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Posts para categoria ‘Orquídeas e Bromélias’

Miltoniopsis híbrido

Os fungos são um dos grandes problemas no cultivo de orquídeas. Em geral, muitas condições indicadas para as orquídeas (como umidade ambiental) também são favoráveis para os fungos. Assim, de forma preventiva, devemos adotar um manejo correto para evitar esta adversidade.

Algumas recomendações importantes
* Substratos limpos
* Ferramentas desinfetadas antes de usá-las. Caso for mexer em outra planta, desinfectar novamente. Existem substâncias químicas para isto, ou mesmo o álcool. Mas o melhor meio é o fogo.
* Evitar que os vasos fiquem muito próximos pois muitos fungos tem seus esporos disseminados pelos respingos da irrigação ou a água da chuva. – A ventilação é um item vital, pois evita que o ambiente fique úmido por muito tempo, o que facilita a disseminação de esporos.
* O piso do orquidário deve ser de brita ou material de rápida drenagem para evitar o acúmulo por muito tempo de umidade. – Retirar as partes doentes das plantas, aplicando algum protetor (como canela ou pasta fúngica) nos locais onde houve a lesão.
* Fazer estudo e utilizar os fungicidas mais eficientes. Muitas vezes o rodízio de fungicidas (principalmente no caso de orquidários maiores) evita o surgimento de fungos resistentes.
* Todos os fatores ambientais (como luminosidade, temperatura, irrigação, adubação, entre outros) devem ser fornecidos criteriosamente para que a planta tenha as melhores condições de saúde, tornando-se mais resistentes.
* A limpeza do orquidário deve ser exemplar, sem entulhos ou qualquer acúmulo desnecessário. Nas visitas diárias recolher todo material que é retirado (como folhas velhas, flores murchas, substratos, etc) para posterior descarte. Jamais jogue no chão.

Os fungicidas
Mas mesmo tomando todas as medidas preventivas ainda podem surgir doenças fúngicas (ou outras). Neste caso precisamos utilizar os fungicidas, de origem química ou orgânica, para restituir a saúde da orquídea.

São muitos os produtos sintéticos vendidos em casas especializadas e não vou entrar no detalhamento destas substâncias. Penso que devemos usá-los em casos onde não há outro meio.

São sempre tóxicos e podem acarretar algum dano ambiental e à saúde humana e animal. Encorajo o estudo de plantas que possuem princípios ativos que nos interessam para tal propósito.

mofo cinzento

As principais doenças fúngicas
– Mofo cinzento: É uma doença que se caracteriza por apresentar pontos escuros nas flores, eventualmente também nas folhas. É comum em Phalenopsis, Cattleya e Dendrobium.

O patógeno chama-se Botrytis cinerea e geralmente manifesta-se no inverno e primavera. Os esporos são difundidos pela água e pelo vento. As plantas ficam com o crescimento dificultado, as flores ficam feias e morrem.  Posteriormente há severa perda de folhas, caso nada seja feito.

É facilmente controlado ao manter as orquídeas em ambiente de boa circulação de ar e irrigando apenas as raízes. Nunca molhe as flores. Ao perceber o fungo, descartar a parte afetada. Em caso muito grave, o fungicida indicado tem como princípio ativo o Mancozeb (Dithane ou Manzate).

Além dos já citados, também pode afetar os gêneros: Aerides, Ascocentrum, Brassia, Brassocattleya, Brassolaeliocattleya, Broughtonia, Calanthe, Cycnoches, Cymbidium, Doritaenopsis, Epidendrum, Laelia, Laeliocattleya, Maxillaria, Miltonia, Oncidium, Paphiopedilum, Phaius, Potinara, Trichoglottis, Vanda e Vanilla.

fusariose

Fusariose: Afeta as raízes, os pseudobulbos, folhas e flores. Ou seja, se não tratar mata a planta. Também conhecido por “canela seca”. Os sintomas são manchas ovais marrons nas flores e folhas novas, dificuldade de crescimento, murcha e clorose.

