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Posts para categoria ‘Cercas Vivas e Arbustos’

Dada a grande variedade de arbustos e trepadeiras que são ideais para a confecção de cercas vivas, uma pergunta frequente feita é: qual planta devo escolher para a minha cerca viva? A resposta: depende do projeto paisagístico de cada um.

Se a cerca viva tem como objetivo ser parte de uma trilha, reta ou sinuosa, ou emoldurar a delimitação da casa  – seja ela uma mureta, grade ou alambrado – recomenda-se escolher arbustos topiados, que podem ser plantados diretamente no solo ou em vasos e cachepots. Os mais utilizados tanto pela beleza quanto pela funcionalidade são os buxinhos (Buxus sempervirens), a azaléia (Rhodondendron x simsii) e a gardênia (Gardenia augusta).

buxinhoBuxinho (Buxus sempervirens)

Se a cerca viva é para oferecer privacidade, proteção e evitar o vandalismo em muros, inibindo a ação de pichadores, as sugestões são arbustos topiados maiores e trepadeiras. Além da azaléia, que pode crescer e ser podada até a altura desejada para este fim, são muito utilizadas a coroa-de-Cristo (Euphorbia milii), por conta dos espinhos e das belas flores, a hortênsia (Hydrangea macrophylla), a trepadeira unha-de-gato (Ficus pumilla) e arecas-bambu (Dypsis lutescens), entre outros exemplos.

areca-bambuAreca-bambu (Dypsis lutescens)

Geralmente, plantas e arbustos para cercas vivas são de fácil manutenção. Necessitam de solo bem nitrogenado (um bom adubo NPK 10-10-10, por exemplo), podas regulares nos períodos de troca de folhagem e regas bem determinadas. Consulte sempre um bom jardineiro.

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chamelaucium

Nome Científico: Chamelaucium uncinatum
Nome Popular: Flor-de-cera-de-geraldton, Planta-cera-de-geraldton, Cera-de-geraldton
Divisão: Angiospermae
Ciclo de Vida: Perene

Chamelaucium é um gênero botânico pertencente à família Myrtaceae e engloba cerca de 23 espécies, sendo todas elas oriundas da costa australiana, onde facilmente se encontram em estado natural.
São plantas arbustivas endêmicas e têm as flores semelhantes às da árvore do chá, do gênero Leptospermum.

A espécie mais conhecida como flor-de-cera-de-Geraldton, é amplamente cultivada pelas suas flores vistosas e de dimensão considerável.

A flor-de-cera-de-geraldton é um arbusto ereto e florífero. Esse nome curioso advém do aspecto do centro da flor, que lembra uma vela, com um fundo ceroso e um pavio. Tem uma ramagem esparsa e ramificada, e pode alcançar de 0,5 a 4 metros de altura, dependendo da cultivar. Suas folhas perenes são opostas, parecendo umas agulhas lineares e lembram as folhas do alecrim no aspecto. Apresentam glândulas de óleo e são muito aromáticas, quando algumas folhas são esmagadas entre os dedos.

A floração inicia no final do inverno e pode perdurar até meados do verão. As flores são pequenas, simples, e são encontradas na cor branca, rosa, malva ou roxa. Após a floração, deverá ser podada superficialmente para estimular o crescimento do arbusto. A poda deve ser feita nos ramos mais tenros, não os lenhosos. Sem a poda, a flor-de-cera-de-geraldton pode produzir frutos pequenos, indeiscentes e duros. São raras em cultivo.

No paisagismo geralmente é utilizada na composição com outras plantas de clima seco. No jardim ela pode ser plantada isolada, em grupos ou em renques; mas também adapta-se ao cultivo em vasos e jardineiras. Na Austrália, é uma das flores-de-corte mais populares, com uma durabilidade excepcional após o corte. Pode tornar-se invasiva em algumas situações.

Deve ser cultivado sob sol pleno, em solo bem drenável,  de preferência arenoso ou pedregoso, enriquecido com matéria orgânica e irrigado a intervalos espaçados. Prefere os climas secos, não tolerando encharcamentos ou elevada umidade ambiental. Ideal para áreas litorâneas, com clima subtropical seco ou semi-árido.

