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echeveria

As plantas suculentas tornaram-se onipresentes em nosso cotidiano. De elegantes floriculturas a feiras e supermercados, elas podem ser encontradas em todos os tipos, cores, tamanhos e preços.

Hoje em dia, elas já ocupam lugares de destaque, antes dominados pelas flores. Tem sido bastante frequente o uso de suculentas na decoração de eventos, fazendo parte de bouquets de noivas ou sendo ofertadas como lembrancinhas de festas de aniversário. Já foram parar até em ímãs de geladeira, plantadas dentro de rolhas. É uma febre.

Se analisarmos o volume de buscas que as pessoas efetuam na internet, veremos que o termo ’suculentas’ já ultrapassa em muito as orquídeas. Este aumento na procura, evidentemente, reflete-se no comércio. Já há, inclusive, espaços reservados às plantas suculentas no meio de algumas exposições de orquídeas. Da mesma forma, as áreas destinadas a cactos e suculentas vêm aumentando nos garden centers e floriculturas.

A beleza, diversidade, exotismo e facilidade de cultivo estão entre as razões para este sucesso das plantas suculentas junto ao público consumidor. Este fenômeno tem se refletido aqui no blog, onde tenho observado um aumento no interesse dos leitores por estas gorduchas.

A seguir, algumas informações interessantes sobre estas plantas, bem como dicas de cultivo e manutenção dentro de apartamento.

Classificação das plantas suculentas
Ao contrário do que muitos imaginam, não existe uma classificação botânica formal para todas as plantas suculentas. Elas não fazem parte de uma família específica. Diferentes gêneros e espécies, pertencentes a várias famílias botânicas, são popularmente agrupados sob a denominação comum de suculentas.

De forma bastante simplista, plantas suculentas são todas as espécies vegetais capazes de armazenar água em seus tecidos, quer sejam raízes, caules ou folhas. Nestes casos, as estruturas tornam-se mais espessas, adquirindo a aparência típica de uma suculenta. Em latim, ‘sucus’ significa suco ou seiva.

Todos os membros da família Cactaceae, por exemplo, apresentam esta característica. Portanto, cactos são plantas suculentas. O inverso, no entanto, não é obrigatório. Nem todas as suculentas são cactáceas.

Echinopsis chamaecereus

Para exemplificar, cito alguns cactos famosos já apresentados aqui no blog, tais como o cacto-amendoim (Echinopsis chamaecereus), cacto-orelha-de-Mickey (Opuntia microdasys, cacto-castelo-de-fadas (Acanthocereus tetragonus), cacto-dedo-de-dama (Mammillaria elongata) e cacto-dedal (Mammillaria gracilis). As opúncias também são cactos típicos bastante conhecidos.

Muito parecidos com os cactos, os membros da família Euphorbiaceae também são exemplos de suculentas. Neste grupo, talvez a representante mais conhecida seja a Euphorbia millii, popularmente conhecida como coroa-de-Cristo.

Outra família de plantas suculentas bastante famosas é a Crassulaceae. Evidentemente, faz parte dela a Crassula ovata, cujas variedades ‘Hobbit’ e ‘Gollum’ são popularmente conhecidas como suculentas orelha-de-Shrek.

Neste gênero, temos ainda a famosa Crassula Green Pagoda. Além destas, praticamente todas as plantas suculentas cultivadas pelos colecionadores possuem algum membro na família Crassulaceae.

É o caso das clássicas Echeverias, dentre as quais a Echeveria runvonni ‘Tops Turvy’, Echeveria ‘Black Prince’ e Echeveria shaviana.

Também pertence a esta numerosa família as suculentas do gênero Sedum (Sedun moranense), (Sedum morganianum) e (Sedum makinoi).

Echeveria shaviana.

Características das plantas suculentas
Vimos anteriormente que todos os cactos são exemplos de plantas suculentas. Por outro lado, nem todas as suculentas são cactos. Afinal, o que faz com que uma planta seja considerada suculenta?

Além do espessamento dos tecidos vegetais, causado pelo armazenamento de água, e a consequente aparência suculenta de folhas, caules e raízes, estas plantas típicas de ambientes áridos realizam a fotossíntese CAM (Crassulacean Acid Metabolism). Trata-se de um metabolismo diferenciado, que foi inicialmente descoberto em plantas da família Crassulaceae, que visa atenuar os efeitos da falta de água sobre as plantas.

