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gerânio

Os gerânios estão entre as flores mais cultivadas em todo o mundo, principalmente em jardins e áreas externas, locais que recebem bastante luminosidade. Dentro de casas e apartamentos, é mais difícil que um gerânio consiga produzir flores, devido à luz filtrada e indireta, típica deste tipo de ambiente.

Embora poucos se apercebam do fato, os gerânios podem ser considerados plantas suculentas. Ainda que suas folhas tenham a aparência normal, os caules do gerânio possuem a capacidade de armazenar água em seus tecidos vegetais, de modo similar às begônias.

Não por acaso, as diferentes espécies que originaram os híbridos de gerânios ornamentais são nativas de regiões localizadas ao sul do continente africano. Sendo assim, estas plantas podem resistir a temperaturas elevadas e períodos de estiagem.

Existem, basicamente, duas variedades de gerânio mais cultivadas, em função de suas flores bastante ornamentais. Uma é mais ereta, arbustiva, representada por híbridos descendentes da espécie Pelargonium hortorum.

Devido ao aspecto de suas folhas, este cultivar costuma ser popularmente chamado de gerânio ferradura. De modo geral, tanto as folhas como as flores deste tipo de gerânio são bastante perfumadas, apresentando uma grande diversidade de aromas, dependendo do cultivar.

É das folhas do gerânio que o óleo essencial geraniol, bastante utilizado na indústria de perfumes, é extraído. Há quem afirme que o gerânio aromático, capaz de exalar um perfume cítrico, pode ser usado como repelente de mosquitos, assim como a citronela.

Já a variedade híbrida, que possui o Pelargonium peltatum em sua ascendência, apresenta um porte mais herbáceo, de aspecto prostrado. Por este motivo, estas plantas são conhecidas como gerânios pendentes.

Ao contrário da variedade ereta, eles formam belas cascatas floridas, de grande efeito ornamental, em vasos suspensos. Neste caso, no entanto, as flores não são perfumadas.

pelargônio

As flores dos gerânios, além de belíssimas, servem para distinguir os dois principais gêneros desta família botânica. Aquelas produzidas pelas espécies do gênero Geranium apresentam cinco pétalas idênticas, dispostas ao redor de um eixo central.

Desta forma, a simetria da flor deste gerânio é radial. Já as flores dos gerânios pertencentes ao gênero Pelargonium possuem as duas pétalas superiores diferentes das três basais. Deste modo, a flor torna-se zigomorfa, apresentando uma simetria bilateral.

Atualmente, no entanto, vários híbridos comercializados de gerânio apresentam flores com pétalas dobradas. Neste caso, há várias camadas de pétalas sobrepostas, o que confere à inflorescência o aspecto de um mini bouquet natural, extremamente ornamental.

A variedade de cores e perfumes é incrível, fruto de décadas de cruzamentos sucessivos, entre diferentes espécies de gerânios. Atualmente, podemos encontrar gerânios com flores em diferentes tonalidades de branco, rosa, vermelho, laranja e púrpura. Existem variedades mais raras, capazes de produzir flores amarelas. Outro híbrido digno de nota é o gerânio com flores em um tom bem fechado de vermelho, quase negro.

A floração do gerânio costuma ocorrer durante os meses mais quentes do ano, iniciando-se na primavera e prolongando-se até o outono. De modo geral, os gerânios de porte arbustivo costumam ser cultivados em quintais e jardins ensolarados, formando maciços e bordaduras bastante floríferos.

Já os gerânios pendentes ficam belíssimos em vasos suspensos ou floreiras na parte externa das janelas. Também são ideais para quem mora em apartamento e dispõe de uma varanda que receba bastante luminosidade.

Pelargonium híbrido

Por serem plantas de natureza suculenta, mais resistentes aos períodos de seca, os gerânios costumam ser indicados para aquelas varandas de apartamentos localizados em andares mais altos, onde venta muito, já que a umidade do ar nestes locais é mais baixa. Neste tipo de ambiente, jardins verticais ornamentados com gerânios pendentes ficam um espetáculo.

Os vasos e floreiras para o plantio do gerânio devem ser preparados com uma camada de drenagem no fundo, composta por qualquer material particulado, como cacos de telha, argila expandida ou brita. Por cima desta camada, pode-se posicionar uma manta geotêxtil, para evitar que o solo escape durante as regas. Alternativamente, há quem reutilize o filtro de café, para esta finalidade.

