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Posts para categoria ‘Orquídeas e Bromélias’

gênero-Neoregelia

As bromélias se caracterizam por serem flores muito bonitas e resistentes, além de serem muito fáceis de serem cultivadas.

Além disso, as bromélias possuem a vantagem de não atrair os malfadados mosquitos transmissores da dengue. As bromélias estão distribuídas nas regiões tropicais do planeta, com exceção de uma espécie que é nativa do continente africano.

As bromélias podem ser encontradas por todo o continente americano: desde os Estados Unidos, passando pela América Central e pela América do Sul. As bromélias estão divididas em 60 gêneros e em torno de 3.000 espécies.

No Brasil, existem bromélias sendo cultivadas por todas as regiões, pois em vários lugares o clima e as condições são favoráveis para o cultivo das bromélias, sendo essas espécies vegetais sendo encontradas com muita facilidade na mata atlântica, sendo presente cerca de 40  gêneros e 1.200  espécies.

Uma das curiosidades das bromélias é que essas plantas só florescem somente uma vez quando se encontram em seu estado adulto, depois geram filhotes para encerrar o seu ciclo de vida. A grande maioria das Bromélias são espécies vegetais epífitas que vivem apoiadas em outras plantas, principalmente nas florestas tropicais.

bromélia  Neoregelia

Esse gênero é nativo do Brasil, e se caracteriza por não apresentar caule e ser uma planta rizomatosa, isto é, possui rizomas que são uma espécie de caule subterrâneo que tem como função armazenar nutrientes para o sustento e desenvolvimento da espécie vegetal embaixo do solo. As bromélias que fazem parte do gênero Neoregelia possuem rosetas bem abertas, que apresentam até 40 cm de diâmetro.

As folhas das espécies vegetais que pertencem a este gênero, podem ser largas e estreitas, mudando de acordo com a espécie de bromélia. As folhas das bromélias do gênero Neoregelia são duras e possuem aspecto coriáceo (lembram o couro), e apresentam espinhos em suas margens. As folhas podem ser encontradas na coloração verde.

As inflorescências deste gênero de bromélia são representadas pela mudança das folhas que ficam dentro da roseta, as chamadas brácteas, e de uma maneira geral apresentam coloração vermelha, com o objetivo de proteger as discretas flores brancas que são formadas. Essa combinação acaba compondo um conjunto bastante decorativo e ornamental, o que acaba ajudando o uso ornamental dessa espécie vegetal.

As principais características das Bromélias do gênero Neoregelia
As bromélias pertencentes ao gênero Neoregelia se caracterizam por serem plantas epífitas, isto é, são plantas que vivem sobre outras plantas, fazendo das espécies vegetais uma espécie de apoio para conseguir melhores condições de sobrevivência (nutrientes, ventilação, luminosidade e etc.).

Apesar dessas delas viverem sobre outras plantas elas não se caracterizam como seres parasitas, pois elas não roubam os nutrientes da espécie vegetal em que se apoiam. As bromélias deste gênero também são bastante encontradas vivendo nas fendas das pedras.

Esse gênero de bromélias possuem uma excelente capacidade de retenção de líquidos, fazendo com que a água seja retida na parte chamada de copo central, que se forma conforme a disposição das rosetas das folhas das bromélias deste gênero.

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As folhas das bromélias que compõem este gênero se caracterizam por serem dura e apresentarem grande brilho, podendo ter a sua coloração modificada conforme as condições de luminosidade (maior ou menor quantidade de luz) e durante a época da floração, como uma maneira de realizar a atração dos agentes polinizadores destas bromélias.

Na grande maioria das vezes em que as folhas mudam de cor, elas passam a apresentar coloração vermelha e algo próximo as suas demais tonalidades. As folhas podem ter variegações (áreas com cores diferentes), com a presença de listras e de pequenas manchas que lembram salpicos. As flores desse gênero de bromélias são de tamanho pequeno, e geralmente possuem cor branca, azul, púrpura e rosa.

Depois que acontece a floração, elas costumam emitir brotações em suas laterais, das quais irão surgir novas espécies vegetais. Elas devem ser cultivadas fazendo a aplicação de substrato apropriado para as plantas epífitas, como por exemplo: a areia, a casca e a fibra de coco e outros tipos de substratos.

É interessante que o substrato seja mantido úmido para o bom desenvolvimento da espécie vegetal cultivada. O substrato aplicado para o cultivo das Bromélias deste gênero não precisam ser ricos em nutrientes.

