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Posts para categoria ‘Orquídeas e Bromélias’

orquídea pleurothallis

Ainda que produzam, via de regra, flores cujos diâmetros não ultrapassam um centímetro, as  micro orquídeas são amplamente apreciadas e cultivadas, mundo afora.

Bem diferentes dos tradicionais exemplares híbridos que encontramos no mercado, geralmente parecidos com grandes repolhos, estas miniaturas de orquídeas precisam ser observadas com o auxílio de uma lupa, para que toda a sua beleza e complexidade seja devidamente percebida. É o caso do gênero Pleurothallis, que conheceremos a seguir.

Trata-se do segundo mais populoso gênero botânico, dentro da família Orchidaceae, atrás apenas do gênero Bulbophyllum, com mais de mil espécies descritas.

No entanto, ao longo dos anos, diversos taxonomistas vêm propondo mudanças quanto à classificação das orquídeas Pleurothallis, de modo que, atualmente, existe uma grande confusão a este respeito.

Ainda que sejam geralmente conhecidas como micro orquídeas, as diferentes espécies de Pleurothallis apresentam uma imensa variabilidade em seus tamanhos e hábitos vegetativos. Podemos encontrar representantes minúsculos ou de grande porte, vegetando como plantas epífitas, sobre os troncos das árvores, ou diretamente no solo, como orquídeas terrestres.

Existem espécies de Pleurothallis que possuem um porte ereto, com pseudobulbos em forma de cana, atingindo até 1 m de altura. Também podemos encontrar orquídeas pendentes ou com o hábito de trepadeiras, além de outras que se desenvolvem sob a forma de tufos tão pequenos e delicados que lembram musgos.

De modo geral, as flores produzidas pelas orquídeas Pleurothallis apresentam dimensões reduzidas. Todas possuem, tipicamente, duas polínias, que são estruturas esféricas, compostas por milhões de grãos de pólen, unidos em uma massa cerosa e compacta.

As orquídeas do gênero Pleurothallis ocorrem exclusivamente no Novo Mundo, sendo plantas tipicamente de clima tropical. As diversas espécies encontram-se distribuídas desde o México, na América do Norte, passando pela América Central, e chegando à América do Sul. Existem muitas espécies brasileiras, nativas da Mata Atlântica, principalmente nos estados das regiões sul e sudeste do país.

Pleurothallis sonderana

É o caso da espécie Pleurothallis sonderana, cuja foto ilustra este artigo. Esta é uma das orquídeas que tiveram suas nomenclaturas alteradas, sendo atualmente chamada de Acianthera sonderana.

Trata-se de uma típica micro orquídea, uma das mais conhecidas do gênero, sendo nativamente encontrada desde o estado de Minas Gerais até o Rio Grande do Sul. Exemplares também podem ser encontrados no Uruguai e Argentina.

Também vale destacar as espécies Pleurothallis sonderana, Pleurothallis recurva e Pleurothallis pubescens, bastante presentes nas coleções, todas atualmente transformadas em Acianthera. Acredita-se que o centro de distribuição do gênero Pleurothallis esteja na cordilheira dos Andes, em florestas localizadas na Colômbia.

Sendo um gênero tão plural e taxonomicamente controverso, é imprescindível saber com exatidão qual é a espécie que estamos tentando cultivar, para que as condições mais apropriadas e semelhantes àquelas encontradas em seus habitats de origem possam ser fornecidas.

A maioria das espécies de Pleurothallis aprecia temperaturas amenas, não muito quentes, não muito frias. De modo geral, são orquídeas de hábito epífito, de porte reduzido, adaptadas à vida sobre os troncos das árvores, em ambientes mais sombreados e com elevados níveis de umidade relativa do ar.

Via de regra, o cultivo de Pleurothallis é perfeitamente possível dentro de casas e apartamentos, que têm a temperatura agradável e constante, ao longo de todo o ano, com uma luminosidade difusa e indireta.

