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Posts para categoria ‘Orquídeas e Bromélias’

Pleurothallis pectinata

Local de cultivo
Seu orquidário deve obedecer a critérios coerentes com seu espaço, suas plantas e o clima do lugar onde você mora.

Como construir uma estufa ou viveiro de plantas?
Se você tiver um espaço tipo corredor, é só colocar uma tela de 50% numa altura mínima de 2,5m. Mas, se você tiver um espaço aberto, pode construir uma estufa aberta ou fechada com várias bancadas.

O tamanho médio de uma bancada deve ser de 1,5m de largura no máximo (para que você possa alcançar todas plantas) e o comprimento, de acordo com seu espaço. A altura da bancada deve ser de cerca de 1m, no mínimo 0,80m. Você pode fazer quantas bancadas quiser, não esquecendo do espaço para circulação.

Quanto à estrutura, a bancada pode ser de madeira, concreto ou metal, dependendo do que for mais prático e viável para você. Para apoiar os vasos, você pode usar tanto ripas de madeira ou de concreto quanto telas de aço ou de plástico resistente.

Caso falte espaço, na parte de cima, se você colocar algumas hastes atravessadas, poderá pendurar também alguns vasos ou plantas em casca de madeira ou palito de xaxim, embora não seja muito aconselhável, porque os fungos ou vírus das plantas penduradas podem escorrer com a água para as plantas de baixo..

No caso de você dispor somente de uma varanda ou peitoril de uma janela, isto não é motivo para desanimar, muitas pessoas cultivam belas orquídeas nestas condições, como está explicado em Cultivo em apartamento.

Pode ser também que, em vez de telhas, sua casa seja coberta por laje. Neste caso, nada impede que seu orquidário seja feito em cima da casa, desde que você crie a umidade necessária. Por ex., você pode colocar cascalho no piso e deixá-los sempre molhados.

Não se esqueça das árvores, onde a maior parte das orquídeas se ambientam muito bem. Quem já não se encantou com a beleza de um coqueiro circundado por orquídeas em flor? Cyrtopodium, Mormodes, Catasetum, Renanthera, assim como todas as orquídeas epífitas, se prestam para isso.

Não coloque as plantas muito aglomeradas para que haja um arejamento entre elas e para que um vaso não faça sombra para o outro.

Não deixe de etiquetar suas plantas com o nome (jamais compre uma planta sem o nome, principalmente se for híbrida), a data da compra e a pessoa de quem comprou. A data da compra é importante porque convém replantar a cada dois anos pois é o tempo que o xaxim leva para deteriorar

Onde colocar uma planta?
Iluminação é essencial. As plantas devem ficar numa varanda ou perto de uma janela, recebendo o sol da manhã e/ou tarde. Uma planta não deve fazer sombra para a outra. Se a janela for de vidros lisos, transparentes, deve receber uma cortina tipo tela que quebre o excesso de luz ou uma tela de nylon 50%, a fim de que o sol não incida diretamente sobre a planta e queime as folhas.

Luminosidade
Luz é essencial. O ideal é manter as plantas sob uma tela SOMBRITE de 50 a 70%, dependendo da intensidade da insolação local. Assim elas receberão claridade em luz difusa suficiente para realizarem a sua função vital que é a fotossíntese.

Se as folhas estiverem com cor verde garrafa, é sinal de que estão precisando de mais luz. E se estiverem com uma cor amarelada, estão com excesso de luz. Existem orquídeas que exigem mais sombra: é o caso das microorquídeas, Paphiopedilum, Miltônias colombianas. Para estas plantas pode ser usada uma tela de 80% ou uma tela dupla de 50% cada.

Há outras que exigem sol direto, como a Vanda teres e Renanthera coccinea que, se estiverem sob uma tela, poderão crescer vigorosamente, mas dificilmente darão flor. Há outras que também exigem sol direto como C. warscewiczii, C. persivaliana, Cyrtopodium pela simples razão de ser esse o modo como vivem nativamente

Temperatura
A maior parte se adapta bem a temperaturas entre 15 e 25 graus centígrados. Entretanto, há orquídeas que suportam temperaturas mais baixas, como Cymbidium, Odontoglossum, Miltonias colombianas, todas nativas de regiões elevadas. Outras já não toleram o frio.

É o caso das orquídeas nativas dos pântanos da Amazônia, como C. áurea, C. eldorado, C. violácea, Diacrium, Galeandra, Acacallis. Assim, devemos cultivar orquídeas que se aclimatem no lugar em que vão ser cultivadas. Caso contrário, o cultivo será muito mais trabalhoso, muitas vezes resultando em perda da planta.

Felizmente, no Brasil, a variação de temperatura é adequada para milhares de espécies, algumas se adaptam melhor no planalto, outras nas montanhas, outras nos vales ou no litoral, mas justamente a variação de clima e topografia propicia a riqueza de espécies que temos.

Reprodução
Na natureza, cada orquídea está adaptada para sua reprodução e este é seu objetivo primordial. Jamais se fez bela para o deleite de nossos olhos.

Uma orquídea é perfumada, por exemplo, porque o seu agente reprodutor, isto é, o que carrega seu pólen para outra flor, é atraído por aquele perfume. O perfume, muitas vezes, para nós, é relativo, pois há as orquídeas que cheiram a carniça, quando seu agente reprodutor são moscas atraídas por este “perfume”.

As não perfumadas, adaptadas a insetos que provavelmente não têm olfato, buscam atraí-los pela cor exuberante. Há as que se parecem com fêmeas de insetos, como a Ophris, para que os machos venham retirar seu pólen.

