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Posts para categoria ‘Orquídeas e Bromélias’

Conheça mais sobre esta planta tropical e anote os segredos para cultivá-la em casa.

Uma das plantas preferidas por grande parte dos paisagistas é a bromélia, tamanha a sua diversidade de espécies e beleza ornamental. Com suas formas esculturais, são sempre selecionadas a dedo para compor um visual impactante nos jardins tropicais.
Ao todo, são cerca de 3 mil espécies, sendo 1.500 encontradas no Brasil. E a mais popular delas é, quem diria, o abacaxi! Uma das maiores, a Vriesea imperial, chega a atingir 1,5 m de diâmetro na idade adulta, tamanho que pode alcançar após cerca de 10 anos.
Entre versões consideradas miniaturas e outras até gigantes, as características e os cuidados, no entanto, são semelhantes. A bromélia só floresce uma vez na vida, já na idade adulta. Depois de florir, ela dá os brotos – seus filhotes – na lateral. E assim completa o seu ciclo de vida.

bromélias

Encontradas na Mata Atlântica, suas espécies se dividem entre as epífitas, que vivem nos troncos das árvores; as terrestres, que vivem plantadas na terra; e até mesmo as que vivem sobre pedras. E, é sempre bom lembrar: sua extração é proibida.

Mas algumas bromélias ornamentais, como Gusmania, Aechemea, Tillandsia, Vriesea e Neoregelia, são cultivadas comercialmente e facilmente encontradas em centros de plantas, como o Ceagesp, em São Paulo, e em lojas especializadas. Já os preços das mudas variam de R$ 40 a R$ 150, de acordo com a espécie e o seu tamanho.

Cuidados essenciais – Existem algumas espécies de sombra e outras de sol. Mas a maioria das bromélias aprecia apenas a claridade e não o sol direto, que pode até queimá-las. O vento, por sua vez, é bem tolerado por aquelas com folhas duras e ásperas. Outro fator importante é a rega, que deve ser moderada. E o substrato deve ter boa drenagem para que a água escoe livremente.

bromélias 2

As bromélias não suportam a terra ou o substrato encharcado, pois podem apodrecer nesta situação. A rega deve ser feita com parcimônia e a água borrifada nas folhas. Além disso, a planta deve ficar com a base acima da terra, sem que as folhas tenham contato com o substrato, caso contrário também podem apodrecer.

As bromélias praticamente não são podadas. Deve-se apenas retirar as folhas secas e envelhecidas. Aliás, folhas ressecadas ou pintadas são sinais de que a planta não está sendo bem cuidada e, nesse caso, ela pode não dar brotos, que são os seus filhotes, e, por conseqüência, acabar morrendo. Assim como as bananeiras, as bromélias florescem uma vez e, em seguida, dão filhotes, perpetuando sua espécie..

Quanto à adubação, não é preciso muita preocupação: As bromélias não necessitam de uma adubação pesada. Uma formulação como 4:14:8 N:P:K a cada três meses já é suficiente.

E se a intenção é plantar a sua bromélia junto com outras plantas no mesmo vaso ou jardim, escolha espécies que tenham as mesmas necessidades, como um solo com boa drenagem e pouca água.

cachoei

orquidea_azul

É possível encontrar orquídeas em praticamente todas as partes do mundo, desde o Ártico até os Trópicos; contudo, é nas regiões mais quentes da Terra que elas ocorrem em maior abundância, não só em número como em variedade de formas. Podem ser encontradas desde o nível do mar até mais de 4000 m, mas são mais frequentes em altitudes entre 500 e 2000 m.

Muitas orquídeas, especialmente as do Ártico e das regiões temperadas, crescem no solo e são, portanto terrestres; nas zonas tropicais e subtropicais, a maioria, pelo contrário, cresce sobre árvores ou nas rochas e são chamadas epífitas.

Não há orquídeas parasitas, embora algumas das orquídeas não verdes (desprovidas de clorofila) se desenvolvem intimamente associadas a fungos, dos quais dependem para a sua alimentação (simbiose).

Nas regiões tropicais americanas, a maior variedade de orquídeas encontra-se nas florestas, onde as noites são frescas e o teor de umidade elevado.
Muitas vezes as árvores estão tão carregadas com orquídeas, fetos, begônias, bromeláceas, gesneráceas e outros epífitos que os ramos chegam a quebrar com o peso.

