Subscribe to PlantaSonya Subscribe to PlantaSonya's comments




dionaea
A mosca penetra na sala, num dia ensolarado. Zumbe em círculos e, depois, pousa naquela planta estranha, cujas folhas possuem “dentes”. De repente, duas folhas, imóveis até então, fecham-se num movimento brusco, prendendo a mosca com seus “”dentes”" entrelaçados. A planta carnívora acabou de assegurar mais uma refeição.

Embora essa descrição assemelhe-se a uma história de ficção científica, trata- se de um acontecimento comum para quem cultiva uma espécie como a Dionaea muscipula, uma das muitas plantas que se alimentam de insetos. Um exemplar desses é, no mínimo, uma planta bastante curiosa para se ter em casa. De manutenção relativamente fácil, essas plantas fazem baixar a população de insetos que azucrinam a vida doméstica. Além de seus estranhos hábitos alimentares, muitas delas revelam-se bonitas, em especial quando florescem.

Como funcionam?
Essas incríveis criaturas desenvolveram-se através dos tempos, sobrevivendo em locais em que o solo sempre foi muito pobre em nutrientes, tais como pântanos e brejos. De maneira gradual, foram modificando suas formas a ponto de conseguirem atrair e aprisionar insetos, para complementar sua parca dieta.

Nem todas têm o mesmo funcionamento. A dionéia tornou-se uma das mais apreciadas por seu “desempenho” espetacular. Bem ao lado dos bordos das folhas, podem ser observadas, olhando-se bem de perto, cerdas sensíveis, que ao serem tocadas fazem acionar o mecanismo de fechamento da parte terminal das folhas, a qual se contrai bruscamente.

Os “”dentes”" dispostos ao longo dos bordos se entrecruzam e assim a presa não escapa. A planta então passa a secretar sucos que dissolvem o animal.

Se você quiser observar a armadilha em funcionamento, coloque um minúsculo pedaço de carne ou peixe numa das folhas inferiores. Isso agradará à planta, se houver escassez de insetos na casa. No entanto, essa guloseima só deve ser oferecida ao exemplar muito esporadicamente, pois há risco de prejudicar a planta por super-alimentação, pois cada folha só pode “engolir” cinco vezes, antes de morrer.

A Sarracenia não precisa se mexer para aprisionar um inseto. Ela produz um líquido cujo cheiro atrai o animal. Essas plantas apresentam uma pequena urna, em hastes de até 90 cm. No fundo das urnas encontra-se o líquido; quando o inseto rasteja dentro da peça, escorrega e cai no fundo. O líquido – uma espécie de suco digestivo – dissolve a presa para nutrir a planta.

A Drosera constitui outro gênero de planta carnívora, semelhante à Dionaea, mas que funciona de maneira diferente. Suas folhas recobrem-se de tentáculos que secretam uma substância pegajosa. Quando o inseto pousa na folha, fica logo preso e as folhas se enrolam, aprisionando o animal definitivamente.

Que aparência tem?
A Dionaea é pequena e compacta e pode ser cultivada por divisão do exemplar em várias mudas. Raramente exige um vaso com mais de 10 cm de diâmetro de boca, onde viceja por anos seguidos. Colore-se de verde-claro, mas, se for mantida sob clara luminosidade natural, adquire nuances avermelhadas. Apresenta florada branca, na primavera ou no começo do verão.

A Sarracenia assume colorido mais vivo e floresce na primavera ou no verão. O híbrido Sarracenia x catesbaei possui urnas rosadas e flores bem vermelhas, revelando-se uma planta de fácil cultivo em ambientes interiores. A espécie S. fiava tem longas hastes com urnas verde-claras contrastando com flores amarelas. A S. leucophila apresenta urnas altas e brancas (com veios verdes ou vermelhos) e flores vermelhas. A S. purpurea revela-se a menor de todas, com urnas pequenas e vermelhas e flores rosadas ou vermelhas. Apesar de o gênero apresentar plantas altas, não há necessidade de vasos com mais de 15 cm de diâmetro de boca.

Outra planta com as mesmas características, mas pertencente a outro gênero, é a Darlingtonia californica. Suas urnas verde-amareladas, com veios vermelhos e manchas brancas no topo, nascem na ponta de hastes com 60 cm, assumindo uma postura de uma cobra no bote. Em outubro ou novembro, surgem flores verde-claras com veios carmesins, dispostas em pedúnculos incomuns e arqueados.

