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Haworthia truncata

Já matou uma suculenta afogada? Não fique chateada, isso é muito comum, apesar de serem fáceis de cuidar, existem deslizes graves que atrapalham o cultivo

Todo cacto é uma suculenta, mas nem toda suculenta é um cacto. Neste artigo, vou falar do segundo grupo, as primas dos reis do deserto, pequenas, gordas e sem espinhos.

Não é muito difícil tomar conta de uma suculenta. Então, se você ama plantas, mas costuma assistir as verdinhas definharem apesar dos seus esforços, suculentas podem ser a solução. Tudo que elas precisam é de muito sol e pouca água.

Porém, existem alguns truques importantes. Um deles é estar atento à rega: é muito comum afogar as suculentas no cultivo em casa. Para evitar que as raízes fiquem empoçadas, invista em vasos com furos (mesmo que elas não estejam em um modelo tradicional, e em uma mistura de areia com terra para drenagem.

Mas e a frequência da rega? A quantidade semanal será diferente dependendo da estação do ano e da temperatura. Mais que focar em um número específico de irrigações, repare na aparência da planta e da terra, que deve ser mantida úmida, nunca encharcada.

Para medir, é só fingir que a terra é aquele bolo de chocolate delicioso no forno e espetar um palito. Se ele sair sujo, ainda não está pronto. Ou seja: não é hora de regar. Saindo seco, pode pegar a quantidade de água de um copinho descartável de café e colocar, devagar e com bom senso.

Haworthia-fasciata

Uma boa ideia é usar uma bisnaga plástica, como aquelas de lanchonete, para dosar bem a quantidade. Para as suculentas grandes, o esquema é o mesmo, porém com medidas maiores.

Preste muita atenção no tamanho de sua planta. Suculentas que se tornam compridas, com folhas bem separadas e até um pouco desmilinguidas, sofrem com falta de luz solar. A planta saudável é bem compacta. Leve-as para tomar banhos de sol durante a manhã para evitar que elas percam seu formato natural.

Evite também aqueles pedriscos brancos, pequenos, usados para enfeitar vasos: eles nada mais são que mármore picado e, molhados, liberam um pó que faz mal para a planta. No lugar deles prefira coberturas naturais como casca de pinus e palha de arroz.

As suculentas deram certo, você gostou muito e agora quer replantar? Fazer a muda é fácil: corte o caule da suculenta e deixe-o secar por dois dias – se ele for replantado imediatamente, encherá de fungos. Depois é só coloca-lo novamente na terra e esperar a planta “pegar”.

Haworthia cooperi var. truncata

Sabemos como é: ás vezes, não importa quantos manuais e guias você leia sobre cuidados com suculentas, elas continuam morrendo. E as pessoas ainda dizem que elas são as plantas mais fáceis de cuidar!

1. Nunca trate todas as espécies da mesma maneira
Apesar dos cuidados gerais com suculentas serem muito parecidos, cada espécie possui necessidades um pouco diferentes – é assim com qualquer planta!  Portanto, na hora de comprar, pergunte sobre as particularidades da espécie para o vendedor.

2. Atenção, iniciante: não comece com as plantas coloridas
As variedades de suculentas roxas, laranjas e vermelhas são mais difíceis de cuidar nos interiores, crescendo melhor em jardins fora de casa. Para pequenos vasos em ambientes fechados, dê preferência para as verdes. A variedade dependerá do formato das plantas, e não da cor.

3. Nunca deixe a suculenta na sombra ou sob luz solar direta
A quantidade de luz e calor que a suculenta suporta é bem precisa. Ela deve ficar próxima às janelas todos os dias para receber um pouco do sol que tanto gosta, mas nunca diretamente embaixo dele. É uma boa pedida mudá-las de lugar durante o dia, se possível. Tudo na medida!

