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Posts para categoria ‘Reino Vegetal’

floresta africana

Doze principais floras cobrem a superfície do planeta: a flora ártica, flora mediterrânea e californiana, flora do Cabo e do Chile, flora da Austrália, Madagáscar e outras ilhas oceânicas, flora do Himalaia, flora dos Andes tropicais, sino-japonesa, deserto do Saara e Alpes europeus, florestas setentrionais, florestas tropicais.

Flora basicamente é o conjunto de plantas de todos os tipos que integram a vegetação de determinada região do planeta. Condições do solo e clima são os principais determinantes da diversidade das floras, vez que cada espécie vegetal, embora capaz de tolerar variações do ambiente, só chega ao pleno desenvolvimento quando a combinação de diversos fatores ambientais – dos quais o mais decisivo é o regime das águas – atinge um nível ótimo.

- Flora Ártica: O pequeno porte das plantas é a principal característica da flora ártica, que se encontra nas regiões próximas aos pólos. Como as espécies que a formam são também encontradas em montanhas mais ao sul, a flora ártica não é muito bem caracterizada. Existem nessas regiões aproximadamente 800 espécies de vegetais superiores. Plantas inferiores, em especial musgos e liquens, constituem a massa da vegetação. Nas áreas em que a temperatura é mais baixa, acham-se apenas os musgos e liquens, que dão ao solo coloração escura ou amarelada.

- Flora Mediterrânea e Californiana: O inverno ameno, as suaves chuvas limitadas ao mês de fevereiro e o clima marinho tornam semelhantes as floras do litoral do Mediterrâneo e do norte da Califórnia. Na primeira são comuns as oliveiras, romãzeiras, figueiras, laranjeiras, alfarrobeiras, sobreiros (angiospermas) e tanto pinheiros como ciprestes (gimnospermas); na segunda, além de angiospermas semelhantes, destaca-se a gigantesca gimnosperma que é a sequóia. Na primavera, despontam Narcisos, Tulipas e Jacintos. Em ambas são comuns as Urzes arborescentes.

- Flora do Cabo e do Chile: Na costa do Chile e na região norte do cabo da Boa Esperança, a flora assemelha-se à que cobre a região mediterrânea e californiana, principalmente pela presença de Urzes. Ao norte e a leste do Cabo, numa série de transições, a flora passa à dos campos setentrionais africanos e à floresta tropical.

- Flora da Austrália, Madagascar e Outras Ilhas Oceânicas: O grande número de espécies próprias é a principal característica da flora da Austrália, Madagascar e outras ilhas oceânicas. Em Madagascar destaca-se a Árvore do viajante, que acumula água na bainha de folhas enormes, e vários gêneros de Palmeiras. A Austrália tem clima tropical ao norte, quase mediterrâneo ao sul e, na região central, um deserto comparável ao Saara. Apesar disso, existe concordância entre as coberturas vegetais das diversas regiões, com número considerável de espécies e grande variedade do gênero Eucalyptus, Casuarinas e Araucárias.

- Flora do Himalaia e dos Andes tropicais: Na vertente sul do Himalaia, Pteridófitas arborescentes, Bananeiras e altas Palmeiras marcam a paisagem até os dois mil metros de altitude. Lauráceas e Magnoliáceas são encontradas até os 3.700 m e, a partir dessa altitude, a cobertura vegetal passa a ser constituída por uma floresta temperada que, aos 4.900 m, dá lugar a uma vegetação análoga à dos Alpes. Nos Andes tropicais, a vegetação da base é semelhante à do Himalaia. Acima da região das Pteridófitas e Palmeiras vem a floresta tropical, com Carvalhos e Quinas. Dos 2.700 m aos 3.300 m as compostas marcam uma região subalpina de monções. Mais ao alto, a flora lembra a alpina, com Gramíneas em profusão.

- Flora Sino-Japonesa: Embora nos dois países as chuvas sejam regulares e o inverno mais rigoroso, a China e o Japão têm floras que se assemelham, em alguns aspectos, às da Califórnia e do Mediterrâneo. Em grande parte é constituída, porém, de vegetais lenhosos, o que a aproxima das floras tropicais.