A Drosera assemelha-se à anêmona-do-mar e revela-se de fácil cultivo. A Drosera binata tem folhas com reentrâncias e tentáculos bem vermelhos, contrastando com as flores brancas. A D. capensis diferencia-se por sua florada púrpura. Ambas as espécies atingem cerca de 15 cm de altura e florescem desde o começo até meados do verão.

BLUEBIRDS

Obrigada pela sua visita. Se você tem sugestões ou dicas sobre o assunto, coloque aí nos comentários, eles podem acabar virando temas para novos posts.

OBS: Este site não trabalha com vendas de plantas,sementes e afins, apenas são postados artigos com informações sobre como cultivar as plantas. Você pode adquirir sua planta desejada em qualquer bom Garden Center de sua região.


regar

Existem 3 maneiras básicas para se regar as plantas:

Rega por cima
É o processo mais comum, ideal para a maioria das plantas. Consiste em regar a planta com um regador de bico fino, fazendo com que a água penetre pela mistura do solo até sair pelo furo de drenagem. Quando aplicar este tipo de rega, seja generoso; só pare depois de a água ter drenado bem. Mas não deixe a superfície transbordar, espere a água descer naturalmente para colocar mais.

Rega por baixo
É especialmente adequada para as espécies que formam touceiras e fecham a superfície do vaso, não deixando ver o solo. O processo consiste em encher o prato que fica debaixo do vaso e deixar a água penetrar pelo furo de drenagem. Quando a umidade tiver atingido a superfície do vaso – não esqueça que o processo é lento – você deve tirar a água que sobrou no prato.

Imersão
É uma rega especial. Deve ser adotada quando as plantas estão ressecadas e murchas devido à falta de água. Também é ótima para regar orquídeas e samambaias plantadas em placas de xaxim. Aplicar esta rega é simples: encha um balde com água suficiente para cobrir o vaso inteiro – mas só o vaso. Deixe-o submerso por 2 minutos, até acabar de borbulhar. Depois levante o vaso e deixe-o drenar todo excesso de água.

46

Obrigada pela sua visita. Se você tem sugestões ou dicas sobre o assunto, coloque aí nos comentários, eles podem acabar virando temas para novos posts.

OBS: Este site não trabalha com vendas de plantas,sementes e afins, apenas são postados artigos com informações sobre como cultivar as plantas. Você pode adquirir sua planta desejada em qualquer bom Garden Center de sua região.


Oncidium crispum
Muitos são os equívocos e dúvidas no que se refere à adubação de orquídeas. Estes equívocos e dúvidas referem-se, principalmente, quanto ao modo de aplicação, se pela irrigação ou foliar, em que época do ano realizar a adubação de forma mais intensa, quais horários e qual a freqüência para realizá-la.
Assim, tem-se por objetivo apresentar algumas informações que contribuirão para uma prática de adubação mais eficiente para as orquídeas, ou seja, um menor esforço associado a um melhor resultado.

Primeiramente, convém diferenciar a forma de absorção de nutrientes pelas bromélias e pelas orquídeas. Nas bromélias existem células modificadas, denominadas células escama, localizadas em maior densidade na base da roseta formada pelas folhas, elas são uma adaptação para a absorção de nutrientes. Já as orquídeas não possuem estas adaptações nas folhas. Por isso, o potencial de absorção de nutrientes pelas orquídeas variará de acordo com alguns aspectos, como a idade da folha e o próprio estado nutricional da planta.

Ressalta-se que todo o potencial de absorção de nutrientes minerais pelas folhas das orquídeas é muito aquém da quantidade demandada pela planta em relação à maioria dos nutrientes, especialmente os macronutrientes, que são os requeridos em maior quantidade. Em contrapartida, suas raízes são as mais evoluídas da natureza para absorção destes nutrientes, devido a uma série de adaptações morfológicas e fisiológicas. A eficiência de absorção varia em função da espécie, de suas necessidades no local onde a mesma evoluiu, ou seja, se há maior disponibilidade de nutrientes, como nos ambientes terrestres sob mata densa ou menor disponibilidade, como nos casos de epífitas sobre árvores do cerrado, neste último caso elas tendem a serem mais ávidas à aquisição destes.