Enfim, as formas exóticas que tanto nos atraem e o néctar que possuem são ardis especialmente criados pela flor, para preservar sua reprodução na natureza.

Atualmente, um dos maiores agentes polinizadores é o homem. É um processo já observado por Darwin e que vem se realizando artificialmente há alguns séculos. Atualmente há cerca de 120.000 híbridos registrados, produtos dos cruzamentos mais diversos, como entre Oncidium e Odontoglossum, Miltonia, etc.

Na polinização artificial, o homem colhe o pólen e pode guardá-lo para polinizar uma flor dali a alguns meses e assim obter um híbrido que floresce em data diferente, além de outras misturas.

Quando dividir, plantar e replantar
A divisão e replantio devem ser feitos quando a planta estiver emitindo raízes novas, o que se percebe pelas pontinhas verdes nas extremidades das raízes, não importando a época, inverno ou verão.

Quando for dividir a planta, cada parte deveráficar com, no mínimo, três bulbos, tendo-se o cuidado de não machucar as raízes vivas, o que se consegue molhando-as, pois ficam mais maleáveis. Sempre flambeie com uma chama (de um isqueiro, por ex.) o instrumento que vai usar para dividir a planta, para ter certeza de que a lâmina não está contaminada por vírus.

No caso de orquídeas monopodiais, como a Vanda, Renanthera, Rhynchostylis, que soltam mudas novas pelas laterais, deve-se esperar que emitam pelo menos duas raízes, para, então, separar da planta mãe.

As orquídeas do tipo vandáceas vão crescendo indefinidamente, atingindo metros de altura. Nesse caso, pode-se fazer uma divisão, cortando o caule abaixo de 2 ou mais raízes e fazer um novo replante. Se a base ficar com alguns pares de folhas, emitirá novos brotos.

Os nutrientes no xaxim velho e xaxim novo

Veja na tabela os nutrientes de um xaxim novo e um xaxim velho:

XAXIM NOVO                                XAXIM VELHO

N (nitrogênio)…..0,3 a 0,5% ……………..0,05%

P O (fósforo)…..0,8 a 2,5%………………. 0,6%

K O (potássio)…0,05%…………………….. 0,03%

Quando a planta estiver fixada em tronco ou casca, não recebe nenhum nutriente, assim, é necessário alimentá-la com adubo solúvel em água, com maior frequência em dias quentes (duas a três vezes por dia), nesse caso, com concentração bem pequena de adubo.

Se você observar com cuidado as orquídeas plantadas em vaso, vai perceber que umas estão úmidas e outras, ressecadas. Os vasos ressecados devem ser imersos n’água por alguns minutos até você perceber que houve completa absorção da água.

Faça o mesmo com as recém plantadas em palitos de xaxim ou cascas de madeira. Isto é particularmente importante, juntamente com adubação abundante, em plantas que estão emitindo brotos e que logo estarão soltando raízes, pois, do seu desenvolvimento pleno, vai depender a floração em todo o seu potencial.

Água e umidade
A umidade relativa do ar (quantidade de vapor d’água existente na atmosfera) nunca deve estar abaixo de 30%, caso contrário, as plantas se desidratarão rapidamente. Em dias quentes, a umidade relativa do ar é menor, por isso é necessário manter o ambiente úmido e molhar não apenas a planta, mas também o próprio ambiente. Num jardim, com muitas plantas e solo de terra a umidade relativa é bem maior do que numa área sem plantas com piso de cimento.

Adubação
As orquídeas necessitam de alimento como qualquer outra planta. Quando o adubo for líquido, dilua um mililitro (é igual a um centímetro cúbico) em um litro d’água. Uma seringa de injeção é um medidor prático.

Quando for sólido, mas solúvel em água, dilua uma colher de chá (1 g) em um litro de água numa frequência de uma vez por semana. Essas soluções podem atuar como adubo foliar, mas nunca aplique durante o dia, pois os estômatos (minúsculas válvulas) estão fechados. Faça-o de manhã, antes do sol nascer, ou no fim da tarde, molhando os dois lados das folhas (o número de estômatos é maior na parte de baixo das folhas).

Concentração de adubo menor do que a indicada acima ou pelo fabricante nunca é prejudicial. Se diluir o adubo citado acima (um mililitro ou um grama) em 20 litros de água (ou mais) e com ela borrifar diariamente as plantas, você pode obter excelentes resultados. Corresponde a um tratamento homeopático. Dosagem maior que a indicada funciona como veneno e pode até matar a planta.

Se o adubo for sólido, insolúvel na água, como o adubo da AOSP, deve ser pulverizado diretamente no vaso, numa média de uma a duas colheres de chá, dependendo do tamanho do vaso, uma vez por mês. É preciso cuidado para não jogar diretamente sobre as raízes expostas.

Os adubos vendidos no comércio especificam as siglas NPK (com as respectivas porcentagens) que significam N (nitrogênio), P (fósforo) e K (potássio) que são macro nutrientes.. Mas existem mais 3 macro nutrientes não citados que são Mg (magnésio), Ca (cálcio) e S (enxofre). Portanto, os macro nutrientes são 6 e não 3.

Macro nutrientes são aqueles que a planta precisa em grande quantidade para crescer equilibradamente. São chamados de micro nutrientes aqueles que a planta precisa em menor proporção.

A maior parte dos adubos não contém os 3 últimos macro nutrientes, mas apenas 1 ou 2 deles, porque a formulação com todos eles é quimicamente incompatível, ou seja, há uma reação química e um dos sais, que em geral é o sulfato de cálcio, não se dissolve e acaba se precipitando. (O sulfato de cálcio também é adubo, porém sua solubilidade é de apenas 2 gr por litro e contém os elementos cálcio e enxofre.)