A maior parte das orquídeas cresce em zonas onde há uma estação seca e uma estação úmida, estas espécies necessitam de um longo período de repouso, mantendo-se secas para florescerem convenientemente.

Alguns gêneros tem uma área de distribuição reduzida, enquanto outros se distribuem por todo o mundo. Entre as exceções alguns gêneros como Cattleya, Laelia e Epidendrum, estão limitados às Américas, enquanto Vanda e Dendrobium ocorrem apenas na Ásia continental e insular e na Austrália.

Os Habitats
Os habitats das orquídeas variam desde áreas arenosas até lodaçais e habitats aquáticos, desde as florestas sombrias das zonas temperadas até os topos das árvores das densas florestas úmidas intertropicais.

Algumas espécies estão restritas a um tipo determinado de habitat, mas outras podem ser encontradas numa grande variedade de ambientes. Nas florestas tropicais, a maior parte das orquídeas cresce nos ramos mais altos das árvores, onde encontram luz e ar em abundância.

Acontece até não serem visíveis do solo, mas um exame cuidadoso de uma única árvore derrubada pode revelar mais de cinquenta espécies diferentes.

Tipos de Habitats:
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Os lodaçais e prados úmidos
- As florestas sombrias
- As dunas
- As rochas
- O subsolo
- As árvores
- Nos prados e gramados

chuva forte

Brassocattleya Pastoral Innocence

A família das orquídeas é formada por mais de 30 mil espécies naturais, além de outras 60 mil híbridas produzidas pelo ser humano.

A beleza, a variedade de cores e a interessante relação que elas estabelecem com fungos e outras plantas hospedeiras são as principais características que fazem das orquídeas algumas das plantas mais cobiçadas pelos floricultores.

Como proceder:

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1 – Consiga pedaços de tronco seco, cortiça natural (que carpintarias costumam jogar fora) ou madeiras lavadas. As madeiras lavadas são as que estavam em algum rio e acabaram arrastadas para as margens.

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2 – Lave o material com bastante água e escove-o para desinfetar.

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3 – Coloque um gancho ou corda, se preferir algo mais rústico, na parte de trás do tronco. Prenda com parafusos de modo que fique suficientemente forte para suportar o peso do tronco e da planta quando for pendurado na parede.

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4 – Coloque sobre o tronco uma camada de musgo, fibra de coco ou de folha de palmeira, bem no lugar onde a planta ficará. Sua função será reter a umidade e fornecer o alimento necessário para a orquídea se desenvolver.

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5 – Acomode a planta sobre essa base e amarre com fio de náilon. A orquídea deve ficar bem presa. Mas cuidado para não machucar os brotos, caules ou rizomas (tipo de raiz).

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6 – Antes de pendurar o tronco na parede, mergulhe a peça em um recipiente com água durante quatro ou cinco minutos.

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7 – Em vez de regar, borrife a orquídea com água apenas duas vezes por semana, até notar que as raízes cresceram. Quando a planta “pegar”, só molhe quando sentir que a base está seca.
Se não tiver sacada, mantenha as suas orquídeas em um lugar ventilado.

Importante: Entre as espécies recomendadas para iniciar o cultivo de orquídeas estão Miltonias, Odontoglossum, Cattleya, Epidendrun, Oncidium, Phalaenopsis, Vand, Cymbidiums e Paphilopedilum.

alameda chuvosa

cattleya labiata

Veja como as orquídeas mantêm-se sadias nos habitats e como podem, com facilidade, adaptar-se às mudanças de substratos.

Exemplo 1 – Uma touceira de Oncidium varicosum, que normalmente é uma planta epífita, foi deixada sobre a pedra e aí se desenvolveu, adaptando-se ao novo substrato (rupícola).
Nota-se que as raízes, formando uma rede aderente à pedra, que tem como função absorver a umidade e nutrientes.

Vemos aí um dos mais perfeitos laboratórios de transformações bioquímicas em que os aparelhos utilizados são os fungos, bactérias e insetos e os reagentes químicos são os detritos orgânicos (folhas, gravetos, poeiras, etc) e água proveniente do orvalho da madrugada, da umidade ambiente e eventualmente das chuvas, tendo como catalisador das reações, a luminosidade e o calor do sol.