Quanto à adubação foliar, os resultados satisfatórios que são obtidos ocasionalmente, provavelmente, se devem ao fato da lavagem eventual dos sais acumulados nas folhas, após a evaporação da água, para o substrato sob influência das raízes, através das chuvas e regas.
A fertirrigação apresenta-se como a melhor forma de adubação, pois, associa um melhor uso de energia, tempo e produto. Para instrumentá-la, é necessário que a solução água mais adubo seja dirigida diretamente sobre a superfície do substrato, com este previamente umedecido para colaborar com uma maior absorção, uma maior homogeneidade da concentração de adubo ao longo do volume do substrato e, também, para uma diminuição da perda por escorrimento direto do adubo, caso o substrato esteja muito seco, principalmente, se o substrato for a fibra de xaxim.
Juntamente com a irrigação propriamente dita, a fertirrigação torna-se mais eficiente, se feita em determinados horários. Assim, no geral, o melhor horário para ocorrer a adubação é no final de tarde. Isto se deve ao mecanismo fotossintético das orquídeas de maior representatividade em coleções que determina a abertura de estômatos à noite, ou próxima dela, e, conseqüentemente, propicia a entrada e movimentação de água e nutrientes nas plantas aí. Com isso, a planta estará regada e adubada para uma situação relativamente mais próxima do ótimo de absorção.

Outro ponto que merece destaque é cautela quanto a não promover o excesso de adubação. Portanto, o orquidófilo também deve ficar atento quanto à necessidade de lavagem do excesso de sais acumulados nos substratos e paredes dos recipientes, geralmente, sinalizados pelo aspecto esbranquiçado dos mesmos, pois, na mesma medida que as raízes são eficientes em absorver, elas também são sensíveis ao excesso de sais. Basicamente, a lavagem se dá com uma rega mais demorada com a mangueira, vaso a vaso, periodicamente, sendo que uma vez ao mês é suficiente.

O sintoma mais característico de salinidade alta no substrato é a queima dos ponteiros das raízes, a necrose na região apical.
Outro ponto de significativa relevância é a escolha do tipo de adubo. Dispor de adubos minerais que apresentem altos teores de alguns poucos nutrientes, em geral preocupando-se apenas com o N-P-K, em detrimentos de outros tão importantes quanto, mas em quantidades menores, acaba criando uma maior necessidade de se conciliar aquele adubo com outros, o que muitas vezes torna-se uma atividade pouco prática.

Para escolha do adubo, é importante saber que a quantidade de cada nutriente a planta necessita na adubação depende principalmente da espécie, do atual estágio de desenvolvimento (brotação, floração, etc.), e do quanto seu ambiente já é capaz de suprir, por exemplo, quanto e em que velocidade a decomposição do substrato forneceria de nitrogênio. Todavia, não tendo informações precisas neste grau de refinamento e considerando que, em condições amadoras, tem-se que trabalhar com situações médias, recomenda-se, portanto, conciliar um adubo mineral com uma composição qualitativamente ampla.

É sempre interessante conciliar a adubos minerais, ou “químicos”, com adubos orgânicos ou organominerais, que possuem composição complexa, com gradual taxa de fornecimento de nutrientes às plantas.

Convém esclarecer que, se a mistura conter cinzas, que são minerais, não caberá mais a denominação orgânica unicamente e que o papel do adubo orgânico ou organomineral é suprir uma eventual demanda não atendida plenamente com o mineral.
Quanto à periodicidade, quando aplicada quinzenalmente, a adubação mineral é considerada satisfatória, durante o ano todo, mesmo no inverno, pois se existe brotação há necessidade de se fornecer nutrientes, e também ocorrendo a “lavagem” mensal do substrato, não haveria grandes problemas de excesso, caso as plantas não estejam em pleno crescimento.

