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Posts para categoria ‘Orquídeas e Bromélias’

Vanda Coeruela

As orquídeas necessitam de alimento como qualquer outra planta. Quando o adubo for líquido, dilua um mililitro (é igual a um centímetro cúbico) em um litro d’água. Uma seringa de injeção é um medidor prático.

Quando for sólido, mas solúvel em água, dilua uma colher de chá (1 g) em um litro de água numa frequência de uma vez por semana. Essas soluções podem atuar como adubo foliar, mas nunca aplique durante o dia, pois os estômatos (minúsculas válvulas) estão fechados. Faça-o de manhã, antes do sol nascer, ou no fim da tarde, molhando os dois lados das folhas (o número de estômatos é maior na parte de baixo das folhas).

Concentração de adubo menor do que a indicada acima ou pelo fabricante nunca é prejudicial. Se diluir o adubo citado acima (um mililitro ou um grama) em 20 litros de água (ou mais) e com ela borrifar diariamente as plantas, você pode obter excelentes resultados. Corresponde a um tratamento homeopático. Dosagem maior que a indicada funciona como veneno e pode até matar a planta.

Se o adubo for sólido, insolúvel na água, como o adubo da AOSP, deve ser pulverizado diretamente no vaso, numa média de uma a duas colheres de chá, dependendo do tamanho do vaso, uma vez por mês. É preciso cuidado para não jogar diretamente sobre as raízes expostas.

Os adubos vendidos no comércio especificam as siglas NPK (com as respectivas porcentagens) que significam N (nitrogênio), P (fósforo) e K (potássio) que são macro nutrientes.. Mas existem mais 3 macro nutrientes não citados que são Mg (magnésio), Ca (cálcio) e S (enxofre). Portanto, os macro nutrientes são 6 e não 3.

Macro nutrientes são aqueles que a planta precisa em grande quantidade para crescer equilibradamente. São chamados de micro nutrientes aqueles que a planta precisa em menor proporção.

A maior parte dos adubos não contém os 3 últimos macro nutrientes, mas apenas 1 ou 2 deles, porque a formulação com todos eles é quimicamente incompatível, ou seja, há uma reação química e um dos sais, que em geral é o sulfato de cálcio, não se dissolve e acaba se precipitando. (O sulfato de cálcio também é adubo, porém sua solubilidade é de apenas 2 gr por litro e contém os elementos cálcio e enxofre.)

Assim, existem fabricantes idôneos de adubos que lançam no mercado o adubo básico com NPK e uma outra embalagem com o restante dos sais minerais, que complementam os anteriores, para ser aplicado alternadamente. (jamais se deve misturar os dois produtos).

Mas poucos conhecem a existência desse segundo produto. Resultado: muitas vezes suas plantas não vão bem, embora você aplique adubo, porque faltam justamente estes nutrientes.

Quem quiser fabricar seus próprios adubos, isto é, comprar as substâncias químicas que compõem todos os nutrientes de um adubo, pode usar qualquer uma das formulações abaixo especificadas.

1. Essa formulação é de uso geral, pois contém quantidades iguais de Nitrogênio (N), Fósforo (P205), Potássio (K2O), além do Cálcio (Ca) que é um elemento fundamental para o bom desenvolvimento das raízes.

100g de fosfato de potássio monobásico ou fosfato de potássio diácido (KH2PO4)

38g de nitrato de potássio (KNO3)

427g de nitrato de cálcio [Ca (NO3)2 4H2O]

Temos, então, um total de 565g que pode ser diluído em 2 litros de água. Use 8ml dessa solução concentrada em 1litro de água e com ela borrife as folhas e molhe todo o substrato, numa média de uma vez por semana. Em dias quentes e secos, quando é preciso borrifar as plantas todos os dias, dilua os 8ml em 10 a 20 litros de água (dosagem homeopática).

A composição acima foi simplificada com o mínimo de produtos, mas, se você quiser, pode acrescentar 10g de nitrato de sódio (salitre do Chile) (NaNO3) que contém o elemento sódio que é um dos micronutrientes que muitas vezes é um fator importante para liberar o potássio (K) na planta.

2. Esta outra composição contém o restante dos elementos que não consta acima e deve ser aplicada a cada 15 ou 20 dias, mas jamais misturada com a primeira.

100g de sulfato de magnésio (Mg SO4.7H2O)

8g de ácido bórico (H3BO3)

4g de sulfato de manganês (MnSO4.3H20)

6g de sulfato de zinco (Zn SO4.7H2O)

2g de sulfato de cobre (Cu SO4.5H2O)

1g de sulfato de cobalto (Co SO4)

0,2g de molibdato de sódio (Na6.Mo7.O24.4H2O)

Faça uma solução concentrada de 2 litros e use 8ml em 1 litro de água.

