Subscribe to PlantaSonya Subscribe to PlantaSonya's comments




Posts com tag ‘cuidados’

cactos

Sem dúvida, os cactos se destacam não só pela beleza exótica, mas também pela resistência: as regas não precisam ser frequentes e são plantas que dispensam adubos e cuidados específicos.

A baixa manutenção tem chamado a atenção de quem não abre mão de ter plantas em casa, mas não tem tempo para cuidar delas com tanta frequência.

Os cactos são muito esculturais, têm uma estrutura única que diverge bastante da maioria das plantas. Além disso, são práticos e muito fáceis de cuidar. Acredito que por este motivo estão se tornando cada vez mais populares na decoração.

Apesar da praticidade, os cactos não são indestrutíveis, este tipo de planta morre com o excesso de rega, pois as raízes acabam apodrecendo. Precisamos observar onde os cactos vivem na natureza.

São espécies de regiões desérticas, de sol pleno e que estão acostumadas com pouca água. Por isso, essas plantas, assim como as suculentas, acumulam água para os períodos de estiagem e não podem ficar, de forma alguma, com o solo constantemente úmido.

cactos-1

Regas
A  frequência da rega vai depender do local onde o cacto está. A rega dos cactos é moderada. Isso significa que o solo deve estar completamente seco para regá-lo novamente.

Geralmente, se a planta recebe bastante sol, será preciso regar uma vez por semana. Mas se a incidência de luz solar direta é baixa, pode ser que a rega seja necessária apenas a cada 15 ou 20 dias. O ideal é sempre tocar o solo e sentir como está. Se não estiver úmido, está na hora de regara.

Para quem não se dá bem com plantas em casa e diz que “mata até cacto”, uma dica: cactos só morrem por falta de luz e excesso de água. Fora isso, não exigem outra manutenção, pois não precisam de poda e nem de adubo, afinal, eles não encontram isso em seu habitat natural.

O local em que a planta será colocada precisa receber luz solar diretamente ou, se não for possível, pelo menos ter uma alta incidência de luz. As cactáceas são plantas de sol pleno.

Nas condições ideais, deveriam receber seis horas de sol diariamente, no mínimo. É claro que, dentro de casa, raramente temos essas condições. Então, se o lugar recebe entre uma e duas horas de sol por dia, a planta já terá um bom desenvolvimento.

cactos

Observe o local
É preciso pensar no décor do ambiente de acordo com os nossos gostos. Se queremos ter cactos, então, temos que escolher um espaço adequado para ele. Não adianta você querer decorar o banheiro com uma planta como o cacto, que não gosta de umidade. Vai acabar não funcionando.

Já em relação à decoração, o lugar ideal para a planta pode ser definido pela dinâmica do dia a dia. Uma boa dica para escolhermos onde colocar os cactos, é o funcionamento da casa e a nossa rotina.

Quando  temos crianças ou pets, por exemplo, não é muito bom termos essas plantas em lugares baixos ou no chão, afinal a maioria delas têm espinhos e podem acontecer acidentes.

A alternativa nestes casos é trabalhar com este tipo de planta em pontos mais altos. Como utilizar muito os cactos em composições em nichos suspensos ou em estantes e prateleiras mais altas.

Eles são um ótimo elemento decorativo pras estantes e funcionam bem sozinhos ou com outros elementos, como livros e objetos de decoração. Já os cactos maiores, como o mandacaru, trazem bastante verticalidade aos projetos.

As plantas da família das cactáceas também funcionam em qualquer estilo arquitetônico. São um elemento coringa em vários projetos, do industrial ao contemporâneo. A principal dica em relação à composição é apenas na escolha do vaso ou cachepô.

A planta é um elemento vivo, então pode ser utilizada em qualquer estilo. A única observação é o cachepô, que deve compor com o restante do décor utilizado.

cactos-3

Alerta para drenagem
Essas plantas gostam de solo arenoso e bem drenado. Então, não esqueça, opte por um modelo que tenha furo de drenagem, assim você evita que o solo fique encharcado demais e a água fique empoçada na superfície.

E se você é apaixonado pelos cactos, mas não tem um ambiente que receba sol direto ou muita luminosidade há uma boa notícia, há uma espécie que não precisa de tanta incidência de luz. O Rhipsalis teres, ou cacto-macarrão, como é mais conhecido, é oriundo de regiões de mata, diferente da maioria das plantas desta família. Por isso, ele é uma excelente opção para ambientes internos.

entardecernolago

Rosinha De Sol - Aptenia Cordifolia

Cultiváveis no jardim e em vasos, espécies protegem o solo e contribuem para uma decoração.

