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Posts para categoria ‘Orquídeas e Bromélias’

orquídea

Essas lindas plantas são apreciadas a muitos anos. Antigamente era apenas privilégio dos mais ricos. Há quem diz que trocaria um carro por uma orquídea.

Hoje em dia é muito possível cultivar orquídeas gastando pouco ou muito pouco para isso. As pesquisas sobre manejo de espécies e sobre hibridação baratearam e ampliaram muito as possibilidades de plantio.

Orquídeas são plantas que possuem uma adaptação evolutiva para viverem sem fixarem suas raízes na terra, ou seja, costumam crescer em galhos de outras plantas, em paredes, telhas, e vários outros locais.

São plantas que podem ser muito difíceis de cuidar, mas com algumas técnicas não tem erro, você consegue fazer florescer e durar vários anos.

Para plantar e cultivar orquídeas, basta escolher a espécie ideal para o local onde você quer plantar, para que ela goste e suporte o tipo de solo, o tipo de clima, que envolve temperatura, vento, umidade, etc.

Existem centenas de espécies e muitas delas podem ser plantadas dentro de casa, sem auxílio de mais ninguém e sem gastar muito.

Orquídeas-Em-Telha-De-Cerâmica

Orquídeas em telha de cerâmica
Uma técnica que vêm ganhando o coração dos cultivadores de orquídeas é o plantio de espécies em telhas, sim telhas, aquelas que colocam para cobrir quintais e forros de casas. Fica lindo e é bem diferente.

Neste artigo será citado as técnicas para plantar orquídeas em telhas, e como cuidar delas depois, para que floresçam e fiquem saudáveis.

Existem mais de 50 mil espécies de orquídeas, sendo que aqui no Brasil você pode encontrar para comprar mais de 3,5 mil tipos. Uma das mais comuns são as Phalaenopsis, mas também existem as Dendrobium, Oncidium, Vanda, Cattleya e Denphal.

Todas elas se adaptam muito bem ao clima brasileiro e são fáceis de serem encontradas para venda. Além disso, já existem muitos adubos, fertilizantes e inseticidas que são indicados para estas orquídeas, facilitando o cultivo.

De qualquer forma, você primeiro irá decidir onde irá plantar, dentro de casa, no quintal, no jardim, próximo a janelas, próximo a ventos, em alta claridade ou baixa claridade.

Depois disso converse com o vendedor da loja de jardinagem para escolher a espécie ideal. Assim você vai economizar esforço e dinheiro para fazer ela ficar saudável e conseguir florescer, já que ela estará adaptada naturalmente ao ambiente e substrato onde será plantada.

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Materiais necessários:
*
Bucha vegetal esterilizada ou musgo esfagno
* Tesoura
* Barbante de nylon ou barbante
* Muda de orquídea (escolher espécie ideal para o clima onde você mora)
* Telha de cerâmica
* Furadeira

Procedimentos:
*
Furar a telha com uma furadeira com broca fina em dois ou quatro lugares (dois para cada orquídea que irá plantar)
* Furar a telha em cima (no local onde ela será pendurada na parede)
* Cortar a bucha vegetal e um tamanho de aproximadamente 20 cm
* Com cuidado, abrir a bicha vegetal no meio
* Embrulhar as raízes da orquídea com a bucha vegetal
* Passar o barbante nos furos
* Prender a bucha e amarrar o barbante atrás da telha, para não ficar visível
* Fixar a telha onde desejar, na casa. Use a criatividade.

Dicas
* Antes de cortar ou mexer com sua orquídea utilizando algum instrumento, sempre esterilize-o. Isso evita a transmissão de doenças e praças entre uma planta e outra. Mas lembre-se de esperar a tesoura esfriar antes de usar, senão irá machucar a planta.

* Sempre que destacar uma folha da planta, passe canela em pó no local do corte, pois este é um cicatrizante natural.

