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Posts para categoria ‘Dicas e Curiosidades’

treliça
O desenvolvimento das trepadeiras exige um suporte adequado para cada espécie. Não basta ter cuidados no cultivo e desenvolvimento da planta se ela não for bem amparada. 0 suporte é também importante para que a trepadeira desempenhe a função para a qual foi planejada. Por exemplo, se você quiser revestir um muro com trepadeiras floridas, precisará providenciar um gradil de ripas ou arames cruzados numa estrutura. Esse suporte deve ficar distante do muro de 5 a 10 cm para que os ramos se enrosquem pelos vãos. Se o objetivo é fazer a planta enroscar-se num pilar ou num tronco de grande diâmetro, os gradis de madeira ou arame também são muito úteis.

As chamadas trepadeiras volúveis sobem sem qualquer ajuda em gradis metálicos. Mas as trepadeiras sarmentosas, que possuem apenas raízes fixadoras, não conseguem se fixar em superfícies lisas e impenetráveis.

0 suporte mais Indicado para as trepadeiras volúveis deve ter os sarrafos de madeira ou arames dispostos na diagonal isso porque, se os condutores estiverem na vertical, os ramos tendem a subir diretamente, sem preencher os espaços vazios. Com os tutores na diagonal, a trepadeira tende a soltar ramos de um tutor para o outro, preenchendo, dessa maneira, todo o espaço do suporte.

Os suportes naturais mais adequados para as trepadeiras sarmentosas auto fixadoras são, as palmeiras ou outras árvores com troncos alongados. As heras, por exemplo, sobem com facilidade por essas árvores, entretanto Impedem a planta de respirar. Os cipós também podem se apoiar em árvores, principalmente quando se constrói um suporte de ripas para eles. Contudo, os mais viçosos; causam o mesmo problema que as heras: acabam matando a árvore por asfixia,

Entre as espécies que podem subir em árvores sem prejudicá-las, destaca-se o cipó-de-são-joão. Ela é Ideal para árvores que perdem suas folhas no Inverno, pois é uma planta que dá lindas flores em junho.

Pérgulas e caramanchões também podem ser revestidos por vários tipos de trepadeiras, escolhidas de acordo com o efeito que se deseja obter: Plantas mais viçosas, por exemplo, tendem a cobrir Inteiramente esse tipo de suporte.

Uso de amarrilhos
Esse recurso pode ser útil quando as trepadeiras têm dificuldade de se fixarem sozinhas no suporte. Entretanto, os amarrilhos não devem forçar a planta. Para as trepadeiras de ramos lenhosos, o mais Indicado é usar amarrilhos de sisal e, para cipós pesados, arames galvanizados revestidos com pedaços de mangueira de jardim, para não danificar os caules. 0 modo de amarrar é Importante e o nó tipo 8 deitado é o mais conveniente, pois não tira a flexibilidade da trepadeira e permite o desenvolvimento dos ramos sem provocar estrangulamentos

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Existem vários métodos para você secar flores e compor lindos arranjos para sua casa. Além de duráveis, eles podem ser feitos com espécies que você colhe no seu próprio jardim. Veja como é fácil!

Secagem no varal
Ótimo para flores do tipo mosquitinho, sempre-viva, perpétua-rosa e agerato, este método é muito prático. Basta colher as flores na sua tonalidade definitiva, formar pequenos maços amarrados com fita plástica ou arame flexível e pendurar num varal improvisado dentro de um armário escuro. Em duas ou três semanas, as flores estarão sequinhas.

Secagem com sílica gel
Ideal para espécies mais delicadas, como rosas, zínias e crisântemos. Este produto absorve 400% de água das pétalas e se constitui de cristais azulados que se tornam rosa depois de absorverem a umidade. Oferecem a vantagem de reaproveitamento, depois de secados no forno, assumindo novamente a cor azul. O processo é simples: providencie uma lata que possa ser bem fechada, corte as hastes das flores deixando um cabinho de 2 cm e cubra o fundo da lata com 1 cm de sílica gel. Disponha as flores e, em seguida, vá colocando mais sílica até cobrir as flores. Feche e lacre com fita adesiva. Depois de quatro a seis dias, as flores estarão secas. Então, retire-as da lata, limpe o pó e providencie hastes de arame.