Alguns resultados dessa freqüência são que algumas espécies e híbridos são estimulados a florir mais de uma vez por ano pela adubação, as flores sempre vindo com os brotos novos, e mesmo para aquelas espécies mais “disciplinadas”, que só brotam e florescem em uma época bem definida do ano, a freqüência citada não tem trazido prejuízos. Logo, pode-se afirmar que conciliar a forma de adubação com o tipo de adubo adequado pode facilitar o cultivo de orquídeas e propiciar o alcance de resultados mais satisfatórios.

cach

Obrigada pela sua visita. Se você tem sugestões ou dicas sobre o assunto, coloque aí nos comentários, eles podem acabar virando temas para novos posts.

OBS: Este site não trabalha com vendas de plantas,sementes e afins, apenas são postados artigos com informações sobre como cultivar as plantas. Você pode adquirir sua planta desejada em qualquer bom Garden Center de sua região.


Comments off

PlantaSonya - Orquídea Nativa

flores-orquideas
O que você faria se estivesse passeando tranquilamente por uma área de vegetação nativa e deparasse com um tronco de árvore caído no chão, lotado de orquídeas? A tentação de pegar uma muda seria bem grande não?
Você em um gesto de carinho recolheria aquela planta infeliz que se desprendeu de seu habitat pela própria ação da natureza e a leva para casa, para protegê-la e fornecer a ela tudo que não poderia ser encontrado naquele local: adubo, iluminação correta e um bom substrato além, é claro, de muito amor e dedicação.
Mas fique sabendo que isso não está correto e a planta logo lhe mostrará sinais disso, ou definhando até a morte, ou ficando paralisada por muitos anos até começar a se adaptar ao novo micro clima onde foi inserida.

As plantas nativas têm todo um esquema de sobrevivência que envolve fatores chamados de abióticos (clima, solo, luz, etc.) e bióticos (relações ecológicas tais como parasitismo, predação e competição). Esses fatores mantêm o habitat da orquídea de forma equilibrada para que ela possa viver em harmonia em seu ambiente natural, tendo como exemplo o controle de seus parasitas naturais sendo feito pelos predadores que também habitam o local.

Já na nova “morada” a orquídea nativa tem que se adaptar a utilização de adubos químicos, a uma nova modalidade de plantio que coloca suas raízes sob o substrato e não sobre como ela estava acostumada, entre outras coisas. Só com esses dois exemplos já se pode ter a idéia do tamanho da mudança a que a planta tem que se submeter ao ser retirada do seu habitat. Fora o fato de que ao se quebrar aquela cadeia de fatores (abióticos e bióticos), você certamente levará para casa além da planta, seus parasitas, deixando para trás os seus predadores naturais. Trocando em miúdos, você estará levando problema para seu orquidário!

O correto no caso de se encontrar uma orquídea nativa é deixar que a natureza continue seu curso, sem interferir nisto. Mesmo que você sinta “pena” ou até mesmo aquela cobiça pela tão almejada planta, não se deixe levar.
As plantas produzidas em laboratórios e vendidas em orquidários e até mesmo supermercados do país inteiro, por um preço bem acessível, são mais resistentes às pragas e na grande maioria das vezes possuem a forma da flor e aspecto vegetativo bem mais bonitos e harmoniosos do que uma planta nativa.

Se mesmo com todos esses argumentos você ainda não se convenceu de que não é uma boa opção coletar uma planta nativa para acrescentá-la a sua coleção, passemos para a parte jurídica.
De acordo com o artigo 49 da Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998), a pena para quem destruir,  danificar,  lesar ou maltratar,  por qualquer modo ou meio,  plantas de ornamentação de logradouros públicos ou em propriedade privada alheia, é de detenção,  de três meses a um ano,  ou multa,  ou ambas as penas cumulativamente.  Já para quem destruir ou danificar florestas nativas ou plantadas (Art. 50) a pena é de detenção de três meses a um ano e multa.

Portanto, ao entrar em um local onde existam orquídeas nativas, divirta-se apenas tirando fotos e aproveitando o canto dos pássaros. Fazer mais do que isso é interferir no equilíbrio do meio ambiente. Pensem bem nisso.

n007

Obrigada pela sua visita. Se você tem sugestões ou dicas sobre o assunto, coloque aí nos comentários, eles podem acabar virando temas para novos posts.

OBS: Este site não trabalha com vendas de plantas,sementes e afins, apenas são postados artigos com informações sobre como cultivar as plantas. Você pode adquirir sua planta desejada em qualquer bom Garden Center de sua região.