Exemplo 2 - No topo de um pinheiro, um ponto estratégico para distribuição das sementes pelo vento, vemos a pleno sol, uma bela ?chuva-de-ouro? ? oncidium varicosum ? que tem suas flores polinizadas por beija-flor e borboletas.

O desenvolvimento destas plantas em árvores (epífitas) é o mais normal de ser encontrado nos habitats nativos. É realmente impressionante nestas plantas, a resistência às longas estiagens que temos tido nos últimos anos.

Exemplo 3 – Em um galho com uma planta adulta e muitas pequenas mudas desenvolvendo-se após germinação das sementes.

Observamos também o acúmulo de detritos no meio dos pseudobulbos e raízes. Muita matéria-prima para reserva de umidade e ser transformada em nutrientes que serão transformados desde as raízes até as folhas (pelos vasos internos) e, aí vamos ter as reações físico-químicas (fotossíntese) pela ação do calor e luminosidade do sol.

Beallara Marfitch

Os nutrientes absorvidos pelas folhas e também os transformados pela fotossíntese, em especial os sais minerais, farão agora um caminho inverso, dirigindo-se para a planta toda. Todo este transporte é feito pela água absorvida.

Exemplo 4 – Uma orquídea nativa em varias regiões do país e que gosta muito de alojar-se em troncos de coqueiros e palmeiras ? Catasetum fimbriatum. É uma planta de grande porte e que requer muito nutriente para seu ciclo de desenvolvimento anual. Em um tronco de coqueiro que não tem galhos laterais é difícil entender como poderia acumular detritos orgânicos apenas com raízes que lhe permitem a fixação ao tronco.

Mas a natureza é própria em recursos. Parte das raízes garantem a fixação da planta ao tronco e em grande quantidade, outras crescem para cima, formando um ninho para reter detritos que caem do coqueiro ou que são levados pelo ar. E a planta vive aí muito bem nutrida e o melhor: sem pragas ou doenças, comprovando que em plantas bem nutridas, não ocorre ataque de patógenos.

Cytopodium

Exemplo 5 – Se percorrermos outras regiões podemos encontrar uma planta que normalmente é epífita passando para rupícola. Com facilidade, esta mudança ocorre na natureza e, assim também, as orquídeas terrestres podem passar a epífitas. E as alterações funcionais destas plantas são muito pequenas.

Uma orquídea Cytopodium no meio de troncos de arbusto e com as raízes na terra. Esta planta pode ser também epífita e com grande desenvolvimento. É comum encontra-las também em pedras (rupícolas), vegetando a pleno sol. É difícil imagina-la vivendo em regiões de cerrado com um sol escaldante, e altas temperaturas típicas destas regiões. Temos relatos de que resiste ao fogo de queimadas em cerrados.

Nutrição e resistência à pragas e doenças – Nos habitats nativos temos um equilíbrio entre patógenos e predadores. Como as plantas estão livres dos nocivos agentes ? defensivos químicos e ene, pe, kas? (NPK), aplicados maciçamente nos orquidários amadores e comerciais, elas podem viver e evoluir sem problemas.

Quando aplicamos defensivos químicos altamente tóxicos para as plantas e meio-ambiente, os primeiros a serem atingidos são os fungos e bactérias que as plantas precisam para transformar a matéria-prima (detritos orgânicos) em nutrientes e, assim, precisamos constantemente suprir com adubos as deficiências nutricionais que vão aparecendo.

Como os nutrientes ainda estão sendo aplicados de maneira muito empírica, as plantas vão sendo cada vez mais atacadas por pragas e doenças. E, conseqüentemente, vão exigindo cada vez mais pesticidas numa ciranda que não acaba nunca.
Na natureza, os nutrientes são produzidos pela própria planta e na quantidade exata de cada elemento. Sem excessos ou deficiências.

Cattleya Haw Yuan Angel

Cuidados essenciais para manter a saúde das plantas nos orquidários – As orquídeas, cultivadas em orquidários caseiros ou comerciais, precisam receber com regularidade suplementação de nutrientes muito bem equilibrada.
Em todos os habitats de orquídeas que temos visitado, sempre ficamos impressionado com o rigor e exuberância das plantas.