Assim, existem fabricantes idôneos de adubos que lançam no mercado o adubo básico com NPK e uma outra embalagem com o restante dos sais minerais, que complementam os anteriores, para ser aplicado alternadamente. (jamais se deve misturar os dois produtos).

Mas poucos conhecem a existência desse segundo produto. Resultado: muitas vezes suas plantas não vão bem, embora você aplique adubo, porque faltam justamente estes nutrientes.

Quem quiser fabricar seus próprios adubos, isto é, comprar as substâncias químicas que compõem todos os nutrientes de um adubo, pode usar qualquer uma das formulações abaixo especificadas.

1. Essa formulação é de uso geral, pois contém quantidades iguais de Nitrogênio (N), Fósforo (P205), Potássio (K2O), além do Cálcio (Ca) que é um elemento fundamental para o bom desenvolvimento das raízes.

100g de fosfato de potássio monobásico ou fosfato de potássio diácido (KH2PO4)

38g de nitrato de potássio (KNO3)

427g de nitrato de cálcio [Ca (NO3)2 4H2O]

Temos, então, um total de 565g que pode ser diluído em 2 litros de água. Use 8ml dessa solução concentrada em 1litro de água e com ela borrife as folhas e molhe todo o substrato, numa média de uma vez por semana. Em dias quentes e secos, quando é preciso borrifar as plantas todos os dias, dilua os 8ml em 10 a 20 litros de água (dosagem homeopática).

A composição acima foi simplificada com o mínimo de produtos, mas, se você quiser, pode acrescentar 10g de nitrato de sódio (salitre do Chile) (NaNO3) que contém o elemento sódio que é um dos micronutrientes que muitas vezes é um fator importante para liberar o potássio (K) na planta.

2. Esta outra composição contém o restante dos elementos que não consta acima e deve ser aplicada a cada 15 ou 20 dias, mas jamais misturada com a primeira.

100g de sulfato de magnésio (Mg SO4.7H2O)

8g de ácido bórico (H3BO3)

4g de sulfato de manganês (MnSO4.3H20)

6g de sulfato de zinco (Zn SO4.7H2O)

2g de sulfato de cobre (Cu SO4.5H2O)

1g de sulfato de cobalto (Co SO4)

0,2g de molibdato de sódio (Na6.Mo7.O24.4H2O)

Faça uma solução concentrada de 2 litros e use 8ml em 1 litro de água.

Observ.: Pode acontecer de você adubar as plantas e as folhas começarem a amarelar ou aparecerem manchas, pintas ou estrias de fungos. Isto significa doença pelo ataque de fungos e bactérias e você estará alimentando hóspedes indesejáveis.

Nesse caso, o primeiro passo é suspender a adubação e combater a praga com fungicida e bactericida, usando o dobro da dosagem indicada pelo fabricante e repetir por mais algumas vezes a cada 3 ou 4 dias, dependendo da gravidade da infestação.

Floração
De um modo geral, cada espécie tem sua época de floração que é uma vez por ano. Convém marcar a época de floração de cada espécie e examiná-las periodicamente, pois, caso não floresçam nessa época, você poderá detectar que algo errado poderá estar acontecendo com a planta e tomar providências.

Por ex., em janeiro, temos a floração da C. granulosa, C. bicolor, C. guttata. Em abril, temos a C. violácea, C. luteola, L. perrine, C. bowringiana. Em novembro temos C. warneri, C. purpurata, C. gaskeliana. Existem orquídeas, como certas Vandas, que, bem tratadas, chegam a florir até quatro vezes por ano. O mesmo ocorre com híbridos cujos pais têm épocas diferentes de floração

A forma ideal
Uma orquídea de boa qualidade, mas mal cultivada, ou seja, atacada por pragas e/ou doenças, sem condições adequadas de adubação, água, iluminação, pode dar flores tão medíocres que se tornam irreconhecíveis em relação ao seu potencial.

De modo geral, a orquídea deve se aproximar o mais possível de uma forma arredondada e plana, sem espaços entre seus segmentos, além de se distinguir pela cor, tamanho, textura, substância e número de flores, de acordo com sua espécie.

Uma orquídea é constituída de 3 sépalas e 3 pétalas, uma das quais formando o labelo que é, portanto, uma pétala diferenciada para ajudar na reprodução da flor.

Uma orquídea de forma ideal deve ter as 3 sépalas formando um triângulo equilátero, o mesmo ocorrendo com as pétalas, de forma invertida, ou seja, no vértice inferior está a 3a pétala, o labelo.

Dependendo da categoria da flor, não deve haver vãos entre as pétalas e as sépalas. Elas devem estar planas, nem encurvadas para trás nem para frente. Em outras palavras, espalmadas. O labelo deve estar ligeiramente encurvado para frente, mas não em ângulo reto com as sépalas.

Entretanto, existem espécies, como a C. araguaiense, cuja natureza é a existência inevitável de vãos entre pétalas e sépalas, pois é a característica natural delas. Já em espécies, como a C. labiata, walkeriana, nobilior e outras, existem clones em que as sépalas e pétalas são largas, espalmadas, sem vãos entre elas, arredondadas e muitas atingindo um diâmetro superior a 15cm.

A substância corresponde à rigidez ou dureza das pétalas, isto é, não são flácidas e, se você tentar dobrá-las, elas se quebram.

