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fibra-de-coco

A parede conquistou, definitivamente, o posto de mais um local para ter verde. Dentro ou fora de casa, um jardim vertical faz toda a diferença. Ele dá movimento, colore e, de quebra, minimiza a dureza da parede.

Acho que muita gente já se convenceu disto. A pergunta que não quer calar é como pendurar as plantas na parede. Sei que muitos têm xaxim em casa. Neste caso – ressalto, somente neste caso –, ele pode ser reaproveitado na parede.

O xaxim está em extinção, por isso não deve ser comprado para não estimular ainda mais a subtração de seu hábitat.

A fibra de coco surgiu como alternativa. É um material ecologicamente viável, usado para desenvolver vasos, cuias, painéis, placas, tutores, entre outros artigos de jardinagem.

Já ouvi reclamações de que a fibra de coco não tem o mesmo desempenho do xaxim. A diferença fundamental é a retenção de água. O xaxim é naturalmente úmido, enquanto a fibra de coco tende a sugar a água da planta que ela hospeda.

Driblar este probleminha é simples: as regas devem ser feitas tanto na fibra de coco como na planta. Para quem tem dúvidas, os vasos de barro continuam sendo uma opção bem-vinda, principalmente para orquídeas.

vaso-para-orquidea

Não tenho uma preferência, porque acho que o importante na escolha é gostar do material e do visual que ele proporcionará ao ambiente. O certo é que, no fim, a planta roubará a cena.

Aqui vai um esclarecimento sobre fibra de coco. Você sabia que o Coquim, foi o primeiro vaso de fibra de coco do Brasil, e que somente após o seu surgimento em 1996, é que o Xaxim, passou a ser preservado na Mata Atlântica, do corte indiscriminado que estava sujeito.

O Coquim através de muita pesquisa e tecnologia, se mostrou o substituto ideal do xaxim, uma vez que diversificados tipos de planta desenvolvem-se livres e saudáveis.

Há que se tomar cuidado com produtos que utilizam resinas tóxicas, tornando os produtos duros e impedem o desenvolvimento das plantas.

flor-chuva

Obrigada pela sua visita. Se você tem sugestões ou dicas sobre o assunto, coloque aí nos comentários, eles podem acabar virando temas para novos posts.

OBS: Este site não trabalha com vendas de plantas,sementes e afins, apenas são postados artigos com informações sobre como cultivar as plantas. Você pode adquirir sua planta desejada em qualquer bom Garden Center de sua região.


Cyclamen persicum

De nome científico Cyclamen persicum o nome popular no Brasil varia entre ciclame, ciclame-da-Pérsia, ciclame-de-Alepo ou ciclâmen. Isso se explica pela espécie ter vindo das Ilhas Gregas e de igual maneira a região do Mar Mediterrâneo. É uma planta pertencente à família Primulaceae.

A planta é pequena, não ultrapassa 20 centímetros, e de igual maneira costuma ser cultivada tambem em vasos de interiores.

As flores nascem no verão, tambem em hastes, também em tons de rosa, exalando um perfume leve.

Recomenda-se a preparação do solo com:
Uma combinação de duas partes iguais de terra comum e de igual maneira terra vegetal, e de igual maneira meia parte de areia.

A planta é de clima ameno, de meia sombra, mas precisa de sol direto durante 4 horas por dia. Desse modo, o ideal é colocá-la próxima à janela, mas protegida do vento. Recomenda-se regar duas vezes por semana.

*Curiosidade: é uma planta perene, mas tem sido cultivada como anual. Assim, muitas pessoas, durante o periodo tambem em que a veem murchar, acreditam que, claro ela está morta, mas seu bulbo irá florir dentro de 1 ano novamente, se hidratado como indicado.

Cyclamen

Descrição da planta:
O grupo das Primaveras é constituído por 15 variedades de plantas perenes, de folha caduca, provenientes de um tubérculo parecido com um bulbo. De entre elas, os Cíclames atingem 20 a 30 cm/s e possuem belas folhas de tom verde escuro em forma de coração, com traços finos de fios verde claro ou prateados.

