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Posts para categoria ‘Orquídeas e Bromélias’

Caleana major -1

A Caleana major pertence á família botânica das orquídeas típica das regiões leste e sul da Austrália, onde é encontrada em áreas ensolaradas de várzea, assim como em florestas abertas de eucaliptos e áreas costeiras pantanosas e também nos urzais próximo á costa.

É uma planta perene, mas floresce no final da primavera ou no início do verão. A planta costuma crescer até os 50 cm e suas flores têm de 15 a 20 mm. A planta é  terrestre e sua flor, como o próprio nome diz, lembra um pequeno pato em pleno vôo.

Por seu pequeno porte, e cores não chamativas, é bastante difícil encontrá-la na natureza. Apresenta apenas uma folha, simples, prostrada, longa e lanceolada, de cor verde-bronzeada, muitas vezes pintada.

Ela é rara e muito difícil de ser vista fora de seu habitat natural, mas sua beleza é encantadora. A Caleana major é mais uma planta que nos leva a admirar a Natureza com mais detalhes e apreço.

patovoador

Seu pequeno porte e cores costumam não chamar muito a atenção a não ser do seu polinizador que é atraído pelo formato peculiar de sua flor identificando-a como sendo a fêmea de sua espécie.

O processo de polinização desta exótica espécie é conhecido como pseudocopulação, uma determinada variedade de vespa depois de atraída pela beleza da flor fica aprisionada pela planta num sistema natural de armadilha que força a vespa a passar pelas políneas carregando o pólen.

Quando o inseto vem para investigar a flor, a cabeça do pato, o labelo, oscilando para baixo e empurra o bug no corpo do pato, que é na verdade uma bolsa vazia. Uma vez dentro, o inseto fica revestido de pólen.

A flor faz prisioneiro voar cerca de 20 minutos e depois deixa-o ir. Em seguida, o inseto voa para longe e encontra uma outra flor para colocar o pólen.

A Natureza é tão fantástica que a flor desta orquídea após sofrer a ação do polinizador logo se abre novamente para dar continuidade ao ciclo da vida.

pato-voador

A orquídea pato-voador floresce na primavera e verão e não podem ser cultivadas em viveiros por causa da deficiência em se criar as condições mínimas exigidas pela planta, condições únicas de seu habitat natural, sendo assim, se torna quase impossível de se admirar de perto um exemplar desta exótica e rara espécie de orquídea fora do seu ambiente.

As plantas florescem durante um ou dois anos, mas, por vezes, enfraquecem progressivamente até morrerem.

A flor é em geral marrom avermelhada, com 15 a 20 mm de comprimento e apresenta uma armadilha sensível à vibração e peso, que prende o inseto assim que o percebe, de forma que ele só consegue sair se passar pelas políneas, e desta forma acaba carregando o pólen da flor.

Após a saída do inseto, a flor se abre novamente, à espera de mais vespas. Ao tentar copular com diversas flores, a vespa acaba espalhando o pólen.

caleana major

Infelizmente ainda não foi possível cultivar ou propagar a orquídea pato em viveiro, visto que suas raízes tem uma estreita relação simbiótica com um fungo que só cresce no seu habitat.

O fungo parece ser responsável por proteger a orquídea de infecções, de forma que ao tentar cultivá-la longe do seu ambiente natural, ela perece rapidamente. Portanto, como a orquídea pato-voador é dificilmente avistada, é bem provável vê-la apenas em fotografias.

janela-café

Stanhopea Assidensis

As Stanhopea são orquídeas originárias de países da América do Sul. Estão cada vez mais maior popularidade e têm bastantes razões para isso. As flores são grandes, diferentes, vistosas e muito agradavelmente perfumadas.

Elas começam a florir nos meses mais quentes da primavera e verão, prolongando-se por vezes até ao outono. É frequente darem mais do que uma floração no mesmo ano, com algumas semanas de intervalo.

É um gênero do qual é muito apreciado por iniciantes, leigos, colecionadores, conhecida popularmente como Orquídea Passarinho entre outros.

Planta nativa exclusivamente da América, ocorrendo desde o México até Brasil, sua principal forma de cultivo é sempre em caixetas, devido sua haste floral, que ocorrem por baixo sua inflorescência sempre em farto cacho floral, que além de extremamente exótico são geralmente perfumadíssimas.

Necessita de muita umidade e sombra com adubações regulares.

Stanhopea oculata

Assim temos de lhes dar espaço aberto para as hastes florais crescerem para baixo e abrirem penduradas, normalmente em cachos de duas a seis flores.

Como substrato de cultivo para estas orquídeas, costumo utilizar uma mistura para orquídeas mas acrescento-lhes mais casca de pinheiro de calibre médio (1 parte de substrato para orquídeas para 1 medida de casca de pinheiro) para dar uma boa drenagem e permitir que as flores possam furar o substrato sem dificuldades.