Em ambientes internos, os principais cuidados a serem tomados referem-se à circulação de ar, que deve ser constante, sem a incidência de ventos excessivos, e aos níveis de umidade relativa do ar, que devem ser mantidos em valores superiores a 60%.

A orquídea Pleurothallis não se desenvolve bem em cômodos que sofram a ação de aquecedores ou aparelhos de ar condicionado, que tendem a tornar o clima muito seco.

Diversos procedimentos podem ser colocados em prática, para que mais umidade no ambiente possa ser fornecida à orquídea Pleurothallis. Aparelhos umidificadores de ar, aquários e fontes de água são boas soluções.

Pleurothallis-grobyi

Além disso, bandejas umidificadoras, contendo uma camada de areia ou pedrisco e uma lâmina de água no fundo, ajudam a proporcionar um microclima mais saudável no entorno da planta. O fundo do vaso apoia-se sobre este aparato, sem entrar em contato direto com a água, que sobe lentamente através de capilaridade e evaporação.

As espécies epífitas de Pleurothallis podem ser cultivadas em troncos de árvores, pedaços de madeira, cascas de peroba, entre outros materiais. Em vasos, o substrato frequentemente utilizado, para micro orquídeas, é o musgo sphagnum, uma vez que suas fibras são capazes de reter uma grande quantidade de água, sem deixar as raízes encharcadas. Misturas contendo sphagnum, perlita ou isopor também resultam em bons substratos.

Os vasos de plástico são mais recomendáveis para o cultivo da orquídea Pleurothallis, já que este material ajuda a reter a umidade no substrato. É importante que o recipiente seja bem pequeno, proporcional ao tamanho da planta.

Vasos grandes demais requerem mais substrato para o seu preenchimento, o que causa um excesso de umidade ao redor das raízes, por um período demasiadamente prolongado.

A adubação da orquídea Pleurothallis pode ser orgânica, inorgânica ou mista, dependendo das preferências de cada cultivador.

Pleurothallis-adenochila

Os adubos minerais, do tipo NPK, já apresentam formulações próprias para o cultivo de orquídeas, em suas diferentes fases de desenvolvimento. Fertilizantes de manutenção e floração podem ser administrados, de forma alternada, sempre utilizando-se metade da dose recomendada pelos fabricantes.

O excesso de adubação, principalmente inorgânica, causa um acúmulo de sais minerais no substrato, prejudicando o desenvolvimento das raízes.

A  propagação da orquídea Pleurothallis pode ser feita através da divisão de suas touceiras. Já a reprodução através de sementes é mais complexa, uma vez que necessita da simbiose destas estruturas com fungos encontrados nas raízes das plantas adultas. Na prática, o mais comum é que este processo seja desenvolvido em condições laboratoriais, in vitro.

Por serem plantas mais delicadas, as espécies pertencentes ao gênero Pleurothallis apresentam um cultivo mais desafiador, principalmente em condições domésticas e urbanas. Ainda assim, é possível obter belíssimas florações, mesmo em ambientes internos, já que suas exigências quanto à luminosidade são menores.

névoa

Tolumnia

Assim como os adubos, os substratos podem ser orgânicos e inorgânicos. A escolha do substrato correto é essencial para que sua orquídea se desenvolva corretamente.

Eu diria que o fator mais importante é escolher um substrato que evite ao máximo a acumulação de água (neste ponto os tipos de vasos também influenciam).

Com o substrato errado o excesso de umidade resultante da rega acaba se acumulando em bolsos na mistura e contribuirá para a rápida decomposição do meio. Isto resultará no apodrecimento das raízes, no murchar do bulbo, e nas folhas ficarem amarelas.

Dica aos cultivadores iniciantes:
Às vezes, estes sintomas podem ser interpretados como falta de água e o produtor pode recorrer a rega excessiva, que, então, completará o dano às raízes e acabará por matar a planta.

O meio de cultura para as orquídeas é uma combinação de fibras orgânicas e materiais inorgânicos, normalmente um meio de mistura pronta, que é conveniente e fácil de usar.