As flores, parecidas com uma borboleta pousada de asas juntas, podem ser simples ou duplas e sobressaem acima da folhagem em tons que vão do branco, ao vermelho, lilás, rosa, salmão ou que podem possuir mais do que uma cor.

A primeira vaga de flores surge em geral de Setembro a Novembro, podendo repetir-se a floração ao longo do ano até ao fim do Verão.

Cultura: Muitas pessoas pensam que é muito difícil cultivar Ciclames, mas quando se compreende o seu ciclo de desenvolvimento esse processo é simples.

Se seguir estas regras verá como se torna fácil desfrutar desta bela planta durante anos a fio.
- pode dar flor todo o ano, mas o ideal é conseguir que as plantas fiquem “dormentes” durante os meses de Verão para que deem flores no Inverno e na Primavera seguintes.

- gosta de ambientes frescos, idealmente de temperaturas que vão dos 15 aos 18ºC durante o dia e dos 12 aos 15ºC durante a noite, sobretudo se estiver dentro de casa, mas tolera climas onde a temperatura do ar pode chegar aos 5ºC ou mesmo menos.

- enquanto tiver flores a planta deve ser colocada num local luminoso embora com luz indireta.

- necessita de rega regular mas não em demasia enquanto estiver a crescer ativamente e a florescer. Coloque o vaso num prato cheio de gravilha úmida para proporcionar à planta a umidade extra de que necessita. Durante o período de floração, mantenha o solo sempre úmido, não permitindo nunca que seque.

cyclamen-1
- quando regar, utilize sempre água tépida e nunca regue em excesso, permitindo apenas que a gravilha fique úmida e que a água evapore lentamente.

- remova sempre as flores secas ou murchas, desde o ponto de origem da flor e durante todo o período da floração.

- à medida que as flores desaparecem, corte as pontas à planta e fertilize com frequência de preferência com uma solução líquida, até que surjam folhas novas e flores.

- quando as folhas começarem a secar, pare de fertilizar e reduza a quantidade de água gradualmente, permitindo que o tubérculo permaneça não ativo durante algum tempo para poder descansar e reforçar-se – atenção, este aspecto é importante!

- quando o solo estiver completamente seco e todas as folhas tiverem desaparecido, coloque o vaso num local fresco e protegido do sol, durante 6 a 12 semanas pelo menos.

- retire o tubérculo do vaso e replante substituindo com terra nova, deixando o tubérculo semi enterrado em 1/3 ou mesmo pela metade.

- quando deste tubérculo começarem a surgir novas folhas, recomece a rega e fertilize mensalmente até que as flores apareçam na forma de botão. A partir daqui recomeça-se o ciclo anual de desenvolvimento do Ciclame.

No finalzinho do outono, já é possível ver essa planta nas lojas de flores. No inverno, ela está em plena floração, expondo seus pendões florais nas cores branca, rosa, vermelha ou roxa; dependendo da variedade.

As flores do ciclame apresentam um formato bem original: as pétalas se distribuem nas pontas das hastes de forma que lembram as asas acetinadas das borboletas.

Quando fechadas em botão, a flor, em conjunto com a haste, forma o desenho característico de um cisne, com um longo pescoço e o bico voltado para baixo.

A folhagem também é muito ornamental e continua bonita mesmo depois que as flores acabam. As folhas, num tom verde intenso, apresentam manchas esbranquiçadas, resultando num efeito marmorizado.

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Luz
Gosta de luz indireta, de sombra ou de sol parcial. Resulta bem quando colocado à sombra sob arbustos e à volta de árvores com copa frondosa.

Umidade
O Cíclame necessita de uma atmosfera fresca e úmida para se desenvolver de forma saudável, mas é essencial que o solo drene bem e que seja organicamente rico. S

e a terra em que está plantado for muito pesada e pouco porosa, acrescente areia ou gravilha fina e junte material orgânico (folhas em decomposição) para ajudar a torná-lo mais adequado.

Nos canteiros, junte uma misture de pedrisco ao solo para permitir o escoamento mais eficiente das águas de rega.

