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Posts para categoria ‘Pragas e Doenças’

plantas

Qualquer ser vivo só sobrevive se houver alimento adequado disponível para ele. Em outras palavras, a planta ou parte da planta cultivada só será atacada por insetos, ácaros, nematóides, fungos e bactérias quando houver na seiva, exatamente o alimento que eles precisam.

Este alimento é constituído, principalmente, por aminoácidos, açucares redutores, esteróis, vitaminas e outras substâncias simples livres e solúveis, pois os insetos e fungos possuem poucas enzimas e estas apenas conseguem digerir substâncias simples presentes na seiva da planta.

Os teores e principalmente a proporção destas substâncias relacionados com os teores de nutrientes minerais na seiva são determinantes na maior ou menor susceptibilidade das plantas aos parasitas.

E, para que a planta tenha uma quantidade maior de aminoácidos (substâncias simples), basta tratá-la de maneira errada: adubações desequilibradas, aplicações de agrotóxicos, estresses, podas etc.

Portanto, um vegetal bem alimentado e manejado considerando todas as suas necessidades e equilíbrios, dificilmente será atacado por “pragas e “doenças”. As ditas pragas e doenças, morrem de fome numa planta equilibrada.

Podemos trocar o nome de pragas e doenças para indicadores de mau manejo. Insetos, ácaros, nematóides, fungos, bactérias e vírus são a conseqüência e não a causa do problema.

flor azul

cochonilha

A cultura popular brasileira é rica em dicas para o controle ou repelência de pragas de plantas, da casa do homem e de seus produtos. A maior parte das pragas ataca geralmente na primavera, período de fertilidade e de grande atividade na natureza. Elas causam vários estragos nas plantas, além de favorecer o surgimento de doenças, principalmente fúngicas. As pragas geralmente se tornam um problema mais sério quando há um desequilíbrio ecológico no sistema onde a planta está inserida. Outras situações que podem favorecer o seu surgimento são desequilíbrios térmicos, excesso ou escassez de água e insolação inadequada.

Principais pragas e algumas dicas naturais de controle

Pulgões
Os pulgões podem ser pretos, marrons, cinzas e até verdes. Alojam-se nas folhas mais tenras, brotos e caules, sugando a seiva e deixando as folhas amareladas e enrugadas. Em grande quantidade podem debilitar demasiadamente a planta e até transmitir doenças perigosas. Podem aparecer em qualquer época do ano, mas os períodos mais propícios são a primavera, o verão e o início do outono. Precisam ser controlados logo que notados, pois se multiplicam com rapidez.

Dica - As joaninhas são predadoras naturais dos pulgões. Um chumaço de algodão embebido em uma mistura de água e álcool em partes iguais ajuda a retirar os pulgões das folhas e isso pode ser feito semanalmente; aplicações de calda de fumo ou macerado de urtiga também são indicadas.

Cochonilhas
As cochonilhas são insetos minúsculos, geralmente marrons ou amarelos, que alojam-se principalmente na parte inferior das folhas e nas fendas. Além de sugar a seiva da planta, as cochonilhas liberam uma substância pegajosa que facilita o ataque de fungos, em especial, o fungo fuliginoso.

Nota-se sua presença quando as folhas apresentam uma crosta com consistência de cera. Algumas cochonilhas apresentam uma espécie de carapaça dura, que impede a ação de inseticidas em spray. Neste caso, produtos à base de óleo costumam dar melhores resultados, pois formam uma capa sobre a carapaça, impedindo a respiração do inseto. A calda de fumo costuma dar bons resultados também.

Dica - as joaninhas também são suas predadoras naturais, além de certos tipos de vespas; calda de fumo e a emulsão de óleo são os métodos naturais mais eficientes para combatê-las; deve-se evitar o controle químico mas, quando necessário em casos extremos, normalmente são usados óleo mineral e inseticida organofosforado.