O substrato ideal para o gerânio é aquele rico em matéria orgânica. Porém, como se trata de uma planta de origem africana, de natureza suculenta, convém adicionar uma parte de areia à mistura.

O importante é que o solo fique bem aerado, facilmente drenável, além de ser capaz de fornecer nutrientes às raízes do gerânio. As regas devem ser moderadas, ocorrendo apenas quando o substrato estiver seco. Pode-se fazer esta aferição com a ponta do dedo, para sentir a umidade do material, ou através do peso do vaso.

Quanto mais leve estiver, mais seco estará o solo em seu interior. De modo geral, mas principalmente em relação ao gerânio, convém evitar o uso do pratinho sob o vaso, que pode aumentar a umidade e causar o apodrecimento das raízes. Outro hábito prejudicial, no caso do gerânio, é o de borrifar as folhas e flores.

Este procedimento também pode facilitar o desenvolvimento de fungos e bactérias, nestes tecidos vegetais, prejudicando sua aparência.

A manutenção dos gerânios é bastante tranquila. Basta retirar as folhas amarelas, mais antigas, que vão secando com o tempo, além de hastes florais que já finalizaram o processo. No caso dos gerânios pendentes, que vão ficando cada vez mais compridos, pode-se fazer uma poda nas extremidades do caule, utilizando os segmentos cortados como mudas para a formação de novas plantas.

Este procedimento também ajuda o caule remanescente a se ramificar, produzindo uma touceira mais densa.

Embora os gerânios possam ser plantados a partir de sementes, o método de estaquia, acima descrito, é o mais prático e rápido para se realizar a multiplicação desta planta. Tanto as sementes como as estacas devem ser plantadas no início da primavera, quando o metabolismo do gerânio está mais ativo.

O excesso de adubação, no caso do gerânio, pode prejudicar sua floração, principalmente se a fórmula utilizada for rica em nitrogênio. Para que as flores surjam com mais vigor, pode-se estimular o processo com um adubo rico em fósforo.

Pelargonium híbrido3

Existem formulações específicas para estimular a floração de plantas ornamentais, à venda em lojas especializadas. Não é necessário aplicar muito fertilizante químico, nos casos em que o substrato já tiver sido bem preparado, com uma terra adubada, rica em matéria orgânica.
Embora seja belíssimo, perfumado e de fácil cultivo, o gerânio apresenta a desvantagem de ser bastante tóxico a animais domésticos, principalmente gatos e cachorros, se ingerido acidentalmente.

água-energia

Portanto, ele deve ser plantado em locais inacessíveis a estes pets. Tomado este cuidado, o gerânio é um espetáculo de planta, podendo inclusive ser cultivado apenas pela sua folhagem perfumada e ornamental.

Obrigada pela sua visita. Se você tem sugestões ou dicas sobre o assunto, coloque aí nos comentários, eles podem acabar virando temas para novos posts.

OBS: Este site não trabalha com vendas de plantas,sementes e afins, apenas são postados artigos com informações sobre como cultivar as plantas. Você pode adquirir sua planta desejada em qualquer bom Garden Center de sua região.


vanda amarela

O gênero Vanda é relativamente pequeno, dentro da família Orchidaceae. Ele é composto por aproximadamente 80 espécies, que ocorrem naturalmente em diferentes localidades na região sudeste do continente asiático, bem como em algumas ilhas do Pacífico.

Atualmente, a Tailândia está entre os principais países produtores e exportadores da orquídea Vanda, fornecendo inúmeras espécies, variedades e híbridos ao mercado consumidor mundial.

De forma mais abrangente, no entanto, diversos outros gêneros e espécies de  orquídeas são informalmente chamados de Vanda, por pertencerem à mesmo tribo botânica, Vandeae. Neste contexto, são exemplos de vandáceas as orquídeas dos gêneros Aerides, Ascocentrum, Renanthera, Rhynchostylis, entre muitos outros.

Em comum, todas estas orquídeas apresentam um crescimento monopodial, produzindo novas folhas a partir de um único ponto apical, umas sobre as outras. Outras características típicas das orquídeas Vanda são a ausência de pseudobulbos e o hábito epífito de vida.

Mais do que qualquer outra orquídea, a Vanda é mundialmente conhecida por emitir uma grande quantidade de raízes aéreas, que atingem grandes comprimentos. Por este motivo, é muito comum que as vandáceas sejam cultivadas em ausência de vasos e substratos, apenas acondicionadas em suportes suspensos, com as raízes pendentes.

