos brotos.

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Durante o sono ou repouso de inverno, o crescimento, vegetativo estaciona completamente, ou ocorre muito devagar, tornando inútil ou contraproducente qualquer esforço para “puxar pelas plantas” usando adubos ou fórmulas mágicas.

Menos adubo, menos água, menos interferência na terra é a melhor atitude para atravessar esse período de “hibernação”. Ou seja: deixe a planta repousar em paz.
Essa regra vale para quase todas as plantas.

Uma das poucas exceções, o gerânio, o amor-perfeito, é diferente porque floresce durante todo o inverno. Essa variedade apresenta bonitas folhas em forma de leque semi fechado, recobertas por uma certa pilosidade, a nervação em plissê, corrugada. Suas cores são fantásticas e as flores chegam às vezes a ter 8 cm de diâmetro.

Acordadas, florescem
Em meados de julho, em todo o Brasil a maioria das plantas começa a acordar, voltando à vegetação plena em agosto para florir na primavera.
Algumas espécies não respeitam esse calendário e dormem menos tempo.

O seu repouso começa logo após o momento específico da floração. É o caso do ipê e da primavera (bougainvillea spectabilis), cujas flores desabrocham durante os meses frios.

bougainvillea spectabilis

Para alegrar um ambiente durante os meses frios há uma exceção: as plantas que dispensam o sono. As suculentas, por exemplo, se receberem boa luz e quantidade suficiente de água (sem encharcar o solo) não dão trabalho, multiplicam-se bem partindo de um simples fragmento de folha e apresentam surpreendente vontade de viver.

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xaxim

O Xaxim é o feto arborescente, da família das Dicksoniáceas, nativo da Mata Atlântica e América Sul. Possui cáudice ereto, cilíndrico, e frondes bipenadas de até 2 m de altura. Devido à extração desenfreada do cáudice para uso no cultivo de outras plantas, a espécie está ameaçada de extinção e sua extração está proibida em todo o Brasil.

Gosta de terrenos baixos com solo rico em matéria orgânica, mantido sempre úmido. Devido ao risco de sua extinção, deve ser utilizada racionalmente e suas mudas devem sempre ser originárias de plantas cultivadas e não das extraídas do ambiente natural.

Também é conhecido pelos nomes de samambaiaçu e samambaiaçu-imperial. O xaxim é uma planta do grupo das pteridófitas, assim como avencas, cavalinhas e a samambaia. A cidade catarinense de Xaxim recebeu esse nome em homenagem à planta.

Mas afinal, o que significa a palavra Xaxim?
A palavra xaxim tem sua origem no vocábulo tupichachî que significa “enrugado” ou “emaranhado”, referente ao aspecto de seu caule.

Tradicionalmente explorada em função da utilização de seu caule rico em fibras e raízes, as populações de xaxins – espalhadas nos remanescentes florestais – foram decrescendo bruscamente ao longo das últimas décadas.

Dicksonia sellowiana

Especificidade dos Xaxins
* O xaxim ou samambaiaçu é uma planta de tronco fibroso e espesso, suas folhas são bastante grandes e surgem no topo do tronco, diferentemente das outras samambaias. É resistente ao frio e apresenta crescimento muito lento, no entanto, é uma planta grande, chegando a 4 m de altura.

Devido ao seu diferencial, sua utilização no paisagismo é muito interessante. Além de sua beleza singular, servem de suporte e substrato para as mais diversas plantas epífitas, como orquídeas, bromélias, outras samambaias e principalmente as avencas.

* A partir do caule da planta são confeccionados vasos que podem servir de suporte para outras plantas, como orquídeas e bromélias. Ainda pode ser utilizado para preparar o conhecido “pó de xaxim”, que é nada mais que um substrato orgânico que serve como fonte de nutrientes para outras plantas. Dado o grau de exploração da espécie, ela acabou sendo incorporada à lista de espécies ameaçadas de extinção.