Que as plantas estão em alta, não é novidade. As propostas estilo urban jungle invadiram os projetos de arquitetura e design, ditando a tendência: melhor do que ter uma planta, é ter várias. Para criar o efeito de abundância, as plantas de forração se apresentam como a melhor opção.

O termo denomina todas as plantas que podem cobrir superfícies, seja de forma horizontal, como a grama amendoim e a grama preta, seja na vertical, como as trepadeiras. Sua principal característica é a capacidade de multiplicação. São plantas mais herbáceas, mais espontâneas. Elas vão se propagando de forma vegetativa, ou seja, vão criando mudas, novas brotações.

As forrações não precisam estarem contato direto com o solo. Também são ótimas candidatas para vasos grandes ou pequenos, em ambientes internos ou externos. Elas só precisam se adaptar bem às condições do ambiente.

forrações-de-jardim

Fora de casa
No lado externo, elas são aliadas estratégicas para proteger o solo de erosões e manter a umidade. Mas, diferentemente das gramíneas, as forrações não são resistentes ao pisoteio e têm uma estatura baixa, geralmente de até 30 cm de altura. Dessa forma, são perfeitas para compor com pedras e madeiras na criação de caminhos no jardim.

O caminho evitará que elas sejam pisoteadas, enquanto elas vão garantir que você não precise fazer nada além de regá-las. No lado de fora, é interessante brincar com as alturas das diferentes forrações e criar desenhos, orientar as pessoas de acordo com o que você coloca no seu jardim. A diversidade de cores, texturas e espécies é prato cheio para a criatividade.

Já nas paredes, geralmente são usadas as trepadeiras, como hera e a unha-de-gato, que podem fechar muros inteiros.

No verão e na primavera elas crescem muito rápido, então o problema é fazer a poda. Outro destaque é a jiboia, que com seus longos caules pendentes pode compor jardins verticais junto a outras espécies, desde que se preste a devida atenção para que ela não domine todo o espaço.

episcia

Dentro de casa
A jiboia também pode ficar dentro de casa. A grande vantagem é que ela se adapta bem até ao ar-condicionado. Julia aponta que, quando o solo é rico em substratos, o crescimento é muito rápido e, em semanas, ela pode crescer e seguir o roteiro que você desejar.

Basta colocar uma estrutura na parede ou fincar pregos enrolados com fios de nylon, criando o caminho que a planta deverá fazer. Outra dica é usar a forração como elemento para integrar ambientes.

Em espaços pequenos, você consegue plantar na cozinha e dar um caminho para que ela chegue até a sala. Quem se preocupa com a sujeira e a manutenção das plantas internas, a profissional reforça: pode ficar tranquilo.

A maioria das plantas são perenes e, se cair alguma folha, elas costumam ser grandes. Então você não vai ter problemas com sujeira e manutenção.

Em vasos, as forrações podem tanto acompanhar outras plantas quanto serem as protagonistas da decoração. Podem, ainda, ter suas mudas colocadas diretamente na água, o que vai comprometer a durabilidade devido à escassez de nutrientes. Mas tudo é válido, basta estar atento às necessidades de cada espécie, como luminosidade e tempo de rega.

onze-horas

Cuidados
As plantas de forração costumam ser bem resistentes – uma característica que combina com a propagação rápida e espontânea. Por isso, são mais fáceis de lidar, demandando apenas alguns cuidados gerais.

Cada planta tem sua proposta de rega, mas no geral elas gostam de ter o solo um pouco úmido, nunca encharcado. É bom regar entre uma a duas vezes por semana. Quanto à adubação, é interessante fazê-la a cada dois meses. Além disso, fique atento à resposta da planta ao ambiente – caso ela não esteja se desenvolvendo como o esperado, faça testes para ver sob qual tipo de luz ela se adequa melhor.

As espécies nativas, além de já estarem adaptadas ao clima da região, elas contribuem para manter a biodiversidade local. Temos muitas espécies com potencial ornamental que poderiam ser mais exploradas. Elas contribuem para a biodiversidade, atraem abelhas nativas e impedem a propagação de espécies exóticas.

Conheça as espécies:

Hedera canariensis
* Hedera canariensis: espécie de hera nativa da costa atlântica. Cresce como uma trepadeira, prefere meia-sombra ou pleno sol. É bem tolerante ao frio, pode ser plantada de forma rasteira ou em paredes, pilares e outros.

Hera-roxa (Hemigraphis Alternata)

* Hemigraphis alternata: hera crespa horizontal. Pela coloração roxa, a dica da paisagista é utilizá-la como detalhes em jardins, como acabamento para plantas mais altas ou arbustos de cor verde escuro. Deve ser plantada em sol pleno.