Três ou quatro manchas nas folhas são característica da doença, que se alastra rapidamente. É preciso remover as partes infectadas usando ferramentas esterilizadas (a chama do fogão é o suficiente).

A infecção ocorre pelas raízes, sendo que o dano causado no sistema vascular dificulta o transporte de água e nutrientes. Se cortamos o pseudobulbo percebe-se linha escuros indo em várias direções.

Tem um cheiro desagradável de podre. O agente causador é o Fusarium oxysporum e o Fusarium solani. O fungo gosta de temperaturas entre 25ºC e 30ºC.

A forma principal de propagação é através do uso de ferramentas de corte não esterilizadas. Segundo a Houston Orchid Society, os sintomas desenvolvem-se mais em plantas estressadas pelo calor e em condições de umidade muito elevada. Utilização muito pesada de fertilizantes também contribui para o desenvolvimento da moléstia. Não há cura garantida para o Fusarium.

O melhor é prevenir. No caso de usar fungicidas, aconselha-se os de contato (mancozeb) e os sistêmicos (mefenoxam, tiofanato-metílico), tão logo apareçam os sintomas. Um exemplo, respectivamente são o Manzate / Dithane e o Ricomil / Cercobin. Mas sempre que possível aconselho a evitar defensivos tóxicos.

Os gêneros mais afetados são: Aerides, Ascocenda, Brassavola, Brassocattleya, Brassolaeliocattleya, Bulbophyllum, Catasetum, Cattleya, Cycnoches, Cymbidium, Dendrobium, Lycaste, Oncidium, Phalaenopsis, Potinara, Sophrolaeliocattleya e Vanda.

podridão negra

Podridão negra : Gerada pelo fungo Phytophthora e Pythium. Algumas espécies destes fungos atacam o Dendrobium, gerando manchas amarelo esverdeadas nas folhas, ficando negras posteriormente. A moléstia progride através das raízes e a chance da planta morrer é grande.

As partes atacadas ficam moles destacando-se facilmente da planta. Nas mudinhas novas ocorre o “dumping-off” (tombamento). Os esporos são dispersos via água e também por contato. Temperaturas amenas / elevadas e alta umidade favorecem este patógeno.

Assim, nestas condições, o cuidado tem de ser grande. Eliminar as partes afetadas é a primeira atitude, além de ter atenção na irrigação. Em orquidários maiores a aplicação preventiva de fungicidas pode ser inevitável.

A doença é muito contagiosa e se as medidas de combate não forem suficientes, tem-se de eliminar a orquídea. Os principais gêneros atacados são: Brassia, Coelogyne, Cymbidium, Laelia, Aerides, Ascocentrum, Epicattleya, Maxillaria, Paphiopedilum, Potinara, Rodriguezia, Brassavola, Brassocattleya, Brassolaeliocattleya, Cattleya, Cyrtopodium, Epidendrum, Laeliocattleya, Oncidium, Vanda e Phalaenopsis além do Dendrobium (já citado).

Manchas foliares de Phyllosticta

Manchas foliares de Phyllosticta: O patógeno é o fungo do gênero Phyllosticta. Ocasiona manchas amareladas nas folhas que tornam-se marrons com o tempo ou mesmo negras quando o fungo vai produzir esporos. Estes esporos são disseminados pelo vento e água.

O formato das manchas é circular ou ovalado, bordas bem definidas e no centro pode-se ver os picnídios (órgão de frutificação do fungo).

Formam estruturas que ficam imersas no tecido do hospedeiro e aquilo que é perceptível na superfície é apenas uma pequena parte do patógeno. A faixa de temperatura boa para este fungo é entre 25ºC e 30ºC.

Não há tratamento químico satisfatório para esta doença. Quando as manchas começam a se desenvolver, o melhor é cortá-las, não deixando também nenhuma folha morta na planta ou no vaso. Isto impede a contaminação nas plantas sadias.

