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Nem todas as ervas são árvores além das grandes diferenças entre as diversas espécies de plantas.

herbacea

As plantas herbáceas
Do ponto de vista botânico, “as ervas” designam todas as plantas que não formam madeira e que têm apenas tecidos tenros. Como por exemplo, as primaveras, os tomates, os fetos. Naturalmente, a erva no sentido corrente, ou seja, as plantas da família das gramíneas (as festucas, os miscanthus, o trigo, etc.) é uma planta herbácea. Do mesmo modo, as bananeiras, os bambus e as palmeiras são, num plano botânico, apenas ervas! Para além destas plantas específicas, as plantas herbáceas atingem raramente grandes tamanhos, em comparação com as árvores.

Além disso, as plantas herbáceas podem viver um ano ou mais. Se viverem apenas uma estação (como os tomates ou as rosas da Índia) são chamadas anuais. Se viverem dois anos (como a digital comum) são bianuais. E quando vivem vários anos, são vivazes, perenes ou ainda perpétuas. Existem vivazes de curta duração de vida (o goivo, os agastaches, o funcho vivaz, a coquelourde…), são perenes mas na prática, devem ser substituídas cada dois ou três anos.

Pinus_aristata

As árvores
A situação é felizmente menos complicada do que as plantas herbáceas! Uma árvore vive muitos anos. O pinheiro com o rabo de raposa (Pinus aristata), é muitas vezes considerado a árvore que vive mais anos e que cresce mais lentamente.

Lagerstroemia 'Tuscarora'

Os arbustos
São as mais numerosas e situam-se entre as plantas herbáceas e as árvores. Os arbustos formam madeira, basta-nos cortar um tronco de lavanda para ver o seu crescimento, como no carvalho ou no pinheiro. Mas os arbustos têm uma dimensão inferior à das árvores. Em geral, classificam-se em árvores se excederem os 6 m, e em arbustos ou outros vegetais de madeira se tiverem dimensões inferiores a esta.
Esta distinção é arbitrária e não corresponde á realidade na natureza. Por exemplo, alguns arbustos são verdadeiras árvores (o lírio da Índia, ou Lagerstroemia, atinge 8 m em condições excepcionais) enquanto algumas árvores pelo contrário só podem permanecer no estado de arbustos se a situação for desfavorável.

Para complicar as coisas, o nome de algumas plantas contém a palavra “árvore” quando se trata apenas de arbustos, ou mesmo de plantas herbáceas. A árvore aos faisões (Leycesteria), a hortelã em árvore (Escholtzia) ou a árvore das borboletas (buddleia) não são verdadeiras árvores, enquanto a árvore dos lenços (Davidia) é uma autêntica árvore.

Lianas

As lianas ou plantas trepadeiras
Formam talos finos em relação ao seu comprimento. Uma grande Clematite nunca excede 1 cm de diâmetro, e uma venerável Bignone pode atingir 10cm de diâmetro. Na natureza, as lianas correspondem à plantas que penduram as outras para ir procurar luz. Existem lianas anuais.

jacintos azuis

As plantas com bulbo
Têm reservas subterrâneas carnudas, como a cebola e a Tulipa. A forma da reserva é muito variada num plano botânico e segundo os casos, falamos de corme, de garra, de rizoma ou de tubérculo. Não é preciso conhecer estas diferenças em detalhe. Saiba simplesmente que em todos os casos, a planta armazena reservas debaixo da terra e que para manter-se, deve poder reconstituir as suas reservas anualmente.

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OBS: Este site não trabalha com vendas de plantas,sementes e afins, apenas são postados artigos com informações sobre como cultivar as plantas. Você pode adquirir sua planta desejada em qualquer bom Garden Center de sua região.


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PlantaSonya - Solo – A acidez

pinheiro marítimoPinheiro marítimo, bom indicador de um terreno ácido.

Cuidado com as plantas que exigem um solo ácido ou alcalino
A acidez de um solo constitui, com a sua textura, este é um fator essencial para as plantas que têm exigências específicas na matéria. Uma terra alcalina se caracteriza geralmente pelo seu teor em calcário. Uma terra ácida defina-se pela ausência total de calcário. Uma planta que exige um solo ácido sofrerá em terra calcária. Ao contrário, uma planta de terra calcária vai sofrerá em solo ácido. É portanto, importante conhecer a acidez da sua terra.

Para isso, vários métodos podem ser utilizados. Primeiro, utilize seu sentido da observação, certas plantas que crescem de maneira espontânea traem uma terra ácida, como os Juncos, as Digitalis, as Giestas, e as urzes naturalmente, dado que “a terra de urze” é um terriço ácido. Pelo contrário, as plantas de terra calcária, como o Carvalho pubescente, o Cítiso, o Bordô campestre, as Íris, o Rosmaninho, etc., sugerem que o solo dos arredores seja rico em calcário.

Estas informações são úteis porque onde estes vegetais crescem de maneira espontânea, não terá dificuldade normalmente em fazer crescer as formas cultivadas. Relativize, no entanto, estas indicações, porque a natureza do solo pode variar sobre uma curta distância. Para mais segurança, efetua uma medida mais precisa.