Plantas suculentas que habitam regiões de clima árido apresentam este comportamento evoluído, CAM, no qual os estômatos ficam fechados durante o dia, a fim de evitar a perda de água por evaporação.

Durante a noite, ocorre a abertura destas estruturas, que então permitem a captação de gás carbônico. No entanto, neste período, não há luz para a realização de fotossíntese. O CO2 coletado durante a noite é armazenado sob a forma de ácidos orgânicos.

Durante o dia, quando os estômatos se fecham, estes ácidos liberam o gás carbônico necessário à fotossíntese.

Para evitar a perda de água, muitas plantas suculentas têm um número reduzido de estômatos em suas folhas. Outras, mais radicais, apresentam folhas rudimentares ou ausência total destas estruturas, como acontece com a maioria dos cactos.

Folhas cilíndricas ou esféricas, mais espessas, são características de plantas suculentas. Além de armazenarem água, estas estruturas apresentam uma geometria que diminui a superfície de exposição ao sol, reduzindo a evaporação da água. Também com esta finalidade, as folhas das suculentas costumam ser cobertas por cera ou pelos.

Um exemplo típico e bastante extremo de planta peluda é a Tradescantia sillamontana, popularmente conhecida como suculenta-teia-de-aranha. Também temos a simpática suculenta-orelha-de-gato – Kalanchoe tomentosa, com seu aspecto aveludado característico.

orelha-de-Shrek.

Muitas espécies de plantas suculentas possuem o termo tomentosa no nome, referente à lanugem que cobre suas folhas, como é o caso da famosa suculenta-orelha-de-gato, Kalanchoe tomentosa, ou da suculenta-patinha-de-urso – Cotyledon tomentosa.

Outra planta famosa do gênero Kalanchoe é o aranto, também conhecido como mãe-de-mil ou mãe-de-milhares. Trata-se de uma suculenta polêmica devido às suas alegadas propriedades medicinais, ainda sem comprovação científica. Ainda neste gênero, temos a mais florífera espécie, Kalanchoe blossfeldiana, popularmente conhecida como flor-da-fortuna.

Por fim, muitas espécies representantes deste diversificado grupo de plantas suculentas possui a aparência típica de uma rosa-de-pedra. Suas folhas espessas costumam ser organizadas sob a forma de rosetas, de modo muito similar às pétalas de flores petrificadas.

Vasos e substratos para suculentas
A escolha do melhor vaso para cultivar suculentas passa por uma série de questões inerentes ao ambiente de cultivo e às preferências de cada colecionador. O ideal é manter as plantas que adquiridas no mesmo vaso plástico proveniente do produtor.

A suculenta já sofre um grande stress ao ser retirada das estufas de produção, onde as condições climáticas são idealmente controladas, para ficar exposta à toda sorte de maus-tratos no ambiente de comercialização.

Depois, ainda é transferida ao nosso ambiente doméstico, que também é diferente da estufa. Particularmente, acho que um transplante nesta etapa só piora a situação da planta.

Para esconder a feiura do vaso plástico, podemos sempre recorrer a cachepots decorativos. Lembrando que é importante retirar o vaso de dentro destas peças, para que a água da rega não se acumule no fundo.

cotyledon-tomentosa

O material plástico também facilita o desenvase, durante os replantes necessários quando a planta se torna grande demais. Outra vantagem é que o peso é menor, em relação aos vasos de barro.

Para quem tem grandes coleções, principalmente em apartamentos, o peso somado de todos os vasos é uma questão a ser considerada.

Por fim, vale lembrar que os vasos de plástico retêm a umidade por mais tempo, em relação aos vasos de cerâmica. Dependendo do ambiente em que ficam as suculentas, é preciso adequar a frequência de regas, levando-se em consideração a natureza do material com o qual o vaso é fabricado. Independentemente desta questão, o importante é que o vaso possua uma boa drenagem, que impeça o acúmulo de água no substrato.

Substrato este que pode ser composto por diferentes materiais. O importante é que seja bem aerado, não compactado, bastante drenável. A mistura mais comumente utilizada no cultivo de suculentas é a de terra vegetal e areia grossa, em partes iguais.