A textura corresponde ao brilho que se percebe nas pétalas. Elas podem ser cristalinas, aveludadas ou cerosas.

Alguns cuidados ao adquirir uma planta
Quando você comprar uma orquídea, já plantada há um certo tempo, muitas vezes coberta de musgo, pode estar levando para casa, como brinde, as seguintes dores de cabeça:

Lesmas, caracóis, tatuzinhos;

Nematóides;

Cochonilhas em raízes, folhas e pseudo-bulbos;

Fungos e/ou bactérias.

Os cuidados abaixo, poderão livrar você desses hóspedes indesejáveis.

Se puder desenvasar, lesmas, caracóis e tatuzinhos podem ser eliminados por catação manual, não esquecendo os ovos, caso existam. Ovos de lesmas são esferas transparentes que chegam a atingir 3 mm de diâmetro.

Se o desenvasamento for difícil, um outro meio é imergir o vaso, por cerca de duas horas, num recipiente com água suficiente para atingir a borda do vaso. Como os bichos terão que subir para respirar, poderão facilmente ser eliminados.

Atenção para não encostar o fundo do vaso no fundo do recipiente, pois, muitas vezes, assim como o furo do fundo do vaso é o caminho de entrada, é também o caminho de saída dos bichos. Como podem ainda existir ovos, é preciso repetir o processo algumas vezes a cada semana.

As cochonilhas podem se hospedar nas raízes, sugando-lhes a seiva, ou no verso das folhas ou ficarem escondidas entre as palhas secas que cobrem o pseudo-bulbo. Parece um pó branco, mas, na verdade, são bichinhos de alguns milímetros que vão sugando a seiva da planta, deixando a região toda amarelada. Se não for combatida a tempo, esta parte da planta estará perdida.

Detectado o problema, faça uma limpeza manual, retire as partes secas e faça uma desinfecção, como está explicado no final do capítulo.

Nematóides causam estragos que, a curto ou longo prazo, levam a planta à morte. A reação contra os nematóides varia de planta para planta. Ela pode até não morrer, se as condições lhe forem favoráveis, mas ficará raquítica e não dará flores.

Segundo os especialistas, existem cerca de 5.000 espécies de nematóides parasitos de plantas. O mais comum em orquídeas tem aspecto de lombriga, cor branca e tamanho da ordem de décimos de mm e, quando colocados sobre uma lâmina de um microscópio de baixo aumento com uma gota d’água, serpenteiam, como minhocas. Outros têm anéis e se movem se esticando e se encolhendo, como lagartas.

Eles atacam qualquer parte da planta, mas, em geral, iniciam seu ataque pelas raízes que começam a apodrecer.

Se as condições forem favoráveis para os nematóides (muita umidade), todas as raízes irão apodrecer em curto espaço de tempo. Do contrário, têm a capacidade de entrar em dormência por meses ou até anos.

. Esta podridão é distinguível da podridão negra (causada pelo fungo Pythium), porque o ataque do nematóide vai parar quando atinge o cerne duro, enquanto que o Pythium avança pelo rizoma até o pseudo bulbo em questão de dias. Mais ainda, o broto atacado por nematóide fica mole e aquoso, enquanto que o atacado pelo fungo Pythium não perde a consistência.

Se você notar mancha negra ou marrom, começando em geral pelo rizoma ou pseudo bulbo, é podridão negra. Corte imediatamente a parte afetada e tente salvar o resto.

Um nematóide fêmea, parasito de plantas, tem uma postura de cerca de 2.000 ovos, de modo que a proliferação é intensa. Através de respingos de água, eles se espalham pela vizinhança. Se atingem um broto, este apodrece. Não é incomum o cálice entre as folhas tenras superiores de uma Vanda apodrecerem infectados por nematóides

É importante não esquecer jamais de desinfectar o instrumento cortante. O meio mais prático é flambar com uma chama que pode ser até de um isqueiro. Para ter certeza de que a chama atingiu 100 graus centígrados, o instrumento deve chiar ao ser imerso na água. Um outro meio prático de flambar é adquirir um maçarico portátil com magiclick que é vendido em lojas de ferragens. Há vírus que suportam temperatura de 92 graus durante vários minutos.

Voltando aos nematóides, se uma raíz tiver uma parte escura e outra branca, os nematóides podem estar ativados neste ponto de transição. Espremendo este ponto e examinando num microscópio de baixo aumento pode-se detectar nematóides no caldo.

Uma outra maneira bem mais prática é fazer uma desinfecção preventiva da seguinte maneira: Em 1 litro de água, com PH entre 5 e 6, dilua um inseticida nematicida de amplo espectro com qualquer fungicida e borrife toda a planta, jorrando no substrato até escorrer pelo fundo.

Este processo elimina caramujo, caracol, tatuzinho, nematóide, cochonilha de raízes, alguns fungos, como a Rhyzoctonia Solani que também é responsável pela podridão das raízes (quando a podridão avança pelo rizoma a causa é este fungo e não nematóide).

Observ.: PH é o grau de alcalinidade ou acidez da água. O melhor é ter uma água com um grau de acidez menor que 7. Há defensivos agrícolas que, se diluídos em água de torneira, têm a vida média de 10 minutos, enquanto que, se forem diluídos em água com PH entre 5 e 6, permanecem ativos durante 30 horas. Por isso é importante saber qual o PH de sua água. Mais abaixo, mostramos como chegar ao PH ideal.

Nunca use agrotóxico em temperatura acima de 25 graus, sob pena de perder suas plantas. Dê preferência a temperaturas abaixo de 20 graus.