4. Não regue quando a terra ainda estiver molhada
As suculentas tem essa aparência fofa, com folhas mais grossas, por causa dos depósitos de água que possui. Com muitas regas, ela é sobrecarregada e apodrece facilmente. Como saber se sua suculenta está recebendo muita água?

Echeveria pulvinata

É só prestar atenção no solo: deixe-o secar bem antes de rega-la novamente. Na dúvida, faça o teste do palito para checar se ele está seco, enfiando-o na terra até sua metade.

A quantidade de regas sempre dependerá do tipo de solo, da drenagem e do clima – quem mora em regiões áridas, por exemplo, precisará dar água à planta com mais frequência.

Manchas marrons nas plantas também são um bom indicativo de que algo está errado. Para saber se é sede ou se a planta está se afogando, teste o solo. Só não há problema quando os pontinhos estão na orelha-de-gato: ela é assim mesmo.

Uma orelha-de-gato com seus pontinhos saudáveis. Eles não são um problema nela, mas quando aparecem em outras plantas, é bom tomar  cuidado.

Kalanchoe tomentosa - Orelha-de-gato

5. Não plante a suculenta em um vaso pequeno demais
Principalmente se você nunca cuidou de plantas antes e ainda não sabe dosar as regas, é importante deixar a suculenta em um vaso em que seja possível observar bem a terra.

Por mais que seja lindo ver uma rosa de pedra (Echeveria elegans) combinada perfeitamente à circunferência de seu recipiente, fica impossível fazer o teste da umidade.

O próprio ato de dar água à planta se torna mais complicado. O excesso de água preso entre as folhas, sem alcançar a terra, pode fazer com que elas apodreçam.

6. Não deixe uma planta muito próxima da outra no terrário
Esta regra, além de valer pelo mesmo motivo da acima, serve para garantir que cada planta tenha espaço suficiente para respirar. A proximidade exagerada também não deixa que a luz alcance igualmente todas as suculentas, podendo prejudicar a saúde de algumas delas.

vaso-suculenta

7. Não use vasos fechados
Vasos fechados não são recomendados para colocar suas suculentas se você ainda não é experiente com as regas. Isso porque a drenagem de água nesses casos não é efetiva, facilitando os erros na dosagem.

Prefira modelos com furos embaixo e sempre regue a planta fora do pratinho, deixando a água drenar o máximo possível antes de colocar o vaso de volta sobre ele.

Se você ama a beleza dos terrários, não ache que nunca poderá tê-los: alguns deles possuem furos próprios para drenagem e, com a prática e conhecimento sobre suas plantas, é possível usar os que não têm também.

nascente

Obrigada pela sua visita. Se você tem sugestões ou dicas sobre o assunto, coloque aí nos comentários, eles podem acabar virando temas para novos posts.

OBS: Este site não trabalha com vendas de plantas,sementes e afins, apenas são postados artigos com informações sobre como cultivar as plantas. Você pode adquirir sua planta desejada em qualquer bom Garden Center de sua região.


flores

Já ouviu falar de ferrugem nas plantas? O que parece ferrugem – pela cor vermelha nas manchas das folhas – é na verdade uma variedade de fungos. Cada espécie de planta é afetada por um fungo diferente, fazendo com que a ferrugem não passe facilmente para plantas de espécies diferentes.

Muitas espécies de plantas são atacadas por essa doença, mas embora o nome seja o mesmo, muitas vezes o agente causador da ferrugem não é o mesmo em se tratando de plantas distintas. Por exemplo, a ferrugem branca do crisântemo é causada pelo fungo Puccinia horiana e a ferrugem das orquídeas pelo Sphenospora kevorkianii.

Este problema pode ser controlado, mas a melhor solução passa por prevenir o seu aparecimento. Saiba como evitar ferrugem nas plantas lendo este artigo e mantendo um jardim saudável e bonito.

