
A Hortência é um arbusto originário do Japão e espalhou-se pelo mundo levando cor e beleza aos jardins.
Elas são admiradas por sua generosa floração e também são popularmente conhecidas como rosa-do-japão e hidrângea. Pertence á família Hydrangeaceae (ex-Saxifragaceae).
Veja dicas e saiba como cultivar a sua.
Pouco comum entre as plantas, a cor azul é a característica marcante da hortênsia, uma flor de cultivo fácil, rápido e simples para produção comercial. Rústica e de boa adaptação a diferentes tipos de solos, a hortênsia ainda se destaca quanto à exuberância dos cachos que possui, os quais são muito utilizados para adornar diferentes ambientes.
Plantio e reprodução
Em qualquer época do ano pode-se fazer o transplante de uma muda, menos nos meses mais quentes, pois dificilmente vingarão. Caso adquira ou tenha produzido uma muda de hortência e queira transplantá-la tome alguns cuidados.
O solo no qual será plantada deve ser bem rico em matéria orgânica. Plantando diretamente no solo, faça um buraco que tenha duas vezes o diâmetro da raiz da planta. A planta deve ficar no mesmo nível do chão.
Afofe um pouco a terra que a envolve, mas sem descobrir as raízes. Com a terra afofada as raízes espalham-se melhor. Aperte levemente o solo ao redor da planta para eliminar bolsões de ar. Regue bem. Procure colocar uma cobertura vegetal junto à base para que ela não perca umidade facilmente.

Deve ser adubada na primavera, com adubos que contenham potássio, mas pouco nitrogênio e fósforo. Existem adubos específicos para hortências que devem ser utilizados em intervalos de 15 a 20 dias. No inverno deve ser adubada com orgânicos para estimular seu crescimento. Excesso de adubo pode prejudicar a planta, levando-a produzir muitas folhas e poucas flores.
Quando acabar a floração é hora de podar as hortências, para que no ano seguinte a floração seja mais intensa. Não corte os galhos que não tenham dado flores pois são os que darão flores no ano seguinte.
A reprodução das hortências faz-se por estaquia, sendo o outono a melhor época do ano tanto para a multiplicação como para o transplante. As mudas podem ser feitas a partir dos galhos cortados durante a poda, dando preferência aos mais jovens e saudáveis. Para facilitar o enraizamento pode-se utilizar um hormônio enraizador. Leva cerca de 60 dias para que se desenvolvam as raízes.
O segredo das cores
Ao contrário do que muita gente imagina, não existem hortências de várias cores, mas sim, plantas que adquirem cores variadas de acordo com o pH (potencial de acidez, neutralidade e alcalinidade de uma substância ou solução) do solo onde estão plantadas.
Uma mesma planta pode dar flores azuis, rosas ou brancas, se a terra que a cerca tiver o PH alterado. Qualquer pessoa pode escolher a cor das flores das hortências que tem no jardim de casa. Basta tornar o solo mais ácido ou mais alcalino.
Existem fertilizantes à venda que ajudam a ativar a tonalidade das flores, tornando-as azuis ou rosas. Mas caso você queira fazer seus próprios experimentos sem recorrer às facilidades do mundo moderno, mãos à obra.

Flores azuis – Para que sua hortênsia produza flores azuis o solo deve ser ácido. Em um solo rico em alumínio elas nascerão lindamente azuis, chegando ao violeta. Caso o solo não seja ácido faça uma mistura de 20 g de sulfato de alumínio, sulfato de ferro ou pedra ume, diluído em 5 litros de água e regue a planta com esta mistura duas vezes por semana, começando cerca de 40 a 50 dias antes do início da floração.
Quanto mais alumínio contiver o solo onde está plantada a hortênsia mais escura será sua cor podendo nascer buquês de flores violetas. Há, porém outra “receita” específica para que a hortênsia produza flores violetas.
Neste caso coloque palhas de aço usadas dentro de água. Deixe até que a água esteja da cor da ferrugem. Depois regue a hortênsia com esta água uma vez por semana.

