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Posts para categoria ‘Cultivos e Cuidados’

azaléias

A azaléia, um arbusto da família das Ericáceas, tornou-se muito popular e hoje pode ser encontrada formando cercas-vivas, compondo maciços em jardins, alegrando corredores e entradas mesmo plantada em um vaso. Um dos segredos do seu sucesso é que a floração ocorre justamente nos meses de Inverno e traz um pouco de colorido num período em que a maioria das plantas encontra-se em repouso. Outro segredo é que a azaléia é uma planta relativamente rústica e resistente: suporta com bravura certas condições bem adversas e, por isso, é muito usada em jardins e praças públicas, dando um toque de “vida” até mesmo nos canteiros das avenidas de grandes cidades.

A variedade mais popular no Brasil é a Rhododendron indicum, que originalmente produz flores roxas, rosas e brancas, mas graças à intervenção humana, pode ser encontrada em inúmeras matizes chegando até ao vermelho brilhante.

Por ser um arbusto rústico, a azaléia adapta-se bem a qualquer tipo de solo, porém, para produza uma florada exuberante, o ideal é cultivá-la usando a seguinte mistura de solo:
- 2 partes de terra comum de jardim
- 1 parte de areia
- 1 parte de composto orgânico

As azaléias não florescem dentro de casa e precisam de luz solar plena para crescerem bem. Para mantê-las em áreas internas, deixe as plantas fora de casa até que as flores se abram, aí então podem ser levadas para dentro, mas é preciso que fiquem em um local bem claro, próximo à janela. O cultivo pode ser feito à meia-sombra desde que a planta receba luz solar direta pelo menos 4 horas por dia. Evite o excesso de água nas regas: o ideal é fornecer água à planta apenas quando o solo apresentar-se seco, sem encharcar.

Floradas pouco exuberantes ou brotos que não crescem é sinal que falta nutrientes para a azaléia.
Adube uma vez por mês com a seguinte mistura:
- 1 parte de farinha de ossos
- 1 parte de torta de mamona

Se for utilizar fertilizante químico, dê preferência para aqueles ricos em fósforo (o P da fórmula NPK). Ou seja, escolha um NPK onde o P seja maior que o N e o K. Ex: um NPK de fórmula 4-12-4.

Depois da floração, a poda é uma boa medida para estimular o surgimento de novos brotos e garantir uma próxima florada bem exuberante. Aproveite para fazer uma boa limpeza na planta, retirando as flores murchas e as folhas amarelas. Assim que terminar a floração das azaléias, retire os galhos em excesso e corte as pontas dos outros galhos, até chegar ao formato e tamanho que você quiser. Para aumentar a próxima floração, elimine as pontas de todos os galhos que floresceram este ano.

Controlando problemas
Galhas -
folhas e pétalas atacadas tornam-se espessas e deformadas apresentando, às vezes, manchas esbranquiçadas.
As extremidades dos ramos também podem manifestar o problema, tornando-se “esgalhadas”.
Controle: Elimine as partes afetadas e utilize um fungicida do tipo calda bordaleza.

Oídio - A planta apresenta manchas esbranquiçadas na frente e verso das folhas e até no cálice da flor. Com o tempo, as folhas apresentam coloração cinza escuro e começam a cair prematuramente.
Controle: Reduza a quantidade de água nas regas, isole as plantas atacadas ou suspeitas e faça pulverizações com fungicida em casos mais severos.

Seca de ponteiros – Apresenta-se na forma de uma podridão marrom escura, que se inicia na ponta do ramo e se espalha para baixo, atingindo a haste principal. Pode provocar até a morte da planta.
Controle: Faça a poda dos ponteiros atacados e proteja o corte com uma pasta à base de oxicloreto de cobre.

Clorose – Toda a folhagem pode tornar-se amarela.
Controle: Normalmente, o problema surge por deficiência nutricional. Deve-se observar a adubação correta, verificando se há carência dos nutrientes.

Ferrugem – Manchas semelhantes à ferrugem nas folhas acusam a presença de fungos. Controle: Aplique calda bordaleza.