Você encontra este tipo de substrato em qualquer boa loja de jardinagem, se possível pergunte ao vendedor para que lhe aconselhe de forma específica par ao tipo de orquídea que você cultiva.

Substrato-para-orquideas

Tipos de materiais Os materiais para as misturas vem em graus finos, médios e grossos. Estes materiais são orgânicos, inorgânicos, ou uma combinação de ambos.

Um tipo de material muito usado no Brasil era o xaxim, mas lembro a todos que atualmente este material esta proibido e não deve ser utilizado.

Apesar de ser possível comprar meios prontos nas lojas de jardinagem eu gostaria de dividir com você um pouco de conhecimento sobre cada tipo de material. São apenas alguns exemplos, existem outras opções.

1 – Opções orgânicas são:
* Casca de Pinheiro
Fácil de encontrar, barato e muito lento  para apodrecer, embora a principio seja difícil de segurar água.

* Casca de Sequoia
Mantém a água melhor do que o primeiro e se decompõe gradualmente.

* Casca de Coco
Está entre as primeiras fibras a serem usadas para orquídeas a preços razoáveis, leve, prende a água muito bem, mas se decompõem mais rapidamente.

* Musgo Esfagno
Produz um bom equilíbrio de retenção de água e ar, mas é difícil de ser encontrado.

* Xaxim (proibido,  use  fibra  de  coco)
Drena bem e se decompõe lentamente, mas atualmente proibido.

2 – Opções inorgânicas são:
* Carvão

Lento para se decompor e absorve as substâncias tóxicas.

* Tocha de Lava
Boa drenagem e não quebra. Ela pode ser pesada.

* Alifor
Pequenos pedaços de barro que dão drenagem moderada. Não se decompõem.

* Vermiculita
Mantém a água e também aumenta a exposição ao ar.

* Perlita
Absorve  água,  resistente  a  decomposição,  extremamente leve.

* Turface
Usado para substituir perlita. Pesado e caro.

vasos
Atenção com o tipo de vaso

O tipo de vaso também influencia bastante na capacidade da orquídea se liberar da água em excesso (ou manter a água quando necessário).

O tamanho do vaso é ditado pelo tamanho da planta, evite vasos grandes demais mas lembre-se de deixar uma certa folga para proporcionar arejamento pra as raízes das orquídeas. (não pressione as raízes contra as paredes do vaso).

Vaso de plástico para Orquídea Um vaso de plástico de peso leve com drenagem nem sempre é adequado para ambientes externos já que pode ser deslocado pelo vento. Os vasos de polietileno claros permitem que mais luz chegue a raízes.

Vaso de Terracota para Orquídea É mais pesado e, portanto, mais estável do que o vaso de plástico. Ele tem um furo de drenagem na parte inferior mas alguns possuem furos de  drenagem nas  laterais. Vasos de barro evitam que o meio fique encharcado.

Cesta para Orquídea Uma cesta é adequada  para orquídeas com flores pendentes, ou com raízes que se alastram.

A cesta pode ser feita  de arame, de plástico, de malha, madeira ou cerâmica. Além disso, a cesta permite que o ar circule em torno do composto e das raízes.

Estas são apenas algumas dicas na escolha dos vasos e do substrato.

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As doenças são realmente uma irritação na orquídea. Se não forem tratadas, podem destruir a planta e se espalharem para outras orquídeas.

Você deve conhecer os sinais comuns de doenças das orquídeas. Eles são as seguintes: Manchas sobre a flor
Um sinal de infecção por fungos ou mofo são manchas rosa ou marrom claras na flor da orquídea. O remédio é providenciar maior circulação do ar.

Flores com furos
Muito provavelmente não é a doença de uma orquídea, mas os danos causados por pulgões e outros insetos que se alimentam de orquídeas. Para se livrar desses insetos, pulverize as orquídeas com Malatião, mas certifique-se de ter cuidado, usando uma máscara ao aplicar.