Uma escala de medida
A acidez mede-se através do pH (para “potencial Hidrogênio”). É sempre compreendido entre 1 (acidez extrema) e 14 (alcalinidade total), um valor de 7 é considerado como neutro (nem ácido, nem alcalino). No jardim, o pH situa-se entre 5 (terra muito ácida) e 9 (terra muito calcária). O pH exato não pode ser adivinhado e deverá munir-se de um kit especial, graças ao qual poderá estimá-lo. Seu emprego é muito simples e informativo.

Assim, para valores compreendidos entre 6 e 7, a terra é ligeiramente ácida. É mais favorável aos vegetais de terra de urze, mas poderá cultivar numerosas plantas. Um pH mais fraco indica uma terra muito ácida: os legumes vão crescer mal, certos arbustos arriscam não se darem bem, como a Árvore Judée, as Lavandas, os Cistes. Em contrapartida as Camélias, os Bordos do Japão, as Hortênsias, apreciarão estes solos.

Os solos alcalinos
Além de um pH de 7, uma terra é alcalina (diz-se também “básica”, porque rica em “bases”, a outra denominação das matérias alcalinas). Conterá portanto, uma parte importante de calcário, sobretudo se o pH for compreendido entre 8 e 9. Manter Rododendros e Andrômedas por exemplo será difícil. Os vegetais mais sensíveis ao excesso de calcário, como as Roseiras e as Hortênsias, arriscam-se a amarelar devido ao clorose férrica, um mal frequente em terra calcária. Única solução: fornecer-lhes um tratamento anticlorose (em rega) uma vez que os sintomas aparecem. Uma adubação regular de composto maduro ao pé das plantas vai evitar este problema. Numerosas plantas prosperam em solo calcário sem a qualquer preocupação: os Pinhos, as Figueiras, os Buxos, os Cotonéasters, etc.

A natureza não é assim tão mal feita, numerosas plantas permanecem indiferentes à acidez do solo, e vêm tanto em terra ácida que calcária. Como por exemplo: os Agapantos, as Clematites, as Heras cultivadas, as Macieiras, o Lilás, etc. E se quiser alterar o pH da sua terra, é possível. Acrescente enxofre em pó ou sulfato de ferro para acidificá-la. Incorpore pelo contrário cal apagada ou dolomita para reforçar o seu caráter alcalino.

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PlantaSonya - Semeando em vasos

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Fazer as sementes germinarem não é difícil, mas cuidar de plantas jovens exige alguns cuidados. Sigam as instruções.

Coloque o substrato no vaso, colocando no fundo do vaso, cacos de telha para drenar melhor as regas.
- Para conseguir boas sementeiras, arranje bom equipamento.
- Primeiro os vasos: em plástico e bastante grandes, com pelo menos 10 cm de diâmetro e o mesmo de altura.
- A terra: a que se encontra no comércio convém perfeitamente, pois nela não encontramos nenhuma semente de ervas daninhas.

A terra que se encontra no comércio convém perfeitamente, pois nela não encontramos nenhuma semente de ervas daninhas.

Semear na terra do jardim geralmente não dá bons resultados. Há terra especial para sementeiras mas pode usar um tipo de terra base. Se, por acaso, esta colar um pouco aos dedos, pode-se misturar metade-metade com areia. É também necessário um recipiente para a sementeira: por exemplo, uma mini-estufa ou um pequeno chassis. E as sementes mais novas possível. Os velhos restos de pacotes de sementes que vão ficando nas gavetas raramente dão bons resultados.

Espalhe as sementes pela superfície, dando espaço de 5 cm uma da outra.
- Comece por encher os vasos com terra ou com a mistura de terra para semear e calque a terra para que fique plana (pode fazê-lo com a mão ou com um pequeno objeto plano). O substrato deve estar a 2 cm da beira do vaso.
- Espalhe as sementes pela superfície, espaçando-as de 5 mm. Tape-as com uma fina camada de terra de 5 mm de espessura no máximo. Calque ligeiramente de novo para que as sementes se agarrem ao substrato.
- Se a semente for muito fina, não as tape, elas germinarão sem estarem tapadas. Não esqueça de anotar o nome das variedades semeadas, numa etiqueta a colocar no vaso.
- Coloque os vasos de sementeiras num prato com 5 cm de altura e encha-o de água.

Deixe o conteúdo dos vasos se sugar a água pouco a pouco, durante algumas horas.
- Guarde-as ao abrigo;
- Coloque os vasos com as sementes num local protegido das intempéries, numa mini-estufa, por exemplo. A temperatura deve ser adaptada à variedade semeada

A maioria das plantas germina a 20ºC, mas algumas exigem temperaturas mais altas (berinjelas, manjericão, datura e muitas plantas exóticas).
Outras preferem temperaturas mais frescas como as primaveras, os goivos e todos os arbustos do exterior. A germinação leva sempre algum tempo: entre uma semana e por vezes alguns meses. Assim, é necessário que durante esse tempo se mantenha o substrato sempre úmido, regando ligeiramente ou mantendo sempre os pratos com água para que o substrato fique úmido.