Cuidado com agrotóxicos com grau de toxidez 1, também identificado com uma tarja vermelha no rótulo, pois são produtos de alta toxidez para nós e outros seres vivos.

Atualmente está sendo lançado na praça um óleo extraído da semente de uma árvore chamada Nim que tem a vantagem de ser um produto biológico pouco tóxico. Quem tiver acesso a esta árvore, pode usar 15g de suas folhas, batidas num liquidificador com 1 litro de água e usar como:

a) inseticida contra as principais pragas de orquídeas, como pulgões, cochonilhas, nematóides, ácaros, trips, lagartos, besouros,

b) como fungicida, na rhizoctonia solani (podridão das raízes), fusarium oxysporum (debilidade geral da planta, amarelecimento, podridão das raízes), sclerotium rolfsii (podridão negra)

c)  bactericida.

Nas soluções de agrotóxicos, o PH da água deve estar em torno de 5 a 6. Para conseguir a máxima eficiência dos produtos utilizados, deve-se acrescentar um espalhante adesivo, facilmente encontrável em casas de produtos agrícolas.

Quem usar água de rua, pode acrescentar de 8 a 10 gotas de vinagre por litro e o PH irá se reduzir entre 5 a 6. Nas casas de produtos agrícolas, existe uma substância própria (em geral em embalagem de 1 litro) cuja finalidade é controlar o PH da água. Químicamente, é fosfato de cálcio (super fosfato)

Ca2 (H2 PO4 )2 . H2 O, de modo que também é um adubo. Água da chuva ou de poço, em geral, tem PH entre 5 e 6.

Em plantas muito detonadas por fungos (manchas, pintas, etc), faça um

Coquetel, usando o dobro da dosagem indicada na bula. Em uma semana ou até antes, conforme a gravidade da doença, aplique um outro coquetel com produtos diferentes e assim por diante. Se, com tudo isso, surgir uma nova folha com os mesmos sintomas, esteja atento para uma possível virose.

riachinho

laélia
Normalmente a crença geral é que as orquídeas são muito sensíveis, delicadas e que requerem muitos cuidados, mas, ao contrário, qualquer orquidófilo mais experiente sabe que essas plantas são em sua grande maioria bastante rústicas e suportam anos seguidos de mau cultivo e falta de boas condições para o seu desenvolvimento.

Tentarei aqui, de uma forma simples e clara, conduzi-los nos princípios básicos de cultivo e escolha das suas orquídeas.

Em princípio, o Brasil tem em quase todo o seu território ótimas condições para o cultivo de orquídeas, bastando apenas alguns cuidados básicos para o seu sucesso.

Ambiente
Existem alguns fatores essenciais para o bom desenvolvimento das orquídeas: luminosidade, umidade, temperatura, adubação, cuidados contra pragas e arejamento.

A luz é um dos elementos vitais para todas as plantas, sendo que algumas delas necessitam de

grande luminosidade, vivendo a pleno sol, outras queimariam se expostas totalmente aos raios solares e ainda algumas só sobrevivem em condições de muito baixa luminosidade.

Onde Cultivar
Isso se consegue com a construção de um ripado, um telado ou uma estufa nas dimensões cabíveis nos locais de que dispomos e, evidentemente, de nossas condições financeiras.

a) Ripado – Consiste em um local onde as plantas são protegidas do sol através de uma cobertura horizontal de ripas fixadas de forma paralela umas às outras e mantendo vãos abertos da mesma largura que as mesmas. Devem ser fixadas a aproximadamente três metros de altura. Isso dá uma penetração da luz solar em torno de 50%, ideal para a maioria das plantas.

A orientação das ripas é muito importante, devendo ser feita no sentido norte-sul, o que faz com que os raios solares projetem sombras que se movimentam sobre as plantas devido à rotação da Terra no sentido oeste-leste. Dessa forma as folhas das plantas ficam expostas alternadamente e por pouco tempo ao sol direto e à sombra, fazendo com que elas recebam a quantidade de luz necessária à fotossíntese sem correr o risco de sofrer algumas queimaduras.

Os melhores ripados são aqueles que recebem sol durante todo o dia. É importante também que esses ripados fiquem abrigados do vento sul, que é muito intenso no inverno.

As laterais do ripado podem ser fechadas também com o mesmo sistema usado no teto ou mesmo com treliça. Não se aconselha fechá-lo com trepadeiras ou mesmo outros arbustos, o que atrairia muitas pragas e também precisaria de maior manutenção.

O piso do ripado deve, se possível, receber uma camada de pedra britada ou pedriscos, de maneira a propiciar a evaporação da água, ajudando a conservar um bom grau de umidade atmosférica e mantendo uma boa aparência. Se o piso tiver algum tipo de revestimento, deve-se cuidar para que o ambiente interno não fique demasiadamente seco.

As plantas devem ser acomodadas dentro desse ripado em bancadas feitas com ripas, chapa-moeda, etc., e também dependuradas, cuidando para que todas recebam uma boa luminosidade.

b) Telado – A diferença básica que existe entre um telado e um ripado é que, em vez das ripas, usa-se para cortar o sol uma tela chamada sombrite, no teto, que pode também ser aplicada nas laterais. A vantagem dessa tela é que a sua trama corta de maneira uniforme a incidência da luz, tendo ainda outro ponto a seu favor, que é o fato de possuir várias gradações de intensidade, podendo-se escolher a que mais se adapte às nossas condições. Na maioria dos casos usa-se tela sombrite que corta 50% da luz incidente.

c) Estufa – Uma estufa bem dimensionada pode nos propiciar o melhor ambiente artificial para o cultivo das orquídeas, uma vez que ali dentro se controlam melhor as condições ambientais para as plantas.