Outro grande atrativo, para aqueles que cultivam a orquídea Vanda, é sua capacidade de florescer várias vezes ao ano. Suas inflorescências são grandes e vistosas, sendo que algumas espécies e híbridos apresentam a característica especial de produzirem flores perfumadas.

Além disso, a Vanda é uma das poucas orquídeas capazes de produzir flores azuladas. De modo geral, são híbridos descendentes da espécie Vanda coerulea. O pigmento encontrado nesta orquídea não é verdadeiramente azul, mas a combinação de diferentes tons de púrpura acaba produzindo flores com uma intensa tonalidade azulada.

Apenas lembrando que outra vandácea comumente encontrada no mercado, a Phalaenopsis Blue Mystique, é uma orquídea azul colorida artificialmente. Nas próximas florações, ela volta à sua coloração original, que é branca.

A cor azul é tão rara no reino vegetal que a Vanda coerulea encontra-se, atualmente, sob risco de extinção, em seu habitat de origem. Assim como acontece no Brasil, a coleta e comercialização de orquídeas nativas é proibida, em muitos países do sudeste asiático, onde a orquídea Vanda é encontrada na natureza.

Vanda6

Dentre os híbridos azulados mais famosos, podemos citar a Vanda Sansai Blue e Vanda Pachara Delight.

Outra cor rara entre as orquidáceas é a vermelha. Na aliança Vanda, a representante mais famosa por produzir flores vermelhas é a Renanthera coccinea. Além desta espécie, há alguns híbridos de Ascocentrum, outra vandácea, capazes de produzir flores avermelhadas.

As orquídeas amarelas do gênero Vanda, por sua vez, costumam ser descendentes da espécie Vanda dearei. É o caso da Vanda híbrida apresentada na foto de abertura deste artigo. Belíssimos híbridos da orquídea Vanda, na coloração amarela, são a Vanda Kultana Gold e Vanda Fuchs Gold.

Mas as possibilidades de cores nas flores das orquídeas Vanda são praticamente infinitas, graças à intensa hibridização e melhoramento genético que vêm sendo efetuados ao longo dos anos.

Há Vandas com flores brancas, amarelas, alaranjadas, em diversos tons de púrpura, pink, azuladas e avermelhadas. Muitas delas possuem o característico padrão pintalgado em suas imensas flores arredondadas, que costumam durar entre duas a três semanas.

O sucesso da orquídea Vanda como planta ornamental é tamanho que, há alguns anos, os produtores começaram a cultivá-la com o intuito de fornecer flores de corte ao mercado consumidor.

Muitas orquídeas, genericamente comercializadas no mercado apenas como Vandas, são na realidade híbridos intergenéricos. Isto significa que estas orquídeas descendem de outros gêneros, tais como Ascocentrum e Rhynchostylis, por exemplo.

Sendo assim, temos a Ascocenda, que é fruto do cruzamento entre Ascocentrum e Vanda. Vandacostylis, por outro lado, descende de Vanda e Rhynchostylis. Aranda é outro híbrido primário, descendente dos gêneros Arachnis e Vanda.

Já o gênero trigenérico Mokara é resultante da mistura entre Arachnis, Ascocentrum e Vanda. Indo mais além, o híbrido intergenérico Darwinara é ainda mais complexo, fruto do cruzamento envolvendo quatro gêneros diferentes: Ascocentrum, Neofinetia, Rhynchostylis e Vanda. Como podemos constatar, as possibilidades são infinitas.

O cultivo da orquídea Vanda é bastante simples, mas pode tornar-se um desafio, dependendo das condições climáticas de cada localidade. Por ser uma planta tipicamente tropical, originária de florestas quentes e úmidas do sudeste asiático, a Vanda não se desenvolve bem em regiões que apresentam temperaturas mais baixas.

Além disso, como é cultivada com as raízes pendentes, sem substrato, esta orquídea sofre quando os níveis de umidade relativa do ar são muito reduzidos.

Dentre todas as orquídeas epífitas, a Vanda é a que mais se ressente quando suas raízes ficam abafadas, acondicionadas em vasos com substrato. Por este motivo, é comum o cultivo da orquídea Vanda em pequenos cestos vazados e suspensos, que podem ser de plástico ou madeira, de modo que as raízes fiquem completamente livres, pendentes.