- Flora do Saara: Em pleno trópico, a extremamente árida região desértica do Saara se caracteriza pela ausência absoluta de chuvas. A planta característica da região é a Tamareira, que cresce nos oásis. São raras as plantas inferiores e as Gramíneas, embora escassas, são muito resistentes e podem passar ao estado de vida latente.

- Flora dos Alpes Europeus: A exemplo do que ocorre nos Andes e no Himalaia, a cobertura vegetal dos Alpes é organizada em andares. Na base, estão as árvores de folhas caducas. O segundo andar, o subalpino, é coberto por bosques de Pinheiros. A flora mais típica da região é a do andar alpino, com o Pinheiro-negro (Pinus pumilio) e flores como o Jasmim alpino, a Violeta e a Anêmona-dos-alpes.

- Florestas Setentrionais: Características das zonas temperadas, as florestas setentrionais encontram-se logo abaixo da região ártica. Em grande parte substituídas por culturas implantadas pelo homem, nelas estão presentes, sobretudo gimnospermas como o Bálsamo-do-canadá, na América, e muitas espécies de Pinheiros. Entre as angiospermas, há Salgueiros, Bétulas e Choupos, na América, e Carvalhos, Faias, Freixos, Castanheiros, Tílias e Olmos, na Europa e na Ásia. Os campos são em geral constituídos por Gramíneas e Ciperáceas.

- Florestas Tropicais: As florestas tropicais cobrem as regiões que se estendem do Equador ao sul do Brasil, na América; do Saara até 20° de latitude sul, na África, e da área das monções até os limites da flora sino-japonesa, na Ásia e na Oceania. Os Castanheiros-do-pará, Seringueiras, Lianas, Orquidáceas e Bromélias são apenas algumas das espécies características dessas florestas em terras americanas. Nas florestas tropicais da África, as Lianas são menos numerosas e a vegetação apresenta Baobás, Figueiras e numerosas espécies do gênero Acácia.

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cardo-marianoTubérculos: Cardo-Mariano

O caule é um dos dois principais eixos estruturais de uma planta vascular e são classificados em caules aéreos (que por suas vez são divididos em rastejantes, trepadores e eretos, que por sua vez são subdivididos em tronco, haste, estipe e e como), caules subterrâneos (rizomas, tubérculos e bulbos) e caules aquáticos, além de outras adaptações como gavinhas, espinhos e cladódios. A planta é acaule quando o caule é tão contraído que as folhas parecem sair diretamente da raiz, como na Tanchagem. Falsos caules são chamados de cauloma (formado pelas bainhas das folhas), e pseudobulbo (dilatação da base das folhas das orquídeas, ricas em água).

Caules Aéreos
São os mais comuns e desenvolvem-se no ar livre. Podem ser eretos, rastejantes ou trepadores.
- Caules rastejantes ou estolhos: desenvolvem espalhando-se pelo solo, onde fixam por meio de raízes adventícias, como é o caso da melancia;

- Caules trepadores: se desenvolvem subindo num suporte qualquer. Alguns se prende, no suporte por meio de elementos de fixação, que podem ser raízes grampiformes, como na hera, ou gavinhas, como no maracujá e no chuchu. Outros caules se enroscam no suporte sem o auxílio de estruturas de fixação;

- Caules Eretos: São aqueles que crescem perpendicularmente ao solo. Os caules eretos dividem-se em quatro tipos: tronco, haste estipe e colmo.
1 – Tronco: caule cilíndrico e ramificado, característico das árvores grandes, encontra-se em muitas dicotiledôneas; no tronco, os nós e entrenós não são muito visíveis.
2 – Haste: caule mole, geralmente verde e ramificado, a haste é própria de ervas, como a couve.
3 – Estipe: tem a forma cilíndrica e não possui ramos; as folhas saem do topo do caule; é característico da palmeira e aparece em outras monocotiledôneas como o buriti
4 – Colmo: semelhante ao estipe, mas apresenta nós e entrenós bem evidentes; os entrenós podem ser ocos (bambu) ou cheios (cana-de-açúcar)

Caules Subterrâneos
Como resultado de um processo de especialização, partes do sistema aéreo podem encurtar-se ou desenvolver-se horizontalmente sob a superfície do solo, dando origem aos bulbos (como na cebola), tubérculos (batata) e rizomas (gengibre), que são caules subterrâneos ricos em reservas alimentares, bem como agentes da reprodução vegetativa.