Temos que ter o cuidado de regar com alguma frequência porque as Stanhopea são orquídeas que gostam de uma umidade constante nas raízes sem ficar com o substrato ensopado.

Se as pontas das folhas começarem a ficar secas, é um sinal que a planta nos dá de que precisa de mais água.

Stanhopea-tigrina-var.-nigroviolacea

Para obtermos plantas saudáveis e boas florações, devemos fertilizar com frequência estas orquídeas. Pelo menos duas vezes por mês.

Adubação
Adubar em intervalos regulares. A maioria dos produtores adubam toda semana ou a cada 2 semanas. Para plantas em casca de árvore usar a fórmula 30-10-10 alternando com 20-20-20, na época da floração que é no verão usar 10-30-20.

stanhopea

Replantio
Fazer depois a florada do verão, como a maioria das plantas que crescem o ano inteiro. Plantas que repousam no inverno podem ser replantadas na primavera.

As melhores floradas vem de grandes touceiras, assim cachepots grandes são normalmente utilizados. Substrato aerado mostram melhores resultados, assim como substrato de granulação média misturados com esfagno. Replantar a cada 3 anos.

água

Bromelia_balansae

O gravatá é uma bromélia terrestre, cuja folhagem lembra o abacaxi. É uma planta ornamental e produz frutos comestíveis e medicinais. É também conhecida popularmente como caraguatá, coração-de-fogo, caraguatá-do-mato macambira, caraguatá-da-praia, bananinha-do-mato, banana-do-mato-de-balansa.

É uma planta pertencente á família Bromeliaceae e originária da América do Sul – Brasil, Argentina, Bolívia, Colômbia e Paraguai.

As folhas são longas, estreitas, de cor verde-acinzentada a avermelhada, com margens armadas de espinhos afiados. Elas são dispostas em rosetas, formando uma touceira aberta. Quando a planta está madura ela floresce, o que ocorre apenas uma vez na vida.

Para a importante ocasião, as folhas do centro mudam de cor, adquirindo tons luminosos de laranja ou vermelho. A floração ocorre na primavera ou no início do verão, despontando inflorescências densas, com numerosas flores brancas, vermelhas ou liláses, protegidas por brácteas curtas, brancas, com ápice longo, estreito e avermelhado.

gravatá

As flores são ricas em néctar e a polinização é feita por beija-flores. Os frutos são bagas ovais, de casca laranja quando maduros, polpa carnosa, doce, ácida e suculenta, que recobre as sementes.

Nos jardins, o caraguatá-do-mato é uma planta de efeito exuberante, devido às cores vibrantes e duradouras de sua folhagem, durante a floração. Plante-a em isolada ou em grupos, em local de destaque, onde possa ser admirada, mas não possa ser tocada.

Também pode ser aproveitada justamente por suas folhas armadas com espinhos, formando cercas vivas defensivas. Seu visual selvagem é valorizado em jardins tropicais, rochosos e de inspiração desértica.

Os frutinhos podem ser consumidos in natura, ou na forma de sucos, xaropes e como aromatizante de bebidas destiladas e licores.

Bromelia_balansae

Curiosidade: Das folhas desta bromélia se extrai uma fibra muito resistente, que pode ser utilizada na confecção de roupas, cestos, cintos, redes e até mesmo cordas de instrumentos musicais.

Seu cultivo deve ser sob sol pleno ou meia sombra, em um solo drenável, de pH levemente ácido, enriquecido com matéria orgânica e irrigado esporadicamente.

As mudas transplantadas devem ser bem regadas até o perfeito estabelecimento das plantas. Aí então elas se tornam bastante tolerantes a períodos de estiagem.

Resiste ao frio subtropical, geadas, ventos e salinidade típica de regiões litorâneas. Sua multiplicação é feita por sementes e por separação dos brotos que surgem em torno da planta mãe. Separe as mudas somente quando elas já apresentarem raízes.

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Cattleya forbesii

Multiplicar as próprias orquídeas é o desejo de todo amante dessas flores maravilhosas. Elas crescem devagar e é muito difícil multiplicá-las por sementes, o que torna a tarefa de dividi-las um verdadeiro acontecimento que, se cercado dos cuidados necessários, resultará em belas e saudáveis orquídeas.

Tenha em mente que a divisão somente é possível nas orquídeas com crescimento simpodial, como Cattleyas e Laelias, e de orquídeas cespitosas como Cimbídios e Dendróbios.

Plantas com crescimento monopodial, como Vandas e Phalaenopsis são um pouco mais complicadas de multiplicar por divisão e exigem muita experiência e um tanto de sorte.

Em primeiro lugar, saiba que o cuidado mais importante ao se dividir uma orquídea é verificar se está no momento certo para isso. Se dividida antes do tempo, na ânsia de se obter novas orquídeas rapidamente, corre-se o risco de atrasar a floração, ou pior, deixar a planta fraca e suscetível as doenças. Esse é um erro frequente dos iniciantes na orquidofilia.