Moscas Brancas
São insetos pequenos e, como diz o nome, de coloração branca. Não é difícil notar sua presença ao esbarrar numa planta infestada por moscas brancas, é possível ver uma pequena revoada de minúsculos insetos brancos. Costumam localizar-se na parte inferior das folhas, onde liberam um líquido pegajoso que deixa a folhagem viscosa e favorece o ataque de fungos. Alimentam-se da seiva da planta. As larvas deste inseto, praticamente imperceptíveis, também se alojam na parte inferior das folhas e, em pouco tempo, causam grande infestação.

Dica - é difícil eliminá-las, por isso muitas vezes é preciso aplicar inseticidas específicos para plantas. Quando o ataque é pequeno, o uso de plantas repelentes como tagetes ou cravo-de-defunto (Tagetes sp), hortelã (Mentha sp), calêndula (Calendula officinalis), arruda (Ruta graveolens) costumam dar bons resultados.

Lesmas e caracóis
Normalmente atacam à noite, furando e devorando folhas, caules e botões florais, mas também podem atingir as raízes subterrâneas.

Dica – besouros e passarinhos são seus predadores naturais. Uma boa forma de eliminá-los é usar armadilhas, feitas com isca de cerveja para atraí-los. Faça assim: tire a tampa de uma lata de azeite e enterre-a deixando a abertura no nível do solo. Coloque dentro um pouco de cerveja misturada com sal. As lesmas e os caracóis caem na lata atraídas pela cerveja e morrem desidratados pelo sal. Veja mais »

cochonilhas
Não é de se estranhar que as plantas ornamentais sejam sensíveis. Isso reside no fato de, na maioria dos casos, se tratarem de plantas oriundas de regiões com climas completamente diferentes; além do mais, são obrigadas a viver em espaços adequados e confortáveis para os seres humanos e não para elas. Para além, disso o espaço para as suas raízes é bastante limitado.

Apesar de gerações de cultivadores se terem esforçado no sentido desacostumar as plantas da  sua sensibilidade de adaptação e da sua predisposição para doenças, elas permanecem seres sensíveis que, devido ao desleixo, aos cuidados errados, a influências ambientais prejudiciais reagem frequentemente de forma sensível, acabando por definhar, adoecer e, por fim, morrer.

A maioria dos problemas das plantas ornamentais está relacionada com locais ou tratamento errados,bem como com micoses e ataques de pragas animais. De fato, os vegetais saudáveis e resistentes raramente ficam doentes; as pacientes são quase sempre plantas ornamentais fracas ou já doentes no momento da aquisição. As doenças e as pragas das plantas ornamentais refletem, portanto, reações a condições adversas.

# um local errado com luz excessiva ou escassa para a planta;

# temperaturas demasiado elevadas ou demasiado baixas;

# rega demasiado escassa ou demasiado frequente, eventualmente com água demasiado fria;

# falta de umidade do ar para vegetais especiais, principalmente no inverno, em divisões com aquecimento central;

# correntes de ar ou pouco ar fresco;

# um substrato errado ou inacessível;

# mudança de vaso descuidada;

# redução da temperatura de forma descuidada no período de repouso.

Antes de recorrer aos químicos para combater micoses ou insetos nocivos, devem tentar-se todas as outras possibilidades: mudar as plantas de local e colocá-las numa área com luminosidade e temperatura mais adequadas, alterar os hábitos de rega, mudar eventualmente o substrato, combater as pragas de forma mecânica; em alguns casos, também se colocam em questão métodos biológicos para as plantas ornamentais. Veja mais »

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Para situações de emergência, saiba quais as principais doenças que podem afetar as plantas do seu jardim e a melhor forma de as curar.