Resistência
Quando adquirir um Ciclame verifique se existem junto ao solo botões de flores, sinal de que a planta está em pleno processo de desenvolvimento.

cyclamen_persicum_branco

Propagação
O Ciclame propaga-se por sementes a partir do fim do Verão, num meio úmido e muito orgânico, contendo folhas em decomposição, areia e húmus misturados. Um viveiro protegido ou um tabuleiro próprio para propagar permitirá obter melhores resultados.

Como as sementes não germinam todas ao mesmo tempo, torna-se necessário repicá-las e replantá-las logo que as plantinhas tenham a estrutura suficientemente forte para poderem ser pegadas com os dedos com cuidado e mudadas de sítio.

As plantas obtidas por meio de semente florescem no prazo de 15 meses (ou seja, mais de um ano depois, não desanime entretanto…) e devem manter-se num local fresco e com luz filtrada. Por volta do 14º mês, ou seja um mês antes da floração, transplante para um vaso que coloca num local um pouco mais quente para ajudar o processo de floração.

Aplicações
Adaptam-se muito bem em canteiros, bordejando caminhos ou ainda em vasos dentro de casa. Apesar de como planta de interior, o Ciclame de florista pode também ser plantado no exterior onde chega a dar flor todo o ano, desde que a temperatura não desça abaixo dos – 6ºC.

folhas no outono

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rosa amarela

A rosa (Rosa spp) é uma das flores mais populares no mundo, cultivada desde a Antiguidade. A primeira rosa cresceu nos jardins asiáticos há 5.000 anos. Na sua forma selvagem, a flor é ainda mais antiga. Fósseis dessas rosas datam de há 35 milhões de anos.

Cientificamente, as rosas pertencem à família Rosaceae e ao gênero Rosa, com mais de 100 espécies, e milhares de variedades, híbridos e cultivares. São arbustos ou trepadeiras, providos de acúleos.

As folhas são simples, partidas em 5 ou 7 lóbulos de bordos denteados. As flores, na maior parte das vezes, são solitárias. Apresentam originalmente 5 pétalas, muitos estames e um ovário ínfero. Os frutos são pequenos, normalmente vermelhos, algumas vezes comestíveis.

Atualmente, as rosas cultivadas estão disponíveis em uma variedade imensa de formas, tanto no aspecto vegetativo como no aspecto floral.

As flores, particularmente, sofreram modificações através de cruzamentos realizados ao longo dos séculos para que adquirissem suas características mais conhecidas: muitas pétalas, forte aroma e cores das mais variadas.

rosas

1. Onde plantar?
De preferência, num local ensolarado e bem arejado. Para florescer bem e praticamente o ano todo, a roseira precisa de sol pleno, ou seja, pelo menos de 6 a 7 horas diárias de luz solar direta. Recomenda-se um local arejado, para evitar a o surgimento de fungos nas folhas e flores, especialmente em regiões chuvosas.

2. Que tipo de solo é mais adequado?
As roseiras podem se desenvolver bem em qualquer tipo de solo, mas é preferível garantir uma terra mais para argilosa, que tenha boa drenagem. O solo rico em húmus é especialmente benéfico para as rosas. Quanto ao pH, o índice ideal situa-se entre 6,5 e 7 (neutro).

Em lojas de produtos para jardinagem, é possível adquirir kits para medir o pH do solo. Se for necessário fazer a correção, uma boa dica é a seguinte: a adição de 150g de calcário dolomítico por m2 de canteiro eleva em 1 ponto o índice de pH; por outro lado, 150g de sulfato de ferro por m2, diminui o pH em 1 ponto.

3. Como preparar o canteiro?
Cerca de uma semana antes de plantar as mudas, cave bem a terra até cerca de 40 cm de profundidade. Para cada m2 de canteiro, incorpore uma mistura de 15 Kg de esterco curtido de gado e 200g de farinha de ossos.

4. Qual é o espaçamento que devemos deixar entre as mudas na hora do plantio?
Existem vários tipos ou variedades de roseiras (silvestres, híbridas-de-chá, sempre-floridas, miniaturas, rasteiras, arbustivas, trepadeiras e cercas-vivas) e o espaçamento vai depender da variedade de rosa que estiver sendo plantada.