A luminosidade é outro fator importante para o bom desenvolvimento das bromélias deste gênero, que podem ser cultivadas recebendo incidência de luz solar direta nos momentos em que esta for menos quente e mais amena (os melhores horários são pela manha cedo e no final da tarde). No restante do dia, as bromélias devem ser cultivadas a meia sombra.

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A multiplicação das Bromélias do gênero Neoregelia
As bromélias pertencentes ao gênero Neoregelia se propagam de 3  maneiras: dispersão das sementes, por divisão dos rizomas e pela separação dos brotos laterais.

A multiplicação por dispersão das sementes é bastante comum, e consiste em espalhar as sementes geradas pelas bromélias pertencentes a este gênero, em locais apropriados para o cultivo, de forma que as sementes germinem e brotem uma nova planta.

A multiplicação por divisão por rizomas, consiste em dividir o rizoma da bromélia que pertence ao gênero Neoregelia em pequenas partes, de forma que estas partes possuam ramos, folhas e raízes. Esse pedaços serão colocados em novas covas para germinarem e gerarem uma nova bromélia.

A multiplicação por separação dos brotos laterais consiste em fazer a retirada das brotações laterais que surgem nas bromélias, e colocar as mesmas em locais apropriados para o cultivo de forma que estas brotações consigam gerar novas plantas.

Esses brotos devem ser retirados da planta mãe quando atingirem o tamanho aproximado de 2/3 da bromélia original.

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A utilização das Bromélias do gênero Neoregelia
Essas espécies de vegetais são muito utilizadas pelos paisagistas e decoradores de ambientes, podendo ser usadas no jardins, em espaços abertos e com bastante sol.

Quando são cultivadas nessas condições climáticas (local aberto e expostas ao sol pleno), as suas folhas passam a apresentar uma cor verde amarelada, o que acaba deixando as plantas mais bonitas e com suas características decorativas realçadas.

Elas vegetais podem ser utilizadas na composição de jardins suspensos, na composição de jardins verticais e podem ser cultivadas em vasos, jardineiras e cestas suspensas.

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A orquídea catasetum é diferente das outras na hora de ser plantada em vasos, pois quando plantamos uma catasetum podemos colocar a muda no centro do vaso, pois ela brota para todos os lados.

Por essa razão é importante conhecer a espécie de orquídea que você tem em casa.

Existem aproximadamente 150 espécies de Catasetum. Elas são epífitas, endêmicas das Américas, do México à Argentina e, metade das quais no Brasil.

Possui flores unissexuais e raramente hermafroditas. Possuem nas flores masculinas duas anteras na parte inferior da coluna, que quando um inseto se aproxima, são lançados, se fixando no dorso do visitante, deixando-o pronto para fecundar uma outra flor.

As folhas, geralmente caducas ( caem antes da floração) são longas, largas e plissadas. A haste floral sai da base do pseudobulbo, e pode dar dezenas de flores, algumas perfumadas.

Há 4 elementos essenciais no cultivo do Catasetum: Luz, calor, umidade, rega e ventilação.

Orientação geral cultivo
Este grupo de orquídeas possuem flores cerosas, sendo que a maioria é decídua. Os pseudobulbos das plantas tem períodos de crescimento e repouso.

A maioria floresce antes do período de dormência quando perdem as folhas.

Luz: deve ser forte especialmente no final do período de crescimento. Proteger com tela de 50%.

No início do período do ciclo de crescimento, as plantas toleram menos luz de 1.500 a 3.000 velas. Plantas crescem melhor com nível de luz de 3.000 a 6.000 velas, ou 50% a 75% do sol pleno.

Com o pseudobulbo maduro, endureça os dando-lhes mais luz.  Não tolera o frio ( temperaturas abaixo de 10ºC irá estressar a planta, perdendo suas defesas, levando à doenças que poderão levar à morte.

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Estas orquídeas são de área tropical quente e crescem durante os meses de chuva do verão.

Rega: é um fator crítico para a produção de grandes pseudobulbos que resultam em melhores floradas.

Quando as folhas caem a planta entra em estado de dormência e deve-se suspender a rega.

Uma grande quantidade de água deve ser armazenada pela planta no curto período de crescimento. Regue pesadamente quando as novas folhas estão formando. Com a maturação dos pseudobulbos reduza gradualmente a frequência da rega.

Folhas irão amarelar e cair. Neste momento a rega deve ser completamente interrompida até que novos brotos apareçam. Regar durante o período de dormência somente se o pseudobulbo estiver severamente ressecado.