Desenvolvem-se sobre o solo. Podem ser de três tipos: rizomas, tubérculos e bulbos.
- Rizomas: são caules que crescem sob a superfície da terra, emitindo ramos ou folhas aéreos. A bananeira, por exemplo, apresenta rizoma; o que vemos fora da terra não é um caule verdadeiro, mas apenas folhas. Outros exemplos: gengibre e samambaia;

- Tubérculos: caule muito conhecido, graças a seu amplo uso como alimento. São formados pelas plantas de rizomas que, em geral, são muito grossos e especializados em acumular material nutritivo. A batata-inglesa, ou batatinha é um exemplo desse tipo de caule;

- Bulbos: são órgãos formados por caule e folhas modificadas. O caule ou é redondo ou pode apresentar a forma de uma placa. Da parte inferior dessa placa saem raízes; da parte superior saem várias folhas, em geral, com acúmulo de reservas. Essas folhas se dispõem de forma a proteger a gema central, localizada no caule. Portanto, uma parte das folhas que envolvem o bulbo também é subterrânea. Algumas plantas dotadas de bulbos, como o Alho e a Cebola, são usados na alimentação.

Caules Aquáticos
Desenvolvem-se dentro da água. Como exemplo temos a elódeia e a Vitória-Régia.

Adaptações dos Caules
Há também outros tipos de adaptação dos caules que tornam possível um melhor desenvolvimento das plantas no meio em que vivem. Entre outras podemos citar:
- Gavinhas: são prolongamentos enrolados do caule, resultantes de ramos modificados e que fixam o vegetal em suportes inicialmente retilínea, a gavinha enrola-se logo que encontra um suporte. Por possuir a forma de mola, a gavinha não se parte com facilidade;

- Espinhos: são órgãos pontiagudos, presos a tecidos mais internos do caule. Servem de proteção a planta. O caule da Laranjeira, por exemplo, apresenta esse tipo de adaptação. Os espinhos também podem ser folhas modificadas;

- Cladódios: são caules que se parecem com folhas, geralmente achatados e verdes. Alguns cladódios como a Figueira-da- Índia e outros cactos armazenam água, são suculentos, e suas folhas estão transformadas em espinhos.

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A fotossíntese é um importante processo pelo qual o vegetal produz o alimento de que necessita, com o suporte da luz solar, gás carbônico e água. A água e os sais minerais absorvidos pelas raízes sobem pelos vasos lenhosos delas e do caule e chegam às folhas. Nas folhas, existe a clorofila, que absorve energia luminosa do sol. Ao mesmo tempo, por meios dos estômatos, o vegetal absorve gás carbônico do ar.

As folhas acabam por sofrer complexas reações químicas por meio destas produzem açucares e outras substâncias que lhes servem de alimento, para isso elas utilizam a energia solar, o gás carbônico do ar e o hidrogênio contido na água retirada do solo. É nesse trabalho que a seiva bruta se transforma em seiva elaborada. A seiva bruta contém águas e sais minerais. A elas são acrescentados os produtos da fotossíntese: a glicose e o oxigênio. Assim, a seiva elaborada desce pelos vasos liberianos, sendo distribuída para todas as partes da planta.

O açúcar produzido na fotossíntese pode ter caminhos diferentes. Uma parte, pode ser levada pelos vasos liberianos para as outras partes da plantas, principalmente as não clorofiladas, que não são capazes de produzir seu alimento. Uma segunda parte pode ser utilizada pela própria célula que a produziu, para obter energia durante o processo de respiração. Finalmente, uma terceira parte pode ser armazenada na forma de amido.