É possível basear-se no seguinte:
· arbustivas: 1 m entre as mudas
· trepadeiras: de 1 a 2 m entre as mudas
· cercas-vivas: 50 a 80 cm entre as mudas
· híbridas-de-chá e sempre-floridas: 50 cm entre as mudas
· miniaturas: 20 a 30 cm entre as mudas
· rasteiras: 30 cm entre as mudas

rosa vermelha (2)

5. Qual é o período ideal para o plantio?
Se o plantio for feito com mudas “envasadas” (normalmente vendidas em sacos plásticos), não há restrição para o plantio: pode ser feito em qualquer época do ano, mas os especialistas recomendam evitar os meses mais quentes, sempre que possível.

Já para o plantio com mudas chamadas de “raiz nua”, o período mais indicado vai da segunda metade do outono à primeira metade da primavera.

6. Como devem ser as regas das roseiras?
Logo após o plantio das mudas e até a primeira floração, regue moderadamente, mas todos os dias. Depois disso, recomenda-se regar uma vez por semana no inverno e duas vezes por semana em época de seca.

Na temporada de chuvas é possível até suspender as regas. Uma dica: a terra deve permanecer ligeiramente seca entre uma rega e outra.

7. Qual é a adubação indicada para fortalecer e estimular a floração das roseiras?
De preferência, deve-se fazer de 2 a 3 adubações anuais: a primeira logo após a poda anual (entre julho e agosto); a segunda entre novembro e dezembro e a terceira entre os meses de janeiro e fevereiro.

A melhor adubação é a orgânica, baseada em esterco animal, composto orgânico, farinha de ossos e torta de mamona. As quantidades, para cada metro quadrado de canteiro, são as seguintes:
· 20 litros de esterco curtido ou 2 Kg de composto orgânico
· 200g de farinha de ossos
· 100g de torta de mamona
Espalhe a mistura em volta das plantas e incorpore-a ao solo.

8. Quando deve ser feita a poda?
A primeira poda deve ser feita cerca de um ano após o plantio e repetida todos os anos, entre os meses de julho e agosto.

Outono1

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cacto

Animais e plantas são adaptados aos locais onde vivem, pois de outra maneira, não resistiriam. Os cientistas acreditam que por um processo chamado evolução, os seres vivos se diversificaram e, assim, puderam ocupar os mais diferentes ambientes.

Alguns grupos de plantas se tornaram especialistas em viver nas regiões secas, entre os quais estão os cactos – plantas da Família das Cactáceas. Mesmo atravessando longos períodos sem chuvas, eles conseguem permanecer verdes e vigorosos.

Suas formas são variadas, a maioria tem espinhos e alguns dão flores muito vistosas, atraindo insetos, pássaros e até morcegos! Quanto aos tamanhos, podem ser pequenos (com 2 cm de altura, por exemplo) ou ter até 10 m de altura.

Embora sejam adaptados à vida em áreas secas, no Brasil, podemos encontrar cactos em diversos tipos de ambientes. No Nordeste temos o mandacaru, uma espécie que simboliza a região.

Ao longo do litoral, nas restingas, os cactos fazem parte da paisagem, já que resistem ao sol forte e ao calor excessivo das areias nos meses de verão.

Há, também, os cactos chamados ‘flores-de-maio’, que são cactos ornamentais encontrados facilmente em floriculturas e que, na natureza, ocorrem em florestas que vão do estado de Santa Catarina até o estado do Espírito Santo.

Melocactus macrodiscus
Já o Coroa-de-frade (Melocactus macrodiscus) ocorre do México até o Peru e, também, no Brasil.

Seu nome foi inspirado no fato de apresentar uma estrutura rosada, formada por pequenas cerdas e minúsculos espinhos, no alto da planta, como se fosse uma coroa. De dentro dessa estrutura é que saem as flores.

No Rio de Janeiro, o Coroa-de-frade quase não existe mais por causa da destruição dos ambientes onde ele costuma ocorrer, como as restingas.

Nas Américas, os cactos podem ser encontrados desde o Canadá (norte da América do Norte) até a Patagônia (no extremo sul da América do Sul). Ao todo, são aproximadamente 2.000 espécies, vivendo desde o nível do mar até em montanhas de 4.500 m de altitude.

Enfim, há cactos em lugares onde cai neve, como no Canadá e nos Andes, e sobre troncos de árvores de florestas, como na Mata Atlântica.