O melhor, quando da irrigação, é fazer no início do dia, permitindo rápida secagem. Ambientes com boa circulação de ar são imprescindíveis para qualquer espécie que estejamos cultivando.

Embora seja doença mais comumente vista em Dendrobium e Vanda , também pode ocorrer em Cymbidium, Brassolaeliocattleya, Cattleya, Epidendrum, Laelia, Laeliocattleya, Odontoglossum. Oncidium e Phalaenopsis.

antracnose

Antracnose: Gerado pelo fungo Colletotrichum. As folhas ficam com manchas marrom escuras ou acinzentadas que formam anéis concêntricos, com leve depressão. Atacam tanto os “seedlings” (mudinhas) como as plantas adultas. É favorecido por temperaturas mais baixas (entre 10º e 20º) e alta umidade.

Para prevenir, evite locais sombreados, de pouca circulação de ar e isolando a planta quando for atacada. O combate é feito com a aplicação de sulfato de cobre sobre as partes atacadas ou com fungicidas sistêmicos (Mancozeb).

Os gêneros afetados são: Aerides, Ascocenda, Ascocentrum, Brassavola, Brassia, Brassocattleya, Brassolaeliocattleya, Bulbophylum, Catasetum, Cattleya, Cymbidium, Cyrtopodium, Dendrobium, Epicattleya, Epidendrum, Laelia, Laeliocattleya, Maxillaria, Miltonia, Odontoglossum, Oncidium, Paphiopedilum, Phaius, Phalaenopsis, Pleurothallis, Rodriguezia, Sophrolaeliocattleya,, Vanda, Vanilla, Zygopetalum, entre outros.

podridão-das raízes

Podridão das raízes: O fungo causador é do gênero Rhizoctonia que seca os pseudobulbos e causa deterioração radicular, o que tira a vitalidade da parte aérea e fim de novas brotações. Lentamente mata a planta. O patógeno gosta de alta umidade e temperaturas beirando os 30ºC.

Possui muitos hospedeiros, sendo assim é importante eliminar restos culturais tanto no orquidário como nos arredores. Os cuidados com esterilização de ferramentas são fundamentais, o que é uma atitude que pode-se considerar como uma recomendação geral. Também o exagero na irrigação ou a má drenagem facilita o surgimento da doença.

Tratamentos químicos são feitos com fungicidas sistêmicos. Orquídeas atacadas: Aerides, Brassavola, Brassocattleya, Cymbidium, Dendrobium, Epicattleya, Epidendrum, Laeliocattleya, Oncidium, Paphiopedilum, Phalaenopsis, Potinara Vanda, entre outras.

ferrugem

– Ferrugem: Os agentes causadores podem ser vários, destacando-se: Sphenospora kevorkianii (=Uredo nigropunctata), Sphenospora mera, S. saphena , Uredo epidendri, U. behnickiana e Hemileia oncidii . Este último se diferencia por não apresentar pústulas. Estes fungos gostam de uma combinação de alta umidade com temperaturas amenas. Ocorrem em vários países desde os EUA até o Brasil.

As folhas são as partes atacadas, principalmente na parte inferior, onde aparecem pequenas pústulas alaranjadas ou mesmo marrom-avermelhadas. O pó alaranjado são os esporos que se disseminam pelo vento e pela água. Crescem com grande rapidez.

Como medida inicial, deve-se cortar as partes atacadas e queimá-las. Nunca jogar no chão próximo ao orquidário. Em seguida é aconselhável deixar a planta isolada das demais.

Os fungicidas com sulfato de cobre são os recomendados. É mais frequente em Oncidium, mas também aparece em Brassavola, Brassia, Bulbophylum, Capanemia, Catasetum, Cattleya, Cyrtopodium, Dendrobium, Encyclia, Epicattleya, Epidendrum, Laelia, Lycaste, Masdevallia, Maxillaria, Miltonia, Odontoglossum, Phaius, Pleurothallis, Rodriguezia e Zygopetalum.