Mas há quem adicione esterco curtido, húmus de minhoca e outros elementos orgânicos à mistura. É importante lembrar que plantas suculentas são originárias de regiões desérticas, de solo arenoso, geralmente pobre em nutrientes.

Não é necessário utilizar um substrato muito rico em matéria orgânica, nem utilizar materiais argilosos, ou que retenham muita umidade. Uma solução segura para quem está iniciando é comprar substratos prontos, especialmente desenvolvidos para o cultivo de cactos e suculentas.

Além da mistura clássica de terra e areia, há quem utilize casca de pinus, carvão vegetal, fibra de coco, perlita, e até mesmo musgo sphagnum. É sempre bom lembrar que, neste caso do musgo, a retenção de água é enorme e as regas devem ser feitas com muita cautela.

O importante é encontrar uma composição em proporções que apresentem uma boa performance no ambiente de cultivo de cada colecionador, levando-se em consideração seu estilo de vida e hábitos de rega.

Sedum Morganianum

Frequência de regas
Nesta questão de quão frequentemente regar as plantas suculentas, não há uma regra fixa. Não podemos nos prender a uma frequência semanal ou quinzenal. O importante é sempre verificar, com o dedo, o nível de umidade do solo. Ele só deve receber água novamente quando estiver completamente seco.

Outra maneira bastante prática de se perceber que o material no interior de um vaso secou bem é aferindo seu peso. Quanto mais leve estiver, mais seco o substrato estará. O vaso de plástico, por ser bem leve, ajuda nesta verificação. Com o tempo, vamos nos acostumando a distinguir o peso de um vaso recém-regado, comparado ao de um completamente seco.

Por este motivo, evite colocar aqueles pedriscos brancos decorativos, na superfície dos vasos. Eles me atrapalham na verificação da umidade do solo. É fácil perceber quando uma suculenta precisa ser regada apenas pela aparência da terra, que se torna mais clara e esbranquiçada, aspecto bem distinto de um solo úmido.

Durante as regas rotineiras, no dia a dia, evite molhar as folhas e rosetas das suculentas, para que não haja acúmulo de água e consequente apodrecimento nos interstícios destas plantas, geralmente bem compactas.

Uma vez por semana ou a cada quinze dias, principalmente durante os meses mais quentes do ano, leve todas para uma bacia ou um tanque e dê uma boa chuveirada. O importante é deixar as suculentas secarem bem, depois do banho. Este procedimento evita o acúmulo de sujeira e, eventualmente, pragas nas folhas das plantas.

Luminosidade para as suculentas
Alguns iniciantes têm a impressão de que só é possível cultivar suculentas e cactos sob pleno sol. Isso não é verdade. Muitos gêneros e espécies de suculentas adaptam-se ao cultivo em interiores, desde que próximos a janelas bem iluminadas.

Neste caso, é importante saber quantas horas de sol cada janela recebe, bem como sua orientação. As janelas e varandas com face norte são as mais iluminadas e propícias ao cultivo de cactos e suculentas.

Aquelas voltadas a leste recebem o sol da manhã, que também é ótimo. Janelas face oeste tendem a ser muito quentes, podendo provocar queimaduras em suculentas mais sensíveis. Já as aberturas voltadas ao sul precisam abrigar plantas que necessitem de menos luz para seu desenvolvimento.

Nem todas as suculentas são iguais, no quesito luminosidade. Existem gêneros mais propícios a serem cultivados em ambientes internos, de meia sombra. Também existem aquelas que são mais resistentes ao sol direto.

Antes de montar sua coleção, o importante é avaliar o quanto de luz seu ambiente recebe. Depois desta verificação, basta fazer uma pesquisa e adquirir as suculentas que melhor se adaptam às condições que podemos oferecer.

Além disso, muitos gêneros de plantas suculentas adaptam-se tanto ao cultivo sob sol pleno como à meia sombra. O curioso é que sua morfologia e coloração mudam completamente, dependendo do nível de luminosidade ao qual são expostos. Nestes casos, o importante é fazer a transição gradualmente, de um ambiente para outro.