Syngonium angustatum
* Syngonium angustatum: chamada de Segônia, tem folhas grandes que mesclam verde escuro e verde claro. Pode ser usada como forração horizontal, com boa aceitação soba copa das árvores, ou para compor paredes verdes, desde que comum a estrutura para que ela se agarre. Prefere luz difusa e solo úmido.

Fittonia albivenis

* Fittonia albivenis: típica do Brasil e de outras florestas tropicais, é uma herbácea notável por suas veias que podem ser brancas ou cor-de-rosa intenso. Gosta de umidade, calor e luz difusa.

Soleirolia soleirolii
* Soleirolia soleirolii: conhecida por lágrimas-de-bebê, a planta, delicada, pode ser plantada em vasos no chão ou pendentes, além de fazer acabamento em vasos com outras plantas. Precisa de luz difusa e regas regulares para manter a umidade do solo. No verão, demanda mais água.

Peperomia caperata
* Peperomia caperata: é uma folhagem que, dependendo da espécie, pode ser verde com off-white, mais escura ou ainda roxa. Horizontal, é ideal para ser plantada sozinha em vasos ou compor paredes verticais. Deve receber luz difusa e ter o solo sempre úmido.

chuvas-1

bromélia

Cultivar flores e plantas em casa é ótimo para dar um toque mais alegre ao ambiente e ter uma atividade para distrair a cabeça e relaxar. Inclusive você sabia que ter contato com plantas e com a terra é recomendado para aliviar o estresse?

O lado bom da história é que você não precisa de um curso de jardinagem para cuidar de algumas plantas. Se ainda não decidiu quais você quer ter em seu jardim – ou dentro da sua casa – pode apostar nas bromélias.

Elas são lindas, populares, muito utilizadas como ornamento de jardins e varandas e são a cara do verão. Estamos falando das bromélias. Essas lindas plantas se adaptam a diversos espaços externos e internos e trazem alegria ao ambiente, deixando tudo com um astral impecável.

As bromélias são plantas tropicais e muito populares no Brasil, afinal elas apreciam ambientes com temperaturas entre 15 e 25 graus. São facilmente encontradas na Mata Atlântica, Floresta Amazônica e em campos de altitude. Não é difícil encontrá-las também em alguns locais da África.

Por que tê-las?
Bromélias são bonitas fáceis de cuidar e se adaptam facilmente a qualquer ambiente. Você pode cultivá-las em casa ou apartamento e mesmo em um espaço menor conseguirá fazer com que cresçam tranquilamente.

Há também uma grande variedade de bromélias. Você pode ter mais do que uma em seu jardim ou espacinho de flores. Outra grande vantagem desta planta é que ela não atrai o mosquito da dengue, um dos grandes vilões de quem tem vasos em casa.

bromélia

Bromélias: vaso ou aéreas
Quem quer ter bromélias em apartamento provavelmente vai optar por um vaso para plantá-las. O mesmo é válido para aqueles que não querem deixar a planta no jardim. Como as raízes se expandem e bromélias precisam de bastante água, o ideal é apostar nos vasos mais pesados, como os de barro.

O vaso também não pode ser muito grande, para evitar excesso de umidade nas raízes, que pode acabar deixando a planta doente. Tanto para plantio em vaso quanto direto da terra, você deve cuidar para que a base das folhas não fique em contato direto com o solo.

As bromélias aéreas são vendidas junto a um pedaço de madeira. Elas não devem ser plantadas no solo e sobrevivem presas a outras plantas (estilo as orquídeas). Nesse caso o ideal é ter alguma planta que se dê bem com a bromélia, para que você possa deixá-las juntas.

Bromélias: luminosidade e temperatura
A luminosidade a que as bromélias devem ser expostas depende muito da variedade da planta que você apostar para ter em casa. Algumas delas, geralmente as com folhas mais acinzentadas, espinhentas, avermelhadas e prateadas gostam bastante do sol e podem ficar expostas por mais tempo.

Já aquelas que possuem folhas macias, verdes ou verdes mais escuras gostam mais de ficar a sombra e apreciam menor quantidade de luz ao longo do dia. Elas devem pegar sol, mas não ficar expostas o tempo todo, mas sim parte do dia e de preferência com momentos de sol mais leve.

Quanto a temperatura, por se tratarem de plantas tropicais, bromélias gostam de temperaturas mais elevadas. Se você vive em regiões mais frias, opte por deixá-las dentro de casa e em espaços mais quentinhos.

bromelias_guzmania

Bromélias: rega
Como são plantas de clima tropical as bromélias gostam de solos mais úmidos, mas isso não significa que você deve encharcar o vaso em que está a planta. Você deve molhar a área ao redor da base das plantas e nunca diretamente a base. O ideal inclusive é acrescentar a água diretamente no tanque ou roseta.