Cercosporiose

Cercosporiose: A infecção inicial pode ocorrer em ambos os lados das folhas, mas geralmente manifesta-se na parte inferior, onde surgem manchas amareladas e irregulares que com o tempo tomam a coloração marrom escura com centro acinzentado.

Também na parte superior surgirão pequenas manchas circulares envoltas por um anel amarelado ou arroxeado.

Na sequência as manchas ficam necrosadas, cobrem as folhas inteiras e acabam caindo. Períodos de chuva, seguidos de alta umidade relativa são favoráveis para o desenvolvimento da moléstia.

O fungo causador é o Cercospora odontoglossi e os gêneros mais atacados são: Brassavola, Cattleya, Cymbidium, Epidendrum, Miltonia, Oncidium, Laelia, Odontoglossum, Oncidium e Sophronitis. Plântulas em bandejas coletivas são mais suscetíveis, pelo que é recomendável usar potes individuais.

Além do descarte das partes atacadas, o controle pode ser feito com fungicidas à base de cobre, Manzeb e Ferban.

podridão na base

Podridão da base: Também conhecido como Murcha do Sclerotium, esta doença é causada pelo fungo Sclerotium rolfsii.

Os sintomas iniciais aparecem na base da planta, com um enrugamento e podridão dos talos e algumas lesões escuras e irregulares nas folhas (começam nas bordas avançando para toda a superfície). Ao redor das manchas surge um halo amarelado.

Nos tecidos das raízes e pseudobulbos observa-se um micélio branco (como algodão) direcionando-se para as folhas. O apodrecimento da base impede a circulação normal de seiva, o que prejudica toda a parte aérea.

Este patógeno sobrevive em substratos orgânicos por longos anos, vivendo de forma saprofítica, suportando com grande resistência as adversidades climáticas.

Quando as condições são favoráveis rapidamente volta a se desenvolver. Alta umidade, temperaturas acima de 26º C e substrato muito orgânico são as condições ideais para o fungo.

Substratos adequados, limpos e com bastante aeração e drenagem garantem uma boa proteção contra esta doença. Cattleya, Dendrobium, Cymbidium, Phalenopsis e Vanda são os gêneros mais suscetíveis.

mancha foliar

Manchas foliares de Phoma pestalozzia: Provoca o trincamento das folhas e manchas alongadas ao redor das nervuras. O gênero de orquídea mais sensível é a Vanda. O Cercobim é um fungicida que pode ser utilizado.

Como se livrar dos fungos?
Infelizmente, na maioria das vezes, não tem jeito, para eliminar os fungos, você precisa usar agrotóxico. Neste caso, basta ir em uma casa especializada em produtos agrotóxicos e pedir um fungicida.

É muito importante que ele seja aplicado de acordo com o recomendado na embalagem. Então, nada de inventar!

Ah! E sempre use luvas! O contato com produtos tóxicos pode causar doenças e intoxicação (alguns dizem até que podem aumentar as chances de câncer).

Alternativas naturais
Muitas pessoas que teve sucesso com receitas caseiras. Segue abaixo duas opções para quem quiser testar.
Receita 1: Pasta de óleo mineral com canela (misturar os dois ingredientes até que vire uma pasta) – aplicar direto nas manchas e não regar por alguns dias.

Receita 2:
1 litro de água + 6 cravos-da-índia + 1 colher de chá de canela em pó + 1 ml de solução a 2% de mercúrio cromo ou iodo.

Como fazer: durante 3 dias, misturar os 3 primeiros ingredientes, no quarto dia, acrescente o mercúrio. Corte a parte afetada e aplique imediatamente no corte. Se desejar, depois pode aplicar no restante da planta. Não guarde o que sobrar! Não molhe a planta por 7 dias.

borboletas044

tutor_2

Algumas plantas precisam de uma estrutura para poder florescer e crescer saudáveis, um tipo de estrutura bastante usado é o chamado tutor-vivo. Ele é um apoio muito usado como um apoio às plantas altas, para que não fiquem balançando no vaso.