Vanda-Coerulea

Também há quem apenas prenda a Vanda em uma haste de metal, de forma a mantê-la pendurada. Qualquer outro tipo de cultivo que abafe as raízes da orquídea Vanda deve ser evitado, a todo custo. Caso fiquem úmidas por muito tempo, estas estruturas apodrecem rapidamente, matando a planta por desidratação.

Quando cultivada da forma correta, com as raízes aéreas, as regas da orquídea Vanda devem ser bastante frequentes. Em ambientes mais secos, ou com ventilação excessiva, as irrigações podem ser efetuadas mais de uma vez por dia.

O ideal é borrifar apenas as raízes, evitando-se molhar as folhas. Caso a água fique acumulada nos interstícios, pode causar o apodrecimento destas estruturas. Este cuidado é ainda mais importante durante os meses de outono e inverno.

As regas da Vanda devem ser intensas, de modo que o velame em torno das raízes passe da coloração branca, quando está seco, para um aspecto esverdeado, indicando que a raiz foi completamente hidratada.

É muito comum que as orquídeas do gênero Vanda sejam cultivadas sobre pequenos lagos ou tanques de peixes. Desta forma, a umidade é constantemente fornecida às raízes, sem encharcá-las diretamente.

Quando mantidas em estufas, frequentemente estes espaços não têm um piso de concreto, de modo que a terra úmida ajuda a proporcionar um ambiente saudável para o cultivo destas orquídeas. Também vale a pena manter bromélias e samambaias, na parte inferior do orquidário, pelo mesmo motivo.

Em ambientes fechados, protegidos de correntes de vento, vale a pena utilizar umidificadores de ar, para um melhor cultivo da orquídea Vanda. Alguns americanos conseguem a proeza de cultivar Vandas no porão, embaixo da casa, com iluminação artificial, circuladores e umidificadores de ar.

A orquídea Vanda aprecia elevados níveis de luminosidade. Embora haja espécies que tolerem o sol pleno, o ideal é proteger estas orquídeas com uma tela de sombreamento, geralmente capaz de filtrar 50% dos raios solares incidentes.

Desta forma, as folhas ficam livres das queimaduras, que podem ocorrer nas horas mais quentes do dia, principalmente durante os meses do verão. Quanto mais luz puder ser fornecida à Vanda, sem que suas folhas se queimem, mais abundantes e frequentes serão suas florações.

Vanda-Dearei

No inverno, os cuidados com a orquídea Vanda devem ser redobrados. Isto porque, se submetida a temperaturas muito baixas, a Vanda pode entrar em dormência, deixando de produzir novas folhas, raízes e flores. Seu metabolismo somente voltará ao normal quando as condições se tornarem mais favoráveis, com o aumento das temperaturas.

Portanto, o ideal é que o ambiente de cultivo tenha algum tipo de aquecimento, durante o inverno mais rigoroso. Sei de pessoas que se dão ao trabalho de colocar as orquídeas Vanda dentro de casa, durante as noites mais frias do inverno. Além disso, durante este período, as regas devem ser reduzidas.

Deve-se evitar molhar folhas e flores, sob condições de temperaturas mais baixas. O excesso de umidade pode causar a proliferação do fungo Botrytis cinerea, que ocasiona manchas amarronzadas nos tecidos florais. Embora não ofereça risco à vida da Vanda, esta praga danifica as flores, arruinando sua aparência.

Em qualquer época do ano, mas principalmente durante os meses mais frios, o excesso de vento pode causar a desidratação da orquídea Vanda. Portanto, é muito importante que ela seja cultivada em um local mais protegido, que tenha uma ventilação controlada, apenas para garantir que as raízes possam secar ao longo do dia.

Durante o inverno, é importante regar apenas no início da manhã, de forma que haja tempo hábil para que o excesso de umidade seja evaporado, no decorrer do dia.

A adubação da orquídea Vanda deve ser mais intensa e elaborada. Esta exigência decorre do seu metabolismo mais acelerado e de suas florações mais frequentes, ao longo do ano. Como está sempre produzindo novas raízes, folhas e flores, a Vanda precisa de uma dose mais reforçada de nutrientes.

Além disso, como suas raízes são aéreas, não ficam em contato direto com nenhum material, o que faz com que qualquer adubação seja rapidamente eliminada com as próximas regas.