Observ.: Pode acontecer de você adubar as plantas e as folhas começarem a amarelar ou aparecerem manchas, pintas ou estrias de fungos. Isto significa doença pelo ataque de fungos e bactérias e você estará alimentando hóspedes indesejáveis.

Nesse caso, o primeiro passo é suspender a adubação e combater a praga com fungicida e bactericida, usando o dobro da dosagem indicada pelo fabricante e repetir por mais algumas vezes a cada 3 ou 4 dias, dependendo da gravidade da infestação.

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tilandsiasTillandsia Cyannea

As Tillandsias são um gênero botânico pertencentes  à família Bromeliaceae, subfamília Tillandsioideae. São plantas aéreas e a maioria habita as árvores e absorve seus nutrientes e umidade do ar, através de escamas prateadas. São mais de quatrocentas espécies e é o gênero que apresenta o maior número de espécies espalhadas pelas Américas. São encontradas em desertos, bosques e montanhas da América Central, América do Sul, México e sul.

As florações duram até seis semanas e tê-las em um jarro ou arranjo dentro de casa nessa época, torna-se uma dádiva. Trata-se de um dos exemplares mais caros do reino das Bromeliaceas no mercado internacional, chegando a custar US$40,00 o exemplar. Possui folhas verdes acinzentadas e suas brácteas surgem imponentes na vertical multi-ramificada num tom rosa brilhante tendo numerosas flores azuis turquesa. Um show de beleza e graça.

As Tillandsias formam um incrível grupo de exemplares da extensa família das Bromeliaceas. Estas plantas extraordinárias absorvem toda a umidade e os nutrientes através da estrutura especial de suas folhas chamada de tricomas. Elas são epífitas, crescem sobre árvores sem parasitá-las, utilizam suas raízes unicamente para se fixarem nos troncos e galhos. São muito conhecidas no exterior pelo nome de Air Plants, e parecem viver da brisa, ar fresco e gotículas de orvalho.

Algumas espécies são litofitas, crescem em rochas, outras desenvolvem-se  em telhados, linhas de telefone etc. Poucas espécies crescem diretamente na terra. O gênero pode ser dividido em variedades verdes e variedades cinzas.

Tillandsias Verdes – As espécies verdes requerem um clima temperado chuvoso ou bastante úmido e crescem geralmente na sombra, na terra ou sobre árvores. As variedades verdes carecem de tricomas.

Tillandsias Cinzas – Em contraste, quase todas as espécies de Tillandsias cinzas crescem em áreas sub-umidas ou sub-áridas com alta umidade atmosférica. Preferem o Sol, por isso crescem nas partes mais altas do bosque ou rochas. Muitas destas variedades são epífitas.  Como plantas que praticamente carecem de raízes têm uma forma de vida muito peculiar. Sua aparência cinza resulta do fato de seus talos e folhas estarem cobertos por pequenas escamas – tricomas, que são pêlos complexos produzidos pela epiderme das folhas e talos. Estas morrem e se enchem de ar, refletindo a luz.

Reprodução – As  Tillandsias se reproduzem – como outras Bromelias – de duas maneiras:
a – Por polinização e produção de sementes. As Tillandsias não se autofecundam, e o póen deve ser captado de outra planta de mesma espécie.
b – Por brotação. A partir do talo da planta mãe nascem brotos que produzem novas plantas, geralmente após a floração. Estes podem ser destacados para crescerem isoladamente ou deixados junto a planta mãe para formarem uma colônia.

Cultivo e Usos – A Tillandsia é uma planta de interior de casas ou estufas. Não necessitam de solo, já que a água e os nutrientes são absorvidos através das folhas. A planta utiliza as raízes somente para fixação.  O cultivo da Tillandsia requer:

Luz – Preferem luz indireta ou difusa.

Ar – Ar fresco e movimento suave.

Água – Preferem água de chuva, porém podem ser molhadas com água potável. No verão é necessário borrifá-las diariamente.

Temperatura – São muito sensíveis a temperaturas baixas. A temperatura ideal de manutenção é entre 10º e 32ºC.

Alimentação – Devem ser fertilizadas quinzenalmente com adubo diluído na proporção de 1/3 da dosagem recomendada pelo fabricante e com baixa ou nem uma concentração do elemento cobre.
O adubo recomendado é o Osmocote 14-14-14 na proporção de uma colher de café para um litro de água batido em liquificador.