Haworthia retusa

Suculentas de sombra
Como a grande maioria das suculentas e cactos adora sol, vamos destacar aqui aqueles gêneros que podem sobreviver com menos luz. É o caso das espécies dos gêneros Haworthia e Haworthiopsis. J

A Hawortia limifolia, Haworthia retusa e Hawortia coarctata, são três excelentes exemplos de suculentas que não necessitam de sol direto para seu desenvolvimento. São plantas que, em seu habitat de origem, vivem em locais mais sombreados, entre pedras, e até mesmo parcialmente enterradas. Portanto, são ideais para o cultivo em interiores.

A famosa planta-jade – Crassula ovata, e seus mutantes, como a orelha-de-Sherk, são exemplos de suculentas que podem ser cultivadas tanto dentro como fora de casa.

Embora possam ficar enormes e florescer sob sol pleno, são plantas que se dão bem em interiores, desde que recebam uma boa luminosidade indireta. A suculenta Portulacaria afra também encaixa-se nesta categoria.

Todos os representantes do gênero Sansevieria, popularmente conhecidos como espadas-de-São-Jorge, são excelentes opções para quem dispõe de pouca luminosidade em seu ambiente de cultivo.

Outros exemplos de suculentas que podem ser cultivadas à meia sobra são as representantes dos gêneros Gasteria e Rhipsalis. Embora precise de bastante luminosidade para florescer, a popular flor-de-maio – Schlumbergera truncata, é outra suculenta que costuma ser cultivada em interiores com sucesso.

Crassula ovata

Propagação de suculentas
Plantas suculentas podem ser multiplicadas com grande facilidade e rapidez. Qualquer folha que é destacada da planta mãe pode gerar uma nova muda. Basta que os segmentos sejam removidos corretamente, antes que comecem a murchar ou secar, e que sejam colocados em um berçário de suculentas.

Além disso, o processo de poda drástica, popularmente conhecida como decapitação, pode gerar uma grande quantidade de novas plantas. Para conhecer mais sobre estes processos, basta clicar nos links para os respectivos artigos.

Já o processo de propagação através de sementes é mais difícil e demorado. Existem algumas empresas que comercializam sementes de cactos variados. Sementes de suculentas são mais difíceis de serem encontradas comercialmente.

Embora a germinação ocorra com relativa facilidade, é complicado obter indivíduos adultos a partir de sementes, já que muitos morrem no caminho. Também é preciso ficar atento para anúncios fraudulentos de sementes, principalmente de plantas suculentas alegadamente raras.

planta mãe-de-milhares

Suculentas tóxicas
Apesar de as plantas suculentas esbanjarem beleza e fofura, há alguns cuidados a serem tomados. O perigo mais evidente são os espinhos. Não somente os cactos, mas também várias Eufórbias costumam apresentar espinhos agressivos, que podem ferir crianças e animais domésticos.

Além disso, as plantas suculentas podem exsudar um líquido leitoso, quando cortadas. O caso mais típico é o das representantes da família Euphorbiaceae, como a coroa-de-Cristo. Esta seiva branca é tóxica se ingerida acidentalmente.

Além disso, o simples contato desta substância com a pele pode causar irritações e alergias. Ainda mais perigoso é o contato inadvertido com os olhos e mucosas.

Menos evidentes, mas igualmente perigosas, são as suculentas do gênero Kalanchoe. A planta mão-de-milhares ou mãe-de-mil , popularmente conhecida como aranto, é uma suculenta famosa por causar envenenamento em animais domésticos e até em gado.

É importante tomar cuidado com esta suculenta porque muitos atribuem a ela diversas propriedades medicinais. Contudo, experimentos científicos ainda não comprovaram estas alegações.

Outro exemplo clássico de suculenta tóxica é a espada-de-São-Jorge. Vários membros do gênero Sansevieria podem causar intoxicação em crianças e animais domésticos, se ingeridos acidentalmente.

A famosa planta-jade – Crassula ovata, é outra suculenta bastante comum na decoração de ambientes, que pode causar acidentes, graças à toxicidade de seus tecidos vegetais.

Há vários outros exemplos. De maneira geral, plantas ornamentais e suculentas devem ser protegidas do contato com crianças e animais domésticos. É importante fazer uma boa pesquisa antes de adquirir novas plantas, sempre tendo em vista os perigos potenciais para nossos entes queridos.

As suculentas são particularmente perigosas para crianças porque são fofas e suas folhas gorduchas destacam-se com facilidade, sendo um atrativo irresistível para ser colocada na boca. Todo cuidado é pouco.