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Gerânios

Gerânio é o nome genérico dado às espécies do gênero Pelargonium, pertencente à família Geraniaceae. A família compreende 270 espécies disseminadas pela Europa, Ásia, América do Norte e África, É uma gênero originário da região sul da África, e está bem adaptada ao clima das regiões sul e sudeste do Brasil. Apresenta alta capacidade de hibridização, de modo que grande parte do material genético presente no Brasil é fruto de cruzamentos ocorridos naturalmente.

Características Botânicas
É uma planta rústica, herbáceas de pequeno porte, ou herbáceas pendentes, perenes ou semi perene, de propagação vegetativa. As espécies pertencentes a Pelargonium spp. possuem caules e folhas com odor agradável. As folhas são irregulares com extremidades crenado-dentadas, em formato de coração ou ferradura, têm as bordas denteadas e muitas vezes uma mancha mais escura central, podendo ser variegadas com uma faixa avermelhada dentro da margem. Estas possuem ainda, uma mancha colorida no centro e são macias ao tato. É uma planta de efeito espetacular, suas inflorescências parecem mini buquês, muito perfumados. As flores podem ser de diversas cores e mesclas, simples ou dobradas. São agrupadas em hastes florais ou em cachos. Florescem no verão ou na primavera, dependendo da variedade. Apresentam várias cores, com destaque para as cores violeta e rosa.

Tipos de Gerânios
O gerânio pode ser dividido em grupos, tais como: gerânio ereto ou gerânio duro; gerânio pendente; gerânio inglês ou malvão; gerânio cheiroso; gerânio herbáceo e gerânio suculento.
Abaixo são relacionados os diferentes grupos e suas principais características.

Pelargonium-zonale1

1. Pelargonium zonale (gerânio ereto)
É a espécie mais freqüentemente encontrada, nos centros de jardinagem, usados em canteiros ou floreiras. Os Pelargonium zonale (Pelargonium x hortorum). geralmente requerem um local muito ensolarado, bem arejado e um substrato fértil e bem drenado. Regiões de clima frio ou temperado livre de geadas são ideais. A floração dura da Primavera até o Outono e em regiões com temperaturas amenas e lugares ao pleno sol também floresce durante Outono e Verão (com menos intensidade). Esta espécie possui variedades precoce, muito florífera e vegetação compacta, sendo freqüente encontrar-se folhas com zonas mais escuras, com três ou quatro cores, com marcas brancas, prateadas, amarelas, púrpura, rosa, laranja, vermelho e folhas amarelas. As flores podem ser singelas ou semidobradas e encontra-se em hastes eretas e fortes, podendo variar do vermelho, rosa, salmão, branco, púrpura, carmesim e escarlate, havendo até flores multicoloridas.

Pelargonium-peltatum2

2. Pelargonium peltatum (gerânio pendente)
Os gerânios com talos estreitos e folhas com forma idêntica às da hera. Comporta-se como uma trepadeira e as flores possuem pétalas mais estreitas e com menos cabeças florais. As flores podem ser singelas ou dobradas podendo encontrar-se de cor carmesim, escarlate, salmão, rosa e branco. As cores fortes e flores duplas são a preferência da maioria do público do sul do Brasil.

Pelargonium x domesticum

3. Pelargonium x domesticum (gerânio inglês ou malvão)
O gerânio inglês não tem tanto sucesso no Brasil pelo fato de precisar um período de frio para o desenvolvimento de uma boa floração. Este fato faz com que ele geralmente só floresça após o inverno, durante um período, e depois pára de florescer, até a próxima primavera, ou seja, esta variedade floresce da primavera até o outono. Ele não é tolerante ao calor e não se desenvolve tão bem no exterior como os outros gerânios. As folhas são denteadas nas bordas e enrugadas. Suas flores são miúdas, muito parecidas com pequenos olhos. e apresentam um hábito mais compacto e pendente. Precisa menos água do que os outros grupos de gerânios e deve ser cultivado em lugares de pleno sol dentro.