A estrutura ideal é construida com arcos metálicos paralelos no teto, a aproximadamente 3 metros de altura, mas pode também ser feita de outras formas.

O importante é que ela seja totalmente revestida com material transparente – o que é feito com plástico na maioria dos casos – e que contenha algum sistema que permita boa ventilação nos dias mais quentes. Para tal basta que se instalem algumas janelas do tipo basculante que possam ser abertas sempre que a temperatura exceder os limites desejáveis.

Por baixo do revestimento de plástico coloca-se uma tela sombrite para cortar o excesso de luz, a uma distância tal que não entre em contato com o plástico.

É necessário lembrar que o plástico precisa ter tratamento contra raios ultravioletas (UV) para poder garantir a sua longevidade, caso contrário o sol o enrijecerá e ele se estragará em muito pouco tempo. Existem no mercado, nas lojas especializadas em material agrícola, plásticos já fabricados com filtro ultravioleta.

A grande vantagem da estufa é que, após a rega das plantas, a água não se perde pois, ao evaporar, satura o ambiente de umidade, propiciando uma atmosfera artificial ideal para as mesmas.

Umidade e Regas:
No ambiente artificial temos que cuidar para que elas recebam água suficiente para o seu bom desenvolvimento. A umidade relativa do ar ideal para as orquídeas situa-se entre os 60 e 80%.

É verdade que a maioria das orquídeas que cultivamos possuem pseudobulbos com reservas de seiva e se protegem contra a excessiva perda de água, podendo resistir por longos períodos sem receber água, mas caso isso ocorra perdem quase totalmente o seu vigor, desidratam-se e podem até mesmo atrofiar seus novos brotos.

Em épocas muito quentes temos que molhar nossas plantas todos os dias e se necessário for, até mais que uma vez ao dia.

Já no inverno a rega tem que ser mais esparsa, de acordo com as necessidades de cada local, observando-se os vasos e molhando-os apenas quando estiverem com o substrato seco.
De um modo geral quando as plantas estiverem com o substrato úmido, não há necessidade de regá-las e quando estiverem com o substrato seco, há necessidade de regá-las.

É importante ressaltar que as orquídeas resistem mais à falta de água por algum tempo do que ao excesso, pois se permanecerem encharcadas provavelmente não resistirão e apodrecerão.

O melhor horário para as regas é pela manhã antes do sol se tornar muito quente, ou ao final da tarde quando já passou o maior calor. É aconselhável evitar-se regas ao cair da noite, com o objetivo de restringir a possibilidade da proliferação de fungos.

Depois da floração as orquídeas devem receber menos água, porque nessa fase entram em período de repouso. As plantas que acabaram de ser plantadas não devem ser regadas nos primeiros 15 dias, bastando borrifá-las nas folhas.

Outra coisa importante é que não devemos regar as nossas plantas com água clorada, pois esse elemento (cloro) é muito prejudicial para as orquídeas. Para isso podemos deixar a água da torneira em repouso de um dia para o outro, tempo necessário para a evaporação do cloro diluído na água.

Temperatura:
Em cultivo é óbvio que não poderemos manter uma planta originária das grandes altitudes da Cordilheira dos Andes (por exemplo: Masdevallia veitchiana) no mesmo ambiente que uma planta da Amazônia tropical (por exemplo: Catasetum pileatum). Não haveria condições intermediárias de temperatura nem de umidade para podermos manter as duas plantas vivas. Teríamos que optar por uma ou por outra…

Por essas razões devemos cuidar para colecionar plantas com hábitos e necessidades semelhantes para não ter o risco de perder algumas delas por falta de condições de cultivo ideais, ou então construir locais com ambientes diversificados para os vários tipos de plantas, o que se tornaria muito caro e trabalhoso, inviabilizando de forma definitiva a coleção.

Em geral a temperatura ideal para o bom desenvolvimento vegetativo e também para a reprodução das orquídeas situa-se entre 18 e 28 graus centígrados, temperatura essa que ocorre também na maior parte do território brasileiro, o que facilita sobremaneira o cultivo das orquídeas no nosso país.

Adubação:
Quando em cultivo, as plantas precisam que lhes sejam fornecidos os nutrientes necessários à sua subsistência, o que em parte é feito pelo substrato, que no entanto vai se desgastando com o passar do tempo e então tornasse necessária a aplicação de adubos.

As orquídeas conseguem absorver nutrientes não só pelas raízes mas também pelas folhas, e o ideal é usarmos uma adubação balanceada, que pode ser ou não foliar. Os adubos são compostos basicamente de nitrogênio, fósforo e potássio (N-P-K) em várias concentrações diferentes, sendo que o componente básico para o crescimento é o nitrogênio.

Na época de desenvolvimento das plantas devemos adubá-las com compostos ricos em nitrogênio, parando com essa adubação na época em que se inicia a floração, quando os adubos devem ser mais ricos em fósforo. O potássio é necessário para que os tecidos das plantas não se tornem excessivamente flácidos, pois é esse elemento que lhes dá rigidez.

O leigo pode achar confuso tudo isso, mas é relativamente simples: quando adquirimos algum adubo no mercado ele vem com a formulação impressa na forma de números, por exemplo 30-10-10. O primeiro número indica a concentração de nitrogênio, o segundo a de fósforo e o terceiro a de potássio.

Assim, adubos com o primeiro número mais alto indicam que são mais ricos em nitrogênio, e assim por diante.