Sejam elas epífitas, rupícolas ou terrestres, o que vemos são plantas sadias e muito bem nutridas. Espécies que, em nossos orquidários, procuramos dar sombreamento adequado com telas especiais, irrigação e adubação controladas, uma ventilação que julgamos ideal, observação e controle de pragas e doenças, enfim, um cultivo muito bem orientado.

Mas, mesmo com tudo isso, nem sempre conseguimos nos aproximar da beleza encontrada nos locais nativos de nossas orquídeas.
Vejamos agora se não estamos cometendo alguns enganos:

A nutrição das orquídeas nos orquidários caseiros e comerciais – Conceitos empíricos no meio orquidófilo sobre adubação.
É muito comum encontrar nas exposições de orquídeas adubos sem certificação de órgãos oficiais controladores na qualidade dos produtos. São composições ou misturas de ingredientes feitas por produtores, que nem sempre entendem de química agrícola, da maneira mais empírica possível.

Assim, misturam torta de mamona com farinha de osso que, hoje sabemos, resultam em produtos fitotóxicos, e estes com outros componentes sem definição correta de elementos nutritivos, como esterco de galinha.
Quando perguntamos qual a quantidade de cada componente, a resposta sempre revela o desconhecimento do que é uma correta adubação: um punhado de cada componente ou metade deste em relação ao outro, e daí em diante.

Se perguntamos, então, como é que ele sabe que estes componentes são bons, mais uma vez observamos o empirismo com que fazem os adubos: é porque “fulano”, que é um produtor muito experiente, orientou fazer assim. E como vendem estes saquinhos de adubo nas exposições! E como existem orquidófilos inexperientes que dão qualquer “comida” às suas orquídeas!

Conceitos de cultivo orgânico sobre adubação – Na natureza, como vimos anteriormente, as orquídeas acumulam grande quantidade de detritos orgânicos em suas touceiras, e com a simbiose de fungos, bactérias, insetos e a ação da umidade, calor e luz do sol, ocorre a decomposição e transformação destes componentes orgânicos em alimentos essenciais para as plantas.

Nos orquidários caseiros, onde temos uma boa variedade de espécies, e também uma densidade ou acumulo de plantas em pequeno espaço, é praticamente impossível pensar em conseguir um cultivo exclusivamente orgânico, como ocorre na natureza.

Ainda com a aplicação periódica de defensivos químicos, não temos a necessária ajuda de microorganismos para as transformações bioquímicas de matéria orgânica. Somos, assim, obrigados a suprir a falta de nutrientes com adubos químicos aplicados com pulverização folicular ou aspersão.

Bulbophyllum eberhardtii

Adubação foliar – A aplicação de adubos químicos solúveis em água é hoje uma realidade que possibilitou o cultivo comercial de grandes quantidades de plantas. Com os equipamentos de irrigação automáticos, pela aspersão, gotejamento ou nebulização, podemos simultaneamente irrigar e adubar um orquidário inteiro em poucos minutos.

As folhas das plantas têm possibilidade de absorver a água pelos estômatos que existem em sua superfície, em maior quantidade na parte traseira ou a dorsal. A abertura destas pequenas ?bocas? depende sempre do equilíbrio hídrico da planta.
Plantas desidratadas absorvem pouco ou nenhum nutrientes.

Adubação com irrigação por gotejamento – Também como a adubação foliar, o gotejamento favorece a aplicação de adubos solúveis em água e permite de adubação de nutrientes pelas raízes.

Composição básica dos adubos – Uma composição equilibrada de adubo deve conter os nutrientes indispensáveis para o bom desenvolvimento da planta em suas diversas fases vegetativas. Podemos dividir estes nutrientes em:

Macronutrientes são aqueles que as plantas necessitam em maior quantidade e temos os principais como Nitrogênio, Fósforo, e Potássio.
Secundários: Cálcio, Magnésio, Enxofre e Ferro.

Micronutrientes: são essenciais, porém exigidos em menor quantidade. São eles: Boro, Cloro, Cobre, Zinco, Manganês, Molibdênio, Cobalto e Silício.

