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Posts para categoria ‘Orquídeas e Bromélias’

Cattleya

Cattleya é um gênero de orquídeas com cerca de setenta espécies. Está presente em todo o território brasileiro, com espécies em todo o Sudeste, especialmente na Mata Atlântica e no Cerrado. Muito cultivada por seu tamanho e beleza, está disseminada em todo o país em lojas e floriculturas.

É muito fácil de ser cultivada, prefere ficar sobre ripados de madeira, na chamado meia-sombra, mas podem ser cultivadas em apartamentos e interiores.

Em seu habitat natural, vive em lugares arejados e úmidos e temperaturas relativamente altas, em árvores de pouca sombra (luminosidade em torno de 60% para a maioria das espécies).

O arejamento é um fator primordial para se conseguir belas flores.
Podem ser facilmente divididas quando emitem novas raízes para fora do vaso, e o melhor momento para dividi-las é logo após a floração quando o novo crescimento estiver apenas iniciando.

É um dos mais, senão o mais importante, gênero da horticultura, caracterizado por possuir pseudobulbos cilíndricos com vários nódulos, com folhas apicais e carnudas. As espécies são normalmente epífitas, ocorrendo em florestas úmidas em altitudes que variam do nível do mar até 1.500 metros de altitude.

A maioria das espécies é encontrada no alto de grandes árvores e deve ser cultivada sob condições intermediárias, com boa umidade ambiente. Podem ser separadas em dois grupos: um formado por plantas bifoliadas (duas folhas ou em pares) e outro por plantas unifoliadas (uma folha apenas).

Este último com espécies cujas flores normalmente são maiores e em menor número, enquanto as bifoliadas possuem geralmente flores menores em maior número.

As espécies do grupo das bifoliadas devem ser cultivadas em vasos, com as plantas colocadas sobre uma casca ou sphagnum em sua volta, ao passo que as unifoliadas devem ser cultivadas em vasos com substrato de casca de pinus, carvão e fibra de coco.

Descrição de duas das principais espécies de Cattleya

Cattleya gutata
Cattleya guttata : Magnífica espécie com pseudobulbos eretos e cilíndricos de 50 cm de altura, bifoliadas. Inflorescência com trinta flores de 10 cm de diâmetro. Sépalas e pétalas castanhas salpicadas de púrpura. Labelo trilobado em forma de istmo e disco largo roxo-ametista. Cheiro agradável a canela. Originária do litoral brasileiro desde o Rio de Janeiro até a Bahia. A sua cultura exige bastante rega durante a vegetação.

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Cattleya nobilior: Espécie originária do Brasil Central que aparece numa altitude entre 600 a 900 m. Possui flores delicadas, com destaque para o vivo colorido do labelo, formando admirável contraste com o lilás de suas sépalas e pétalas, geralmente bem armadas, que despertam a admiração de colecionadores em todo o mundo. Pseudobulbos de 10 cm de altura, oval, fusiforme ou claviforme sulcados e com duas folhas de 10 cm de comprimento, elíptico-ovais e coríaceas. As flores nascem da base dos pseudobulbos. Flores de 15 cm de diâmetro, labelo grosso, profundamente trilobado e com lóbulos frontais uniformes e emarginados, disco amarelado com estrias púrpuras.
Para obter uma boa floração devem-se parar totalmente as regas após o amadurecimento dos pseudobulbos. Floresce em agosto/setembro.

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Cyrtopodium

Aproximadamente 30 espécies são conhecidas, ocorrendo desde a Flórida até a Argentina e Bolívia. São plantas com grandes pseudobulbos suculentos similares ao de um Catasetum.

Este gênero tem grandes pseudobulbos, com numerosas folhas pregueadas e brácteas coloridas.

As folhas são herbáceas, com pseudopecíolo conectado na base da bainha que envolve o pseudobulbo. A inflorescência é basal, ereta, rígida, simples ou ramificada, normalmente mais alta que as folhas.

As flores podem ser vistosas ou pouco ornamentais, de textura relativamente carnosa, com brácteas lineares ou lanceoladas, muitas vezes de colorido vistoso ou pintalgadas.
Possui labelo trilobado com lobos laterais voltados para cima e algumas vezes encobrindo parte da coluna; o lobo mediano quase sempre apresenta um disco caloso. As políneas são em número de duas, globosas e ceróides.

Existem espécies terrestres, epífitas e rupícolas. Suas flores são geralmente amarelas com manchas ou pintas marrons e uma espécie com flores cor-de-rosa.

Devem ser cultivadas em grandes vasos com boa drenagem, sendo que o substrato vai depender da espécie em cultivo. Siga as mesmas instruções de rega e fertilização dos Catasetum.

Gostam de sol pleno, porém com bastante ventilação evitando que as folhas se queimem.

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Odontoglossum.

Estas são orquídeas das grandes altitudes dos trópicos do Novo Mundo, florescem em locais onde a temperatura é amena durante o ano inteiro.

São conhecidos pelos seus vistosos cachos de flores. Apreciam bastante luminosidade e temperaturas baixas. Se as temperaturas dos dias de verão forem altas, podem reduzir-se os níveis de luz para arrefecer a área de cultivo.