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Considerações Finais
As suculentas são plantas extremamente democráticas. Talvez por isso, estejam tão em alta atualmente. Além de belíssimas e decorativas, são relativamente baratas, podendo ser encontradas em qualquer lugar.

Como se não bastasse, são plantas de fácil cultivo e ideais para quem mora em apartamento. Não é necessário fazer um curso ou ler uma enciclopédia para aprender a cuidar de suculentas. Qualquer pessoa que adquira uma pequena planta logo conhecerá os principais cuidados a serem tomados, sem muita frescura ou enrolação.

O único problema destas plantas suculentas é que não é possível parar em uma, duas ou meia dúzia. Sem que percebamos, logo estaremos contaminados pelo vírus e não sossegaremos enquanto não preenchermos cada espaço disponível com uma incrível coleção de plantas gorduchas.

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Obrigada pela sua visita. Se você tem sugestões ou dicas sobre o assunto, coloque aí nos comentários, eles podem acabar virando temas para novos posts.

OBS: Este site não trabalha com vendas de plantas,sementes e afins, apenas são postados artigos com informações sobre como cultivar as plantas. Você pode adquirir sua planta desejada em qualquer bom Garden Center de sua região.


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Esta simpática plantinha de folhas circulares, que se parece com pequenas panquecas penduradas nos ápices de delicadas hastes. Não é fácil de encontrar

O interessante é que esta planta, tão cobiçada, é parente de espécies bastante comuns, aqui no Brasil, frequentemente utilizadas na decoração de ambientes internos, ou, até mesmo, vistas como pragas. É o caso da brilhantina – Pilea microphylla, e da lágrimas-de-bebê – Soleirolia soleirolii.

Também fazem parte desta família botânica, Urticaceae, à qual pertence a Pilea peperomioides, as famosas planta alumínio, Pilea cardierei, e planta-da-amizade, Pilea involucrata.

O nome desta espécie do gênero Pilea faz referência à sua semelhança com representantes de outro gênero botânico, Peperomia.

Como existem várias espécies vegetais conhecidas como planta do dinheiro, a Pilea peperomioides costuma ser chamada de planta chinesa do dinheiro. Devido ao formato circular de suas folhas, também há quem a apelide de planta-panqueca, tanto aqui como no exterior.

Ao contrário da maioria das plantas conhecidas na atualidade, que foram descobertas e classificadas séculos atrás, a Pilea peperomioides tem uma convivência recente com os ambientes urbanos.

Esta espécie somente foi descoberta no início do século XX, na China, tendo sua classificação formal ocorrido décadas mais tarde, já nos anos 1980, após uma trajetória tortuosa de esquecimentos e redescobertas.

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É interessante notar que a Pilea peperomioides tornou-se popular, no mundo ocidental, graças à sua rápida propagação e ao hábito de se doar mudas a parentes e amigos. Por este motivo, a planta chinesa do dinheiro também pode ser conhecida como planta-da-amizade.

À medida que esta espécie se torna mais madura, começa a emitir inúmeros brotos laterais, a partir da sua base. Estas mudas podem ser destacadas e plantadas separadamente, gerando novos exemplares para serem compartilhados com entes queridos.

Como vai se tornando cada vez mais alta, fina e comprida, a Pilea peperomioides pode ser submetida a uma decapitação, da mesma forma que procedemos com várias plantas suculentas.

A parte superior pode ser plantada separadamente e a base continuará a produzir novos brotos. É comum realizar o enraizamento destas estacas em água. Vale lembrar que, ao contrário de certas plantas, esta espécie não se multiplica através de folhas isoladas.

Cuidar da Pilea peperomioides é bastante tranquilo. A planta chinesa-do-dinheiro é uma excelente opção para quem mantém sua coleção botânica dentro de casas e apartamentos. Trata-se de uma típica planta de interiores, ainda que aprecie níveis elevados de luminosidade, sem sol direto.

Qualquer local próximo a uma janela que receba bastante luz solar é suficiente para o cultivo da Pilea peperomioides. Em áreas externas, coberturas ou varandas ensolaradas, esta planta precisa ser protegida do sol pleno, sob a sombra de outras plantas mais resistentes.