As causas

Fungos
Estima-se que 70% das principais doenças das plantas são causadas por fungos – organismos microscópicos que produzem enormes quantidades de esporos e são rapidamente propagados graças ao vento, água, insetos e animais. Uma planta infectada pode libertar até 100 milhões de esporos na medida em que rapidamente degrade as células das plantas, produzindo, em simultâneo, toxinas que interferem no funcionamento pleno do seu organismo. Os fungos são ainda difíceis de eliminar porque podem manter-se dormentes no solo, em restos de plantas que se encontram em decomposição ou numa planta saudável, à espera das condições climatéricas perfeitas para voltarem a contaminar.

Vírus
Ainda menores que as bactérias, os vírus apenas conseguem reproduzir-se a partir das células da própria planta. Infiltram-se nas plantas a partir das folhas ou do pé, normalmente por zonas já feridas por insetos, mas precisam de um meio de transporte, que pode ser um inseto, o pólen ou algumas sementes infectadas. Uma vez infiltrado, o(s) vírus movimenta-se através dos vasos vasculares, provocando doenças que contaminam o organismo da planta.

Bactérias
As doenças provocadas em plantas por bactérias são as menos freqüentes, por uma simples razão – para crescerem e se multiplicarem as bactérias necessitam de água e de calor. Assim sendo, estão mais dependentes de climas quentes e úmidos para contaminarem as plantas. Transportadas pela água, insetos ou animais, as bactérias infiltram-se através de uma flor ou um corte numa folha ou no pé, podendo causar desde danos puramente superficiais, à murchidão ou mesmo a sua morte.

Deficiências Nutritivas
Por vezes, a doença de uma planta não se deve às bactérias, aos fungos e aos vírus, mas sim a uma alimentação pobre. Se apresentar folhas pálidas ou vasos vasculares amarelados, pode ser um sinal que está a sofrer de deficiências nutritivas. Neste caso, o remédio é um bom fertilizante, adequado à planta em questão.

Os sintomas
Uma planta doente apresenta várias alterações do nível do seu metabolismo, da cor, dos diferentes órgãos e anatomia, para além de poder passar a produzir substâncias anormais.

Alguns sinais de alerta são: míldio (um pó branco); bolores cinzentos ou pretos; bolhas cor de ferrugem; uma massa ou crescimento pretos; pintas pretas; leveduras e o aparecimento de cogumelos, entre outros.

As curas
Para evitar o uso de pesticidas, por se tratar de um produto químico extremamente potente que infelizmente ao fazer bem a planta polui o ambiente, o melhor é estudar todas as outras opções possíveis. Aqui vai uma ajuda:

Por vezes, basta remover as flores, os rebentos, as folhas e/ou os pés infectados para eliminar o problema. Não aproveite esses restos para compostagem, desfaça-se deles imediatamente:

A prevenção é fundamental para um jardim saudável. Comece com um solo de qualidade, que deve ser limoso e enriquecido com fertilizante e técnicas de compostagem;

Mantenha o seu jardim livre de ervas daninhas e de detritos de plantas, que são elementos propícios para o desenvolvimento de todo o tipo de doenças;

As doenças são muitas vezes transmitidas de planta em planta devido aos utensílios de jardim mal lavados. Assegure que todas as suas ferramentas estejam devidamente desinfetadas (especialmente quando utilizadas para cortar ou eliminar folhas e outras partes doentes), bastando para isso uma mistura de água e lixívia;

É igualmente importante permitir uma boa circulação de ar entre todas as plantas. Além de secarem mais rápido, as brisas podem facilmente levar as doenças para longe antes de estas terem tempo de se “agarrarem” a uma planta;

Se perceber que, ano após ano, os mesmos sintomas e doenças continuam a devastar o seu jardim, seria melhor começar a pensar em introduzir novas variedades de plantas e flores;

Quando comprar novas plantas, inspecione-as muito bem antes de as levar para casa ou opte pelas variedades que se autoproclamam e que são, de fato, plantas resistentes às doenças;

Em último recurso, recorra ao pesticida adequado, optando por uma solução pouco tóxica. Siga as instruções à risca.

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