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Bulbophyllum_involutum

As orquídeas que afloram em regiões rochosas têm a difícil tarefa de se manterem vivas e se reproduzirem nesse hostil ambiente. A oscilação de temperatura e o ambiente aparentemente sem condições para nutri-las são alguns dos fatores que limitam muitas espécies a se adaptarem nas rochas, porém aquelas que se aventuram e resistem a todas as barreiras naturais se tornam verdadeiras dominadoras dessas paisagens.

Alguns gêneros são facilmente percebidos em muitos afloramentos rochosos, isso porque criaram mecanismos para aproveitar qualquer oportunidade do ambiente que seja favorável ao seu pleno desenvolvimento. A reciclagem da biomassa é muito notada nestes biomas, onde toda matéria orgânica se transforma em substrato para as plantas que necessitam de um solo mínimo para o enraizamento. Por outro lado, nas rochas, vemos também muitos vegetais que simplesmente “caminham” pela rocha nua e não se sentem limitados, estes já se encontram no ápice da evolução e por isso conseguem viver em tais condições.

Em contrapartida, estas plantas estão apropriadamente adaptadas, contudo, são extremamente dependentes dos afloramentos rochosos e raramente respondem bem ao cultivo doméstico, pois os cultivadores não são capazes de oferecer um local e condições ideais para seu pleno desenvolvimento.

Cada espécie responde de forma diferente a um mesmo ambiente e por isso observamos verdadeiros mosaicos na vegetação, onde a heterogeneidade e a harmonia das espécies resultam em verdadeiros jardins rústicos. A convivência entre as muitas famílias botânicas e as diferenças entre elas nos revelam que esses ambientes vem sendo povoados por vários períodos, sendo que as espécies mais evoluídas foram se sobrepondo àquelas menos adaptadas, resultando numa seleção natural.

Orquídeas, bromélias, cactos e vellozias são algumas das famílias botânicas que atualmente estão melhor representadas nos afloramentos rochosos, havendo uma grande diversidade de espécies. Essas plantas são dependentes umas das outras, pois juntas formam ilhas de vegetação e dão oportunidade para que outras espécies se desenvolvam dentro daquele ambiente mais favoravelmente.

É fácil perceber que muitas plantas não resistiriam a viver em locais que aparentemente não sustentam a vida, como é o caso dos afloramentos rochosos. A alta insolação, a escassez de umidade por um longo período, as altas temperaturas durante o dia e oposição a alta umidade e baixas temperaturas durante a noite são alguns dos fatores que podemos citar, mas esses vegetais resistiram e agora povoam esses ambientes.

Muitas espécies de orquídeas desenvolveram mecanismos para resistir às barreiras naturais, possibilitando que elas possam sobreviver por um grande período de estio, pois os ambientes em que elas se desenvolvem não se caracterizam pela retenção de água suficiente. Tais mecanismos são órgãos que podem armazenar água e nutrientes por um longo período de escassez, geralmente são folhas e pseudobulbos carnosos e suculentos responsáveis pela manutenção da vida desta família botânica. Além disso as orquídeas ativam, mais intensamente, o metabolismo durante o período da noite, já que o sol e o calor fariam com que elas transpirassem muito e perderiam, desta forma, líquidos preciosos durante o dia.

As raízes vão em busca de água e nutrientes na rocha ou nas camadas finas de terra que se acumulam sobre ela, muitas vezes elas ficam protegidas pela camada de musgo e líquen que se estabelecem sobre a pedra e deles também elas recebem sais oriundos das rochas, que já estão parcialmente dissolvidos.

Assim como outras plantas, as orquídeas que vivem nas rochas apresentam poucas folhas, pois assim elas economizam água através da baixa taxa de transpiração. O desenho das folhas pode variar, mas normalmente elas serão pequenas e rígidas. Certas orquídeas perdem as folhas por um período, e apenas voltam a apresentar novas folhas quando há uma nova brotação. As orquídeas terrestres possuem este mecanismo e também deixam suas raízes, rizomas e tubérculos enterrados sobre a proteção da matéria orgânica.

Coppensia-vasconselosiana

Já os pseudobulbos têm a maior importância para a sobrevivência das orquídeas em ambientes rochosos, pois é ele que armazena a maior quantidade de seiva para a planta e todas as energias necessárias para que ela tenha seu desenvolvimento saudável e natural, é ele que vai sustentar uma nova brotação, as folhas e as flores.

Sabe-se que cada ser vivo precisa lutar de todas as maneiras para a sua sobrevivência e perpetuar a própria espécie. As orquídeas e todas as outras formas de vida que existem nesse ambiente estão travando essa batalha pela vida a todo instante, criando uma forte dependência a essas condições.

Com esse exemplo natural podemos também passar a ver nosso mundo com mais atenção, pois também temos que nos adaptar a viver, a cada dia, em um mundo cada vez mais degradado pela própria ação humana. Com esta degradação do ambiente, estamos diminuindo as oportunidades de manutenção da vida dos seres vivos com os quais convivemos, além de não estarmos garantindo a sobrevivência das futuras gerações da nossa própria espécie.

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