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O fato de sua orquídea não estar cabendo mais no vaso, não é motivo para divisão. Neste caso, o simples replantio resolve. Então, como saber o momento de dividir? Conte os pseudobulbos.

A planta deve ter pelo menos três pseudobulbos bem desenvolvidos, e ao menos dois brotos guias bem separados, de forma que cada nova muda tenha três pseudobulbos e uma guia.

Aí você pergunta: mas e se sobrar dois pseudobulbos posso fazer uma nova muda? Não! Corte a orquídea de forma que estes pseudobulbos acompanhem as novas mudas formadas. Resista a tentação de uma mudinha “extra”, definitivamente não vale à pena.

Se minha orquídea nunca floresceu posso dividir? Até pode, mas não é recomendado. Uma orquídea com tantos pseudobulbos e que ainda não floresceu pode estar com problemas, geralmente falta de luminosidade ou fertilizante.

A floração é a garantia de que sua planta está adulta e saudável. Portanto esperar ela alcançar este estágio é como um teste de suas habilidades com orquídeas. E você só pode passar para a próxima fase após completar a anterior.

rízes

As raízes novas com a ponta verde denunciam o momento de replantar ou dividir. Posso dividir em qualquer momento do ano? Pode sim! Vai depender mais da espécie de orquídea do que da sua vontade.

Quando ela estiver começando a emitir novas raízes (aquelas com as pontinhas verdes) somente então será o momento ideal, seja inverno ou verão. Isso geralmente ocorre logo após a floração.

Pegue uma tesoura ou faca bem afiados, esterilize em água clorada, álcool ou calor e comece por remover os pseudobulbos secos, murchos ou doentes. Preserve o máximo de raízes possível, mas não deixe de cortar as raízes secas e mortas.

Esterilize os instrumentos a cada orquídea, evitando assim a transmissão de eventuais doenças entre elas. Não é necessário remover todo o substrato velho que estiver emaranhado nas raízes, remova apenas o excesso e o que estiver mais fácil.

replantar

Aliás, quanto menos as raízes forem manipuladas melhor, pois elas se quebram com muita facilidade. Limpe a orquídea com uma escova bem macia, sabão neutro e sob água corrente, mas somente se ela estiver muito suja ou infestada com pragas, como cochonilhas por exemplo.

O vaso pode ser de qualquer material, mas é primordial que seja bem drenável, com furos grandes na base e se possível nas laterais. Vasos de cerâmica costumam ser os mais indicados, por serem mais frescos, ventilados e duráveis, mas atualmente até garrafas pet podem ser utilizadas com sucesso. Esqueça o pratinho, ele é totalmente contraindicado no cultivo de orquídeas.

Esta orquídea leva no substrato apenas casca de pinus e isopor. A escolha do substrato deve levar em consideração a espécie de orquídea e a disponibilidade de material na sua região.

Você pode usar materiais como pedra britada, cacos de cerâmica, fibra de coco, argila expandida, carvão vegetal, casca de coco, casca de pinus, esfagno, caroços de coquinhos (de palmeiras como açaí, butiá), sabugo de milho, casca de arroz carbonizada, etc.

substrato

Você pode também, juntar ramos secos finos que caem no jardim, ou devido à poda das árvores, picá-los em pedaços com 1 a 3 cm de diâmetro. Obtendo assim um substrato natural, barato e bem próximo do que as orquídeas epífitas apreciam. A mistura de materiais é uma boa pedida para equilibrar a capacidade de retenção de água com a drenagem.

Alguns retém muita água, enquanto outros praticamente nada. Case a espécie de orquídea com a frequência das regas e descubra o que funciona melhor para você. Não esqueça que orquídeas rupícolas e terrestres pedem substratos apropriados ao seu habitat.

Com suas mudas já devidamente limpas e separadas proceda o envase. Aqui vai as dicas para o replante também. Sempre coloque a ponta do rizoma mais antigo o mais próximo possível da parede do vaso.

Assim sobra mais espaço para a guia crescer e se desenvolver. O rizoma deve ser sobreposto ao substrato e jamais ser enterrado. Essa tarefa é um tanto árdua, pois a orquídea tende a ficar completamente solta no vaso.

A tentação de enterrar um pouquinho é forte, mas resista, pegue barbante e tutores de bambú, madeira, arame ou plástico e vá amarrando sua orquídea ao tutor. Cuidado para não apertar demais. Se possível arame o rizoma ao vaso, pois também ajuda.

Fique de olho na nova muda. Folhas amareladas indicam sol em excesso, e folhas verde-escuras demais, indicam sombra demais. Regue normalmente, o enraizamento é um tanto lento e há que se ter paciência.

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