Secagem com bórax
Este produto, misturado com areia ou fubá, é ótimo par qualquer tipo de flor. Junte uma parte de bórax com quatro de areia ou fubá e 1 colher (de sopa) de sal par cada 250 ml de mistura, Leve-a ao sol para secar
depois use-a da mesma maneira indicada para a sílica, gel. Entretanto, saiba que este processo é um pouco mais demorado, embora resultado seja o mesmo.

epífitas

Epífitas são plantas que utilizam outras plantas como suporte, pertencendo a várias famílias botânicas, como Orchidaceae (as orquídeas), Araceae (por ex. banana-de-macaco) e Bromeliaceae (as bromélias), entre outras. Nas regiões tropicais, respondem por grande parcela da biodiversidade, podendo, em algumas áreas, existir maior número de espécies de epífitas do que de árvores.

No Paraná, epífitas são muito comuns na região mais próxima ao oceano (Floresta Ombrófila Densa), diminuindo em diversidade e em quantidade no sentido oeste. Isso acontece principalmente devido ao clima, pois altas temperaturas associadas à maior umidade são fundamentais para a sobrevivência dessas plantas.

Ao contrário da crença popular, plantas epifíticas não parasitam seus suportes. Elas captam água e nutrientes diretamente do ar, quando esses são trazidos pelo vento, nevoeiro, maresia e poeira. Também captam umidade e íons da água da chuva e da água que escorre pela casca das árvores. No entanto, para que isso seja possível, epífitas utilizam adaptações que se desenvolveram, ao longo da evolução, na sua forma e funcionamento. Orquídeas, por exemplo, têm uma camada de células mortas envolvendo suas raízes, chamado tecnicamente de velame, que serve para absorção de umidade e nutrientes diretamente do ar, quando estes estão disponíveis, e de proteção contra o ressecamento, quando preenchidas de ar. Bromélias também absorvem o que necessitam do ar ou das suas rosetas, mas, para isso, desenvolveram pequenas escamas que cobrem suas folhas. Essas escamas absorvem a água e os íons para dentro da folha como se fossem pequenas bombas. As plantas também são protegidas pelas escamas, que refletem a luminosidade excessiva, o que dá a aparência prateada à barba-de-velho (Tillandsia usneoides).

Bromélias, muito comumente, formam tanques onde a água da chuva se acumula. Para a fauna, esses reservatórios são fundamentais, pois disponibilizam água para aves e macacos, por exemplo, que não precisam descer ao solo para saciar sua sede. Pequenos invertebrados também utilizam os tanques das bromélias. Alguns desses insetos vivem em outros corpos d’água, como rios e lagos; outros sobrevivem apenas dentro de determinadas espécies de bromélias, sendo completamente eliminados quando as árvores são derrubadas ou as bromélias coletadas.

Epífitas, em geral, também servem de abrigo para animais que se deslocam pela copa das árvores. Sapos, além de utilizar os tanques de bromélias para colocar seus ovos, também necessitam da umidade para manter a pele úmida e os espinhos das folhas para se refugiar de predadores.

Flores de epífitas servem de alimento para os animais ao longo de todo o ano, fornecendo pólen e néctar para aves, morcegos, abelhas, formigas, moscas, besouros, borboletas etc. Outras partes das plantas também são comidas, como as partes mais tenras do centro da roseta de bromélias que são arrancadas por macacos.

Os tanques das bromélias também servem para germinação de outras plantas, como arbóreas, que têm suas sementes apanhadas pelas folhas em forma de roseta. Esse fenômeno já foi registrado em ambientes áridos e em florestas com muita umidade. As plântulas utilizam as folhas e galhos em decomposição para sua nutrição e, com disponibilidade de umidade, podem crescer dentro do tanque até o período em que estabelecem contato com o substrato, como fazem as aráceas.

orquidea

fluvial

Ambientes fluviais são extremamente heterogêneos, exigindo que, em alguns locais, a vegetação tenha características específicas para ali se estabelecer, crescer e se reproduzir. Como resultado, as árvores apresentam os mais diversos tamanhos, formatos de tronco e copa e épocas de floração. Espécies como açoita-cavalo (Luehea divaricata), miguel-pintado (Matayba elaeagnoides), tarumã (Vitex megapotamica), branquilho (Sebastiania commersoniana) e salseiro (Salix humboldtiana) são árvores comuns nas margens dos rios Iguaçu e Tibagi. No entanto, suas áreas de ocorrência natural ao longo desses rios dependem de condicionantes regionais e locais.