Pelargonium citrosum-gerânio cheiroso

4. Pelargonium citrosum (Gerânio cheiroso)
Classe dos Pelargonium de folha perfumada, com diferentes aromas, apresentando folhagem variada e bastante atrativa. Quando se partem as folhas, estas exalam perfume parecido com o odor a rosa, menta, limão, coco. Esta planta libera o seu perfume, em muitos casos repelentes contra mosquitos, simplesmente pela ação da chuva, do vento. Além da fragrância chamativa, tem folhas ornamentais e um hábito decorativo ou até flores miúdas muito atrativas para borboletas e abelhas. As variedades de porte maior podem ser usadas cortadas dentro de um buquê de flores e assim aromatizar o ambiente da casa. Muito utilizada também em forma seca dentro de saches. O gerânio cheiroso é um pequeno arbusto, sempre verde, perene. Comporta geralmente temperaturas ate -2°C e passa bem o Inverno no sul do Brasil, se plantado perto de uma parede ou abaixo da aba da casa.

Pelargonium endlicherianum

5. Pelargonium endlicherianum (gerânio herbáceo)
O gerânio de tipo herbáceo, é uma planta perene que possui folhas em forma de coração e, no Verão, produz cachos de flores cor-de-rosa. Muito utilizado em decoração.

Pelargonium echinatum

6. Pelargonium echinatum (gerânio suculento)
São mais sensíveis ao frio e costumam perder suas folhas durante o Inverno.

Cultivo
Sendo o gerânio uma planta típica de regiões semi-tropicais e temperadas, exige certo grau de calor e umidade para seu bom desenvolvimento. Os melhores resultados, sob o ponto de vista climático, tem sido os observados em culturas instaladas a 500 m acima do nível do mar. Os gerânios são considerados de fácil cultivo, mas precisam de sol pleno para florescer, ou então começam a se esticar em busca da claridade, consumindo suas reservas de energia nessa atividade. Além disso, gosta de alta umidade atmosférica.
Gerânios toleram geadas moderadas e temperaturas relativamente altas.

Condições ideais são noites frias de 13 a 16°C e dias moderados com 18 a 24°C mas, os modernos híbridos e as seleções atuais são variedades com boa performance em regiões onde as temperaturas de verão são mais altas. Nestas regiões deve-se considerar o uso do gerânio em locais ao leste, para protegê-lo contra o sol quente da tarde. Isto vai aumentar a floração no alto verão.

A luminosidade ideal seria pleno sol a meia sombra. Temperaturas mais altas e luminosidade mais alta são melhores toleradas em lugares de boa ventilação.
O solo para o gerânio deve ser permeável, arejado, profundo, de boa drenagem e convenientemente rico em material orgânico e elementos nutritivos. A matéria orgânica é de grande importância por ser responsável pela melhoria das propriedades físicas do solo, para manter a umidade em um nível satisfatório e para favorecer o fornecimento de nutrientes à planta.
O gerânio exige pH do solo praticamente alcalino, ou seja, por volta de 6,1-7,0, exigindo portanto, aplicação de calcário se a acidez for pronunciada.

Propagação
A planta é multiplicada a partir de estacas de ponteiros, com 7,5 a 10 cm de comprimento, feitas preferencialmente nos meses de Junho / Julho (Inverno) e a brotação se inicia dentro de 10 a 15 dias.

Adubação
O gerânio requer uma adubação equilibrada para garantir uma nutrição capaz de lhe proporcionar desenvolvimento vigoroso.
Para a adubação do gerânio, recomenda-se:
- Adubação orgânica: deve ser realizada 30 dias antes do plantio com esterco de curral bem decomposto.
- Adubação mineral: aplicada no sulco, antes do plantio.
farinha de osso, superfosfato simples e cloreto de potássio.

Esses adubos devem ser bem misturados entre si e aplicados na cova, de 15 a 30 dias antes do plantio.