Por não tolerar temperaturas muito baixas, nem geadas, a Pilea peperomioides é perfeita para ambientes internos, onde as temperaturas são mantidas constantes, ao longo de todo o ano.

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No entanto, neste tipo de ambiente, é preciso tomar cuidado com a falta de umidade, prejudicial a esta espécie. Ambientes com ar condicionado também são nocivos à planta chinesa do dinheiro. O ideal é que a umidade relativa do ar seja mantida em níveis elevados, com o auxílio de umidificadores de ar, fontes de água ou bandejas umidificadoras, que nada mais são do que recipientes rasos com uma camada de pedrisco, sobre a qual os vasos ficam apoiados.

Uma lâmina de água se forma ao fundo, sem entrar em contato direto com as raízes da planta.

Sendo uma espécie adaptada à vida em ambientes úmidos, a Pilea peperomioides precisa de regas frequentes. É importante não deixar o solo secar completamente, entre as irrigações. No entanto, também é prudente evitar o excesso de regas, que resultem em um solo encharcado, por muito tempo.

Substrato
O substrato para o cultivo da Pilea peperomioides é aquele utilizado para a maioria das plantas de interiores, aerado, bem drenável e fértil. Qualquer mistura pronta, própria para a jardinagem amadora, dará conta do recado.

Como a planta gosta de umidade, convém dar preferência ao vaso de plástico, que ajuda a reter a umidade do solo por mais tempo. Os recipientes de barro, por serem mais porosos, tendem a secar mais rapidamente.

Qualquer que seja o material escolhido, é importante que o vaso tenha furos no fundo e uma camada de drenagem, composta por pedrisco, brita ou argila expandida.

Vale sempre lembrar que é bom evitar o uso do pratinho sob o vaso, que pode acumular água e causar a proliferação do mosquito da dengue.

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Ainda que a Pilea peperomioides possa produzir flores, elas são bastante discretas, de importância ornamental secundária. Os cultivadores costumam dar preferência ao desenvolvimento da parte vegetativa.

Por este motivo, não é necessário aplicar uma adubação muito rica em fósforo, voltada para a indução da floração. Qualquer fórmula básica, do tipo NPK, com níveis equilibrados destes nutrientes, será suficiente para garantir o bom desenvolvimento da planta chinesa do dinheiro.

Esta é uma espécie que requer pouca manutenção, não necessitando de podas constantes. É natural que as folhas mais antigas, próximas à base, amarelem, sequem e caiam.

Muitos cultivadores, principalmente os de interiores, costumam girar suas plantas, para que seus caules não cresçam inclinados. Este é um procedimento válido para a Pilea peperomioides.

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No entanto, há quem relate que este hábito causa uma deformação nas folhas circulares, que perdem seu aspecto completamente plano.

Outro fator que pode modificar a aparência planta das folhas da planta do dinheiro é a luminosidade insuficiente.

Ainda que o cultivo da Pilea peperomioides tenha algumas particularidades, o mais difícil, para quem mora no Brasil, ainda é encontrá-la à venda. Em um passado recente, esta era uma tarefa impossível.

Felizmente, hoje já existem fornecedores desta planta, mas são pontuais e difíceis de serem encontrados. Neste cenário, só nos resta torcer para que a tradição de se presentear com esta nova planta da amizade seja propagada em terras tupiniquins.

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Abóbora de Serpente

Planta de origem asiática possui uma bela flor e um fruto muito alongado. As suas flores, consideradas as mais belas do mundo, e que só abrem e podem ser observadas em todo o seu esplendor à noite, têm umas terminações incríveis e um aspecto de como se fossem rendas.

Conhecida como Abóbora-de-serpente ou Chichinga, a Trichosanthes cucumerina e que, em  algumas variedades, os seus frutos são comestíveis, bem como as folhas e flores.

Esta planta cresce no Nepal, Malásia e em outros países do Sul da Ásia é uma espécie de trepadeira que pode atingir os 4 m de altura.

fruto

Cultivada principalmente por causa do seu fruto extremamente longo, que pode alcançar os 1,5 m de comprimento, é altamente apreciada na cozinha asiática.

Este fruto de cor verde com riscas brancas, muitas vezes, fica com um aspecto torcido como o movimento de alguns répteis, daí o seu nome popular.