Esses adubos químicos são facilmente encontrados no mercado e devem ser aplicados diluídos em água e sobre toda a planta, através de borrifos com algum tipo de pulverizador. É importante seguir as instruções dos fabricantes.

Podem também ser usados adubos orgânicos e o mais conhecido é o composto com torta de mamona e farinha de ossos, que deve ser usado em pequenas quantidades sobre o substrato e a intervalos de 15 em 15 dias ou 20 em 20 dias, pois são muito fortes e fazem com que o substrato se deteriore mais rapidamente.

Substrato e Acondicionamento:
Nunca se deve usar terra para plantar as orquídeas, o que só é viável com as orquídeas essencialmente terrestres. O substrato deve ser arejado e com bons índices de drenagem, de modo que retenha a umidade, sem ficar encharcado.

Na realidade, o substrato não é o mais importante no cultivo das nossas plantas e sim, bem mais, o cuidado com a umidade, a temperatura e a boa adubação.

Existem vários substratos utilizados, como por exemplo a fibra de coco, o musgo esfagno, as fibras da piaçaba, casca de pínus, carvão, cascalho etc. Algumas orquídeas gostam de tocos de madeira, pedaços de casca de peroba (ou outra madeira com casca rugosa) e até mesmo o nó-de-pinho.

Entre nós brasileiros o xaxim desfibrado foi amplamente utilizado, com resultados excelentes. Mas hoje há diversas proibições à sua retirada das matas e industrialização que poderiam levá-lo à extinção. É possível que, com o plantio comercial do xaxim (Dicksonia sellowiana) possamos tê-lo de volta como substrato ideal para as orquídeas.

Hoje em dia, o substrato mais utilizado por amadores e profissionais é a fibra de coco misturada com casca de pínus e carvão. Ela deve ser lavada e esterilizada, sendo que já se encontra à venda no comércio, tratada e pronta para ser usada. Além disso, existem também à disposição dos orquidófilos alguns compostos que têm dado bons resultados no cultivo, principalmente quando se rega e aduba de forma correta as plantas. Quase todos esses compostos têm como elemento principal a fibra de coco, acrescida de alguns outros elementos, como por exemplo casca de pinus, cone de pinus picado, etc.

A experiência individual indicará qual o composto ideal para ser usado.

Para se plantar uma orquídea podemos usar vasos de plástico ou de barro ou mesmo caixinhas de madeira resistente, mas sempre de tamanho compatível com a planta, levando-se em conta o crescimento da mesma para dois ou três anos. Em alguns casos podemos usar também placas de fibra vegetal nas quais amarramos a planta diretamente. Se você tem árvores em sua casa, experimente prender as orquídeas nos troncos e veja o bom resultado.

Temos que considerar também o tempo de vida útil do substrato, que é em média de dois a três anos, enquanto que no musgo esfagno esse tempo já cai para pouco além de um ano.

Para uma boa drenagem e arejamento das raízes, 1/3 do vaso deve ser preenchido com caco cerâmico, pedra britada, etc., pois as plantas não devem ficar encharcadas de água o que provocaria o apodrecimento das suas raízes.

Pragas e Doenças:
No caso de ataque por pragas trazidas pelo vento, pelas formigas, etc. temos que primeiramente identificar o mal e depois combatê-lo de forma correta.

Por exemplo, o ataque de cochonilhas e pulgões é um indício de falta de umidade pela ação dos ventos, etc. Para o seu combate basta esguichar água sob pressão, que os desloca, encharca seus ovos e mata suas larvas. Caso a infestação seja maciça será preciso usar inseticidas. Outro exemplo é o caso de orquidários excessivamente úmidos, o que facilita a infestação por lesmas e caracóis, bastando então reduzir as regas e melhorar o arejamento para combatê-los.

Outro exemplo ainda é a sombra excessiva e com muita umidade que faz proliferar os fungos e até bactérias, que se apresentam de diversas maneiras, tendo-se então que sanear totalmente as condições ambientais com fungicidas e bactericidas para os eliminar completamente.

O pior inimigo é a contaminação por vírus, de que existem diversos tipos, marcando as folhas, descolorindo as flores e em sua maioria levando as plantas à morte. Infelizmente, não existe ainda cura para o ataque de vírus.

Certamente o melhor é sempre ter uma atitude preventiva, principalmente quanto à utilização de ferramentas desinfetadas mediante ação de fogo ou mergulho em uma solução esterilizadora, entre o trato de uma planta e outra. Uma abordagem mais extensiva sobre doenças e pragas foi feita em várias publicações específicas sobre o assunto, como o livreto “d & p”, encontrado em nossa seção de publicações.

passarinhos

Cymbidium Goldem

O Cymbidium Golden Elf é um dos poucos a florescer em regiões do norte e do nordeste brasileiro, de climas quentes, embora também aqui, no sul de Minas, região de clima bastante ameno, ele apresente várias floradas no mesmo ano, da primavera até o outono..

Adubação – regas – São plantas que necessitam de adubação constante e farta, com doses semanais de 30-10-10 (de janeiro a junho). Importante é também a adubação orgânica, que deve ser feita com freqüência bimestral (adubação do Bokashi).

se também calcário dolomítico, 5 g em um copo de água (dose p/ 1 vaso) a descansar por uma noite, utilizando essa infusão e agitando-a bem para a rega no substrato. Não use o pulverizador, pois entope o bico e só aplique 5 dias antes ou após a adubação, pois formam sais indesejáveis com alguns componentes do adubo químico.