PRAGAS DO GERÂNIO
Broca do gerânio (Cacyreus marshalli)

É uma praga originária do sudeste de África e que se acredita ter entrado na Europa na forma jovem, escondida no interior de gerânios advindos da África. Essa praga se alimenta exclusivamente de plantas pertencentes à família de Geraniaceae, afetando todas as variedades cultivadas do Geranium, sendo especialmente prejudicial para as variedades “grandiflora” e “capitatum”.
Essa praga é um lepidóptero pertencente à família Lycaenidae. O adulto é uma mariposa de vôo diurno, com asas de coloração marrom e parte superior branca nas bordas. Seus ovos são brancos, circulares e aplainados, depositados normalmente nas sépalas e nas brácteas do gerânio. As lagartas apresentam quatro estágios larvais, apresentando no primeiro estágio, coloração branca com tonalidade esverdeada e três franjas rosadas e possuindo pêlos de cor branca ao longo de todo o corpo à exceção da zona ventral. À medida que vão mudando de fase, a cor da lagarta vai passando a ser mais esverdeada e suas franjas rosadas vão se tornando mais aparentes. Suas crisálidas também são peludas e de coloração verde, se tornando marrom de 1 a 2 dias antes da eclosão do adulto.
Se o ovo for depositado na bráctea do gerânio, a lagarta se introduz imediatamente dentro do casulo da flor, alimentar-se de seus vasos e tecidos. Se o ovo for depositado em uma folha, a lagarta inicia uma galeria abaixo da epiderme, alimentando-se no parênquima foliar.
O gerânio assim que floresce apresenta folhas e brotos mortos devido à ausência da seiva. A duração média do ciclo completo dessa praga é de 62 dias a temperatura de 20ºC e de 33 dias a temperatura de 30ºC.
O controle dessa praga é dificultado pela ausência de inimigos naturais fora do Sudeste da África, o que acaba por favorecer sua rápida disseminação quando em condições favoráveis de temperatura. Desse modo, uma das melhores maneiras de controle dessa praga seria o uso de material vegetal com procedência.

Ácaro vermelho (Tetranychus urticae)
Alimentam-se da seiva que extraem das folhas mediante seu aparato bucal chupador. O principal sintoma da presença dessa praga é o aparecimento de pequenos pontos marrons amarelados. Posteriormente as folhas se encarquilham, secam e finalmente caem. Se o ataque for muito forte, a planta inteira amarela e logo acaba morrendo.
Como controle, recomenda-se efetuar os tratamentos durante o Inverno, já que a praga nesse período permanece inativa, além disso pode-se usar controle químico com acaricida.

DOENÇAS DO GERÂNIO
Mancha Foliar do Gerânio (Alternaria alternata)

Esta doença aparece mais freqüentemente em condições estressantes para a planta. Os sintomas se manifestam por pequenos pontos aquosos nas folhas mais velhas. Quando os pontos amadurecerem, seus centros parecem afundados, da cor marrom e com 2-3 mm de diâmetro podendo apresentar também halos amarelos difusos. Posteriormente os pontos aparecem no feixe das folhas.
Como controle deve-se retirar e eliminar as folhas infectadas para se reduzir o inóculo, além de se evitar o stress provocado por grandes flutuações de temperatura e também evitar períodos prolongados da umidade nas folhas. O controle químico se mostra também muito eficiente quando realizado no início da doença.

Ferrugem (Puccinia pelargonii-zonalis)
Trata-se de uma doença específica do gerânio, que ataca sobre tudo o Pelargonium zonale. Os sintomas começam com manchas brancas ou amareladas na face superior da folha. Com o tempo essas manchas evoluem para pústulas cloróticas nas folhas. A identificação e o combate neste estágio são importantes para o sucesso e para evitar que a doença se espalhe.
De 10 a 14 dias após a infecção, estas pústulas se tornam de coloração marrom em forma circular abaixo das folhas. Estas manchas circulares contêm os esporos altamente contagiosos que se espalham pelo toque, pela água ou pelo ar. As folhas muito infectadas se tornam totalmente cloróticas, chegando a cair.
Como controle pode ser feito com o uso de fungicidas específico para a ferrugem.

