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Maxillaria schunkeana

A espécie em destaque no artigo de hoje, Maxillaria schunkeana, embora popularmente chamada de orquídea negra, apresenta minúsculas flores acastanhadas, bem escuras, cuja coloração lembra a do pinhão.

Olhando com atenção, percebemos os traços da coloração avermelhada, púrpura, que cobre as pétalas, sépalas e labelo desta aparente orquídea negra. De longe, é muito fácil confundir as flores desta micro orquídea com pequenas moscas.

Existem outros exemplos de orquídeas negras, mas tratam-se de híbridos produzidos através de intensivos processos de seleção e melhoramento genético. Posteriormente, diversos outros híbridos, com flores de aparência ainda mais negra, foram produzidos por orquidários americanos.

Estas orquídeas negras são bastante cobiçadas pelos colecionadores, atingindo cifras vultosas no mercado brasileiro e internacional.

Muito mais acessível, genuinamente brasileira, e criada exclusivamente pelas leis da seleção natural, é a nossa orquídea negra de hoje, Maxillaria schunkeana. Ao contrário dos exemplos anteriores, que são híbridos, esta é uma espécie naturalmente encontrada nas florestas úmidas e tropicais do estado do Espírito Santo.

Trata-se de uma orquídea de pequeno porte, que forma delicadas touceiras de hábito epífito, podendo ser informalmente considerada uma micro orquídea.

Por ser uma orquídea negra de pequeno porte, com florações quase imperceptíveis, a Maxillaria schunkeana não é tão valorizada, sob o ponto de vista comercial. Sendo assim, é mais difícil encontrá-la no mercado.

Como a coleta de orquídeas nativas é proibida por lei, no Brasil, os exemplares disponíveis para os colecionadores precisam ser produzidos a partir de técnicas laboratoriais, frutos da germinação de sementes de orquídeas, in vitro.

Maxillaria-schunkeana

Ainda assim, devido às deficiências de fiscalização, é muito comum encontrarmos esta orquídea negra sendo vendida clandestinamente, nas calçadas em frente às exposições de orquídeas, resultante da coleta ilegal de exemplares nativos.

Por ser tão exótica, de pequeno porte, e caber em qualquer lugar, esta orquídea negra pode parecer uma boa opção para quem mora em apartamentos. No entanto, este ambiente de cultivo apresenta o problema de ser seco demais.

A Maxillaria schunkeana aprecia elevados níveis de umidade relativa do ar, como ocorre em seu habitat de origem. Esta micro orquídea está acostumada à vida sobre os troncos das árvores, protegida dos raios solares diretos pelas copas destas plantas. Trata-se de um ambiente típico das florestas tropicais, sombreadas, com bastante umidade e boa ventilação.

Neste contexto, os cultivadores domésticos buscam mimetizar esta condição natural, em seus ambientes. Sendo assim, é muito comum encontrarmos esta orquídea negra sendo cultivada em pedaços de madeira, troncos cortados ou cascas de árvore, com as raízes expostas, de uma forma semelhante à condição epífita vivenciada na natureza.

No entanto, este modo de cultivo da Maxillaria schunkeana exige que o ambiente apresente bons índices de umidade relativa do ar, já que as raízes tendem a secar muito rapidamente. Dependendo das condições climáticas, pode ser necessário irrigar a orquídea negra várias vezes ao dia, estando ela montada neste tipo de substrato.

Para facilitar o cultivo da orquídea negra negra, uma alternativa interessante é recorrer ao uso de vaso e substrato. Como o objetivo é reter a umidade por um período mais prolongado, o ideal é escolher vasos de plástico, de tamanho pequeno.

Os vasos de barro tendem a secar mais rapidamente, exigindo uma frequência maior de regas. Como se trata de uma micro orquídea, é importante que as dimensões do vaso sejam condizentes com o tamanho da planta.

Maxillaria schunkeana8

Vasos grandes demais precisam de mais substrato para serem preenchidos, o que leva a uma umidade excessiva, por um período mais prolongado, em torno das raízes da orquídea negra.

O substrato para o cultivo da Maxillaria schunkeana pode apresentar as mais diversas composições. Cada cultivador acaba escolhendo a mistura ideal para seu ambiente de cultivo e hábitos de rega.

A primeira escolha, mais comumente adotada, é a clássica receita para orquídeas epífitas, composta por casca de pinus, carvão vegetal e fibra de coco. No caso da orquídea negra, como a ideia é aumentar a umidade, pode-se adicionar a este substrato básico o musgo sphagnum. Há quem prefira utilizar este material puro, principalmente no cultivo de orquídeas de menor porte.