Gosta de climas quentes, as sementes têm uma cobertura exterior dura e não germinam com facilidade, mas, quando isso acontece, crescem demais e se tornam trepadeiras invasivas.
Também conhecida como Cipó-quiabo, Pepino-de-cobra, Quiabo-de-metro e Serpentina

Flor

Suas flores são brancas com as cinco pétalas dispostas em estrela  que remetem a unhas longas pintadas de branco, a superfície é coberta por penugem, o miolo amarelo tem delineio marrom.

No entorno de cada pétala há extensões em fios longos e finos que finalizam enrolados e emaranhados com aparência de um delicado rendado de bilro.

banquinho

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vasos

Abaixo segue dicas bem simples que melhoram a qualidade física do solo da nossa horta já estabelecida.

Se quando você rega a água escoa para fora do vaso ou demora muito para adentrar na terra (um sinal de solo muito argiloso)

Não são somente as plantas que precisam de cuidados frequentes, mas o solo também! O mal mais comum que assola vasos e canteiros é…a terra muito compactada.

Mas você não está sozinho, o solo brasileiro é tipicamente argiloso, portanto a probabilidade de ter que lidar com este problema é alta. Em uma terra extremamente dura as raízes das plantas não conseguem crescer e a planta não se desenvolve, elas atrofiam. Por isto, existem cuidados básicos que podemos realizar para minimizar estes danos:

afofar

Afofe a terra periodicamente:
Com o tempo, as regas e o pisoteamento (em caso de canteiros), a terra vai se tornando cada vez mais dura, por isto afofar é essencial! Mas como fazer?

Se estivermos falando de vasos e jardineiras, ou seja, pequenos espaços, podemos usar um ancinho pequeno ou até mesmo o cabo de uma colher. Para espaços maiores, como canteiros, utilize um ancinho grande ou uma enxada.

Este afofamento é feito somente na camada mais superficial do solo, em torno de 10 cm de profundidade, que é a região que fica mais dura. Tome cuidado para não afetar as raízes, por isto não aprofunde muito o afofamento e tome certa distância do caule da planta. O processo fica mais fácil quando a terra não está encharcada.

Melhore a drenagem do solo:
No período pré-plantio podemos evitar a compactação através da melhora da drenagem. Para isto, adicione um pouco de areia durante o preparo do solo, porém depois que este solo já estiver pronto e produzindo podemos minimizar o problema adicionando composto orgânico ou húmus de minhoca (ou vermicomposto).

A maioria já conhece os benefícios destes insumos na adubação, fornecendo principalmente nitrogênio (N), porém eles também são considerados condicionadores do solo, ou seja, aumentam a porosidade e permeabilidade do solo.

Portanto, a cada 40 dias invista em algum destes insumos para o solo de sua horta, mas cuidado para não exagerar. Esfagno e vermiculita também melhoram a qualidade física do solo, porém não ajudam na qualidade química (adubação), como o húmus e o composto.

rega

Atenção à rega
Vocês acreditam que a rega errada pode compactar o solo? A rega de mangueira de pressão e à grande distância do solo são os fatores mais responsáveis por compactar o solo das hortas caseiras.

Quando as gotas de água caem no solo elas acabam pressionando e compactando as partículas do solo e isto se intensifica quando molhamos as plantas à distância. Como fazer, então? Basta utilizarmos um regador ou a mangueira com baixa pressão bem próximo à terra, praticamente encostando no solo, assim como fazer uma rega moderada, sem encharcar.

Então a chuva também ajuda nesta compactação? Sim! E para minimizar isto, utilize cobertura vegetal seca (como folhas secas, palha de aveia e/ou de alfafa), principalmente em canteiros que dão muito mais trabalho para corrigir o problema do que os vasos.

Esta matéria seca também protege o solo contra as altas temperaturas que também endurecem a terra. A  temperatura ideal para nosso solo tropical é 25ºC, porém quando desprotegidos podem chegar à 56ºC, sendo que as plantas só conseguem absorver a água até 32ºC, ou seja, proteja-o.

Importante: a falta de rega também pode causar a compactação do solo, como vemos naquelas típicas paisagens desérticas de solo calcário, portanto o equilíbrio é um fator chave!

Todas estas ações melhoram a aeração do solo e permitem que a água escoe, melhorando a estrutura do solo, aumentando o enraizamento e a capacidade de captação de nutrientes pela planta.

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