Em regiões mais úmidas a rega pode acontecer de uma a duas vezes por semana, enquanto que em locais com climas mais secos e durante o verão de três a quatro vezes por semana.

Nos dias muito quentes (temperaturas acima dos 30ºC) e com umidade do ar mais baixa você poderá usar um borrifador para espirrar um pouco de água diretamente sobre as folhas. Ainda assim, sem exageros. A ideia é manter a umidade da planta.

Bromélias: solo
Essas plantas podem ser um pouco mais exigentes quanto ao solo, mas nada que vá dar muito trabalho. Gostam de alto teor de nutrientes orgânicos e pH mais próximo do neutro. Será preciso adubar o solo antes de plantar sua bromélia. Se for colocá-la em vaso, o indicado é comprar substrato de terra e não usar aquela que você tem no jardim.

Prepare uma mistura de terra, areia, pó de fibra de coco e húmus de minhoca. A maioria das bromélias vivem bem em misturas de terra, areia e fibra de coco. O mais importante é que o substrato consiga reter água, para ajudar a manter a umidade que essas plantas tanto gostam.

Se você apostou nas bromélias aéreas, prepare bem o solo da planta principal, já que sua bromélia se alimenta a partir dela. Pode seguir a mesma dica, mas antes verifique qual o pH e o substrato ideal da planta a que a bromélia está fixada.

bromélias

Bromélia: poda e floração
Se a sua preocupação eram as podas, saiba que as bromélias não precisam disso. A única coisa indicada é a remoção das folhas secas ou danificadas, para dar mais vivacidade a planta e permitir que ela continue se desenvolvendo.

Plantas mais velhas, mas que ainda produzem mudas também podem ser podadas, com o intuito de dar mais luminosidade. De resto não se preocupe com podas. Inclusive as bromélias não vão reconstruir as folhas que você cortar. Então tome cuidado com podas com intuito “estético”, apenas para deixar a planta do jeito que você quer.

Quanto a floração, é interessante saber que bromélias florescem apenas uma vez na vida e quando o fazem é para gerar novos brotos e significa que irão morrer em seguida. O broto é lateral e substitui a planta que em breve irá morrer. As bromélias só florescem quando atingem a maturidade e isso varia de acordo com seu tipo.

Algumas delas podem florescer em alguns meses, enquanto outras podem levar anos. Em situações que a planta sente-se ameaçada – fica exposta a um ambiente muito seco, por exemplo – ela pode acabar desenvolvendo as flores antes do tempo. É apenas uma forma de preservação.

bromélias

Bromélias: cuidados
Para garantir que suas bromélias cresçam saudáveis, é preciso ter alguns cuidados, como:
1. Evitar os pesticidas e fungicidas
As plantas são bastante resistentes quanto a doenças e pragas, então o melhor é não usar produtos como pesticidas e fungicidas. As pragas mais comuns que atacam esse tipo de planta são lesmas e lagartas, que podem ser facilmente removidas com a mão ou com uma pequena pá. Use luvas de jardinagem para retirar as lagartas.

Se sua bromélia for atacada por fungos, faça uma mistura caseira de sabão de coco dissolvido em água, e use uma esponja sobre as folhas para removê-los.

2. Observar a temperatura e a umidade do ar
Você já sabe que as bromélias são plantas tropicais. Ou seja, elas gostam de calor, mas não de ambientes secos. Esteja a planta dentro ou fora de casa, você precisa ficar de olho na temperatura e na umidade do ar. E se optou por plantar ela no jardim, precisa levar esses itens em consideração antes de realizar o plantio.

Se necessário, faça mais regas e borrife um pouco de água sobre as folhas. Mas lembre-se de fazer isso sempre depois que o sol se pôs ou logo no começo da manhã. Você não quer queimar as folhas da sua bromélia, não é mesmo?

3. Cuide para a planta não cair
Apesar de poderem ser plantadas em todos os tipos de vaso, o grande problema dos de plástico é que conforme a planta cresce (e fica mais pesada) há o risco do vaso cair no chão.

Se você preferiu esse modelo de vaso devido a sua melhor capacidade de reter a umidade, deixe a planta em um local em que não possa cair ou virar. Vale até cercar a bromélia com outros vasos. Assim evita o acidente.

bromélias

4. Coloque um pires de borda alta embaixo do vaso
Por gostarem a umidade, as bromélias precisam que seu pires esteja sempre com um pouquinho de água. Mas não se preocupe com o mosquito da dengue. Basta usar um pires de borda alta ou um tanque e terra com bastante matéria orgânica.

Ainda assim, nada de acumular água ou encharcar o vegetal. Lembre-se que suas raízes gostam de umidade, mas podem apodrecer se estiverem sempre com água.