É interessante destacar que os locais muito frios apresentam também clima seco e a água disponível na forma de gelo ou neve não está no estado que a planta necessita.

Logo, nesses locais o cacto também precisa ser um especialista em driblar a sede para resistir. No caso das espécies de cactos que vivem nas florestas, vale a pena lembrar aquela velha história de que em toda regra há exceção.

Cereus-repandus

Isso quer dizer que, embora a família das Cactáceas seja melhor adaptada a ambientes áridos, existem espécies que não resistem à muita seca e por isso são mais adaptadas a ambientes florestais.

Mas, no caso dos cactos que vivem no alto das árvores, existe também a exposição ao sol e ao vento, o que também torna o ambiente hostil.

Os cactos são mais adaptados a ambientes muito secos, em geral, em solos formados por cascalho e areia, onde a água escoa muito rapidamente. Além disso, preferem ambientes abertos e com muita insolação, em regiões também de clima seco.

Uma das adaptações do cacto para viver nesta situação é apresentar raízes superficiais, muito longas e ramificadas, permitindo o aproveitamento de uma grande área de solo que permanece úmida por pouco tempo quando chove.

Há espécies que têm uma raiz principal muito grossa para acumular um bom volume de água e substâncias nutritivas. Muitas vezes, essas raízes são mais grossas que a parte aérea da planta.

Opuntia Cochenillifera
Os cactos podem ter forma globosa, que são os redondos; colunar, que são os compridos; ou achatadas, como as palmas – cujo nome científico é Opuntia – que costumam servir de alimento para o gado no Nordeste.

Essas palmas em especial não têm espinhos, assim não machucam o gado ao serem mastigadas. Porém, os parentes selvagens dessa espécie apresentam muitos espinhos para se protegerem.

E como se dá o acúmulo de água no corpo que faz a planta resistir a longos períodos de seca? A pele, ou cutícula, dos cactos é espessa e apresenta uma cera que ajuda a evitar a perda de água por transpiração.

A planta tem também estômatos – estruturas semelhantes aos nossos poros -, que durante o dia, sob sol forte, permanecem fechados para evitar a perda da água na forma de vapor.

Os espinhos são uma característica marcante dos cactos. Na verdade, eles representam folhas que se reduziram no processo de evolução dessa planta. Essa é uma outra maneira de reduzir a perda de água, porque sem as folhas eles evitam ainda mais a transpiração.

Os espinhos também protegem o cacto contra predadores e podem, ainda, ser importantes na dispersão da plantas. Alguns animais podem ter partes de cactos, como as palmas, ou mesmo plantas inteiras aderidas a seus pêlos e, assim, transportá-las para outros locais, onde poderão brotar.

Cereus-repandus

Como cultivar cactos
Em vasos
Os cactos necessitam de sol, ventilação e não suportam excesso de umidade. Isso é o básico para quem deseja cultivar cactos. A exceção fica por conta dos minicactos (aqueles que encontramos até em supermercados, em pequenos vasinhos) que, em geral, têm menos de três anos.

Como ainda são bem jovens, os minicactos apresentam menor resistência à exposição direta dos raios solares. Neste caso, é melhor colocá-los em áreas claras e arejadas, mas longe da luz solar direta.

Água
Este é talvez o fator mais importante para o sucesso no cultivo de cactos. A quantidade de água necessária para a manutenção destas plantas depende de outros fatores (terra, drenagem, temperatura, etc.), sendo difícil determinar uma periodicidade exata para as regas.

Mas, dá para chegar numa média, de acordo com os períodos do ano. No verão, as espécies com mais de três anos devem ser regadas a cada 5 ou 6 dias; já os minicactos a cada 4 dias.

No inverno, os cactos mais velhos devem receber água a cada 12 dias e os jovens a cada 8 dias. Toda a terra ao redor deverá ser molhada, mas não encharcada. Deixe que a água seja absorvida antes de colocar mais água.

vaso-cactus
Terra e fertilizante
A mistura de terra indicada para o cultivo de cactos pode ser obtida misturando partes iguais de areia e de uma boa terra para plantas caseiras. Para fertilizar, recomenda-se, uma vez por mês, substituir a água da rega por um fertilizante líquido básico para plantas verdes diluído na proporção indicada pelo fabricante.