Durante a fotossíntese, a planta produz moléculas de oxigênio a partir das moléculas de água que ela retira do solo. Esse oxigênio, liberado para a atmosfera, é utilizado pelos seres vivos no processo de respiração. A fotossíntese só pode ser realizada na presença de luz, inclusive com a presença de luz artificial.

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bosque

Como outras plantas, as árvores penetram na terra com suas raízes para extrair os sais minerais necessários a sua nutrição. Toda a extensão do tronco é percorrida por um duplo sistema condutor, constituído pelos vasos lenhosos ou xilema, que conduzem a água e os sais do solo até os galhos e folhas; e pelos vasos do líber ou floema, que levam aos demais tecidos a seiva elaborada junto com os açúcares fabricados nas folhas.

No tronco de uma árvore de vários anos pode-se observar a formação, numa zona mais externa, de um revestimento de material poroso e impermeável que protege e isola a planta: é o córtex, formado pelo súber ou cortiça, tecido composto por células mortas cuja espessura aumenta com o tempo. Esse revestimento cortical decorre da atividade de uma série de células, situadas na zona imediatamente inferior, que se dividem com grande rapidez e formam o felogênio.

Em alguns casos, como nas palmeiras, não há ramificações, caso em que não se fala em tronco, mas em estirpe. Em uma árvore podem-se observar duas partes de aspecto bem diferenciado: o tronco, que sustenta toda a estrutura, e a copa. Nas palmeiras, a copa é um penacho de grandes folhas, formado pela ramagem, onde se encontram também os brotos (gemas), que podem dar origem a novos indivíduos.

A zona inferior mais próxima a esta é a do parênquima, cujas células têm clorofila e, portanto, capacidade para realizar a fotossíntese. Prosseguindo em direção ao centro medular do tronco encontram-se as faces dos vasos condutores, primeiro os do floema e depois os do xilema. A cada ano surgem novos vasos devido à ação de outro tecido de crescimento, denominado câmbio, graças ao qual a árvore engrossa. Com o passar dos anos, os vasos do centro se lignificam por completo, formando um tecido duro denominado durame.

No outono, como a atividade da árvore se reduz, formam-se vasos menores e menos numerosos do que na primavera. Assim, ao se seccionar o tronco pode-se distinguir um conjunto de anéis concêntricos de crescimento que permitem determinar a idade da árvore. Cada anel anual é composto de subanéis, um de madeira mais clara, correspondente à estação quente, e outro mais escuro e compacto, formado na estação fria. Os vasos que ainda são funcionais e conduzem a seiva deslocam-se progressivamente para a periferia e apresentam coloração mais clara. Ou seja, no tronco de uma árvore a zona viva está limitada às camadas periféricas. O resto é o material de sustentação, que forma a madeira.

Por essa razão se vêem freqüentemente brotarem novos galhos de árvores ocas, que na primavera se cobrem de folhas e florescem: a parte vital da planta – a região periférica – continua intacta.

A Importância das Árvores Para Culturas e Ecossistemas
Diferentes ecossistemas organizam-se em torno das árvores. Animais de todo tipo e o homem, desde os primeiros povos da floresta, têm sua vida integrada à desses seres versáteis, que realizam milagres de adaptação frente a condições adversas. A transferência de espécies de uma para outra região, devido à ação do homem, alterou profundamente a distribuição das árvores no planeta, mas tornou maiores as possibilidades de sua utilização e os benefícios advindos de seus vários produtos.

Várias culturas e povos obtiveram da árvore os materiais de construção para erguer casas e para fabricar armas, utensílios, veículos e embarcações. Além da madeira, uma série de outros produtos poderiam ser citados, tais como a celulose (matéria-prima do papel), a cortiça, as resinas, o látex (líquido segregado por algumas árvores, como a seringueira, essencial para diversas indústrias), as gomas, os vernizes, o tanino e a cola, sem esquecer a importância econômica das árvores frutíferas.

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