5. Não é necessário trocar a água
Quando as bromélias possuem tanque ou reservatório, não é necessário trocar sua água. Você deve apenas acrescentar mais água quando perceber que é preciso regar a planta novamente.

6. Faça mudanças de forma gradual
Se for preciso mudar sua bromélia de lugar, principalmente para um espaço menos ou mais ensolarado, o ideal é fazer isso com calma. Mesmo que você tenha notado que a planta na verdade precisa de mais luminosidade.

Algumas vezes você pode não acertar de cara que sua bromélia é daquelas que gostam bastante de sol – ou as que preferem menos luminosidade – e colocá-la no lugar errado. Mas vá com calma na mudança. Bromélias se adaptam aos poucos.

Se o problema for a luminosidade, comece colocando a planta por um pouco mais de tempo exposta ao sol, mas não vá imediatamente de 2h de sol para um dia inteiro.

borboletas amarelas

echeveria

As plantas suculentas tornaram-se onipresentes em nosso cotidiano. De elegantes floriculturas a feiras e supermercados, elas podem ser encontradas em todos os tipos, cores, tamanhos e preços.

Hoje em dia, elas já ocupam lugares de destaque, antes dominados pelas flores. Tem sido bastante frequente o uso de suculentas na decoração de eventos, fazendo parte de bouquets de noivas ou sendo ofertadas como lembrancinhas de festas de aniversário. Já foram parar até em ímãs de geladeira, plantadas dentro de rolhas. É uma febre.

Se analisarmos o volume de buscas que as pessoas efetuam na internet, veremos que o termo ’suculentas’ já ultrapassa em muito as orquídeas. Este aumento na procura, evidentemente, reflete-se no comércio. Já há, inclusive, espaços reservados às plantas suculentas no meio de algumas exposições de orquídeas. Da mesma forma, as áreas destinadas a cactos e suculentas vêm aumentando nos garden centers e floriculturas.

A beleza, diversidade, exotismo e facilidade de cultivo estão entre as razões para este sucesso das plantas suculentas junto ao público consumidor. Este fenômeno tem se refletido aqui no blog, onde tenho observado um aumento no interesse dos leitores por estas gorduchas.

A seguir, algumas informações interessantes sobre estas plantas, bem como dicas de cultivo e manutenção dentro de apartamento.

Classificação das plantas suculentas
Ao contrário do que muitos imaginam, não existe uma classificação botânica formal para todas as plantas suculentas. Elas não fazem parte de uma família específica. Diferentes gêneros e espécies, pertencentes a várias famílias botânicas, são popularmente agrupados sob a denominação comum de suculentas.

De forma bastante simplista, plantas suculentas são todas as espécies vegetais capazes de armazenar água em seus tecidos, quer sejam raízes, caules ou folhas. Nestes casos, as estruturas tornam-se mais espessas, adquirindo a aparência típica de uma suculenta. Em latim, ‘sucus’ significa suco ou seiva.

Todos os membros da família Cactaceae, por exemplo, apresentam esta característica. Portanto, cactos são plantas suculentas. O inverso, no entanto, não é obrigatório. Nem todas as suculentas são cactáceas.

Echinopsis chamaecereus

Para exemplificar, cito alguns cactos famosos já apresentados aqui no blog, tais como o cacto-amendoim (Echinopsis chamaecereus), cacto-orelha-de-Mickey (Opuntia microdasys, cacto-castelo-de-fadas (Acanthocereus tetragonus), cacto-dedo-de-dama (Mammillaria elongata) e cacto-dedal (Mammillaria gracilis). As opúncias também são cactos típicos bastante conhecidos.

Muito parecidos com os cactos, os membros da família Euphorbiaceae também são exemplos de suculentas. Neste grupo, talvez a representante mais conhecida seja a Euphorbia millii, popularmente conhecida como coroa-de-Cristo.

Outra família de plantas suculentas bastante famosas é a Crassulaceae. Evidentemente, faz parte dela a Crassula ovata, cujas variedades ‘Hobbit’ e ‘Gollum’ são popularmente conhecidas como suculentas orelha-de-Shrek.

Neste gênero, temos ainda a famosa Crassula Green Pagoda. Além destas, praticamente todas as plantas suculentas cultivadas pelos colecionadores possuem algum membro na família Crassulaceae.

É o caso das clássicas Echeverias, dentre as quais a Echeveria runvonni ‘Tops Turvy’, Echeveria ‘Black Prince’ e Echeveria shaviana.

Também pertence a esta numerosa família as suculentas do gênero Sedum (Sedun moranense), (Sedum morganianum) e (Sedum makinoi).

Echeveria shaviana.

Características das plantas suculentas
Vimos anteriormente que todos os cactos são exemplos de plantas suculentas. Por outro lado, nem todas as suculentas são cactos. Afinal, o que faz com que uma planta seja considerada suculenta?