Por este motivo, a adubação orgânica somente faz sentido se for líquida, o que não é tão comum. De maneira geral, os adubos solúveis do tipo NPK, com macro e micronutrientes, utilizados de forma mais frequente e diluída, proporcionam bons resultados no cultivo da orquídea Vanda.

Pode-se, por exemplo, preparar soluções com metade ou um quarto da dose recomendada pelo fabricante, e aplicá-la semanalmente. Além do nitrogênio, fósforo e potássio do NPK, é importante que as formulações tenham cálcio e enxofre. Esta adubação química pode ser alternada com algum fertilizante orgânico, desde que possa ser aplicado sob a forma líquida, com pulverizador.

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Embora seja uma orquídea resistente, a Vanda costuma ser considerada de difícil cultivo, devido às suas exigências por um ambiente com bastante luminosidade e umidade. O primeiro indício de que algo não vai bem com a Vanda é o amarelamento e ressecamento das suas folhas, principalmente as mais próximas às raízes, na parte de baixo da planta.

É muito comum vermos Vandas que vão perdendo as folhas, de baixo para cima, ficando cada vez mais pescoçudas, até que acabam morrendo. Este é um sintoma de desidratação, que pode ocorrer tanto por falta de regas ou de umidade no ambiente, como por excesso de água nas raízes, por um período muito prolongado.

Na tentativa de salvar a orquídea Vanda, muitos cultivadores recorrem a tubetes com água levemente adubada, estrategicamente presos às pontas das raízes. No entanto, o procedimento mais correto e eficaz é simplesmente aumentar os níveis de umidade relativa do ar, no ambiente de cultivo.

É por este motivo que as condições aqui na sacada do apartamento são tão desafiadoras ao cultivo de Vandas, uma vez que o excesso de ventos retira toda a umidade do ambiente, causando uma frequente desidratação da orquídea, que não possui a proteção de um vaso ao redor das suas raízes.

Sob condições ideais de temperatura e pressão, no entanto, o cultivo da orquídea Vanda é bastante tranquilo e recompensador, dadas as suas abundantes e frequentes florações. O único inconveniente, quanto ao seu crescimento monopodial, é a dificuldade de propagação. Talvez por este motivo, a Vanda ainda seja uma orquídea de custo mais elevado.

Vanda-Sanderana-Alba

Diferentemente das tradicionais orquídeas que se desenvolvem de forma simpodial, emitindo novos pseudobulbos em diversas frentes de crescimento, a Vanda somente cresce para cima, sendo impossível dividi-la.

Como a multiplicação através de sementes de orquídeas é um processo bastante complicado e demorado, particularmente no caso da Vanda, cuja trajetória da semente até as flores pode levar dez anos, a única alternativa mais viável de propagação da Vanda é através de eventuais keikis. Trata-se de uma palavra havaiana que significa bebê.

A orquídea Vanda pode, ocasionalmente, produzir pequenos brotos laterais, a partir dos mesmos pontos que produzem as hastes florais. No entanto, este não é um processo líquido e certo, dependendo muito da sorte.

Vandopsis1

Há quem diga que a orquídea produz keikis quando sente que sua vida está em perigo. Desta forma, as novas brotações seriam uma forma de garantir a perpetuação da planta.

Ainda que não seja a orquídea ideal para quem mora em apartamentos, a Vanda possui uma beleza que encanta a todos, a um tal ponto que algumas tentativas podem ser feitas.

orquídea abrindo

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cacto-estrela-capa

Por uma série de diferentes razões, esta é uma suculenta que eu não recomendo cultivar dentro de casas e apartamentos. Embora seja popularmente conhecida como cacto estrela, e tenha a aparência de uma cactácea, a Stapelia hirsuta não pertence a esta família botânica.

Ainda assim, esta planta suculenta, que também é chamada de flor estrela, necessita de sol pleno para se desenvolver e florescer, condição que nem sempre é factível em interiores. Além disso, o cacto estrela é conhecido por produzir uma floração com odor bem desagradável.

Não por acaso, a Stapelia hirsuta é chamada de carrion plant, planta carniça, em países de língua inglesa. Na verdade, diferentes espécies do gênero botânico Stapelia recebem este apelido pouco lisonjeiro. Isto acontece porque as flores por elas produzidas exalam um aroma de carne em decomposição, com a finalidade de atrair seus agentes polinizadores, geralmente moscas.