* O corpo das pteridófitas possui raiz, caule e folha. O caule das atuais pteridófitas é em geral subterrâneo, com desenvolvimento horizontal. Mas, em algumas pteridófitas, como os xaxins, o caule é aéreo. Em geral, cada folha dessas plantas divide-se em muitas partes menores chamadas folíolos.

* A existência de samambaias arbóreas ainda é pouco conhecida pela população, sendo as pequenas mais comuns, principalmente as ornamentais. Contudo, Dicksonia sellowiana é um excelente representante de pteridófita arbórea. Ainda no ápice de seu tronco, apresenta grandes folhas, também conhecidas como frondes.

Assim, forma-se uma coroa verde, sendo que na face inferior é onde estão localizadas as regiões que produzem os esporos, que necessitam de água para germinarem e continuarem com o ciclo de vida do xaxim. Essas plantas, portanto, são encontradas em ambientes com alta disponibilidade de água.

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Clima e cultivo
Seu cultivo fora do habitat natural deve ser feito à meia-sombra e protegido contra ventos fortes. O ideal é reproduzir suas condições naturais, ou seja, um ambiente quente e úmido.

A mistura ideal para o cultivo deve ser rica em matéria orgânica (sugestão: 1 parte de terra comum de jardim, 1 parte de terra vegetal e 2 partes de composto orgânico). O xaxim gosta de solo sempre úmido, mas não encharcado.

Em projetos paisagísticos, o xaxim é indicado na composição de maciços e não precisa de replantio, pois é uma planta perene e multiplica-se por esporos e através da separação dos brotos com uma parte do caule.

Hoje em dia, com a extração proibida, as populações de xaxins voltam a colonizar o interior das florestas, recompondo a riqueza destes ambientes com um belo exemplar da flora brasileira.

Curiosidades sobre o Xaxim
Ao longo da história evolutiva da Terra, as pteridófitas, ou seja, os xaxins, foram os primeiros vegetais a apresentar um sistema de vasos condutores de nutrientes. Isso possibilitou um transporte mais rápido de água pelo corpo vegetal e favoreceu o surgimento de plantas de porte elevado.

Além disso, os vasos condutores representam uma das aquisições que contribuíram para a adaptação dessas plantas a ambientes terrestres.

Já foi descoberto que as cascas de coco além de servirem como adubo orgânico presta-se bem para fabricação vasos, em substituição ao tradicional xaxim.

Atualmente, existem no mercado produtos alternativos que substituem o xaxim, como vasos fabricados a partir da fibra do coco e também substratos como palha de coco, ardósia e carvão. Ao optar por estes produtos estamos ajudando a preservar a existência da Dicksonia selowiana nas matas.

sementes Sementes

Quem anda pelo litoral e nas grandes cidades percebe que a casca de coco descartada no consumo da água de coco verde é um desperdício que gera toneladas de lixo reaproveitável.

Uma idéia que está sendo colocada em prática por empresas de reciclagem é utilizar o resíduo para substituir o xaxim (samambaiaçu) que originalmente é retirado de uma planta em perigo de extinção na mata atlântica.

Para ter-se uma idéia do volume de cascas de coco produzido por ano no país, Philippe Jean, do Projeto Coco Verde, afirma que apenas no verão o Rio de Janeiro produz 600 toneladas do produto.

É uma das maiores fontes de resíduos sólidos e um grave problema, principalmente se levarmos em conta que as cascas de coco levam de 8 a 12 anos para se decomporem nos aterros sanitários.

Apesar, porém, de dominar a técnica de modelagem de vasos para substituição do xaxim, a empresa de Jean não repassa a tecnologia, mas presta assessoria na produção de insumos para projetos paisagísticos (adubo orgânico, cobertura, etc.) e fornece a máquina para triturar as cascas, cujo preço varia de acordo com a quantidade a ser processada.

Alguns dos produtos do coco verde reciclado substituem, com inúmeras vantagens, todos os artefatos produzidos com o xaxim, que em extinção, tem sua extração regulamentada por lei.

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