Qualquer que seja o material escolhido, as regas das orquídeas negra precisam ser efetuadas com critério. O ideal é que elas sejam espaçadas, de modo a dar tempo para que o substrato seque, entre uma irrigação e outra.

A predileção da Maxillaria schunkeana por um ambiente mais úmido não se traduz em uma frequência excessiva de regas. Como toda orquídea epífita, suas raízes podem sofrer o ataque de fungos e bactérias, caso sejam mantidas úmidas por muito tempo.

O aumento dos níveis de umidade relativa do ar, principalmente dentro de casas e apartamentos, pode ser obtido com o uso de umidificadores de ambiente. Alternativamente, fontes de água, ou tanques e aquários, podem melhorar a qualidade do ar, no ambiente de cultivo desta orquídea negra.

Outra solução interessante, no caso de interiores, é o uso de bandejas umidificadoras, que nada mais são do que recipientes com uma camada de areia, brita ou argila expandida, que encobre uma lâmina de água no fundo.

orquídeanegra

O importante é que o vaso com a Maxillaria schunkeana não fique em contato direto com a água, apenas beneficiando-se da umidade extra que sobe por evaporação.

Esta orquídea negra não necessita de níveis intensos de luminosidade para se desenvolver e florescer. Qualquer ambiente sombreado, que receba luz difusa, indireta, é suficiente para o cultivo da Maxillaria schunkeana.

Dentro de casas e apartamentos, o ideal é que a planta fique próxima a uma janela com boa iluminação, como as aberturas face norte, por exemplo. Em varandas e áreas mais ensolaradas, principalmente as de face oeste, que recebem todo o sol da tarde, é preciso que a orquídea negra seja protegida por uma tela de sombreamento ou cortina fina.

Existe uma imensa gama de métodos para fertilizar e nutrir a orquídea negra. Há aqueles cultivadores que preferem a adubação orgânica, frequentemente constituída por farinha de osso, torta de mamona ou bokashi.

Por outro lado, há quem dê prioridade à adubação química ou inorgânica, do tipo NPK, contendo macro e micronutrientes.

Maxillaria schunkeana

Uma última opção, por ser mais prática, pode-se alternar formulações para manutenção (níveis equilibrados de NPK) com adubos para floração (níveis maiores de fósforo, P), fazendo aplicações semanais, com metade da dose recomendada pelo fabricante. Desta forma, evita-se  o acúmulo de sais minerais provenientes dos fertilizantes, no substrato.

Ainda que não produza aquelas vistosas cascatas de orquídeas negras, das Catasetinaes mais valiosas, a espécie Maxillaria schunkeana tem lá seu charme, sendo bastante apreciada pelos colecionadores, principalmente os apaixonados por micro orquídeas. Trata-se de uma pequena jóia da flora brasileira, delicada e misteriosa, como toda orquídea negra deve ser.

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OBS: Este site não trabalha com vendas de plantas,sementes e afins, apenas são postados artigos com informações sobre como cultivar as plantas. Você pode adquirir sua planta desejada em qualquer bom Garden Center de sua região.


Ixora coccínea

Utilizada em paisagismo de áreas externas, em empreendimentos comerciais, condomínios residenciais, e até mesmo em canteiros nas calçadas, é popularmente conhecida como ixória, icsória ou ixora.

Ainda que seja uma clássica planta de ruas e jardins, a ixora pode ser cultivada em vasos, dentro de casas e apartamentos, desde que receba bastante luminosidade.
Outro local ao qual a ixora se adapta muito bem, principalmente a mini ixora, é a sacada do apartamento, desde que esta seja bem ensolarada. A Ixora coccinea também vai muito bem em jardineiras, localizadas na parte externa das janelas de casas e apartamentos.

No entanto, é preciso escolher a variedade com cuidado, já que há espécimes capazes de ultrapassar os dois metros de altura. O ideal é adquirir as formas mais compactas, para estes locais de cultivo, como a ixora anã. Esta versão também é perfeita para ser cultivada em interiores, plantada em vasos menores.

Os diferentes tipos de ixora pertencem à família botânica Rubiacea as ixoras são plantas originárias do continente asiático, sendo que a espécie Ixora coccinea é nativamente encontrada em países como Índia, Bangladesh e Sri Lanka.

Em países de língua inglesa, a ixora é popularmente conhecida como chama da selva, graças ao intenso colorido avermelhado ou alaranjado de suas flores, que, de fato, parecem incandescentes.