Trata-se basicamente de usar uma planta como estrutura para que outra possa crescer em cima dela. Não é uma relação de parasitismo, pois a planta que usa a outra como suporte não rouba dessa sua seiva e nem qualquer outro tipo de substância.

Pode ser feito de qualquer material, mas os mais usados são as varetinhas de bambu e o arame, comum ou emplastificado (o segundo resiste mais às regas).

O tutor de arame emplastificado é vendido em qualquer garden center, até mesmo em lojas de material de construção. Há lugares que vendem esse material em rolos e outros onde o arame é encontrado já cortado em varetinhas.

Aproveite também para reutilizar os tutores que já vêm nas plantas que a gente compra – com um pouquinho de paciência você os desentorta e tem varetas de bom tamanho para fazer ganchinhos ou segurar suas orquídeas mais altas.

As orquídeas usam bastante o tutor-vivo para poder ter mais possibilidades de crescer e florescer saudáveis. Saiba como pode ser feito um tutor vivo em dracena para orquídeas.

Phalaenopsis em Dracena

Encontrando o tutor-vivo
O exemplo que daremos é o tutor vivo em dracena, mas você pode usar qualquer outro tipo de planta que seja resistente em seu jardim. Uma dica de espécie de orquídea que se adapta bem a esse tipo de forma de cultivo é a Phalaenopsis.

O importante é que a planta que servirá de tutor vivo esteja plantada há algum tempo no local e já tenha se desenvolvido por completo. Depois basta fazer o plantio da sua orquídea e esperar que ela floresça muitas vezes ao ano.

tutor

O substrato
Pelo fato de a orquídea estar fixada em outra planta, no exemplo que estamos dando é a Dracena, não é necessário o uso de nenhum substrato. Basta que a sua orquídea seja amarrada diretamente no galho com um fitilho grosso. Cuide para quem a orquídea fique bem presa.

Uma dica para todas as vezes que for fixar sua planta é usar fios grossos para evitar que as raízes sejam machucadas.

A luminosidade natural
A luminosidade deve ser controlada, pois a sua orquídea não se dá bem com o sol incidente o tempo todo. Assim tente fazer de uma forma que a planta receba os primeiros raios da manhã, mas fique a meia sombra durante o resto do dia, quando o sol é mais forte.

Quando a orquídea é presa a uma árvore é importante tomar muito cuidado com o sol. Observe em qual ponto da árvore o sol bate e escolha fixa-la num ponto em que esteja mais protegida da incidência direta do sol.

A luminosidade em excesso pode deixar as folhas da sua orquídea com um tom verde-amarelado.

tutor vivo

A adubação
Em relação a adubação é interessante que ela seja feita de semanalmente nos casos de tutor vivo. O tipo de adubação mais indicado é aquele químico / foliar. Uma dica é diluir a quantidade indicada na embalagem do adubo em 2 litros de água ao invés de num litro só.

Na hora de comprar o adubo para as suas plantas em mercados ou mesmo em lojas especializadas em jardinagem é importante saber escolher o adubo mais interessante para cada fase da planta.

Em geral esses adubos são compostos por NPK (Nitrogênio, Fósforo e Potássio), as fórmulas podem variar na quantidade de cada um desses elementos.

Vale a pena saber que o Nitrogênio é mais importante na fase de crescimento das raízes e por isso mesmo logo que a planta é fixada deve conter com um adubo rico nesse nutriente. Já no momento em que se está esperando a planta florescer é necessário contar com um produto com mais Fósforo em sua fórmula.

Depois de passada a fase de crescimento das raízes e florescimento é importante usar um adubo com mais Potássio para fazer o equilíbrio entre o Nitrogênio e o Fósforo.