Fungos

Os sintomas da ferrugem incluem o aparecimento de manchas que surgem, numa primeira fase, na parte de cima da folha. As manchas podem ser amareladas, com um tom amarelo a avermelhada no centro. A parte inferior da folha pode conter caroços nas mesmas zonas onde surgem as manchas no topo. É nesses caroços que se encontram os esporos do fungo.

Algumas semanas depois do aparecimento das manchas, elas adquirem uma textura poeirenta que indica que o fungo se está reproduzindo. As folhas mais atacadas podem ficar deformadas e cair prematuramente.

Os esporos são estruturas de dispersão dos fungos, semelhantes às sementes das plantas. Seu tamanho é diminuto e cada lesão pode conter milhões de esporos sendo que, para haver nova infecção, basta que um único esporo germine em condições ideais de temperatura e umidade.

Eles propagam-se através do vento e da chuva, que pode carregá-los por milhares de quilômetros. Se regar as plantas por cima, os esporos espalham para as folhas inferiores contagiando o resto da planta. Regue sempre na base, umedecendo apenas o solo, para manter a planta seca e evitar a distribuição do fungo. Evite, também, regar demasiado, pois o fungo se desenvolve mais rapidamente com a presença de umidade.

umidade

Para combater o fungo da ferrugem, procure produtos derivados do enxofre. Extrato de cavalinha ou uma solução de alho podem ser pulverizados na planta para sensibilizar o fungo no começo da manhã. Para fazer o remédio de alho, bata duas ou três cabeças com um litro de água no liquidificador e coe a mistura.

Nota: Numa fase inicial da doença, pode apenas remover as partes afetadas para evitar a distribuição. Remova as folhas infectadas e desinfete as tesouras que usar neste processo.

A higienização do jardim é importante para prevenir a ferrugem na planta ou árvore. Se estão aparecendo doenças no seu jardim, procure fazer uma limpeza na vegetação esgotada. O fim da estação é propício ao aparecimento de fungos nas folhas, que são dos órgãos mais sensíveis da planta.

Mas esse processo depende bastante das condições climáticas. Um tempo úmido, com clima ameno, favorece a proliferação da ferrugem, que acontece em poucos dias; o frio desfavorece o seu desenvolvimento, possibilitando às folhas jovens escaparem ilesas.

ferrugem

Como evitar ferrugem nas plantas
Para evitar as condições que o fungo aprecia, é importante regar moderadamente as plantas. Sempre deixe a camada superficial do solo secar antes de regar novamente.

As plantas cujas folhas ficam molhadas por um período longo e não recebem ar suficiente, ficam mais suscetíveis à infecção. O melhor remédio é prevenir – a higienização do jardim, se bem feita, já diminui bastante as chances do aparecimento da ferrugem.

As folhas infectadas com ferrugem precisam ser removidas. Os tecidos vegetais afetados não têm capacidade regenerativa, portanto os danos causados às plantas são irreparáveis. Não é uma boa ideia colocá-las em pilhas de compostagem, pois o fungo conseguirá se espalhar para outras plantas quando o composto for utilizado.

O melhor a se fazer é cortar as folhas infectadas, juntá-las e queimá-las. Depois, ainda é preciso desinfetar a tesoura com uma solução de água e vinagre ou água sanitária.

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As mini-orquídeas sãos plantas delicadas que, como o próprio nome diz, contemplam o estilo minimalista de gosto para decoração.

Suas flores pequenas e delicadas, sendo algumas só visíveis em sua totalidade através de uma lupa, não perdem em nada em relação a beleza para as flores grandes e vistosas. Dado o seu tamanho, podem ser cultivadas em apartamentos e ambientes pequenos.

Antes de pensar em cultivar as mini orquídeas, um aviso importante: trata-se de uma espécie delicada, e algumas até ameaçadas de extinção. Logo, ao optar por ter uma, vá a uma loja especializada em sua venda, ao invés de simplesmente retirar uma da natureza.

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Existem diversas espécies de mini-orquídea, ou micro-orquídeas, e não existe um padrão muito rigoroso para que uma orquídea seja caracterizada como “mini”.