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Além destas cores, também podemos encontrar ixoras com flores amarelas ou rosadas. Um tom que eu acho particularmente bonito é este mostrado na foto de abertura, acima, que corresponde à variedade chamada de ixora coral.

Por ser um arbusto bastante resistente e aceitar podas frequentes, a ixora presta-se à composição de jardins mais formais, nos quais as plantas são usadas como bordaduras retangulares ou moldadas através da topiaria.

No entanto, como esta é uma planta que floresce a partir das extremidades dos caules, as podas de formação irão diminuir a produção de flores. Caso o objetivo seja priorizá-las, convém evitar este tipo de poda, limitando-se a retirar galhos mais antigos, improdutivos.

A ixora aprecia temperaturas mais elevadas, visto que se trata de uma planta de origem tropical. Sendo assim, este arbusto não se dá bem em regiões onde ocorrem geadas, por exemplo. Em países de clima temperado, com invernos rigorosos, a ixora é protegida em estufas ou dentro de casa, durante esta estação.

Ainda que as flores da ixora possam surgir ao longo de todo o ano, é durante a primavera e verão que a planta atinge o apogeu de suas florações. Durante os meses mais frios do ano, o metabolismo da planta entra em um ritmo mais lento. Por este motivo, deve-se evitar fazer podas ou plantar estacas, neste período do ano.

Ixora coccínea3

É interessante salientar que as diferentes estruturas vegetais da ixora, caule, folhas, flores e frutos, não são tóxicas caso ingeridas acidentalmente por crianças ou animais de estimação. Claro que é sempre aconselhável evitar o consumo de plantas ornamentais.

A ixora é um arbusto de fácil cultivo. É comum encontrarmos canteiros nas calçadas repletos destas plantas, nas mais diferentes cores, sem que qualquer esforço extra de manutenção seja realizado. Tanto nas ruas como em jardins, as ixoras meio que se viram bem, sem nossa intervenção.

No entanto, quanto a ixora anã é trazida para dentro de casa, ou colocada em vasos e jardineiras, em varandas, alguns cuidados devem ser tomados. Como existe uma quantidade limitada de solo, e a mini ixora geralmente não recebe a água da chuva, nestes locais, as regas precisam ser efetuadas com frequência. A ixora é uma planta que consome bastante água, mas não pode ficar com o substrato encharcado.

Por ser uma planta tropical, a ixora aprecia solos ricos em matéria orgânica, que apresentem um pH mais ácido. O substrato precisa ser fértil, rico em nutrientes, porém aerado e facilmente drenável, para evitar o acúmulo da água das regas.

Estes substratos prontos, próprios para a jardinagem amadora, à base de terra vegetal adubada, são apropriados para o cultivo da ixora.

Ixora-amarela

Para que a floração venha sempre abundante, é importante complementar a adubação com uma fórmula mais rica em fósforo, a letra P do NPK. Existem adubos próprios para o estímulo da floração, à venda em lojas especializadas.

Por uma questão de praticidade, o cultivador pode optar por grânulos de liberação lenta, misturados ao substrato, no momento do plantio.

Além da adubação, outro fator crucial para que a ixora floresça regularmente é a luminosidade. Idealmente, esta é uma planta para ser cultivada sob sol pleno, em áreas externas.

Dentro de casas e apartamentos, é importante que ela receba o maior número de horas de sol possível. Janelas face norte são as ideais para o cultivo desta planta. Existem, ainda, algumas variedades de ixora que são mais propícias para o cultivo em ambientes internos, mais sombreados.

Como é grande o número de híbridos de ixora, sempre existem alternativas para todos os ambientes de cultivo, com cores e tamanhos variados.

A propagação da ixora é bastante tranquila, realizada através do plantio de estacas. Pode-se aproveitar o material remanescente das podas para a produção de novas mudas. É importante que este procedimento seja feito no início da primavera, com o aumento das temperaturas, e o consequente metabolismo mais ativo da planta.
Ixora coccínea9
Sendo possível escolher entre ixoras vermelhas, amarelas, e até mesmo a ixora coral, considerando que podemos plantá-las na calçada, sob sol pleno, ou dentro de casa, em vasos, e tendo à disposição exemplares de diferentes tamanhos, grandes, compactos, ou ainda menores, como a mini ixora ou ixora anã, torna-se bastante difícil ficar indiferente a tanta beleza e versatilidade.