* Manchas que aparecem na folhagem pode ser amenizada com fumo de corda. Para isso basta ferver o fumo em água por uma hora até que ele se torne uma solução muito concentrada.

Depois dilua em água, espere esfriar e use um borrifador para jogar a solução nas folhas doentes. Use sempre que precisar.

* Pragas comuns, como cochonilhas e pulgões aparecem bastante nas orquídeas, para isso basta lavar as folhas com sabão de coco. Esfregue com delicadeza e enxágue bem.

* A coloração da folhagem das orquídeas dizem muito sobre sua saúde. Se estiverem muito escurecidas, troque a planta e a coloque em um local com mais incidência de luz solar, já que normalmente as espécies de orquídeas florescem mais em locais com alta incidência solar.

* Evite o excesso de água na sua orquídea. Claro que isso depende da espécie, mas normalmente nenhuma espécie de orquídea necessita de muita água. Na verdade podem ficar doentes e morrer se forem regadas em excesso.

Veja a necessidade da planta, mas normalmente uma vez por semana de rega é suficiente para aquelas que estão em lugares mais quentes. No caso das orquídeas em telha, não se preocupe muito com o tanto de água, pois ela irá ser drenada rapidamente.

* A luz solar deverá ser muito presente, mas se for possível, de maneira indireta, ou seja, apenas a claridade. A folhagem mais clara indica que ela está gostando da incidência de luz. Se estiver muito clara quase queimando, troque para um local menos claro. Se estiver escura, ela precisa de mais luz.

* Fertilizantes: Hoje em dia existem vários fertilizantes prontos à venda, com preço acessível, para orquídeas. Basta ir em uma loja de jardinagem e levar a planta ou o nome da planta e pedir um fertilizante adequado. Usar como indicado na embalagem.

* Deixe-as fora de casa. Muitas espécies – a maioria – de orquídeas precisam de variação de temperatura para florescerem. Essa variação é garantida se elas estiverem mais em contato com a natureza. Dentro de casa a variação pode nem existir e aí nunca irão florescer. Se não for possível, mantenha-a próxima a janela.

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* Adube com adubos químicos, orgânicos ou minerais. No caso do adubo mineral, você poderá utilizar o NPK, dissolvendo-o em água e aplicando no substrato (neste caso, na esponja) a cada duas semanas. Os adubos orgânicos podem ser por exemplo a farinha de osso, o bokashi ou a torta de mamona.

* Folhas amareladas sinalizam excesso de água ou falta de nutrientes.

* Folhas enrugadas são indício de falta de água. Bulbos encolhidos também.

* Para evitar que as plantas se queimem, proporcione para elas um ambiente bem ventilado, sem exageros. A ventilação também pode prevenir muitas doenças e pragas. Mas não estamos falando de vento forte, mas sim de uma pequena brisa.

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Quem cultiva orquídeas sabe bem da importância de replantá-las de tempos em tempos, por conta da salinização do substrato. Só que cada grupo de orquídeas tem suas particularidades e um momento mais adequado para a execução do procedimento.

No caso das Cattleya walkeriana – plantas nativas daqui do Brasil e que estão entre as mais apreciadas pelos orquidófilos –, o reenvase deve ser feito sempre que um pseudobulbo começar a sair do vaso – o que demora cerca de dois anos para acontecer – ou a planta apresentar sinais de infestação por alguma praga – nesse caso é essencial limpar muito bem a orquídea antes do replantio.

Acompanhe no passo a passo as instruções para executar o procedimento.

Material necessário
* Vaso de cerâmica raso, próprio para orquídeas
* Tesoura esterilizada
* Pasta de dente
* Canela em pó
* Escova de dentes de cerdas duras
* Casca de macadâmia
* Casca de coco seco
* Turfa em pedaços
* Arame galvanizado
* Alicate

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Passo a passo
* Retire a Cattleya walkeriana do vaso. Se as raízes de algum pseudobulbo estiverem presas a ele, solte-as com o auxílio de uma plaquinha de identificação ou de algum material fino e maleável.