Reguladores de crescimento: são os hormônios que controlam o desenvolvimento vegetal: CITOCININAS, ALCINAS e GIRBERELINAS.

Outros fatores que favorecem na adubação orgânica:
1- Regularidade na aplicação
2- Luminosidade
3- Umidade
4- Temperatura
5- Ventilação
6- Nível de acidez
7- Concentração das soluções: para as orquídeas, sempre é preferível uma concentração baixa, fazendo-se diluições em doses homeopáticas e com adubações mais freqüentes do que concentrações maiores e adubações mais espaçadas.

Adubação: Dicas práticas e um pouquinho de teoria, para você não ter mais dúvidas sobre este assunto.

Toda planta necessita de 14 a 17 elementos químicos para ter uma vida saudável. Três destes elementos elas dependem bem mais. São o nitrogênio, o fósforo e o potássio. Cálcio, magnésio e enxofre ela também precisa em quantidade razoáveis. Por isso, o grupo destes 6 elementos químicos é chamado de macro-nutrientes.

Outros elementos são também necessários, mas em proporção bem menores. Daí serem denominados micronutrientes. Entre eles citamos o boro, o zinco, o ferro, o magnésio e o cobre.
As plantas obtêm estes elementos químicos fundamentalmente do solo, que é uma autentica e poderosa fábrica de fertilizantes. Certo. Mas você perguntaria: e as plantas epífitas, as orquídeas, por exemplo, que vivem sobre as árvores? Bem, elas têm de usar de um estratagema todo especial.

Se você reparar direito, vai ver que, na natureza, na maioria das vezes elas costumam desenvolver-se nas proximidades de forquilhas e axilas de galhos. A razão disso é que, nestes locais, sempre acaba se acumulando um pouco de detritos de origem vegetal (sementes, casca, pequenos frutos, folhas, etc.) e de origem animal (penas, excrementos, cartilagens, cascas de ovos, insetos mortos, etc.).

Que depois de algum tempo se decompõe e se transformam em nutrientes. Em outras palavras, embora vivam por sobre as árvores sem se alimentar delas, de um jeito ou de outro as epífitas sempre encontram os nutrientes que precisam.

Em vasos, plantadas em substrato inerte (xaxim ou casca de árvores, por exemplo) isso não acontece. Elas ficam privadas deste recurso. Vem daí a importância das fertilizações.

Regra nº. 1 – Orquídeas devem ser adubadas sim, mas só nos meses quentes ou quando estão em pleno desenvolvimento vegetativo.
Regra nº. 2. – Como o crescimento dessas plantas é bastante lento, é tolice dar às orquídeas doses grandes de fertilizantes de uma só vez. Elas simplesmente não usam, e você desperdiça o fertilizante e joga o seu dinheiro no lixo.
Regra nº. 3 – A luz é indispensável no processo de absorção de fertilizantes através das folhas. A umidade do substrato também é fundamental. Quando a planta está desidratada, a absorção foliar diminui drasticamente.
Regra nº. 4 – Evite fazer a adubação nas horas mais quentes do dia. A temperatura ideal gira em torno de 20º C. Regar as orquídeas na véspera da adubação foliar também é muito recomendável.

Genericamente falando, fertilizante é qualquer substância, natural ou manufaturada que, acrescentada ao substrato, incremente o desenvolvimento das plantas. Em outras palavras, qualquer coisa que possa ser aproveitada pela planta como alimento. Quanto à origem dos nutrientes, existem dois tipos de fertilização: a orgânica e a inorgânica.

Adubo orgânico: É aquele cujos elementos químicos são provenientes da decomposição de matéria de origem animal ou vegetal. É o caso dos estercos, compostos, farinhas e tortas, como a torta de mamona, por exemplo.
Antigamente, a adubação orgânica era a única possibilidade.

No caso das orquídeas cultivadas em vaso, no entanto, estes adubos, quando em estado sólido, têm o inconveniente de entupirem parcialmente os espaços entres as fibras de xaxim (ou similar), prejudicando a aeração das raízes da planta.
Além disso, costumam alterar o índice de pH do substrato e transmitir fungos.