Folhas descoloridas ou machucadas
A razão pode ser um vírus que faz a cor desbotar. Se for um vírus, então você  tem que destruir a planta. No entanto, lesmas, ou até mesmo baratas, podem  ser também uma outra causa.  Você precisa examinar e usar um pouco de pó como isca.

Flor murcha
Caso você observe flores murchas da flor, isto pode ser causado pela mudança  brusca de temperatura ou polinização por um polinizador desconhecido. O  remédio, é claro, é moderar as mudanças de temperatura e remover todas as plantas afetadas.

Flores deformadas
Causas comuns de orquídeas deformadas incluem baixa umidade ou altas  temperaturas quando os brotos estavam em desenvolvimento. Lesão mecânica ou química durante a formação de brotos, o broto adquiriu uma deformidade inexplicável, e potencialmente uma infecção viral.

Algumas pragas

vespinha
Vespinha
Provoca inchaço na base dos novos brotos, que serão roídos internamente pelas larvas da vespinha. Atacam sobretudo Cattleyas e Laelias. Queime ou corte os brotos afetados.

nematóides

Nematóides O mais comum em orquídeas tem aspecto de lombriga, cor branca e tamanho da ordem de décimos de mm. Se uma raiz tiver uma parte escura e outra branca, os Nematóides podem estar ativados neste ponto de  transição.

Se você notar mancha negra ou marrom, começando em geral pelo rizoma ou pseudobulbo, é podridão negra. Corte imediatamente a parte afetada e tente salvar o resto (coloque um cicatrizante e defensivo).

lesmas e caramujos

Lesmas e Caramujos
Raízes e brotos roídos. Use folha de alface para atraí-los e depois elimine manualmente. Mergulhe o vaso em água até a borda por 2 horas para forçar lesmas e caramujos a subir para respirar, assim você elimina também os que  estiverem mais abaixo.

Se puder desenvase para eliminar ovos. Como todas as outras plantas, as orquídeas são também propensas a uma série de doenças causadas por fungos e vírus, além de outros insetos e pragas.

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bulbophyllum longissimum

O primeiro segredo importantíssimo é: regue a orquídea apenas quando o meio em que ela se encontra (o substrato) estiver seco! Qual a razão?

A orquídea como dissemos em nossa aula 1 é uma florzinha toda especial, pela característica de suas raízes ela absorve a água de que precisa do ar, portanto precisamos pensar que também o ar terá um papel essencial, faz sentido?

Saiba que ao molhar as orquídeas deve haver a combinação certa destes dois elementos, água e ar.

A razão fundamental é que se  não houver ar suficiente o excesso de umidade fará  com que o meio de cultura apodreça, propiciando doenças causadas pelos fungos e infecções.

Outro fator importante: a frequência da rega dependerá da temperatura e da umidade do ambiente.
Como precisamos regar apenas quando o substrato estiver seco você precisa lembrar que em dias de sol forte e calor a água se evapora mais rapidamente.

Laelia purpurata sanguinea

Mas então como saber quando precisa regar?
Uma  maneira  simples  de  saber  quando  suas  orquídeas  precisam  de  água  é  verificar  o  peso dela quando estiver molhada e depois o peso quando estiver seca. Regue quando o peso baixar consideravelmente.

Você já viu fotos de cultivadores experientes em que aparece uma balança no local de trabalho? não é porque eles estão de dieta, é para controlar o peso das orquídeas!

Se você não tiver uma balança e precisar usar métodos mais tradicionais então uma boa dica é colocar o dedo cerca de 2,5 centímetros no substrato para verificar a umidade.

Se o meio ficar seco a uma profundidade de 2,5 centímetros (meio dedão) então é o momento de regar.

Dica: tente usar  água  morna  no  início  do  dia  para  dar  chance  dela  secar
antes de anoitecer!

Esta dica irá reduzir a chance de apodrecimento. Lembre-se de regar cuidadosamente, não precisa ficar com receio de colocar muito água, apenas vá com calma e cuidado observando o substrato.

Não esqueça que isto é necessário, apenas borrifar um pouco de água não substitui a necessidade de uma boa rega!

raio de sol