Para piorar a situação, é comum encontrarmos ovos e larvas destes insetos nas flores do cacto estrela, que são ludibriados pela planta.

Outro apelido comum para o cacto estrela, no exterior, é justamente starfish flower, flor estrela do mar. Além do odor desagradável, a flor do cacto estrela é conhecida por seu aspecto exótico, bastante peludo.

Este não é um capricho da flor estrela, trata-se de uma estratégia complementar ao aroma, para mimetizar a superfície de um animal morto. A Stapelia hirsuta é o primeiro exemplo de suculenta que produz flores repletas de longos tricomas.

Stapelia hirsuta

É justamente por esta razão que o nome científico do cacto estrela possui o termo hirsuta, derivado da palavra hirsutus, que significa peludo, em latim.

O cacto estrela pertence à família Apocynaceae, a mesma da Flor de cera (Hoya carnosa e da suculenta corações emaranhados (Ceropegia woodii).

Também faz parte desta família botânica a famosa rosa do deserto (Adenium obesum). No entanto, os parentes que mais se assemelham à Stapelia hirsuta, em termos vegetativos e de morfologia das flores, são os representantes dos gêneros Orbea e Huernia, também bastante colecionados e apreciados pelos cultivadores de suculentas.

A espécie Stapelia hirsuta é originária de regiões ao sul do continente africano, ocorrendo naturalmente em países como Namíbia e África do Sul. No entanto, ao contrário de outras suculentas, o cacto estrela está habituado a solos menos áridos, com um teor maior de umidade e matéria orgânica. Isto porque, nas regiões em que se encontra, nativamente, a flor estrela experimenta situações de invernos mais chuvosos.

Por esta razão, o cacto estrela pode ser regado com mais frequência, mas nunca em excesso. O solo deve ser bem aerado e drenável, podendo conter uma mistura de terra vegetal, areia grossa e composto orgânico, em partes iguais.

Outra boa opção é misturar o substrato específico para o cultivo de cactos e suculentas, comprado pronto, a uma porção equivalente de matéria orgânica, que pode ser esterco curtido ou húmus de minhoca.

Caso a flor estrela seja mantida em vasos, é importante que eles tenham furos no fundo e uma camada de drenagem, que pode ser feita com pedrisco, argila expandida ou brita. Por cima deste material, uma manta geotêxtil pode ser posicionada, para evitar a perda do substrato durante as regas. Alternativamente, pode-se reutilizar o filtro de café, com esta mesma finalidade.
Stapelia hirsuta5
O vaso para o cultivo da Stapelia hirsuta pode ser de barro ou de plástico, desde que as regas sejam ajustadas de acordo com o material escolhido. O vaso de cerâmica é mais poroso, permitindo que o substrato seque mais rapidamente.

Por outro lado, o plástico retém a umidade por um período mais prolongado, razão pela qual deve-se diminuir a frequência das regas. Como sempre, o uso do pratinho sob o vaso não é recomendado, já que ele pode acumular a água das regas e causar o apodrecimento das raízes do cacto estrela.

No entanto, é em jardins sob sol pleno que a flor estrela mostra todo o seu potencial, formando belas touceiras. Esta é uma planta ideal para compor o paisagismo de espaços com inspiração desértica, junto com outras suculentas e cactos.

Caso o cultivador encontre uma fonte confiável, pode tentar plantar a flor estrela a partir de sementes. Embora exista muita propaganda enganosa, a este respeito, sementes genuínas de Stapelia hirsuta costumam germinar com facilidade.

Basta colocá-las em pequenas estufas, em solo bem arenoso, e aguardar por sua germinação, que costuma ocorrer dentro de algumas semanas. No entanto, serão necessários mais três anos de cultivo, até que o cacto estrela nascido a partir de sementes torne-se adulto e apto a florescer.

Uma forma mais rápida de propagar a Stapelia hirsuta é através de cortes realizados na planta principal. O segmento seccionado deve ser deixado em um local sombreado e bem arejado, durante alguns dias, até que uma calosidade seja formada no ferimento, cicatrizando-o. Esta etapa evitará que o cacto estrela seja contaminado por fungos e bactérias.

Somente depois deste processo, a muda poderá ser plantada na terra, onde enraizará e produzirá uma nova planta.

Stapelia hirsuta7

Tendo sido a terra bem preparada, com matéria orgânica, não é necessário aplicar uma adubação muito intensa, durante o cultivo do cacto estrela. Para estimular a floração, pode-se utilizar uma formulação mais rica em fósforo, do tipo NPK, de tempos em tempos.

