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árvores

A arborização urbana é uma ciência, desdobramento do urbanismo, que por sua vez é ensinado nas faculdades de arquitetura. Mas se para construir uma casa é necessário um projeto arquitetônico, o planejamento das calçadas e a arborização das ruas é frequentemente relegado à categoria de “palpite”, e cada um vai plantando o que quer e o que gosta, sem saber dos riscos que as eventuais escolhas erradas podem trazer, tanto para as vias públicas quanto para as próprias residências.
Se o assunto é plantar árvores em calçadas, é importante que se saiba que não é adequando plantar qualquer espécie, em qualquer lugar. É preciso levar em consideração um grande número de fatores, sendo que o primeiro deles diz respeito às proporções do local, com relação à expectativa de crescimento da árvore a ser plantada.
Árvores de grande porte exigem muito espaço, e precisam ser plantadas de acordo com uma expectativa de crescimento de pelo menos 15 a 20 anos. Algumas espécies exigem espaço amplo também sob a terra, para crescimento das raízes, com o risco de afetarem muros, calçamentos, paredes da casa e a própria área de circulação da rua, se seu plantio não for devidamente planejado.
Além do aspecto estético, que é o que geralmente nos mobiliza prioritariamente na hora de escolher as árvores de nossas calçadas, é aconselhável conhecer as características da planta, com relação ao crescimento das raízes, troncos e copas, a produção de resíduos – há espécies que sujam muito as ruas, pela queda constante das folhas – e até pelas exigências de podas, porque muitas dependem de cuidados e manutenção constante, para que cresçam de acordo com o que se espera delas.
A escolha da árvore na calçada vai afetar, por exemplo, a rede elétrica, motivo pelo qual não se deve plantar árvores muito copadas e altas nas calçadas, do lado da rua em que existem postes e fios. A altura e densidade das copas também afetam a circulação de veículos, e dependendo da largura da rua, podem dificultar ou impedir o trânsito de caminhões, inclusive os de serviços públicos, que podem ser indispensáveis ao atendimento da comunidade em torno.

Outros cuidados dizem respeito às necessidades das próprias espécies, como o clima, a quantidade de sol e de umidade, e o tipo de solo, que são fatores que precisam ser respeitados, se o que se quer é uma planta plena e saudável. As trapadeiras, por exemplo, precisam de algum local para se apoiar, com o risco de crescerem demais e despencarem. Já as amendoeiras, tão comuns nas ruas de tantas cidades pelo país afora, precisam de poda dos galhos superiores e inferiores, para tomarem o formato copado que as fazem tão bonitas. Várias outras espécies exigem a correção das copas, para que se lhes possam dar os formatos mais indicados, não apenas no aspecto do paisagismo, também para manter a saúde e funcionalidade.
Uma escolha definitivamente contra-indicada pela arborização urbana é o plantio de árvores frutíferas nas vias públicas, como forma de evitar acidentes. São tantos os riscos que é impossível enumera-los nesse texto – podemos voltar a ele posteriormente – mas uma imagem que me ocorre é a de uma jaca despencando na cabeça de um transeunte. E isso não é piada, pois morei recentemente numa rua em Resende, onde havia pelos menos duas jaqueiras enormes, plantadas e dando frutas na calçada..
Outras espécies definitivamente contra-indicadas são aquelas que produzam flores, folhas ou frutos venenosos. Um dos exemplos mais típicos entre os tão frequentemente encontrados nas nossas vias públicas são as espirradeiras (nerium oleander e nerium oleander álbum), de grande apelo estético e muito usadas justamente porque adaptadas em calçadas estreitas, mas também comuns em maciços de praças públicas, mas cujas flores possuem forte efeito tóxico, havendo casos graves de intoxicação em crianças e animais.

Qualquer plantio em via pública implica em responsabilidade civil, embora essa raramente seja cobrada e fiscalizada. Os cuidados necessários ficam, portanto, mercê da consciência de cada um. Mas nunca é demais que sejamos conscienciosos e tomemos os cuidados necessários, porque aquilo que é publico também pode nos afetar. Usar algumas horas para estudar e mergulhar no mundo das plantas, descobrindo as espécies adequadas às nossas necessidades, também pode se transformar num grande prazer.

laurus_nobilis

Nome Técnico: Laurus nobilis L.
Nomes Populares: Loureiro, louro
Origem: Originária da Ásia, cultivada no sul e sudeste do Brasil.

Descrição: Árvore de 2 a 4,0 m de altura, de folhas perenes aromáticas, ovais, coriáceas de cor verde-escura.
As flores são pequenas, amareladas reunidas junto às axilas das folhas.
Os frutos são pequenos,tipo bagas e quando maduros ficam quase negros.
As folhas são comercializadas para tempero de carnes.
Em medicina popular é empregue como remédio para reumatismo e afecções da pele, pois seu óleo essencial é bactericida.