Botrytis (Botrytis cinerea)
Os sintomas são manchas mais ou menos localizadas com frutificação típicas do fungo. Dissemina-se rapidamente em condições de elevada umidade, especialmente sobre as flores.
O controle químico pode ser realizado com produtos a base de Iprodione, Diclofluanida, Vinclozalina, entre outros. As folhas devem ser conservadas secas para reduzir o potencial de germinação dos uredosporos.

Pythium (Pythium sp.)
Provoca podridões dos caules e raízes apresentando como resultado amarelecimento, raquitismo e o murchamento das partes aéreas da planta. Como controle preventivo, devem-se tratar as plantas com produtos químicos específicos para controle do Pythium. Inspeções ocasionais das raízes das plantas podem facilitar na detecção desse patógeno.

Verticillium (Verticillium albo-atrum)
Os sintomas se semelhantes à manifestação de stress hídrico: raquitismo, murchamento das folhas, folhas cloróticas. Os sintomas começam geralmente nas folhas inferiores da planta e avançam para as folhas da parte de cima do gerânio. Uma característica desta doença é que os sintomas podem ser desenvolvidos em apenas um lado da planta.
Como controle devem-se destruir as plantas que apresentarem os sintomas da doença.

Crestamento Bacteriano (Xanthomonas campestris pv. pelargonii)
Os sintomas começam com manchas oleosas e quando a temperatura e a umidade são favoráveis para essa bactéria, ocorre a destruição de toda a planta. São comuns também o surgimento de folhas com necrose iniciada na margem, amarelando e retorcendo totalmente as folhas, que depois secam, mas não caem.
Como controle, devem-se eliminar as plantas infectadas e hospedeiras da bactéria da área de cultivo do gerânio.

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A umidade e o tempo fresco nos dias de Inverno, não o incentiva a ir até ao jardim. Para as plantas é uma excelente época. As temperaturas baixas não danificarão as plantas que, nesta época do ano, estão em repouso.

É nessa época que deveremos arrancar tudo o que não interessa no jardim, tal como as dálias e outras plantas de origem tropical. Praticamente em todas as regiões, a folhagem pode ficar gelada, mas as raízes ainda estão intactas, adormecidas.
Se o solo do seu jardim é muito argiloso, não deixe muita terra à volta das raízes, e não se esqueça de anotar as cores das dálias ou de, por exemplo, atar um pedaço de tecido que lhe recorde a sua cor.

Também pode proteger as plantas mais frágeis que ficaram na terra. O melhor material para este efeito está por cima da grama: são as folhas mortas. Colocadas em camadas espessas junto do pé, fornecem uma proteção contra o frio muito eficiente (quando está muito, muito frio, impedem o solo de gelar). Na Primavera, vão-se decompor e servem de adubo. É um material muito útil: seria quase criminoso queimá-lo ou mesmo levá-lo para a lixeira.

As folhas mortas são também de grande utilidade se forem espalhadas entre os pés das vivazes, pois vão tapar o solo e evitam a instalação das ervas daninhas durante o Inverno. Vão enriquecer o composto e transformam as terras pesadas em terras mais leves, desde que sejam colocados alguns centímetros de terra por cima.

Por fim, ao apanhar as folhas mortas também vai aquecer. Depois de acabar esta tarefa, vai conseguir ficar um pouco mais tempo no jardim e vai poder começar a podar as roseiras ou continuar as plantações em curso.

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Mussaenda erythrophylla

O sol é um poderoso absorvedor de umidade. Logo, quando ele não incide num local, a tendência natural é um excesso de umidade. Daí é necessário, nos jardins à sombra, recorrermos a alguns truques para permitir uma maior drenagem da água.

Uma providência muito acertada é cavar, no meio ou na parte mais baixa do jardim, uma profunda vala em declive. Uma vala de, digamos, 90 cm a 1 m de profundidade. Forra-se o fundo da vala com uma camada de pedrisco (pedra britada ou similar), instala-se sobre ele uma linha de tubos de cerâmica, ou plástico próprio para drenagem (perfurado), cobre-se à tubulação com pedrisco e, finalmente, completa-se o nível com a camada de terra do jardim.