No entanto, o fator crucial para que o cacto estrela produza flores é a luminosidade. Quanto mais luz puder ser fornecida a esta suculenta, mais abundantes serão suas florações.

Embora a Stapelia hirsuta possa ser cultivada em ambientes de meia sombra, o ideal é mantê-la sob sol pleno, pelo maior número de horas possível.

Para quem mora em apartamentos, sacadas ensolaradas ou floreiras externas são boas opções para se cultivar a flor estrela.

Como mencionado na introdução, só não é muito recomendável cultivar o cacto estrela dentro de casas e apartamentos, em função do odor desagradável de suas florações.

Apesar deste pequeno detalhe, trata-se de uma suculenta bastante resistente, de muito fácil cultivo e baixa manutenção, capaz de produzir flores surpreendentemente grandes, bonitas e exóticas. Apesar de fedorentas.

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Alocasia Black Velvet (Medium)

A Alocasia negra, é uma planta de folhas aveludadas e bem escuras, que se desenvolve idealmente dentro de casa ou em jardins sombreados.

Além de uma bela adição ao lar, a Alocasia negra é uma herbácea resistente, que orna cômodos e chama a atenção onde estiver. A folhagem aveludada e bem escura (daí o nome), ainda confere o apelido de Black Velvet (veludo preto) à variação do gênero Alocasia.

De porte pequeno, podendo atingir 40 cm, a planta é proveniente das florestas tropicais asiáticas, e sua cor não é meramente um detalhe. A característica ajuda a Alocasia a absorver a maior quantidade possível de luz em seu habitat, tornando-a uma verdadeira sobrevivente mesmo em espaços com pouca luz natural.

Justamente por estes traços, a profissional explica que a Alocasia negra é uma das plantas ideais para ter em casa. Em áreas externas, pode ser cultivada em varandas ou jardins sombreados, mas deve ser protegida do vento forte ou da luz solar direta.

Como cultivar a Alocasia negra em casa?
Além das mudas serem facilmente encontradas online ou lojas de jardinagem, para quem tem uma espécie em casa e pretende propagá-la, o processo é bem simples.

A divisão da espécie pode ser feita através das touceiras, separando os brotos laterais e os plantando em vasos separados. É importante evitar a exposição solar direta, ainda que garantindo a presença de luz no ambiente.

Elas devem ser cultivadas em um vaso fundo, com o substrato mantido úmido e regando aproximadamente duas vezes por semana. As folhas não devem ser regadas diretamente – o foco é a terra. Além disso, é recomendado fazer furos no fundo dos vasos para evitar torrões e o apodrecimento das raízes.

Por ser uma espécie de ambientes tropicais, a Alocasia negrak gosta de locais com grande umidade.

Ela prefere locais com boa luminosidade, mas evite expô-la diretamente aos raios solares intensos, pois isso pode queimar as folhas sensíveis. A temperatura ideal para essa planta varia entre 18°C e 24°C, sendo importante evitar exposição a temperaturas extremas. A dica é apostar em banheiros com boa luminosidade ou no uso de umidificadores de ar.

Alocasia Black

Qual o melhor substrato para Alocasia?
A Alocasia negra deve ser cultivada em um vaso fundo, que tenha, no mínimo, 3 litros.

O substrato recomendado para cultivo é bem simples e fácil de encontrar: terra vegetal. Mas, não esqueça da camada de drenagem, que pode ser feita no fundo do vaso com argila expandida ou pedrinhas de construção (brita).

Depois de fazê-la, coloque a terra vegetal até, aproximadamente, a metade do vaso.

Em seguida, faça o transplante da muda com cuidado, retirando a planta do recipiente de origem de modo que mantenha o torrão no entorno das raízes. Posicione-a no centro do vaso e vá adicionando mais terra vegetal, até chegar a borda.

alocasia-black

Rega
A rega Você deve ser sempre que o substrato estiver seco. O segredo é mantê-lo úmido, mas evitar encharcamentos.

Em média, isso significa aproximadamente duas vezes por semana. Porém, varia muito conforme as condições climáticas da região em que você vive e do espaço onde o vaso está.

Mesmo gostando de umidade, evite molhar as folhas das alocasias, priorizando focar diretamente na terra ou no ambiente de cultivo.

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