A rega
A rega é muito importante, mas ao contrário do que muitos pensam regar todo dia não é sinônimo de uma planta saudável. Aliás, água demais pode causar o apodrecimento das raízes da sua orquídea e também do tutor vivo.

A dica para uma rega na medida certa é observar a terra em que as plantas estão, ou seja, sinta se a terra está úmida. Se sim não regue, mas no caso de a terra estar seca é importante regar.

A terra é o indicativo se a sua planta precisa ou não de água, se uma planta é regada em demasia e fica encharcada pode ter inúmeros problemas, parar de florescer e até morrer.

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Local arejado
Outro ponto bastante importante no cultivo de uma orquídea é contar com um local arejado para fazer o plantio. Na hora de avaliar a planta que será usada como tutor vivo da sua flor pense no arejamento do local em que ela está.

Considere que o ambiente precisa ter uma boa ventilação, mas em nenhuma hipótese receber o vento encanado ou então correntes de ar. Isso prejudica muito orquídeas como a Phalaenopsis e outras.

No momento de escolher o lugar em que a planta será fixada opte por um espaço arejado, mas que não receba correntes de ar. A Orquídea gosta de se sentir segura e o vento acaba trazendo uma sensação de insegurança para a planta.

Diferencie um lugar arejado de um lugar com vento, no máximo o lugar deve ter uma brisa suave, mais do que isso é desaconselhado para as suas orquídeas.

Tutor vivo uma solução
A técnica do tutor vivo, ficar uma planta sobre outra, é bastante interessante para dar utilidade e um colorido a mais para plantas ou árvores que estavam quase sem vida no seu jardim. Além disso, plantas como orquídeas precisam de estabilidade para poder crescer e se desenvolver.

Por isso mesmo usar uma estrutura de uma planta forte como tutor vivo pode ser a solução para que suas orquídeas cresçam bonitas e saudáveis e para que plantas mais antigas ainda tenham uma função dentro do jardim.

tutor-1

Também vale dizer que dependendo da planta em que você decide fixar a sua orquídea o resultado visual é bem interessante. O seu jardim fica muito mais bonito e cheio de vida, as estruturas naturais são muito boas para manter a organização.

Observe bem o seu jardim para escolher as melhores opções para ser um bom tutor vivo para as suas orquídeas. Esse tipo de trabalho no jardim deixa o ambiente muito mais bonito e criativo.

Vale a pena considerar a idéia de fazer um tutor vivo principalmente com lindas flores com orquídeas.

barquinho22

podridão negraa e podridão molePodridão negra e Podridão mole

Tratar de orquídeas exige que você compreenda que elas são dotadas de um sistema imunológico como os animais e que você pode tirar proveito dos mecanismos que as orquídeas usam para combater doenças e pragas.

A infecção de uma planta tem um ponto de entrada, que por sua vez podem ser: debilidade nutricional, picadas de insetos, vulnerabilidade a certos patógenos, tratos culturais inadequados e etc. Este fato pode ser tão importante no tratamento de uma orquídea como no seu diagnóstico.

A primeira etapa para se chegar a um diagnóstico, é você conseguir ver onde o problema começou, então há uma excelente chance de que a planta possa ser salva.

Vanda-Coerulea

Muitas vezes, a ponta de uma folha ou um novo crescimento fica com a cor preta indicando que a podridão começou. Se houver tecido saudável sobre o rizoma ou na base da folha a orquídea pode se regenerar.

A maioria das doenças de ação rápida é causada pelas bactérias. Se as bactérias têm penetrado na nova área de crescimento da orquídea ou atingir ou atingiu o centro da coroa de uma Phalaenopsis ou Vanda é na maioria dos casos tarde demais para salvar a planta.

Mas pode valer muito apenas salvar aquela orquídea que você tem tanto apreço. Abaixo, uma solução que se for aplicada a tempo pode salva sua orquídea.