Essa aplicação pode ser mensal, porém meça antes o pH do substrato, que deve permanecer em torno de 6.0 a 6.8. Exigem grande quantidade de adubo e de regas (substrato mantido levemente úmido) durante o período de desenvolvimento de brotos novos até a formação dos bulbos e folhas.

De junho em diante usamos adubo de floração 10-30-20 conforme nosso programa das cores. No entanto, ao invés de quinzenal, melhor se feito semanalmente e mesma dosagem de 1 g por litro d’água.

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Cymbidium_pendulo_7x

Para aqueles que tiverem adquirido uma orquídea precisam cultivá-la e tratá-la de acordo com suas exigências.
Não se deve, de maneira alguma fixar as orquídeas em pedaços de madeira seca, morta e mesmo podres, ou amarrá-las simplesmente em placas de xaxim.

Para aqueles que tiverem adquirido uma orquídea precisam cultivá-la e tratá-la de acordo com suas exigências.
Não se deve, de maneira alguma fixar as orquídeas em pedaços de madeira seca, morta e mesmo podres, ou amarrá-las simplesmente em placas de xaxim.

As orquídeas em geral têm uma existência epífita, vivendo em árvores e arbustos, rochedos, mangues, no solo e até mesmo sob o solo; nunca, porém, vivem às custas de outras plantas, sugando-lhes as seivas; PORTANTO ELAS NÃO SÃO PARASITAS, e tão pouco vive em simbiose com as plantas pôr elas habitadas. Mas as orquídeas constituem freqüentemente, uma verdadeira associação vegetal em miniatura, cujos elementos vivem em harmonia e mútua dependência.

A orquídea quando é retirada do ambiente em que nasceu e cresceu é, geralmente, transferida para um meio tão diferente do primeiro que esta mudança poderá pôr si só, causar a morte da planta. Mesmo quando essa transferência se efetua juntamente com uma fração do tronco ou haste onde cresceu, a planta quase sempre se ressentirá dessa transferência profundamente, visto que seu novo “habitat” se tornará para ela um exílio onde passará uma vida cheia de tristeza que a levará a morte prematura.

orquídea Vanda

Se for verdade que nas árvores do seu “habitat” as orquídeas se acham expostas aos elementos, não é menos verdade que se encontram bem protegidas contra os raios de sol do meio-dia pelos contínuos movimentos da folhagem da árvore hospedeira.

Os sulcos profundos que percorrem a casca rugosa em todas as direções, oferecem as raízes das plantas a necessária sombra e frescura; as águas das chuvas, descendo ao longo das hastes e troncos, desprendem e arrastam minúsculas frações da casca e poeiras, alojando-as nas rugas e fendas da casca onde irão constituir verdadeira fonte de nutrientes e sais minerais que se renova de maneira contínua.

Neblinas densas vêm e vão envolvendo a planta toda num véu refrescante, cuja umidade se infiltra entre os raminhos de musgos, liquens e himenofiláceas que formam um tapete refrigerante ao redor do pé da orquídea, onde de condensa e se transforma em reservatório de água, de onde a planta a retira em caso de necessidade.

orquídea Cymbidium

Mas as neblinas passam tão depressa como vêm, ficando dessa maneira afastado o perigo que a planta sofre de umidade excessiva. Além da abundância de luz, há também abundância de ar; mas os ramos e as folhagens protegem sempre as orquídeas contra as grandes ventanias e correntes frias de ar, que são pôr elas desviadas ou enfraquecidas.

Entre os pseudobulbos depositam-se também poeiras de origem bem diversa,  folhas secas , galhos mortos , excrementos das aves que visitam as touceiras das orquídeas , bem com cadáveres de inúmero micro e macroseres , cujo conjunto constitui uma inesgotável fonte de matéria orgânica , que se renovam sem a menor interrupção . Assim explica-se como as orquídeas prosperam em seus “abetas”.

Os pseudorquidófilos, falsos amantes das orquídeas, julgam proceder com inteligência quando coletam nas matas, uma orquídea com a respectiva haste onde cresceu, transportando-a, porém, para um canto batido pelo sol do meio dia ou pôr frias correntes de ar, ou ainda para um recanto de sombra contínua ou se acha exposta a prejudicial ação de chuvas pesadas. A estes males, associa-se o paulatino apodrecimento do substrato.

Cattleya labiata

Raras vezes regam-se tais plantas que disso muito se beneficiariam, especialmente se essas regas fossem ministradas nas últimas horas da tarde sob a forma de suaves borrifações com água fresca. E nunca se cuida da substituição das partículas orgânicas as quais, outrora, se tinham acumulado nas fendas da casca da árvore hospedeira.

A consequência de tudo isto é que a planta, em vez de prosperar, definha cada vez mais e mais, como nos revelam os brotos e bulbos cada vez menores e mais fracos, advindo às pragas e doenças e finalmente, a morte prematura.
Não devemos esquecer que as plantas em seus abetas possuem meios naturais para permanecerem vitoriosas na luta pela vida; não possuem, entretanto, adaptações para resistir infindavelmente aos maus tratos que lhes infligimos em seu novo “habitat”.

PORTANTO NÃO COMPRE, VENDA OU COLETE ORQUÍDEAS EM NOSSAS MATAS, NÃO SEJA UM DESTRUIDOR, POIS ALÉM DE SER UM CRIME AMBIENTAL, EXISTEM CENTENAS DE CRIATÓRIOS DE ORQUÍDEAS ESPALHADOS PELO PAÍS CULTIVANDO OS GÊNEROS MAIS ORNAMENTAIS, QUE MAIS AGRADO TRAZEM AOS ORQUIDICULTORES.

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