Além do espessamento dos tecidos vegetais, causado pelo armazenamento de água, e a consequente aparência suculenta de folhas, caules e raízes, estas plantas típicas de ambientes áridos realizam a fotossíntese CAM (Crassulacean Acid Metabolism). Trata-se de um metabolismo diferenciado, que foi inicialmente descoberto em plantas da família Crassulaceae, que visa atenuar os efeitos da falta de água sobre as plantas.

Plantas suculentas que habitam regiões de clima árido apresentam este comportamento evoluído, CAM, no qual os estômatos ficam fechados durante o dia, a fim de evitar a perda de água por evaporação.

Durante a noite, ocorre a abertura destas estruturas, que então permitem a captação de gás carbônico. No entanto, neste período, não há luz para a realização de fotossíntese. O CO2 coletado durante a noite é armazenado sob a forma de ácidos orgânicos.

Durante o dia, quando os estômatos se fecham, estes ácidos liberam o gás carbônico necessário à fotossíntese.

Para evitar a perda de água, muitas plantas suculentas têm um número reduzido de estômatos em suas folhas. Outras, mais radicais, apresentam folhas rudimentares ou ausência total destas estruturas, como acontece com a maioria dos cactos.

Folhas cilíndricas ou esféricas, mais espessas, são características de plantas suculentas. Além de armazenarem água, estas estruturas apresentam uma geometria que diminui a superfície de exposição ao sol, reduzindo a evaporação da água. Também com esta finalidade, as folhas das suculentas costumam ser cobertas por cera ou pelos.

Um exemplo típico e bastante extremo de planta peluda é a Tradescantia sillamontana, popularmente conhecida como suculenta-teia-de-aranha. Também temos a simpática suculenta-orelha-de-gato – Kalanchoe tomentosa, com seu aspecto aveludado característico.

orelha-de-Shrek.

Muitas espécies de plantas suculentas possuem o termo tomentosa no nome, referente à lanugem que cobre suas folhas, como é o caso da famosa suculenta-orelha-de-gato, Kalanchoe tomentosa, ou da suculenta-patinha-de-urso – Cotyledon tomentosa.

Outra planta famosa do gênero Kalanchoe é o aranto, também conhecido como mãe-de-mil ou mãe-de-milhares. Trata-se de uma suculenta polêmica devido às suas alegadas propriedades medicinais, ainda sem comprovação científica. Ainda neste gênero, temos a mais florífera espécie, Kalanchoe blossfeldiana, popularmente conhecida como flor-da-fortuna.

Por fim, muitas espécies representantes deste diversificado grupo de plantas suculentas possui a aparência típica de uma rosa-de-pedra. Suas folhas espessas costumam ser organizadas sob a forma de rosetas, de modo muito similar às pétalas de flores petrificadas.

Vasos e substratos para suculentas
A escolha do melhor vaso para cultivar suculentas passa por uma série de questões inerentes ao ambiente de cultivo e às preferências de cada colecionador. O ideal é manter as plantas que adquiridas no mesmo vaso plástico proveniente do produtor.

A suculenta já sofre um grande stress ao ser retirada das estufas de produção, onde as condições climáticas são idealmente controladas, para ficar exposta à toda sorte de maus-tratos no ambiente de comercialização.

Depois, ainda é transferida ao nosso ambiente doméstico, que também é diferente da estufa. Particularmente, acho que um transplante nesta etapa só piora a situação da planta.

Para esconder a feiura do vaso plástico, podemos sempre recorrer a cachepots decorativos. Lembrando que é importante retirar o vaso de dentro destas peças, para que a água da rega não se acumule no fundo.

cotyledon-tomentosa

O material plástico também facilita o desenvase, durante os replantes necessários quando a planta se torna grande demais. Outra vantagem é que o peso é menor, em relação aos vasos de barro.

Para quem tem grandes coleções, principalmente em apartamentos, o peso somado de todos os vasos é uma questão a ser considerada.

Por fim, vale lembrar que os vasos de plástico retêm a umidade por mais tempo, em relação aos vasos de cerâmica. Dependendo do ambiente em que ficam as suculentas, é preciso adequar a frequência de regas, levando-se em consideração a natureza do material com o qual o vaso é fabricado. Independentemente desta questão, o importante é que o vaso possua uma boa drenagem, que impeça o acúmulo de água no substrato.

Substrato este que pode ser composto por diferentes materiais. O importante é que seja bem aerado, não compactado, bastante drenável. A mistura mais comumente utilizada no cultivo de suculentas é a de terra vegetal e areia grossa, em partes iguais.