Replantio
Uma questão que sempre se levanta é o replantio dos cactos: geralmente, o cacto deve ser replantado quando o vaso estiver pequeno demais para a planta, lembrando que a mistura de terra do novo vaso deve conter terra vegetal e areia (dessas usadas em construção), para garantir a boa drenagem.

Além disso, para retirar o cacto do antigo vaso é preciso muito cuidado, pois os espinhos podem machucar. Uma boa dica é usar folhas de jornal dobradas várias vezes, em forma de tira, para envolver o cacto e desprender suas raízes com a outra mão (basta torcer levemente o vaso), sem forçar muito, para não quebrar a planta.

Depois de solto, é só encaixar o cacto no novo recipiente. Com uma ferramenta de jardinagem pequena, pressione a terra do vaso, para firmar bem a planta.

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Em jardins
O plantio de cactos em jardins pede outros cuidados. O principal deles é escolher o local adequado para evitar acúmulo de umidade. Não se deve escolher um local baixo ou em desnível, para evitar que a água das chuvas forme poças ou fique parada.

Como já foi explicado, a água em excesso causa o apodrecimento dos cactos e pode até matá-los. O ideal é escolher um local mais alto ou até fazer um morrinho, amontoando terra e apoiando com pedras. O aspecto visual fica bem interessante.

Prepare as covas: para espécies que chegam a mais de dois metros de altura, faça covas com cerca de 40 cm de profundidade; para espécies menores (as mais comuns) faça covas rasas, com cerca de 15 cm.

Coloque no fundo das covas, uma camada de pedrinhas (tipo brita) e, por cima, coloque a mistura de terra (pode-se usar a terra retirada do buraco, misturada à areia de construção e terra vegetal, tudo em partes iguais).

Plante os cactos usando a dica de segurá-los com a faixa de jornal. Em volta dele, por cima da terra, espalhe outra camada de pedrinhas, para auxiliar na drenagem. Para fertilizar cactos de jardim, siga a mesma periodicidade indicada para os cactos de vasos.

É importante lembrar que para conseguir um bonito efeito com cactos em jardins é necessário saber escolher bem as espécies, que devem ter a resistência necessária à exposição direta aos raios solares, à chuva e ao vento constante.

Uma boa idéia é consultar um produtor ou especialista na hora da compra, para ter certeza de escolher os tipos de cactos adequados ao seu jardim.

Curiosidades sobre os cactos
* A origem do nome: o termo ‘cactos’ foi usado há cerca de 300 anos antes de Cristo pelo grego Teofrastus. Em seu trabalho chamado Historia Plantarum, ele associa o nome cacto à plantas com fortes espinhos.

Embora os cactos possam ter formas diversas, ainda hoje associamos a idéia de que são plantas com muitos espinhos.

* Nem todas as plantas que mantêm água dentro da sua estrutura são cactos. Essa característica também é comum às plantas suculentas.

A diferença é que os cactos têm apenas caule e espinhos e as suculentos também têm folhas e nem sempre espinhos.

* Todos os cactos florescem, porém algumas espécies só dão flores após os 80 anos de idade ou atingir altura superior a dois metros. Depois da primeira floração, todo ano, na mesma época, as flores voltam a aparecer.

Figo da Índia (Opuntia ficus indica)

* Algumas espécies dão frutos comestíveis. É o caso do cacto mexicano Opuntia Ficus-indica, que produz o conhecido figo-da-índia.

* Cactos podem viver até 200 anos e alcançar 20 metros de altura (como o Cornegia gigantea, originário dos EUA e México). Mas também existem espécies minúsculas. A menor conhecida é o Blosfeldia liliputana, dos Andes bolivianos, com apenas 0,5 cm de diâmetro.

* Apesar de 92% de sua estrutura ser composta por água, a presença do cacto indica sempre um solo pobre e seco.

No mundo, existem mais de duas mil espécies de cactos catalogadas. Só no Brasil, são mais de 300 tipos.

* Os cactos reproduzem-se tanto por sementes quanto por estacas.

cacto

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