Flores rosas – Para que sua hortênsia produza flores rosas o solo deve ser alcalino. No caso de que sua hortênsia de flores azuis produza flores rosas, antes de mais nada, pode-a eliminando a maioria das folhas (isto é necessário para eliminar o máximo possível do alumínio que a planta contenha).
Replante-a em um local com a terra preparada com uma mistura de 200 a 400 g de calcário dolomítico por m2. O calcário dolomítico é um corretivo para o solo que pode ser encontrado em viveiros ou lojas de plantas e produtos para jardinagem. Assim têm-se flores rosas de tonalidades variadas, podendo inclusive dar origem a flores brancas. Quanto mais alcalino o solo ficar mais clara será a cor das flores, culminando em hortências de buquês brancos.
Adicionando Carbonato de Sódio (não confunda com bicarbonato de sódio) à terra pode-se conseguir flores multicoloridas.

Controle de pragas
Galhas: folhas e pétalas atacadas tornam-se espessas e deformadas apresentando, às vezes, manchas esbranquiçadas. As extremidades dos ramos também podem manifestar o problema, tornando-se “esgalhadas”.
Controle: elimine as partes afetadas e utilize um fungicida do tipo Calda Bordalesa (sulfato de zinco, cal e água).
Oídio: a planta apresenta manchas esbranquiçadas na frente e verso das folhas e até no cálice da flor. Com o tempo, as folhas apresentam coloração cinza escuro e começam a cair prematuramente.
Controle: reduza a quantidade de água nas regas, isole as plantas atacadas ou suspeitas e faça pulverizações com fungicida em casos mais severos.
Seca de ponteiros: apresenta-se na forma de uma podridão marrom escura, que se inicia na ponta do ramo e se espalha para baixo, atingindo a haste principal. Pode provocar até a morte da planta.
Controle: faça a poda dos ponteiros atacados e proteja o corte com uma pasta à base de oxicloreto de cobre.
Clorose: toda a folhagem pode tornar-se amarela.
Controle: normalmente, o problema surge por deficiência nutricional. Deve-se observar a adubação correta, verificando se há carência dos nutrientes.
Multiplicação: É realizada por estacas que podem ser extraídas da planta mãe o ano inteiro, apesar de a melhor época ser após o florescimento. As estacas podem ser herbáceas – brotações laterais que ocorrem ao longo dos ramos –, desde que tenham cerca de 8 cm e de quatro a seis folhas pequenas e sejam usados reguladores de crescimento para garantir o enraizamento –, e semilenhosas, utilizando ramos que contenham, no mínimo, duas gemas laterais, sendo uma para ficar sob o substrato para formação das raízes e outra acima, para a parte aérea. As estacas levam 40 dias para enraizar.
Luminosidade: Em lugares muito quentes, como na Amazônia, esta planta floresce durante o ano todo, porém suas flores são menores. Nestas regiões, a planta precisa ficar na sombra algumas horas do dia.
Espaçamento no plantio: Varia de acordo com as condições físicas do ambiente, a variedade utilizada, o manejo adotado, entre outros fatores. A cova, no entanto, deve ser grande, com no mínimo 50 x 50 x 50 cm, pois as plantas ficarão no terreno por cerca de 8 anos ou mais. Prepare a cova com adubação química e orgânica indicada pela análise do solo. É importante contar com a orientação de um engenheiro agrônomo.
Cuidados: Ao terminar a floração, faça poda drástica do ramo que floresceu. Corte-o a 10 cm do solo, para que a planta emita novas brotações e cachos florais de bom tamanho. Podas mais altas (a 30 cm do solo) são recomendadas quando a intenção é obter mais quantidade de brotos e de cachos. Apesar do controle fácil, pragas e doenças necessitam de monitoramento.
Doenças: Os fungos causadores de doenças podem surgir em locais muito úmidos e quentes, por isso evite que os ramos inferiores entrem em contato com o solo.
Poda: É usada em jardins ou como flor de corte. Quando as flores perderem a coloração, pode-a para estimular o surgimento de novos ramos e botões florais.
Adubo: Farinha de osso, farinha de peixe ou torta de algodão, uma vez por ano.








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