É interessante tutorá-la ou oferecer um suporte caso esteja crescendo rápido, pois a tendência é tombar com o crescimento. É uma planta muito rústica e tolera bem geadas.
Multiplica-se por sementes, mas mais comumente por estaquia de ramos lenhosos.

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Pedilanthus tithymaloides

Arbusto suculento, de seiva leitosa, nativo das florestas tropicais secas da América Central e América do Sul. Atingindo cerca de um metro e meio de altura, ele apresenta ramos verdes, em zigue-zague, que acompanham a disposição alterna das folhas. As folhas de acordo com a variedade podem ser verdes ou variegadas de branco, creme e rosa. As flores são róseas ou vermelhas.

No paisagismo o Pedilanthus tithymaloides pode ser utilizado isolado ou em grupos, formando bordaduras ou maciços. Seu porte pode ser facilmente controlado através de podas. Da mesma forma, é possível estimular a ramificação e a renovação da planta com cortes periódicos. Uma planta velha e que perdeu as folhas, pode ser rejuvenescida com uma poda drástica, que deixe poucos centímetros dos ramos acima do solo. A escolha desta espécie geralmente é feita devido à sua folhagem e ramos de aparência exótica, no entanto, eventualmente a planta nos presenteia com sua delicada floração. É possível encontrar também variedades anãs, próprias para o plantio em vasos e que podem ser aproveitados na decoração de varandas e interiores.

Deve ser cultivada sob sol pleno ou meia-sombra, em solo leve, bem drenável, enriquecido com matéria orgânica e irrigado com moderação. Tolerante a solos pobres e curtos períodos de estiagem. Aprecia o calor, não tolerando frio intenso, geadas ou encharcamento. Quando enfrenta seca muito prolongada perde as folhas. As fertilizações devem ser restritas à primavera e verão. Multiplica-se por facilmente por estacas.

Umidade: Resiste bem ao ar seco.

Solo: Deve ter boa drenagem e em simultâneo compactar um pouco as raízes. A Pedilanthus não gosta de ter muito espaço no vaso.

Adubação: Uma vez por mês, na Primavera e Verão.

Propagação: Por estaca, muito fácil. As estacas enraízam facilmente em água ou na terra.

Poda: Pode ser efetuada para renovar a planta, que desponta muito facilmente.

Na troca para um vaso maior utilize uma mistura 50/50 de terra normal e turfa fertilizada.

Deve-se ter muito cuidado ao manipular e podar a planta, pois seu látex é cáustico e tóxico, podendo causar queimaduras em contato com a pele e mucosas.

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Plantio em ziguezague e poda regular são essenciais para garantir uma cerca sempre vistosa. Ter uma cerca viva é sempre uma boa opção para delimitar o terreno  e garantir proteção acústica e visual à casa.

Mas para garantir sua beleza e eficácia, alguns cuidados são necessários. É indicado o uso de adubos líquidos, próprios para aplicação direta nas folhas. As plantas absorvem nutrientes mais rapidamente pela folha do que pela raiz. Assim, eles acabam sendo mais vantajosos. Se optar por adubos sólidos, não se esqueça de irrigar antes, já que a água facilita o transporte dos nutrientes. Só tome cuidado com excessos, pois isso pode desidratar o vegetal.

Plantio
O plantio não deve ser feito em linha reta, mas sim em ziguezague. Se as mudas forem alinhadas, sempre haverá buracos.
Logo após o plantio, todas as espécies precisam ser irrigadas uma vez por dia, até que se adaptem totalmente. Passado este período, a rega deve ser realizada de duas a três vezes por semana, dependendo da espécie. Quando adulta a planta não precisa mais de tanta água e seu excesso pode apodrecer a raiz.

Poda
A freqüência da poda variará de acordo com o objetivo, a densidade desejada e a época do ano. Ela pode ser realizada uma vez por mês ou a cada dois meses, dependendo da espécie, mas, no inverno, é importante que se aumente o espaçamento já que o desenvolvimento é mais lento.

De qualquer forma, é necessário realizar a poda funcional, isto é, retirar galhos e folhas sem vida periodicamente.

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