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Umidade: Deve ser de 40% a 60%. Isto pode ser providenciado com uma bandeja de britas e água, sem permitir que as raízes toquem na água. Ar deve se movimentar ao redor da planta para prevenir doenças e fungos.

A falta de umidade faz abortar os botões e o excesso, em raízes encharcadas apodrece botões e brotos, daí a importância da ventilação

Quando a planta cessa o repouso e entra em atividade, com emissão de novos brotos e raízes, é hora de regar e adubar.

Adubação: adubar e regar regularmente produz pseudobulbos fortes. Use a formulação 30-10-10 enquanto as plantas estiverem em crescimento, diminuir a frequência à medida que os pseudobulbos formem. A formulação 10-30-20 deve ser usada no outono para estimular a floração, exceto para plantas que florescem na primavera.

Aplicar com frequência soluções de concentração fraca é mais eficiente que aplicar concentrações fortes de vez em quando.

Dica: adubar na parte da manhã e evitar adubos com excesso de Nitrogênio.

Catasetum-Mary-Spencer

Replantio: devem ser programadas para coincidir com o início das nova brotações, normalmente na primavera. Novas raízes serão produzidas rapidamente nesta época e as plantas sentirão pouco impacto. Estas plantas possuem um vigoroso sistema radicular e requerem um rico substrato úmido durante a estação de crescimento.

Muito produtos deixam as plantas com as raízes nuas durante o período de descanso da planta para mantê-la seca neste período.

Substrato fino são comuns pra vasos pequenos e granulação média para vasos maiores. O esfagno tem sido usado com sucesso pela capacidade de reter água e o adubo.

Podem ser plantadas em estacas ou placas é mais fácil de cuidar no período de dormência., mas é mais difícil no período de crescimento.

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Dentre tantas plantas ornamentais disponíveis no mercado, por quê orquídeas? Ao longo destes dez anos de cultivo, tendo passado por fases de euforia por uma nova floração, compulsão por comprar cada vez mais orquídeas e depressão pela perda de inúmeros exemplares, chego a algumas conclusões, que divido neste artigo com vocês.

As orquídeas já eram conhecidas na Grécia Antiga, tendo sido descritas pelo filósofo grego Teofrasto, considerado o pai da Botânica. Desde os primórdios, esta grande família de plantas tem sido cercada de muito misticismo, glamour e diversos simbolismos.

Na antiguidade, as pessoas costumavam associar as orquídeas à fertilidade, além de lhes atribuir poderes afrodisíacos.

Na época do Japão feudal, a posse de uma orquídea simbolizava bravura e coragem, sendo exclusividade dos mais intrépidos samurais, capazes de coletar espécimes em locais ermos e de difícil acesso.

Já na Inglaterra da Era Vitoriana, a orquídea representava riqueza e opulência, uma vez que estas raras plantas precisavam ser mantidas em complexas estufas, sendo coletadas em distantes e exóticos países tropicais.

Paphiopedilum maudiae

Ainda nos dias de hoje, a despeito de toda a popularização que os modernos métodos de propagação proporcionam, as orquídeas são consideradas plantas especiais. Da beleza tímida, quase invisível, de uma micro-orquídea à exuberância descarada dos grandes híbridos repolhudos, há um quase infinito leque de opções para todos os cultivadores.

Neste contexto, saliento uma das primeiras lições que aprendi. Não são todas as orquídeas que podemos cultivar. É importante sabermos que não podemos escolher uma orquídea porque a cor é bonita ou porque gostamos do formato da flor.

Existe um abismo de diferenças entre o habitat natural de uma orquídea e as condições que oferecemos em nosso cultivo doméstico. Cabe a nós tentarmos mimetizar ao máximo o ambiente original de cada espécie.

Como nem sempre isso é possível, acabamos restritos a um certo grupo que melhor se adapta aos nossos lares. No final das contas, são elas que nos escolhem.

Ter este planejamento em mente acaba com a compulsão por comprar todas as orquídeas do mundo. Além disso, diminui drasticamente as perdas decorrentes de um cultivo inadequado.

O segredo é sermos criteriosos quanto às novas aquisições. Não há, contudo, uma receita pronta para esta curadoria. Levei anos para descobrir quais as orquídeas que me odeiam. Hoje, restrinjo-me às mais comuns e resistentes, espécies e híbridos que melhor se adaptam ao cultivo em apartamento, que é o meu caso.