* Com a planta já fora do vaso, observe atentamente suas raízes e corte as que estiverem secas. Remova também os remanescentes das hastes florais secas.

* Aproveite a oportunidade para dividir a orquídea. Basta localizar os novos pseudobulbos e cortar o rizoma da planta deixando pelo menos um novo pseudobulbo em cada “muda”.

* Misture um pouco de pasta de dente ou vaselina com canela e aplique nos cortes, para ajudar na cicatrização

* Se a orquídea tiver sinais de ataques por pragas (cochonilhas, por exemplo), limpe-a bem com uma escova de dentes seca.

* Escolha um vaso de cerâmica três dedos maior que o torrão da orquídea e acomode-a em um dos cantos, com o novo pseudobulbo voltado para a parte vazia do recipiente.

* Preencha o vaso com uma mistura de partes iguais de casca de macadâmia, casca de coco seco  e turfa em pedaços.

* Como o substrato é muito leve, é importante fixar a planta no vaso, para evitar que ela tombe com o vento. Com o auxílio de um alicate, molde um pedaço de arame galvanizado para formar um gancho igual ao retratado acima (ele deve ser mais curto que o diâmetro do vaso.

* Encaixe a ponta mais comprida do gancho entre os pseudobulbos, para fixá-los – é preciso pressionar o arame para baixo –, e prenda a ponta em forma de U na borda do vaso.

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Multiplicar as próprias orquídeas é o desejo de todo jardineiro aplicado. Elas crescem devagar e é muito difícil multiplicá-las por sementes, o que torna a tarefa de dividi-las um verdadeiro acontecimento que, se cercado dos cuidados necessários, resultará em belas e saudáveis orquídeas.

As Vandas apresentam crescimento monopodial e é bem mais difícil dividi-las. Tenha em mente que a divisão somente é possível nas orquídeas com crescimento simpodial, como Catleyas e Laelias, e de orquídeas cespitosas como Cimbídios e Dendróbios.

Plantas com crescimento monopodial, como Vandas e Phalaenopsis são um pouco mais complicadas de multiplicar por divisão e exigem muita experiência e um tanto de sorte.

Em primeiro lugar, saiba que o cuidado mais importante ao se dividir uma orquídea é verificar se está no momento certo para isso. Se dividida antes do tempo, na ânsia de se obter novas orquídeas rapidamente, corre-se o risco de atrasar a floração, ou pior, deixar a planta fraca e suscetível às doenças.

Esse é um erro frequente dos iniciantes na orquidofilia, eu mesma cometi esse erro no começo, retrocedendo diversas orquídeas adultas para o estágio de seedlings.

O fato de sua orquídea não estar cabendo mais no vaso, não é motivo para divisão. Neste caso, o simples replantio resolve. Então, como saber o momento de dividir? Conte os pseudobulbos.

A planta deve ter pelo menos três pseudobulbos bem desenvolvidos, e ao menos dois brotos guias bem separados, de forma que cada nova muda tenha três pseudobulbos e uma guia. Então se sobrar dois pseudobulbos posso fazer uma nova muda?

Não! Corte a orquídea de forma que estes pseudobulbos acompanhem as novas mudas formadas. Resista a tentação de uma mudinha “extra”, definitivamente não vale à pena.

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Se minha orquídea nunca floresceu posso dividir? Até pode, mas não recomendo. Uma orquídea com tantos pseudobulbos e que ainda não floresceu pode estar com problemas, geralmente falta de luminosidade ou fertilizante.

A floração é a garantia de que sua planta está adulta e saudável. Portanto esperar ela alcançar este estágio é como um teste de suas habilidades com orquídeas. E você só pode passar para a próxima fase após completar a anterior.

Posso dividir em qualquer momento do ano? Pode sim! Vai depender mais da espécie de orquídea do que da sua vontade. Quando ela estiver começando a emitir novas raízes (aquelas com as pontinhas verdes) somente então será o momento ideal, seja inverno ou verão. Isso geralmente ocorre logo após a floração.