Existem plantas de grande porte, mas que produzem folhas minúsculas e as plantas de pequeno porte com flores ainda menores, como é o caso da Sophronitis cernua, onde as flores são menores que um botão que camisa.

Essas pequenas plantas com enorme beleza também são carinhosamente chamadas, entre os seus admiradores, por teacup orchids quem, em tradução livre, significa “orquídea da xícara de chá”, como uma referência ao seu tamanho.

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Ambiente adequado – Como se tratam se plantas delicadas, a mini orquídea precisa de um ambiente ameno, com alta umidade e boa ventilação. Elas não devem ser expostas diretamente ao sol ou a ventos fortes.

Escolha do vaso para a mini orquídea – Devido ao rápido crescimento das suas raízes, o recipiente da planta deve ser sempre um pouco maior do que a mesma.

Meio saudável – Para crescimento saudável da mini orquídea, preencha o recipiente com algum composto orgânico, como musgos e cascas de alimentos. Assim sua mini orquídea será plantada em um meio saudável e nutritivo.

Corte de pontas e troque de recipiente - Conforme sua mini orquídea for crescendo, vá podando as pontas. O ideal, segundo alguns especialistas na criação da planta, é fazer o corte entre 2,0 e 2,5 cm acima do nó superior dos caules.

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Passado algum tempo, dependendo do tipo, sua mini orquídea pode crescer a ponto de precisar trocar de vaso. A escolha do novo recipiente deve seguir as mesmas regras; ou seja, ele deve sempre ser um pouco maior do que a planta.

Quando for mudar a planta para o outro recipiente, faça-o com delicadeza, girando devagar a planta, até que toda a raiz se desprenda da terra.

Preste atenção nas raízes - As mortas, que se apresentam marrons e murchas, devem ser cortadas, para que a sua mini orquídea continue a crescer saudável.

Cuidados ao transplantar
Quando houver a troca de recipiente, não regue diretamente a planta no começo. Borrife um pouco de água uma vez ao dia.

Phymatidium tillandisioides-mini-orquídea

As micro-orquídeas precisam de mais umidade, nesse caso, é preciso regar a planta com mais frequência, de forma que ela nunca fique seca. Um bom método é mergulhar o vaso (normalmente, um toquinho de madeira) em um balde com água suficiente para cobrir toda a planta, inclusive a folhagem.

Deixe a orquídea no “banho” por uns 10 minutos, escorra bem e volte o vaso no lugar em que estava. Uma vez por semana, você pode acrescentar adubo NPK 20-20-20 nessa água na proporção de 1 colher de café para 1 litro de água.

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Cuidar da planta é uma tarefa que exige cuidado, atenção e disciplina. Quando se trata de uma planta tão delicada, quanto o caso de uma mini orquídea, esse cuidado deve ser redobrado.

Se informe a respeito do tipo da sua planta, pois ela pode demandar alguns cuidados específicos. Fertilize a terra no recipiente dela e fique atento ao aspecto. Ela deve estar saudável, caso contrário as flores não durarão muito ou, pior ainda, nem mesmo irão aparecer.

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Vanda-Sanderana-Alba

As raízes são responsáveis pela fixação da orquídea e por 70% ou mais da captação das substancias usadas por ela para vegetar com saúde. É umas das partes que mais evoluiu em relação às raízes de outras plantas mais simples.

Essa evolução vem ocorrendo ao longo dos milhares de anos por uma necessidade das orquídeas terem que adaptar em locais onde outras espécies de plantas não conseguem viver.

Essa evolução permitiu que as orquídeas vegetem na forma aérea sobre as árvores dentro das florestas e campos, no alto das montanhas entre as fendas das rochas onde ficam sob sol escaldante e também na forma terrestre, tanto nas camadas de serrapilheira (folhas mortas do chão da floresta), como em solo de quase todo tipo, até mesmo os mais alagados.