Qualquer que seja o ambiente de cultivo, há sempre uma ixora ideal para abrilhantá-lo, com sua explosão de flores, capazes de ostentar um colorido quente e tropical, e que ainda apresentam o diferencial da atração de borboletas e beija-flores.

chuva no mar

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roseiras

As roseiras são plantas capazes de adicionar beleza e elegância a qualquer jardim, enchendo o ambiente de uma fragrância memorável.

No entanto, para que floresçam em abundância e mantenham sua saúde, é fundamental seguir algumas práticas que garantem o desenvolvimento adequado.

Cultivo de roseiras
Para cultivar roseiras deve garantir algumas condições climáticas para que o seu crescimento e desenvolvimento se dê de acordo com o esperado.

Uma das principais questões a se ter em mente é a exposição ao sol. As roseiras adoram luz solar direta e precisam de, no mínimo, seis horas disso por dia para prosperar.

A luz solar não só é essencial para a fotossíntese, processo pelo qual as plantas produzem  energia como também ajuda a prevenir o surgimento de doenças fúngicas que podem prejudicar a roseira.

Portanto, escolha um local no jardim que receba bastante sol e esteja protegido de fortes ventos.

As roseiras gostam de solos com uma boa drenagem dado que o excesso de água no mesmo pode ser promover o apodrecimento das raízes e o aparecimento de doenças foliares.  Por essa razão, além de garantir esta condição, tenha em atenção que não rega em demasia as suas roseiras de forma a evitar problemas futuros.

Verifique a umidade do solo regularmente e irrigue quando necessário, garantindo que a planta receba a quantidade adequada de água para se desenvolver de forma saudável.

A adubação mensal também desempenha um papel fundamental no sucesso das roseiras. Empregue um fertilizante específico para flores, com os nutrientes necessários para estimular a floração e fortalecer a planta.

Roseira Vermelha

Certifique-se de seguir as instruções do fabricante para evitar excessos que possam ser nocivos à roseira.

Além das dicas principais, é importante realizar podas regulares para remover folhas e galhos secos, estimulando a produção de novas flores.

Fique atento ao controle de pragas, como pulgões e ácaros, e utilize produtos específicos ou soluções caseiras para combatê-los.

Por fim, certifique-se de que o solo esteja bem drenado, adicionando areia ou perlita, se necessário, para melhorar a drenagem.

roseira3

Cultivar roseiras é uma experiência gratificante, que exige dedicação e cuidado, mas que recompensa com belas flores e um jardim deslumbrante.

Com as práticas corretas e um pouco de amor pela jardinagem, suas roseiras florescerão em abundância, transformando seu jardim em um verdadeiro paraíso de cores e aromas.

Aproveite cada flor e cada momento no jardim, sabendo que seu esforço e cuidado estão refletidos na beleza de suas roseiras.

passarinhos

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Episcia cupreata3

Não é muito comum que uma mesma planta destaque-se pela beleza de suas folhagens e florações, ao mesmo tempo. No caso da episcia, cujo nome científico é Episcia cupreata, esta missão é cumprida com louvor.

Além de suas folhas apresentarem estampas de grande efeito ornamental, a planta tapete também é conhecida por produzir delicadas flores avermelhadas, em forma de pequenas trombetas.

O mais interessante deste belíssimo conjunto botânico é que ele pode ser cultivado dentro de casas e apartamentos, em ambientes mais sombreados.

A episcia é uma planta é típica de interiores, sendo de fácil cultivo. A espécie pertence à família botânica Gesneriaceae, a mesma da violeta africana, (Saintpaulia ionantha).

Devido a este parentesco da episcia com a violeta africana,  a Episcia cupreata é conhecida no exterior como flame violet. Também por este motivo, aqui no Brasil, é possível encontrá-la sob a alcunha de violeta vermelha.

Ainda que suas flores não surjam com a abundância apresentada pela violeta africana, a planta tapete compensa este pormenor com uma folhagem diferenciada, apresentando uma estampa que lembra vagamente aquela encontrada na planta mosaico ou fitônia.

No entanto, as folhas da episcia apresentam uma consistência mais espessa, com uma delicada penugem em sua superfície, assim como as folhas da violeta africana. Seu porte é herbáceo, prostrado, sendo que a episcia é frequentemente utilizada no paisagismo como forração, devido a esta característica.

A planta é típica da América do Sul, podendo ser encontrada nativamente no Brasil. Seu habitat de origem são as florestas tropicais, onde esta planta é frequentemente vista como uma trepadeira.