Podridão e água oxigenada (Small)

O peróxido de hidrogênio, mais conhecido como água oxigenada (H2O2), além de ter muitas utilidades como desinfecção de feridas; na indústria de bebidas como esterilizante; descolorir cabelos, entre outros, é um dos maiores aliados no combate de doenças nas orquídeas principalmente aquelas que levam ao apodrecimento da coroa, folhas e raízes que são causadas por fungos e bactérias que num piscar de olhos pode matar uma orquídea em um dia.

A água oxigenada tmbém é muito útil na desinfecção do material de cultivo, sementes de orquídeas e como fungicida e inseticida a ser aplicado às plantas. Também é um poderoso agente para rápida desinfecção e é capaz de dissolver sais acumulados.

Como preparar a solução para combater fungos e bactérias
Adicione 100 ml de água para 200 ml de água oxigenada 10 volumes.

Como tratar a orquídea
Folhas
– Muitas vezes aparece como manchas marrons ou pretas que crescem em tamanho à medida que o tempo passa. Precisam ser tratadas imediatamente. Com uma lâmina esterilizada corte a parte afetada deixando apenas tecido saudável. Em seguida borrife a solução sobre as folhas.

Coroa – Borrifar a solução diretamente na coroa da orquídea o que efetivamente matará o fungo causador da doença.

Raízes – Usando uma tesoura de poda esterilizada, cortar qualquer raiz que apresente cor marrom escuro ou que esteja morta. Agora mergulhe as raízes restantes em um recipiente com a solução e deixe por 20 minutos.

phalaenopsis

Logo em seguida retire a planta e deixe secar e reenvase utilizando um novo substrato ou se estiver muito debilitada em um saco plástico com um papel toalha embebido com água e enrolado de forma que a planta não fique com suas raízes sobre o papel toalha.

Encha o saco plástico com ar da boca e amarre a boca do saco plástico e coloque em um local com pouca luz durante até seis semanas, depois providencie o reenvase da planta.

Dica importante
Vale lembrar que, por precaução, a próxima rega após a aplicação do peróxido de hidrogênio não deverá conter adubos ou semelhantes.

Como o peróxido de hidrogênio decompõe-se na presença de qualquer matéria orgânica e luz, ele deve ser armazenado em garrafas bem fechadas e opacas.

Além disto, sua aplicação deve ser preferencialmente a noite. Por fim, é aconselhável misturá-lo com água de baixa mineralização.

É bom lembrar que o peróxido de hidrogênio é altamente corrosivo. Sendo assim, você deve evitar o contato do produto com a pele e, especialmente, seus olhos.

folhasaovento9

phalaenopsis amarela

Atualmente, o gênero de orquídea mais cultivado no mundo é a orquídea Borboleta. Uma planta que tem a sua origem na Ásia e no norte da Austrália, um tipo de planta que vive sobre galhos de árvores e próximas a rios.

Os cuidados com a orquídea Borboleta
Onde plantar
Somente com essas observações já podemos entender que a Orquídea Borboleta adora locais úmidos e quentes, mas com meia sombra sem incidência direta do sol. Vale dizer que num local bem claro ela até chega a sobreviver dentro de casa.

Nos dias mais quentes é necessário pulverizar a planta pela manhã e somente as suas folhas. Uma dica especial é evitar o acúmulo de água na parte central das folhas, cuide para que o substrato esteja sempre úmido, mas jamais encharcado, pois pode apodrecer as raízes da planta.

phalaenopsis pintada

Camada de drenagem e substrato
A orquídea borboleta, é extremamente sensível ao encharcamento. Um fato interessante é que ela pode ser plantada em troncos de árvores ou palmeiras ou mesmo em vasos de plástico (os melhores para manter a umidade) ou até de cerâmica.