Em resumo, cada um tem seus motivos para cultivar orquídeas. Uns visam o pódio, o reconhecimento por um cultivo impecável. Os colecionadores restringem-se às espécies puras, de forma e simetria perfeitas, exclusividades de alto valor de mercado.

Pleurothallis Acianthera luteola

Há os que apreciam as preciosidades quase microscópicas das florestas tropicais. Outros contentam-se com plantas mais simples, mas que trazem beleza e alegria a este mundo cada vez mais sombrio.

Eu me encaixo nesta última categoria. E, acima de tudo, cultivo orquídeas sabendo que não sou dono delas. Tenho a consciência de que sou um tutor temporário, que tenho o privilégio de cuidar, ainda que provisoriamente, de uma dádiva da natureza.

Uma joia que foi, em algum momento da sua história, retirada de seu habitat natural, outrora perfeito e incorruptível, e que agora enfrenta as agruras de um ambiente artificial e inóspito.

O meu empenho é que este trauma não tenha sido em vão, que o nosso convívio com as orquídeas sirva como conscientização da importância de sua preservação na natureza, que elas não sejam troféus ou meros bibelôs a decorar nossos lares.

borboletas

Bulbophyllum fletcherianum

Por muito tempo, eu achava que os donos daqueles belos exemplares mostrados em exposições de orquídeas utilizassem fertilizantes caríssimos, importados ou algum aditivo mágico, cuja fórmula era guardada em segredo.

Perdi bastante tempo e dinheiro nos anos iniciais do meu cultivo de orquídeas testando novas composições, importando produtos que prometiam belas florações ou experimentando misturas caseiras malucas, sem nunca ter chegado a um resultado sequer satisfatório.

Com o passar do tempo, após muito estudar, testar e entrevistar cultivadores experientes eu cheguei à conclusão de que não existe produto milagroso. As orquídeas crescem e florescem na natureza graças ao fornecimento de nutrientes encontrados no próprio ambiente em que vivem.

Nada é sugado da seiva das árvores, cujos troncos são utilizados apenas como um suporte físico para suas raízes. Os fertilizantes chegam através do ar, da água da chuva, da decomposição de folhas e detritos, dos dejetos de pequenos animais. Elas não dependem de grandes quantidades de adubo para cumprirem todas as etapas do seu ciclo de vida.

Cattleya Aurantiaca

Evidentemente, no nosso cultivo doméstico, ou mesmo em estufas comerciais, devemos suprir esta demanda por nutrientes de uma forma artificial. Mas não é necessário enlouquecer com um esquema alucinante de adubações.

O importante é entender quais são as opções disponíveis de fertilizantes e escolher o método que melhor se adequa à rotina e ao ambiente de cultivo de cada um. Existem basicamente dois tipos de adubos disponíveis para jardinagem: o orgânico e o inorgânico, erroneamente chamado de adubo químico.

O fertilizante orgânico precisa ser decomposto por micro-organismos, fungos e bactérias, que vão liberar os nutrientes para serem absorvidos pelas raízes das orquídeas. Já o composto inorgânico, que tem fórmulas variadas, já entrega todos os elementos necessários ao desenvolvimento da planta, sob a forma de macro e micronutrientes.

A escolha entre um e outro vai depender das preferências de cada cultivador. Eu não gosto de adubos orgânicos, tais como torta de mamona, farinha de osso e bokashi, porque cultivo minhas plantas em apartamento.

Com o apodrecimento destes materiais, surgem os mais desagradáveis odores, além da atração de insetos indesejáveis. Para o cultivo dentro de casa, este método não é muito cômodo.

Paphiopedilum maudiae

O problema da adubação inorgânica, do tipo NPK (nitrogênio, fósforo e potássio), é a difícil escolha entre as dezenas de marcas e formulações disponíveis.

Eu costumo priorizar marcas e fórmulas especialmente desenhadas para o cultivo de orquídeas. Existem no mercado composições desenvolvidas para auxiliar os diferentes estágios de vida da planta, tais como crescimento, manutenção e floração.

Em resumo, se o cultivo de orquídeas for ao ar livre, com boa circulação de ar, os adubos orgânicos são interessantes. A periodicidade de aplicação é menor, a escolha dos materiais é mais tranquila, e o resultado satisfatório, mais próximo ao que a planta obtém na natureza.

Para quem cultiva dentro de casas e apartamentos, o adubo inorgânico, do tipo NPK, é mais recomendável. O interessante é utilizar fórmulas para orquídeas, alternando os produtos de acordo com as fases de desenvolvimento das plantas.

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