Pegue uma tesoura ou faca bem afiados, esterilize em água clorada, álcool ou calor e comece por remover os pseudobulbos secos, murchos ou doentes. Preserve o máximo de raízes possível, mas não deixe de cortar as raízes secas e mortas.

Esterilize os instrumentos a cada orquídea, evitando assim a transmissão de eventuais doenças entre elas. Não é necessário remover todo o substrato velho que estiver emaranhado nas raízes, remova apenas o excesso e o que estiver mais fácil.

Aliás, quanto menos as raízes forem manipuladas melhor, pois elas se quebram com muita facilidade. Limpe a orquídea com uma escova bem macia, sabão neutro e sob água corrente, mas somente se ela estiver muito suja ou infestada com pragas, como cochonilhas por exemplo.

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O vaso pode ser de qualquer material, mas é primordial que seja bem drenável, com furos grandes na base e se possível nas laterais. Vasos de cerâmica costumam ser os mais indicados, por serem mais frescos, ventilados e duráveis, mas atualmente até garrafas pet podem ser utilizadas com sucesso. Esqueça o pratinho, ele é totalmente contra indicado no cultivo de orquídeas.

A escolha do substrato deve levar em consideração a espécie de orquídea e a disponibilidade de material na sua região. Você pode usar materiais como pedra britada, cacos de cerâmica, fibra de coco, argila expandida, carvão vegetal, casca de coco, casca de pinus, esfagno, caroços de coquinhos (de palmeiras como açaí, butiá), sabugo de milho, casca de arroz carbonizada, etc.

Pode também  juntar ramos secos finos que caem no jardim, ou devido à poda das árvores, picá-los em pedaços com 1 a 3 cm de diâmetro. Obtendo assim um substrato natural, barato e bem próximo do que as orquídeas epífitas apreciam.

A mistura de materiais é uma boa pedida para equilibrar a capacidade de retenção de água com a drenagem. Alguns retêm muita água, enquanto outros praticamente nada. Case a espécie de orquídea com a frequência das regas e descubra o que funciona melhor para você. Não esqueça que orquídeas rupícolas e terrestres pedem substratos apropriados ao seu habitat.

Com suas mudas já devidamente limpas e separadas proceda o envase. Aqui vem as dicas para o replante também. Sempre coloque a ponta do rizoma mais antigo o mais próximo possível da parede do vaso.

Assim sobra mais espaço para a guia crescer e se desenvolver. O rizoma deve ser sobreposto ao substrato e jamais ser enterrado. Essa tarefa é um tanto árdua, pois a orquídea tende a ficar completamente solta no vaso. A tentação de enterrar um pouquinho é forte!

Oncidium varicosum

Mas resista, pegue barbante e tutores de bambu, madeira, arame ou plástico e vá amarrando sua orquídea ao tutor. Cuidado para não apertar demais. Se possível arame o rizoma ao vaso, pois também ajuda.

Fique de olho na nova muda. Folhas amareladas indicam sol em excesso, e folhas verde-escuras demais, indicam sombra demais. Regue normalmente, o enraizamento é um tanto lento e há que se ter paciência.

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Aqueles que convivem com animais de estimação logo aprendem que pequenos sinais corporais, como um movimento de orelha ou o balançar de uma cauda, traduzem perfeitamente os sentimentos e pensamentos destes entes queridos. Com as nossas orquídeas, as coisas não são diferentes.

Embora mais discretas e silenciosas, estas fascinantes criaturas estão constantemente dialogando conosco, relatando suas alegrias e dificuldades, através de seus componentes físicos.

Sophronitis Cernua

Entender os sinais que as orquídeas emitem, através de folhas murchas ou amareladas, pseudobulbos enrugados ou raízes secas, é de suma importância para que as devidas ações sejam tomadas a tempo de remediar a situação.