Cultivo: Cultivo a pleno sol em solo rico em matéria orgânica, por isto é recomendado que na cova de plantio seja colocado adubo animal curtido junto com composto orgânico de folhas.
Não aprecia solos encharcados e pode ser conduzido por podas.

No paisagismo: Muito usado nas hortas de antigamente, volta com força no cultivo de jardins produtivos, mesclando-se às plantas ornamentais.
Se plantado junto com distância entre 0,50 e 0,80 m , pode servir de cerca-viva de privacidade.

barrinha de vasinhos

Mirindiba-rosa

Nome Científico: Lafoensia glyptocarpa
Nome Popular: Mirindiba-rosa, Mirinduva, Louro-de-são-paulo, Mirindiba-bagre, Mirindiba, Dedaleiro
Origem: Brasil
Ciclo de Vida: Perene

A mirindiba-rosa é uma árvore tropical bastante rústica e ornamental, indicada para a arborização urbana e recuperação de áreas degradadas. Seu crescimento é moderado a rápido e seu porte é médio, alcançando de 8 a 15 metros de altura. O tronco apresenta casca sulcada, de cor pardacenta a acinzentada, e sua madeira é pesada e densa, de boa qualidade. As folhas são simples, ovaladas, glabras, brilhantes, com bordos ondulados e apresentam uma curiosa glândula no ápice, que produz uma substância adocidada, atrativa para formigas.
A floração ocorre no inverno, despontando numerosos botões avermelhados, dispostos em inflorescências terminais do tipo rácemo simples. As flores brancas, com longos estames, desabrocham à tardinha, produzem muito néctar, que chega a escorrer, e duram apenas por uma noite. Os polinizadores são principalmente morcegos. Os frutos se desenvolvem na primavera e são cápsulas globosas, secas, sulcadas e deiscentes, contendo sementes aladas.

A mirindiba-rosa possui copa arredondada, com folhagem e floração decorativas. No paisagismo pode ser utilizada na arborização de ruas desprovidas de fiação elétrica e em parques e praças. Também pode ser aproveitada em jardins residenciais de médio a grande porte.

Seu uso na recuperação de áreas degradadas é bastante interessante, pois atrai e alimenta a vida silvestre, responsável pela polinização e dispersão de outras espécies vegetais importantes para o equilíbrio ecológico.
Deve ser cultivada sob sol pleno, em solo fértil, profundo, bem drenável, enriquecido com matéria orgânica e irrigado regularmente.

Apesar de crescer melhor sob as condições descritas acima, a mirindiba-rosa é rústica e capaz de se desenvolver em solo pobres.

Multiplica-se por sementes, plantadas em saquinhos. As mudas se beneficiam se forem sombreadas nas horas mais quentes do dia, com a proteção de telas tipo sombrite ou sob a copa de árvores.

Elas podem ser transplantadas ao local definitivo cerca seis a sete meses após plantio.

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A Pluméria é muito popular no Havaí onde são cultivadas inúmeras variedades e as flores são  utilizadas  na  confecção  dos colares típicos usados na recepção de seus visitantes.  A Pluméria é conhecida internacionalmente como “frangipani”, é  nativa  das  regiões  tropicais das Américas e pertence à família das apocináceas , a mesma das  alamandas.

Aqui no Brasil a Pluméria ficou conhecida como jasmim-manga e é muito cultivada em praticamente todas as regiões. As Plumérias  possuem caules grossos e roliços com abundante seiva leitosa, recobertos por uma casca lisa em tonalidade bronzeada ou acinzentada.
Suas folhas são grandes e elípticas agrupadas principalmente  nas  extremidades  dos  galhos e caem parcial ou totalmente no  inverno.  Suas  flores  abrem-se em sucessão de outubro a abril e são em forma de funil com  consistência cerosa e reunidas em inflorescências  terminais.

Há  variedades  de  flores vermelhas, rosas, brancas, alaranjadas e outras, e é  comum  em quase todas as variações a presença de mais de uma cor na  mesma  flor.  A floração fica mais intensa a partir de novembro.

No Mercado de Flores da CEASA Campinas é  bastante  fácil encontrar mudas de plumérias nas mais diversas  tonalidades de  cores,  em tamanhos que variam de 90cm até  2m de altura.

Dicas de cultivo: As plumérias são plantas bastante fáceis de cultivar, requerem plena exposição ao sol preferindo clima tropical,  quente e seco, não tolerando geadas  ou  solos  encharcados.  Sua  propagação é feita principalmente por estacas pois a multiplicação por sementes é bastante lenta.