O princípio de funcionamento é similar àquele de se colocar pedregulhos ou cacos de cerâmica no fundo de um vaso. No caso, o tubo seria o furo do vaso, que precisa, obviamente, ser instalado de tal modo a permitir o escoamento do excesso de água para fora da área que se pretende drenar.

A textura do solo ajuda muito
Existem terras, e terras ideais para um jardim à sombra. Para estes, a melhor é aquela bem permeável, onde o excesso de água escorre rapidamente para o subsolo. Ideal mesmo, seria aquela velha receita de solo para vasos: terra, areia de construção e esterco bem curtido, em partes iguais. Mas, na impossibilidade de ser preciso nas dosagens, misture à terra do canteiro bastante areia e, esterco animal bem curtido ou composto orgânico. Esta adição contribuirá muito para melhorar a textura da terra tornando-a mais permeável.

A luminosidade é importante
Sombra não é sinônimo de escuro. Quando se fala em jardim à sombra, está se falando em um local onde o sol não incide diretamente, ou onde só bate umas poucas horas por dia. Não em um local escuro. Assim, deve-se procurar ao máximo preservar a luminosidade natural.

Às vezes, basta desbastar um pouco uma árvore de copa muito densa, ou uma trepadeira, para se conseguir o dobro de luminosidade. Outras, pintar as paredes próximas em tons claros. Enfim, o importante é você observar o seu jardim em particular, e procurar imaginar os recursos possíveis para dar a ele um pouco mais de luminosidade natural.

Os orientais descobriram há séculos, que o jardim não é um reino exclusivo das plantas. Eles como ninguém, tiram proveito de elementos não vegetais, sobretudo pedras e água para criar belíssimos efeitos paisagísticos. Com isso, conseguem transformar o que era uma simples área verde num verdadeiro jardim, sinônimo de tranquilidade e beleza.

Faça como eles. Pedras, água corrente, esculturas e vasos combinados com umas poucas plantas podem ser a melhor solução para áreas realmente difíceis.

Agora que você já tem as bases para o planejamento, deixe as idéias fluírem e crie, você mesmo, seu jardim encantado. Mas cuidado com a manutenção.

Como manter este belo jardim
Na verdade, os cuidados com um jardim à sombra devem ser redobrados. Num país tropical como o nosso, não podemos esquecer que, se o clima quente e úmido torna o verde mais verde, contribui também para a proliferação de uma infinidade de fungos e bactérias. Portanto, é melhor tomar algumas precauções para evitar que o desenvolvimento das plantas seja prejudicado.

Algumas delas
Mantenha a área sempre bem arejada;
Evite o encharcamento por excesso de regas;
Revolva aterra freqüentemente (o ideal é uma vez por semana), para facilitar a aeração do solo;
Fique de olho nas pragas e doenças.

Sintomas de problemas futuros
Não é nenhum bicho de sete cabeças a identificação dos micro-organismos, fungos e bactérias prejudiciais às plantas. Basicamente, o primeiro sintoma é a alteração da cor das folhas.

O oídio, por exemplo, caracteriza-se por deixar manchas brancas semelhantes ao mofo. Já a ferrugem, apresenta manchas amarelas e em relevo, enquanto o que a altenáría produz grandes manchas amarelas e pretas. Mas existe uma outra doença, a podridão, cujo sintoma é o surgimento de mofo no colo, e muitas vezes nos ramos da planta. Esta, se não for combatida a tempo, provoca o apodrecimento dos tecidos e a conseqüente morte do vegetal.

Para combater estes micro-organismos, o melhor é:
Eliminar a parte afetada da planta, pulverizar a planta com fungicidas à base de cobre, tipo calda bordalesa. Ou se puder, opte pelos naturais, como o óleo de Nim.
Fazer pulverizações preventivas nas plantas vizinhas, com dosagem um pouco mais fraca.

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