Apesar de não serem na generalidade boas plantas de interior, principalmente se a casa for quente, podem vingar numa janela virada a este, ou numa janela a sul com sombra; na maioria dos climas. A exposição a oeste é geralmente demasiado quente.

Podem ser tolerados pequenos períodos de temperaturas diurnas mais elevadas, principalmente se a umidade e circulação do ar estiverem a níveis ótimos. A frequência de rega deve ser alta, e o substrato deve ter uma drenagem perfeita.

O substrato deve apenas começar a secar antes da rega, o que pode significar regas a cada dois a sete dias, consoante a meteorologia, tamanho e material do vaso e tipo de substrato.

Folhas que nascem enrugadas são um sintoma de água ou umidade insuficientes. Tal como outras orquídeas de zonas de precipitação elevada, os odontoglossos são particularmente sensíveis à falta de qualidade da água, que levará ao enfraquecimento das raízes e provocará queimaduras nas pontas das folhas.

A umidade deverá situar-se idealmente entre os 40% e os 80%, aliada a uma boa circulação do ar. A refrigeração através da evaporação numa estufa aumenta a umidade e refresca o ar, sendo por isso altamente recomendada para estas orquídeas na maior parte dos climas.

Umedecer o chão com água, ajudarão a manter a temperatura fresca e a umidade alta. No interior, colocar as plantas em tabuleiros com cascalho umedecido, colocando os vasos acima do nível da água.

O fertilizante deve ser aplicado regularmente em doses diluídas enquanto a planta está em crescimento ativo. Pode ser usada uma fórmula NPK 20-20-20, duas vezes por mês. Se o tempo se mantiver enevoado, uma aplicação mensal será suficiente.

O novo envasamento deve ser feito quando os novos rebentos estão a meio da maturação, o que acontece geralmente na primavera ou outono. Estas plantas gostam de estar apertadas nos vasos, devendo por isso escolher-se um vaso que permita apenas espaço para o crescimento de um ano ou dois. O uso de vasos pequenos também obrigará às regas frequentes que estas plantas apreciam, pois o substrato secará mais rapidamente e de forma mais homogênea se houver concentração de raízes.

É necessário utilizar um substrato fino com drenagem excelente; como o substrato se mantém sempre úmido, o reenvasamento anual ou bianual é normal. Espalhar as raízes sobre um cone de substrato e distribuí-lo à volta das raízes, adicionando mais substrato. Calcar com firmeza à volta das raízes. Manter a unidade elevada e o substrato seco até à formação de raízes novas.

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Epidendrum fulgens

Epidendrum é um gênero que ocorre nas Américas, do México ao Brasil. É também conhecida como “orquídea estrela” ou “orquídea crucifixo”. Calcula-se em 2.000 espécies, mas destas 1.100 já estão aceitas e o restante são sinônimos de outras espécies.

É um dos grupos de orquídeas mais interessantes em se cultivar. Recompensa o cultivador com frequentes florações de cores variadas e tem boa resistência a temperaturas altas e baixas, podendo suportar bem períodos de prolongada exposição ao sol.

Há grande ocorrência no Peru, entre os 1.000 e 3.000 m de altitude o que faz do Peru, Equador e Colômbia os países com mais espécies deste gênero. Estima-se que a maior parte de espécies de Epidendrum se encontram na Cordilheira dos Andes, na forma terrestre ou epífita.

Suas espécies estão distribuídas por toda América tropical e podem ser reconhecidas por possuírem labelo unido à coluna, formando um tubo. Muitas espécies possuem pseudobulbos parecidos com hastes florais, porém várias espécies apresentam diferentes formas vegetativas.

Normalmente, possuem quatro políneas. O gênero está dividido em mais de 50 seções e vários esforços têm sido feitos no intuito de que outros gêneros sejam aceitos porque, desta forma, possa-se tornar o Epidendrum um gênero mais homogêneo.

Epidendrum variam muito no tamanho e aparência, fator este que dificulta muito sua identificação por leigos ou até especialistas. Produzem flores com o labelo com variadas cores.

Também variam muito nos tamanhos das flores. Elas crescem em inflorescências racemosas. As flores apicais, laterais ou basais são geralmente de tamanho pequeno a médio indo desde meio centímetro até uma polegada.

Grande número de espécies apresentam um néctar de forte fragrância. Seus principais agentes polinizadores são a mariposa diurnas e noturnas e o beija-flor que costuma visitar algumas espécies.

As condições de cultivo, variam muito, dependendo da região de onde se origina a espécie. Existem espécies epífitas, rupícolas e terrestres, e para cada uma as condições são diferentes, porém na sua maioria, são plantas que devem ser cultivadas em clima intermediário, com boa ventilação e umidade, sem necessitarem de grande adubação nem de períodos secos durante o ano.

Na sua maioria são plantas de fácil cultivo, que podem ser bem cultivadas em conjunto com as Cattleya. A maioria das espécies de Epidendrum precisam de temperaturas quentes ou médias para cultivo.

Mesmo assim, existem algumas espécies que parecem se adaptar bem a regiões mais frias. Geralmente o cultivo destas plantas é feito em vasos.

Em algumas regiões sub-tropicais da Nova Zelândia, orquídeas deste gênero florescem durante quase todo o ano.

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