Algumas dicas de como interpretar os sinais que as folhas, raízes, pseudobulbos e flores de nossas orquídeas nos enviam diariamente, nesse texto serão encontradas.

De modo geral, a principal dúvida que assola o cultivador iniciante é o porquê de sua orquídea estar com as flores e folhas murchas. Existem algumas situações diferentes que causam este fenômeno, normais ou não, como veremos a seguir.

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Orquídea com flores murchas
Após a alegria de ganhar uma orquídea, geralmente uma Phalaenopsis, e apreciar a beleza das flores por alguns meses, pouco a pouco a pessoa vai percebendo que algo está errado.

O fato de as flores começarem a murchar e secar, para alguns iniciantes, costuma causar preocupação. No entanto, este é um fenômeno natural, que segue o ciclo de vida da orquídea. As flores murcham após terem cumprido seu papel.

Na eventualidade de serem polinizadas, produzirão frutos e sementes. Caso contrário, as flores murcham, secam e caem. No ano seguinte, uma nova floração surgirá.

A duração das flores varia de acordo com a espécie de orquídea. Algumas são famosas por durarem meses, como é o caso da Phalaenopsis. Outras duram poucos dias. Portanto, é importante saber o nome da orquídea que estamos cultivando, para adequar nossas expectativas.

A seguir, costuma surgir a dúvida sobre o que fazer com a haste floral. Para dar informações sobre este tema, leia no artigo abaixo:

Orquídeas com folhas murchas e enrugadas
Prosseguindo nos cuidados habituais, é frequente que a pessoa comece a sentir que sua orquídea está murchando. Este fato, infelizmente, é muito observado em orquídeas do gênero Phalaenopsis.

Suas folhas, outrora carnudas e suculentas, começam a perder o viço e tornam-se meio amolecidas. Também é possível notar que as folhas estão enrugando. É neste ponto que o sinal amarelo acende-se, desta vez, com razão.

Folhas moles, murchas e enrugadas são um grande sinal de preocupação. Elas indicam que a orquídea está se desidratando, perdendo água através de suas folhas, em um ritmo maior do que suas raízes conseguem captar. É nesta hora que um equívoco por parte do cultivador iniciante pode piorar a situação.

Por acreditar que a orquídea está murchando por falta de água, a pessoa passa a regá-la com mais frequência. E, no entanto, as folhas continuam a enrugar e amolecer, em ritmo até mais acelerado.

O que acontece, de fato, é que as raízes estão apodrecendo por excesso de água, não por falta. Paradoxalmente, as folhas da orquídea murcham e se desidratam devido à quantidade exagerada de regas, não pela falta delas.

Para consertar a situação, o ideal é diminuir a frequência das regas. Concomitantemente, é importante colocar a orquídea em um local mais sombreado, protegido do sol direto e de ventos excessivos.

De suma importância é fornecer altos níveis de umidade relativa do ar, o que não significa dar mais água. O ambiente em torno da orquídea deve ser úmido, o que pode ser conseguido através de umidificadores de ar, fontes de água próximas ou bandejas umidificadoras.

Caso a situação seja grave e as folhas estejam muito murchas e enrugadas, é bom desenvasar a orquídea e observar o estado das raízes. Caso não tenham salvação, uma saída é recorrer à técnica de UTI de orquídeas, geralmente feita de forma caseira em garrafas plásticas. Nem sempre funciona e é meio arriscado, mas é uma última tentativa.

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Orquídeas com crescimento acelerado
Por vezes, assistimos orgulhosos ao crescimento vigoroso e bastante rápido de uma orquídea, sem suspeitarmos que algo de errado possa estar acontecendo. Quando submetidos a pouca luz, ou em ausência total dela, os vegetais sofrem um processo denominado estiolamento.

Todos os seus componentes, caule, folhas e pseudobulbos, passam a se alongar aceleradamente, em busca de luz. Como resultado, estas estruturas estioladas tornam-se frágeis e delgadas, devido ao seu crescimento anormal. Observamos este fenômeno claramente quando cultivamos uma planta suculenta, que gosta de sol pleno, em local muito sombreado.