Mas há quem adicione esterco curtido, húmus de minhoca e outros elementos orgânicos à mistura. É importante lembrar que plantas suculentas são originárias de regiões desérticas, de solo arenoso, geralmente pobre em nutrientes.

Não é necessário utilizar um substrato muito rico em matéria orgânica, nem utilizar materiais argilosos, ou que retenham muita umidade. Uma solução segura para quem está iniciando é comprar substratos prontos, especialmente desenvolvidos para o cultivo de cactos e suculentas.

Além da mistura clássica de terra e areia, há quem utilize casca de pinus, carvão vegetal, fibra de coco, perlita, e até mesmo musgo sphagnum. É sempre bom lembrar que, neste caso do musgo, a retenção de água é enorme e as regas devem ser feitas com muita cautela.

O importante é encontrar uma composição em proporções que apresentem uma boa performance no ambiente de cultivo de cada colecionador, levando-se em consideração seu estilo de vida e hábitos de rega.

Sedum Morganianum

Frequência de regas
Nesta questão de quão frequentemente regar as plantas suculentas, não há uma regra fixa. Não podemos nos prender a uma frequência semanal ou quinzenal. O importante é sempre verificar, com o dedo, o nível de umidade do solo. Ele só deve receber água novamente quando estiver completamente seco.

Outra maneira bastante prática de se perceber que o material no interior de um vaso secou bem é aferindo seu peso. Quanto mais leve estiver, mais seco o substrato estará. O vaso de plástico, por ser bem leve, ajuda nesta verificação. Com o tempo, vamos nos acostumando a distinguir o peso de um vaso recém-regado, comparado ao de um completamente seco.

Por este motivo, evite colocar aqueles pedriscos brancos decorativos, na superfície dos vasos. Eles me atrapalham na verificação da umidade do solo. É fácil perceber quando uma suculenta precisa ser regada apenas pela aparência da terra, que se torna mais clara e esbranquiçada, aspecto bem distinto de um solo úmido.

Durante as regas rotineiras, no dia a dia, evite molhar as folhas e rosetas das suculentas, para que não haja acúmulo de água e consequente apodrecimento nos interstícios destas plantas, geralmente bem compactas.

Uma vez por semana ou a cada quinze dias, principalmente durante os meses mais quentes do ano, leve todas para uma bacia ou um tanque e dê uma boa chuveirada. O importante é deixar as suculentas secarem bem, depois do banho. Este procedimento evita o acúmulo de sujeira e, eventualmente, pragas nas folhas das plantas.

Luminosidade para as suculentas
Alguns iniciantes têm a impressão de que só é possível cultivar suculentas e cactos sob pleno sol. Isso não é verdade. Muitos gêneros e espécies de suculentas adaptam-se ao cultivo em interiores, desde que próximos a janelas bem iluminadas.

Neste caso, é importante saber quantas horas de sol cada janela recebe, bem como sua orientação. As janelas e varandas com face norte são as mais iluminadas e propícias ao cultivo de cactos e suculentas.

Aquelas voltadas a leste recebem o sol da manhã, que também é ótimo. Janelas face oeste tendem a ser muito quentes, podendo provocar queimaduras em suculentas mais sensíveis. Já as aberturas voltadas ao sul precisam abrigar plantas que necessitem de menos luz para seu desenvolvimento.

Nem todas as suculentas são iguais, no quesito luminosidade. Existem gêneros mais propícios a serem cultivados em ambientes internos, de meia sombra. Também existem aquelas que são mais resistentes ao sol direto.

Antes de montar sua coleção, o importante é avaliar o quanto de luz seu ambiente recebe. Depois desta verificação, basta fazer uma pesquisa e adquirir as suculentas que melhor se adaptam às condições que podemos oferecer.

Além disso, muitos gêneros de plantas suculentas adaptam-se tanto ao cultivo sob sol pleno como à meia sombra. O curioso é que sua morfologia e coloração mudam completamente, dependendo do nível de luminosidade ao qual são expostos. Nestes casos, o importante é fazer a transição gradualmente, de um ambiente para outro.

Haworthia retusa

Suculentas de sombra
Como a grande maioria das suculentas e cactos adora sol, vamos destacar aqui aqueles gêneros que podem sobreviver com menos luz. É o caso das espécies dos gêneros Haworthia e Haworthiopsis. J

A Hawortia limifolia, Haworthia retusa e Hawortia coarctata, são três excelentes exemplos de suculentas que não necessitam de sol direto para seu desenvolvimento. São plantas que, em seu habitat de origem, vivem em locais mais sombreados, entre pedras, e até mesmo parcialmente enterradas. Portanto, são ideais para o cultivo em interiores.