Regionalmente, o clima é um importante fator determinante. De acordo com as características climáticas, algumas espécies têm determinadas suas áreas de ocorrência, constituindo as Unidades Fitogeográficas. Portanto, Unidades Fitogeográficas são agrupamentos de espécies, baseados nas suas regiões de ocorrência natural e que respondem ao clima. No estado do Paraná existem cinco grandes Unidades Fitogeográficas (Roderjan et al., 2002). É importante ressaltar que algumas espécies não são exclusivas apenas de uma Unidade Fitogeográfica, mas sim, comuns a várias delas. Bons exemplos arbóreos são branquilho, açoita-cavalo e miguel-pintado.

Localmente, as formas que o rio assume ao longo do seu curso, por vezes correndo sobre rocha ou sobre seus próprios sedimentos, determinam a possibilidade de ocorrência de certas árvores. De modo geral, as formas podem ser retilíneas, como ocorre comumente quando o rio corre diretamente sobre rochas, ou sinuosas, quando ele divaga sobre os seus próprios sedimentos, formando um conjunto de curvas consecutivas. A forma que o rio adquire tem relação direta com a forma das margens e com a quantidade de água dos solos dessas margens. O regime hídrico dos solos é determinante para a sobrevivência e o crescimento das árvores nas margens dos rios, pois as espécies podem ou não ser adaptadas ao alagamento. Quando o rio assume padrão meandrante, como é o rio Iguaçu na região de São Mateus, é comum a formação de amplas planícies, onde as porções mais abaciadas e interiores apresentam solos com alta saturação hídrica por períodos prolongados de tempo. Nessas áreas, poucas espécies arbóreas conseguem sobreviver, pois o alagamento dificulta o processo de respiração pelas raízes e, consequentemente, a sobrevivência das plantas. É comum observar, nesses locais, a corticeira do banhado (Erythrina crista-galli), com várias adaptações para o alagamento. Nas partes mais elevadas das margens sinuosas, mas ainda com forte influência da saturação hídrica dos solos, o branquilho ocorre em grandes densidades. E, finalmente, na porção mais próxima do rio, o salseiro é registrado com poucos indivíduos, mas com adaptações magníficas para sobreviver ao alagamento, à força das correntes nas épocas de cheias e à baixa consistência dos solos.

Quando o rio corre diretamente sobre as rochas, geralmente encaixado em linhas de falha dessas, as planícies praticamente inexistem, o que significa dizer que comumente as encostas estão diretamente em contato com o rio, permitindo a presença de solos bem drenados. Esse padrão pode ser observado, por exemplo, em todo o trecho do rio Iguaçu no terceiro planalto paranaense. Nessas partes do rio, as árvores que crescem nas margens não são selecionadas pelo excesso de água nos solos, sendo as espécies, geralmente, as mesmas espécies que ocorrem na encosta.

Fator igualmente interessante são as adaptações das espécies. Uma delas é a capacidade de algumas arbóreas em inclinar o tronco sem cair por completo e nem quebrar. Elas são adaptadas à retirada natural dos solos pela correnteza ou crescem em direção à maior luminosidade vinda do canal formado pelo rio. Para as árvores em que essa característica inexiste, qualquer instabilidade do substrato das margens leva à queda completa do indivíduo, por vezes, provocando a queda de outros indivíduos arbóreos. As árvores que se dobram por sobre o rio também servem como excelentes suportes para as plantas epifíticas, como bromélias, orquídeas e samambaias. Essas plantas, como não possuem contato com o solo, dependem da água que escorre sobre os seus suportes e da umidade do ar, que sobre o rio é mais alta. Além da umidade, essas árvores proporcionam um substrato menos inclinado, formando verdadeiras “bancadas” para as epífitas, embelezando o ambiente.

flor de lotus