Dica nº. 1 – Se você quiser fazer adubações orgânicas nas suas orquídeas, o ideal é usar calda de esterco (veja adiante) ou doses mínimas de torta de mamona. Esta substância é um subproduto da fabricação do óleo de mamona, e é muito rica em nitrogênio, fósforo e potássio.

Adubo orgânico:
70% de torta de mamona
10% de farinha de osso
10% de cinza vegetal
10% de esterco de aves (bem curtido)
misture tudo e coloque a quantidade de uma colher de chá sobre o substrato, na parte traseira da planta, a cada 3 meses.

Adubos inorgânicos – A partir do símbolo químico dos 3 elementos mais exigidos por qualquer planta, generalizou-se o nome do mais famoso adubo químico: NPK.

São obtidos a partir da extração mineral ou do refino de petróleo. É o caso dos fosfatos, cloretos, sulfatos, salitres-do-chile e do famoso NPK.
NPK, aliás, nada mais é do que a representação química dos três componentes principais destes adubos. N de nitrogênio, P de fósforo e K de potássio. Os três elementos químicos que, como já vimos, as plantas mais dependem para viver.

Nitrogênio – É o elemento químico do qual as plantas necessitam em maior quantidade. Estimula a brotação e o enfolhamento, e é o responsável pelo verde e saúde das folhas.

Dica nº. 2 – Uma dose bem aplicada de nitrogênio deixa as folhas das orquídeas mais carnudas e com um verde mais intenso. A falta desse elemento inibe os processos vegetativos, reduzindo o tamanho das folhas e dando-lhes uma cor verde-amarelada.

A aplicação de nitrogênio em excesso, no entanto, acaba estimulando demais o crescimento, tornando os tecidos vegetais flácidos e sem resistência para enfrentar o ataque de pragas e doenças.
Fósforo – É outro elemento básico na vida vegetal. Junto ao nitrogênio, é fator de precocidade e qualidade. Sua ação principal relaciona-se com a florada e a frutificação, com o desenvolvimento de raízes e o enrijecimento dos órgãos vegetativos.

Dica nº. 3 – As plantas bem nutridas de fósforo são altamente resistentes às doenças. A falta deste elemento químico pode ser notada pela cor avermelhada das folhas, pelo crescimento lento demais e pela pouca exuberância da floração.
Potássio -
É um macronutriente com um importante papel na vida vegetal. Sua presença na seiva das plantas é indispensável, principalmente para maximizar os efeitos da adubação nitrogenada. Além de contribuir muito para o desenvolvimento e a saúde do sistema radicular.

Dica nº4. – Quando o teor de potássio aumenta na seiva, ocorre uma economia de água nos tecidos das plantas. É que este elemento químico tem a propriedade de regular o fechamento dos estômatos, os poros vegetais, reduzindo as perdas de água pela transpiração e, portanto, conferindo à planta maior resistência à falta d´água e baixas temperaturas.

Dica nº. 5 – Durante a fase de crescimento, adube as suas orquídeas a cada 15 dias com adubos foliares, mas deixe para regar 48 após a aplicação.

Dica nº. 6 – Evite o uso de água clorada para misturar com os fertilizantes.

Dica nº. 7 – Não esqueça que a diferença entre o remédio que cura e o veneno que mata às vezes está apenas na dosagem. Concentrações altas de fertilizantes são altamente tóxicas para as plantas.

Fórmulas de adubos químicos mais recomendados.

Plantas adultas  - Fertilizante líquido NPK 18-18-18 ou 20-20-20, diluído em água nas proporções indicadas pelo fabricante e pulverizado sobre as folhas.

Plantas novas – Fertilizante líquido NPK 30-10-10, diluído em água nas proporções indicadas pelo fabricante e pulverização sobre as folhas.

Na época da florada - Fertilizante líquido NPK 30-10-10, ou 10-30-20, a ser diluído em água nas proporções indicadas pelo fabricante, e pulverizado nas folhas a partir do surgimento das espatas (botões) até o final da floração.

Calda de esterco – Num balde de 20 litros de água, deixe em infusão cerca de 1 litro de esterco (5% do volume do balde), por 10 dias.
Use a calda resultante para diluir na água das regas das orquídeas, numa proporção de mais ou menos 10% de calda para 90% de água.

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