A famosa planta-jade – Crassula ovata, e seus mutantes, como a orelha-de-Sherk, são exemplos de suculentas que podem ser cultivadas tanto dentro como fora de casa.

Embora possam ficar enormes e florescer sob sol pleno, são plantas que se dão bem em interiores, desde que recebam uma boa luminosidade indireta. A suculenta Portulacaria afra também encaixa-se nesta categoria.

Todos os representantes do gênero Sansevieria, popularmente conhecidos como espadas-de-São-Jorge, são excelentes opções para quem dispõe de pouca luminosidade em seu ambiente de cultivo.

Outros exemplos de suculentas que podem ser cultivadas à meia sobra são as representantes dos gêneros Gasteria e Rhipsalis. Embora precise de bastante luminosidade para florescer, a popular flor-de-maio – Schlumbergera truncata, é outra suculenta que costuma ser cultivada em interiores com sucesso.

Crassula ovata

Propagação de suculentas
Plantas suculentas podem ser multiplicadas com grande facilidade e rapidez. Qualquer folha que é destacada da planta mãe pode gerar uma nova muda. Basta que os segmentos sejam removidos corretamente, antes que comecem a murchar ou secar, e que sejam colocados em um berçário de suculentas.

Além disso, o processo de poda drástica, popularmente conhecida como decapitação, pode gerar uma grande quantidade de novas plantas. Para conhecer mais sobre estes processos, basta clicar nos links para os respectivos artigos.

Já o processo de propagação através de sementes é mais difícil e demorado. Existem algumas empresas que comercializam sementes de cactos variados. Sementes de suculentas são mais difíceis de serem encontradas comercialmente.

Embora a germinação ocorra com relativa facilidade, é complicado obter indivíduos adultos a partir de sementes, já que muitos morrem no caminho. Também é preciso ficar atento para anúncios fraudulentos de sementes, principalmente de plantas suculentas alegadamente raras.

planta mãe-de-milhares

Suculentas tóxicas
Apesar de as plantas suculentas esbanjarem beleza e fofura, há alguns cuidados a serem tomados. O perigo mais evidente são os espinhos. Não somente os cactos, mas também várias Eufórbias costumam apresentar espinhos agressivos, que podem ferir crianças e animais domésticos.

Além disso, as plantas suculentas podem exsudar um líquido leitoso, quando cortadas. O caso mais típico é o das representantes da família Euphorbiaceae, como a coroa-de-Cristo. Esta seiva branca é tóxica se ingerida acidentalmente.

Além disso, o simples contato desta substância com a pele pode causar irritações e alergias. Ainda mais perigoso é o contato inadvertido com os olhos e mucosas.

Menos evidentes, mas igualmente perigosas, são as suculentas do gênero Kalanchoe. A planta mão-de-milhares ou mãe-de-mil , popularmente conhecida como aranto, é uma suculenta famosa por causar envenenamento em animais domésticos e até em gado.

É importante tomar cuidado com esta suculenta porque muitos atribuem a ela diversas propriedades medicinais. Contudo, experimentos científicos ainda não comprovaram estas alegações.

Outro exemplo clássico de suculenta tóxica é a espada-de-São-Jorge. Vários membros do gênero Sansevieria podem causar intoxicação em crianças e animais domésticos, se ingeridos acidentalmente.

A famosa planta-jade – Crassula ovata, é outra suculenta bastante comum na decoração de ambientes, que pode causar acidentes, graças à toxicidade de seus tecidos vegetais.

Há vários outros exemplos. De maneira geral, plantas ornamentais e suculentas devem ser protegidas do contato com crianças e animais domésticos. É importante fazer uma boa pesquisa antes de adquirir novas plantas, sempre tendo em vista os perigos potenciais para nossos entes queridos.

As suculentas são particularmente perigosas para crianças porque são fofas e suas folhas gorduchas destacam-se com facilidade, sendo um atrativo irresistível para ser colocada na boca. Todo cuidado é pouco.

orelhadesherek

Considerações Finais
As suculentas são plantas extremamente democráticas. Talvez por isso, estejam tão em alta atualmente. Além de belíssimas e decorativas, são relativamente baratas, podendo ser encontradas em qualquer lugar.

Como se não bastasse, são plantas de fácil cultivo e ideais para quem mora em apartamento. Não é necessário fazer um curso ou ler uma enciclopédia para aprender a cuidar de suculentas. Qualquer pessoa que adquira uma pequena planta logo conhecerá os principais cuidados a serem tomados, sem muita frescura ou enrolação.

O único problema destas plantas suculentas é que não é possível parar em uma, duas ou meia dúzia. Sem que percebamos, logo estaremos contaminados pelo vírus e não sossegaremos enquanto não preenchermos cada espaço disponível com uma incrível coleção de plantas gorduchas.

flores (2)