Somado a isso os mais variados tipos de clima encontrados nesses locais, desde o clima tropical, subtropical e equatorial, até mesmo o semi árido e o desértico, pois as orquídeas estão espalhadas por todos os continentes do globo com exceção da Antártida.

A grande maioria das espécies de orquídeas conhecidas é epífita, isto é, vive com suas raízes expostas fixadas em galhos e troncos de árvores nas florestas, ou na forma aérea mesmo, em pleno ar.

velame

A grande maioria, das milhares de espécies de orquídeas, possuem suas raízes envoltas por uma camada de células em véus que funciona de forma semelhante a uma esponja para absorver água e tem o nome de velame.

O velame protege a raiz para que não fique exposta, e tem a função de absorver água e nutrientes além de evitar a evaporação excessiva. Esse velame é uma estrutura de muitas camadas, com um engrossamento especial nas paredes das células, prevenindo o colapso celular e protegendo a raiz de danos.

É interessante notar que o cilindro vascular das raízes, a parte mais interna da raiz de uma orquídea, jamais, ou muito raramente, é infectada pelos fungos que vivem nela, pois a planta controla o espaço onde ficam os fungos e como eles tem vida muito curta acabam sendo absorvidos pelas células das orquídeas em forma de minerais e dessa forma a planta controla a quantidade de fungos que vive na raiz.

Quando a raiz está úmida, sua cor fica verde e o velame enche-se passivamente com água, ajudado por micro perfurações nas suas paredes. Quando seca, a cor fica entre o branco e o prateado e o velame faz uma barreira contra a perda de água, evitando a evaporação excessiva. Algumas espécies de orquídea apresentam as raízes de cor acobreada ou amarronzada.

A ponta da raiz de uma orquídea é sempre de cor diferente enquanto está crescendo e muita gente já reparou isso, porque o contraste da cor é nítido. É na ponta da raiz que fica o meristema.

meristema

O meristema é a parte da raiz que é responsável pela divisão de células e crescimento.

A maioria das orquídeas que tem a ponta em crescimento na cor verde, outras na cor vinho e outras até com pigmentos amarelados. Essa cor da ponta da raiz pode indicar as prováveis cores das flores em muitas espécies e em muitos híbridos também.

Por exemplo, uma raiz de uma planta crescendo com o meristema na cor verde pode indicar flores albas, coeruleas, semi-albas ou flores de cor clara como o creme e o amarelo.

E raízes de ponta escura ou avermelhada indicam flores de cor típica nas espécies, ou cores mais intensas como o vermelho o lilás e o vinho em híbridos.
Aproveite e faça essa observação nas suas plantas! Lembre-se que na orquidofilia, a observação é uma necessidade no cultivo.

O meristema da raiz é muito sensível e recebe a proteção da coifa, que é essa ponta arredondada de cor diferente do resto da raiz.
Existem situações que o crescimento das raízes pode parar, por exemplo, se for comido por alguma praga como lesma ou caracóis, se for atacada por nematóide ou se for machucada acidentalmente.

raízes_6

Esse tipo de situação é algo que prejudica demais uma orquídea e por isso temos que ter muito cuidado. Os mais significativos processos vitais, como a preparação e armazenamento de substancias nutritivas e os fenômenos respiratórios das trocas gasosas por exemplo, acontecem dentro das raízes.

Para uma orquídea perder suas raízes é mais de meio caminho para morrer, sendo necessário intervenção com hormônios estimuladores e “internação” em um “SPA” com micro clima próprio, ideal para que a planta volte a crescer e enraizar.

O replante de uma orquídea é uma operação delicada e precisa, e com a época certa do ciclo para ser feito com sucesso. Preferencialmente esse procedimento é feito quando a planta começa a emitir raízes novas, pois se entende que elas vão crescer e se fixar no substrato novo.