Episcia cupreata1

No cultivo doméstico, a episcia é mais versátil, podendo ser cultivada no chão de jardins, em áreas mais sombreadas, como forração, ou em vasos, na decoração de interiores.

Também é possível cultivá-la sob a forma pendente, em vasos suspensos. Além disso, devido à sua característica de planta trepadeira, esta espécie pode formar belas composições em treliças, inclusive como parte de jardins verticais.

Outra característica interessante da planta é que ela é capaz de florescer ao longo de todo o ano. Ainda que suas flores avermelhadas sejam as mais comumente encontradas no mercado, é possível termos variedades que apresentam estas delicadas flores tubulares em outras colorações, tais como branca, amarela, pink ou lavanda.

É durante os meses mais quentes do ano, no verão, que o pico de floração da planta tapete costuma ocorrer.

A coloração da folhagem exuberante apresentada pela episcia também varia bastante, de acordo com o cultivar ou híbrido. Podemos encontrar exemplares com folhas em tons metálicos, prateados ou acobreados, outras mais esverdeadas, sempre com venações contrastantes, em tons mais claros.

Por ser originária de regiões de clima tropical, a episcia não se desenvolve bem sob temperaturas muito baixas. Além disso, como está habituada aos níveis de luminosidade filtrada pelas copas das árvores, no solo das florestas úmidas, a planta não tolera o sol direto sobre suas folhagens.

É devido a este conjunto de características que a planta tapete adapta-se tão bem ao cultivo em interiores, onde as temperaturas são amenas e constantes, ao longo de todo o ano, e a luminosidade é indireta, geralmente filtrada por cortinas.

Episcia cupreata8

No entanto, quando mantida em ambientes muito sombreados, a episcia pode recusar-se a florescer. O ideal é que ela seja cultivada em um local próximo a uma janela com bastante luminosidade indireta.

Em sacadas mais ensolaradas, pode ser necessário proteger a planta com uma tela de sombreamento ou colocá-la atrás de outras espécies mais resistentes ao sol direto. Neste tipo de ambiente, convém evitar o excesso de vento, que pode prejudicar o desenvolvimento da Episcia cupreata.

O solo ideal para o cultivo da planta tapete é o mesmo utilizado para o plantio de violetas africanas. Existem misturas prontas para esta finalidade, à venda em lojas especializadas. Alternativamente, pode-se preparar uma mistura de terra vegetal e composto orgânico, de modo que o resultado final seja bem aerado, facilmente drenável e rico em nutrientes.

O vaso de plástico é o mais recomendável, já que este material possibilita a retenção da umidade no substrato por um período mais prolongado. A episcia aprecia um solo sempre levemente úmido, sem encharcamento.

Para tanto, é importante que o vaso tenha furos no fundo e uma camada de drenagem, composta por qualquer material particulado, como isopor, cacos de telha ou argila expandida. Sob estas condições, as regas podem ser frequentes, sem excessos.

É importante que a frequência de irrigações seja reduzida durante o inverno. Também com o intuito de se evitar a umidade excessiva em torno das raízes, costuma-se aconselhar evitar o uso do pratinho sob o vaso. Assim como acontece com as regas da violeta africana, é importante evitar molhar as folhas da planta tapete, durante estes procedimentos.

Ainda que o solo de cultivo da episcia em matéria orgânica, pode-se complementar a adubação com uma formulação mais rica em fósforo, a letra P do NPK, com o intuito de promover a floração.

Episcia cupreata3

A aplicação deste tipo de adubo é mais eficaz no período que antecede o pico de floração da planta tapete, que costuma acontecer no verão. Durante o inverno, não há a necessidade de adubar a planta.

A propagação da episcia é bastante tranquila, graças à particularidade desta espécie de emitir estolões, caules aéreos modificados que produzem novas mudas em suas extremidades. Ao tocarem o solo, estas estruturas enraízam-se com facilidade e garantem a multiplicação da Episcia cupreata.

No entanto, quando a planta é cultivada sob a forma pendente, é comum que os cultivadores prefiram manter os estolões intactos, já que eles vão avolumando a touceira, produzindo novos estolões, sequencialmente.

Quando o conjunto todo floresce, produz um espetáculo à parte. Outra forma bastante rápida e prática de se obter novas mudas da episcia  é através da simples divisão de suas touceiras.

Episcia cupreata

Por não ser tão comum quanto a violeta africana, a Episcia cupreata é uma excelente opção para diversificar o rol de plantas ornamentais dentro de nossas casas e apartamentos.

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