Para que sejam bem plantadas as orquídeas borboletas precisam ter uma camada de drenagem e somente assim receber o substrato que pode fibra de coco com pedacinhos de carvão (não pode ser o da churrasqueira, tem que ser novo) ou apenas fibra de coco. Se desejar pode utilizar também cascas de pinus como substrato.

Florescimento e adubação
No Brasil essa espécie de Orquídea costuma florescer duas vezes por ano e as suas flores são muito duradouras, cerca de 3 meses. Em geral uma dúvida que é bastante comum é se a haste da planta deve ou não ser cortada. Na verdade isso tanto faz, pois a planta pode ou não ter novas brotações na haste velha.

phalaenopsis

Se você optar por cortar deixe uma altura mínima de 20 cm e nunca corte as folhas, apenas retire aquelas que estão secas. Aliás, vale dizer que é muito importante fazer a remoção das folhas secas, pois elas podem trazer problemas para a saúde da sua planta.

Depois que a Orquídea Borboleta floresce é importante adubá-la a cada 15 dias com um adubo do tipo NPK 10-10-10 líquido, ele deve ser dissolvido na rega. Cerca de 2 meses antes do florescimento utilize um adubo do tipo NPK 4-14-8 (pelo fato de ter mais fósforo ajuda no aparecimento das flores), também deve ser dissolvido na água.

Em geral a floração desse tipo de Orquídea costuma acontecer na primavera e no verão. A adubação nos demais momentos do ano é parecida com a adubação de outras plantas.

Em geral esse tipo de planta é bastante exigente no que diz respeito ao Cálcio e ao Fósforo.

A sua atenção deve estar em promover uma adubação completa e balanceada, pode ser com adubos minerais e orgânicos. O mais importante é se certificar que a combinação de adubos escolhida irá suprir completamente as necessidades da sua planta.

Quanto a frequência você pode fazer a adubação da Orquídea Borboleta semanalmente ou quinzenalmente. Tudo depende de quais as necessidades que a sua planta demonstra.

Phalaenopsis

A única ressalva é em relação ao período de floração, já explicamos acima como escolher os melhores adubos para essa fase, mas ainda vale destacar que essa planta tem um grande gasto de energia nesse período.

Assim é importante que os níveis nutricionais da planta sejam mantidos equilibrados para que ela possa passar de forma mais tranquila por esse período. Lembre-se que esse período de floração pode gerar um colapso energético na sua planta e assim causar a sua morte.

Luminosidade
A orquídea borboleta tem a sua origem nas matas densas da Ásia tropical e como tal gosta de áreas sombreadas. Porém, ainda sim tem grande capacidade de adaptação a momentos curtos de forte insolação.

Em geral esse tipo de planta consegue suportar por certo tempo a incidência direta do sol sem que isso traga colapsos para os seus tecidos ou queima de folhas.

Porém, é importante que exista um sombreamento de mais ou menos 50% a 70% que tenha picos de 40% a 80%. Isso facilita bastante o cultivo e o crescimento saudável dessa planta. Os ambientes interiores, quem cultiva a orquídea dentro de casa, são mais interessantes desde que contem com um pouco de luminosidade.

Phal

A dica para quem vai cultivar essa planta dentro de casa é fazê-lo perto de uma janela ou então numa varanda ou terraço. Escolham um ambiente que tenham um pouco de sombra, mas com luz solar incidente em algum momento do dia. Dê preferência pela incidência do sol fraquinho da manhã ou mesmo do fim da tarde.

Fique de olho na temperatura das folhas quando o sol estiver incidindo sobre as folhas, no caso de a temperatura da folha estar muito quente até mesmo para tocá-la é necessário cuidar e retirá-la do sol por um momento.

No caso de a temperatura não estar adequada mude a sua Orquídea de lugar. Muito calor faz mal para a sua planta fique de olho nisso.

Com certeza dentre as várias espécies de orquídeas essa merece um destaque por sua beleza. Uma planta que se destaca dentre as demais e que pode dar um toque de alegria para a sua casa.

flores vermelhas