Nas orquídeas, o mesmo fenômeno ocorre. Portanto, toda vez que verificarmos folhas e pseudobulbos muito finos e compridos, é bom atentarmos para a quantidade de luz que a planta está recebendo.

Cada gênero de orquídea requer um nível diferente de luminosidade para um bom desenvolvimento e floração. Por isso, é importante que todas as nossas plantas sejam corretamente identificada, para podermos pesquisar suas necessidades de cultivo.

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As cores das folhas das orquídeas
Ainda em relação à luminosidade, outra mensagem clara que as orquídeas nos enviam vem através da coloração de suas folhas. A principal fonte de preocupação dos iniciantes é quanto ao fato de as folhas de suas orquídeas estarem amarelando.

Podemos observar uma grande variabilidade de tons de verde, que podem chegar até o amarelado, de acordo com os níveis de luz que a orquídea recebe. Por outro lado, cada orquídea tem sua cor característica, própria de cada espécie.

Como existe uma grande variação individual nos tons de verde das folhas de cada orquídea, bem como seus híbridos, novamente é importante sabermos sua identificação, para averiguarmos se aquela coloração é normal e saudável.

De modo geral, o tom de verde ideal é aquele que se aproxima à cor da alface, nem muito escuro, nem muito claro. Orquídeas com as folhas em um verde muito escuro, via de regra, estão recebendo menos luz do que deveriam.

No outro extremo, um verde muito claro ou amarelado pode ser sinal de excesso de luminosidade. Há ainda aquelas folhas que podem apresentar tons avermelhados, devido aos pigmentos coloridos que suas flores possuem.

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Orquídeas com pseudobulbos enrugados
Este é um sinal que costuma ser mal interpretado. Orquídeas com os pseudobulbos em forma de cana, como as do gênero Dendrobium, costumam perder todas as folhas, tornando-se completamente secas e enrugadas. Muitos acreditam que suas orquídeas estão doentes ou morrendo, mas trata-se de um fenômeno normal, que antecede a floração.

Portanto, neste caso específico, folhas amarelas, que estejam secando, caindo ou com manchas, não é sinal de que há algo de errado no cultivo da orquídea.

Outro processo que também assusta muita gente, mas é natural, consiste no enrugamento dos pseudobulbos mais antigos. À medida que a orquídea de crescimento simpodial avança pelo vaso, as estruturas mais antigas vão perdendo sua função e naturalmente acabam enrugando. As folhas caem e estes pseudobulbos por fim secam e morrem.

No entanto, quando este fenômeno ocorre com pseudobulbos mais novos, na linha de frente do crescimento da orquídea, é sinal de que algo vai mal. Aqui, mais uma vez, estas plantas costumam ser mal compreendidas.

As pessoas vêem a orquídea murchando e logo concluem que lhes falta água. Na maioria dos casos, está ocorrendo exatamente o inverso. Por excesso de água, as raízes acabam apodrecendo e morrendo, processo que leva à desidratação da planta, como já mencionado anteriormente.

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Orquídeas com raízes secas
Quando comecei a cuidar de orquídeas, o que mais me fascinava era observar o crescimento das raízes. Chegava a olhar várias vezes por dia. No entanto, o que me deixava frustradíssima era perceber que elas não costumavam ir muito longe. Após alguns centímetros de crescimento para fora do vaso, invariavelmente, aquela bela pontinha verde acabava secando.

Achava que era assim mesmo, até que visitei um orquidário de verdade, com a umidade relativa do ar em níveis corretos. Para minha surpresa, conheci Laelias e Cattleyas em vasos suspensos, ostentando raízes que iam até o chão.

Mais compridas do que as de muitas Vandas que vi por aí. O segredo é que elas só se desenvolvem adequadamente quando os níveis de umidade relativa do ar estão acima de 60%. No apartamento, como é difícil controlar este parâmetro, as raízes só se desenvolvem enterradas no substrato.