Uma dica no replante é não deixar a planta fica solta, porque as suas raízes em crescimento ficam raspando no substrato podem se danificar, parando o crescimento delas. Utilize tutores se não conseguir travar a planta com o substrato

A troca de vaso e substrato é estressante para a planta, e se for efetuado na época certa, logo nos meses seguintes será possível observar o crescimento da planta enraizando no novo substrato, além de não prejudicar a floração.

Para travar a planta no replante deve-se ir colocando o substrato sempre na borda do vaso pressionando a planta com o próprio substrato e dessa forma pressionando ela sem encostar nas raízes e assim evitando que esse procedimento danifique as raízes em crescimento.

Existem raízes de orquídeas que são mais grossas e raízes que são mais finas, e isso depende da espécie e do seu habitat. De maneira simples, as raízes grossas reservam mais agua que raízes finas e por isso o tamanho e o tipo do substrato influenciam diretamente no sucesso do cultivo da espécie de orquídea.  Plantas de raízes finas tendem a sentir muito mais o replantio.

dendobrium

Os dendrobiuns são um exemplo de raízes mais finas e tem no seu replante a chave do sucesso do cultivo deles. Em geral começam a emitir novas raízes após a floração quando os brotos novos estão em desenvolvimento.

Se perder essa fase e fizer o replante em outra época, a planta pode ficar sem florir no outro ano e até entrar em dormência, ou mesmo acabar morrendo, além de ficar solta no vaso por falta de raízes que a fixem ao substrato.

O meristema apical existente nas raízes é uma das opções que propicia a clonagem das orquídeas. Na hora de comprar orquídeas esse tipo de informação é muito valiosa, pois mesmo comprando plantas jovens, pode-se imaginar qual será o provável resultado.

Na hora de adquirir uma planta jovem em orquidários ou exposições é comum se deparar com uma nomenclatura além do nome dessas plantas. É uma definição do tipo de cruzamento da planta e isso indica muito sobre a planta depois de adulta, Veja abaixo os exemplos:

Planta chamada de Meristema: São plântulas geradas através da cultura de tecidos retirados de uma planta adulta e que se deseja “copiar”(clonar). Dessa forma todas as características das plantas que germinarem serão idênticas à planta-mãe.

Planta chamada de Seedlings: são plântulas obtidas através de sementes, podendo variar em cor, tamanho e quantidade de flores, de acordo com características genéticas dos pais. Uma “loteria”.

Planta chamada de Sibling: orquídea resultante de um cruzamento selecionado de plantas da mesma cápsula ou sementeira, isto é, plantas irmãs que acabam gerando melhores resultados na qualidade das plantas.

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A ponta em crescimento de uma raiz pode fazer a fotossíntese se receber luz, e assim ajudar a planta a gerar energia.  Muitos enraizamentos costumam sair para fora do vaso também, mas sempre vão na direção em que a umidade é maior.

Quando as raízes estão crescendo dentro do substrato, elas tornam-se pálidas e dilatadas e se submetidas a muita umidade por muito tempo podem apodrecer mais facilmente.

O correto funcionamento das raízes das orquídeas epífitas ocorre com o processo de absorção e secagem delas e por isso a necessidade de secagem do substrato.

As orquídeas terrestres e rupícolas na sua maioria têm raízes capilares e são mais tolerantes às condições de maior umidade, mas mesmo assim exigem uma boa drenagem do substrato.

Uma grande dificuldade no inicio do cultivo é a falta de conhecimento sobre as raízes e também a falta de conhecimento sobre a alimentação das plantas, que é o que a planta precisa para ter capacidade de emitir muitas raízes.

No mercado de adubos existem muitas opções de enraizadores, vitaminas e hormônios sintéticos que estimulam o crescimento das raízes. Muitos desses produtos “bombam” as plantas e se usados de forma empírica e sem conhecimentos podem também prejudicar e até condenar a planta. Quem já cultiva a mais tempo sabe muito bem disso.

descanso

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