Outro fator que prejudica o desenvolvimento das raízes de orquídeas é o excesso de adubação química. Os sais acumulados queimam as pontas verdes em crescimento. Os adubos orgânicos, por serem muito concentrados, também podem queimar estas estruturas, quando em contato direto com as mesmas.

Além disso, se plantamos nossas orquídeas muito soltas no vaso, permitindo que balancem, acabamos impedindo que as raízes progridam. Na fase inicial do desenvolvimento, as pontas verdes destas estruturas são muito frágeis. O constante atrito com o substrato faz com que elas sequem e parem de crescer.

Por fim, o grande inimigo mortal de todas as raízes de orquídeas é o excesso de água, como já enfatizado nas seções anteriores. Na natureza, as orquídeas de hábito epífito, que vivem sobre outras plantas, estão com as raízes permanentemente descobertas, aderidas aos troncos das árvores.

Nesta condição, elas têm a possibilidade de captar a umidade do ambiente, ao mesmo tempo que podem secar rapidamente, após uma chuva. No cultivo doméstico, principalmente quando as orquídeas são cultivadas em vasos, com as raízes abafadas pelo substrato, há o perigo de o excesso de regas causar o apodrecimento destas estruturas.

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Orquídeas com manchas nas folhas
Nem todas as manchas nas folhas de nossas orquídeas são sinais de doenças. Existem máculas perfeitamente normais, como as pintas vermelhas que surgem nas orquídeas cujas flores têm um colorido mais intenso. Esta pigmentação da flor também se revela nas folhas, pseudobulbos e pontas das raízes, principalmente quando expostas a altos níveis de luminosidade.

Outro sinal bastante comum, infelizmente, é aquele causado pela exposição excessiva da orquídea ao sol. Neste caso, as folhas adquirem inicialmente um aspecto esbranquiçado, que com o tempo vai se tornando mais escuro.

A aparência é típica de queimadura, mas pode ser confundida com um ataque de fungos. O fato é que a lesão causada pelos raios solares acaba abrindo as portas para que infestações oportunistas se instalem na folha.

Insetos, tanto os sugadores quanto os raspadores, também costumam causar grandes estragos às folhas das orquídeas. A lista é interminável: pulgão, cochonilha, tenthecoris, tripes, lagartas, etc. Os ácaros, embora não sejam insetos – são parentes das aranhas e carrapatos – também causam lesões na superfície da folha e são difíceis de serem identificados, devido ao seu tamanho microscópico.

Por fim, existe uma legião de fungos, bactérias e vírus que podem deixar suas marcas e malefícios nas nossas orquídeas. Para saber exatamente do que se trata, somente com a ajuda de um profissional da área, o engenheiro agrônomo. Também é ele a pessoa credenciada para receitar os medicamentos apropriados para cada situação.

Existe também uma série de sintomas causados por deficiência ou excesso de nutrientes. No entanto, estes sinais são mais complexos e geralmente são corrigidos por profissionais. Se fornecermos uma adubação balanceada, os riscos de que estes problemas aconteçam são mínimos.

Em resumo, nem sempre flores e folhas murchas, amarelando, secando ou caindo são motivo para preocupação. É importante que saibamos distinguir quando estes fenômenos são normais, fisiologicamente falando, ou quando são consequência de alguma anomalia ou equívoco no nosso cultivo.

Muitos afirmam que é necessário falar com as plantas, para que elas cresçam e floresçam. Há até quem toque música para elas, jurando que este procedimento melhora a produção de frutos e flores.

Não sei se é verdade. O que posso afirmar, com certeza, é que o inverso é verdadeiro. Elas é que falam, com toda a certeza. Talvez não possamos ouvir, mas o fato é que as orquídeas estão constantemente emitindo sinais visíveis sobre seu estado de saúde. Cabe a nós tentarmos compreender esta linguagem, de modo a corrigir nossas falhas e aprimorar nosso cultivo.

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