Fixação – Devem ser fixadas em materiais de origem vegetal, como madeira, troncos de árvores, xaxim, etc.

Floração – Após a floração é recomendável permitir a criação e desenvolvimento dos brotos para a formação de uma colônia.

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Stanhopealietzei

Nome Científico: Stanhopea
Nome Popular: Cabeça de Boi, Olho de Boi
Família: Ochidaceae
Origem: Américas do Norte e do Sul
Ciclo de Vida: Perene

Gênero de orquídeas americanas com ocorrência desde o México até o sul da América tropical e ilhas Trindade. Abriga, atualmente (9/12/08), 69 espécies aceitas, de acordo com o RBG. São conhecidas pelo nome popular de cabeça de boi, devido à semelhança de formato dos pleurídios em seu mesoquílio.

São duas cerdas que lembram chifres, cuja função é a de prender o polinizador, obrigando-o ao recuo para saída e assim roçar suas costas nas polínias.

O nome Stanhopea foi dado em homenagem ao conde de Stanhope Sir Philip Henry, presidente da Sociedade Médico-Botânica da Inglaterra na época. A espécie tipo do gênero é a nossa brasileira Stannhopea insignis, mas a primeira vista pela Europa foi a Stanhopea hernandezii.

Possuem crescimento abundante (que se dá durante ou logo após a floração), com diminuição durante o resto do ano. Nesse período, principalmente, apreciam boa adubação química e orgânica e não gostam de secar por muito tempo.

Todas as Stanhopea são de fácil cultivo.
Sombreamento - de até 80% (16 mil lux de iluminância) é uma exigência para todas as suas espécies.

Pragas e doenças - São muito sensíveis a ataques de Tenthecoris, caramujos, lesmas e vaquinhas nos seus brotos, hastes florais, botões e flores. No mais, são plantas bem resistentes. As espécies Lietzei e Wardii só florescem se tiverem período relativamente seco no inverno. Em todas as Stanhopea as hastes florais surgem da base do raizame e ativamente para baixo, perfurando o substrato.

Por esse motivo deixe bem arejada e fofa sua base, para que as hastes florais possam sair sem obstáculos. Melhor plantá-las em cachepot de madeira com ripas largas ou em vasos rasos e sem fundos, sendo importante que a altura do substrato seja, no máximo, de 12 cm para que as hastes o atravessem.

Substratos - O melhor é o de coco desfibrado ou o esfagno. Porém vai muito bem quando plantada em tocos serrados, como o de cafeeiro ou em cascas, como as de peroba. Também vai muito bem em árvores vivas, tendo o máximo cuidado com o sol que só deve ser direto pela manhã até as 9 horas ou pela tarde após 17 horas.

Umidade – Apreciam boa umidade no ambiente e boa drenagem em seu substrato. As espécies amazônicas, como a Grandiflora, são as mais exigentes de alta umidade no ambiente. A Stanhopea Lietzei é a mais comum em cultivo no Brasil, com muitas variedades de cores. Porém, a cor não é critério de diferenciação em Stanhopea.

O que a mais distingue a espécie Lietzei são as suas marcas de olhos, por isso em nosso país são chamadas de olhos de boi. Porém, sua principal característica diferencial é o seu inconfundível hipoquílio bem grande e curvo.

Já foi chamada durante muito tempo de Stanhopea Graveolens var. Lietzei. Mas a Graveolens só existe no México e América Central.

A Stanhopea Lietzei é extremamente variável no colorido, mas o hipoquílio tem uma forma bem típica, é bem grande e bem curvo em relação às outras espécies do gênero. É a espécie do gênero que possui muitas variações nos tons da cor de fundo e nas pintas.

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De um modo geral, cada espécie tem sua época de floração que é uma vez por ano. Convém marcar a época de floração de cada espécie e examiná-las periodicamente, pois, caso não floresçam nessa época, você poderá detectar que algo errado poderá estar acontecendo com a planta e tomar providências.

Por ex., em janeiro, temos a floração da C. granulosa, C. bicolor, C. guttata. Em abril, temos a C. violácea, C. luteola, L. perrine, C. bowringiana. Em novembro temos C. warneri, C. purpurata, C. gaskeliana. Existem orquídeas, como certas Vandas, que, bem tratadas, chegam a florir até quatro vezes por ano. O mesmo ocorre com híbridos cujos pais têm épocas diferentes de floração.

A forma ideal
Uma orquídea de boa qualidade, mas mal cultivada, ou seja, atacada por pragas e/ou doenças, sem condições adequadas de adubação, água, iluminação, pode dar flores tão medíocres que se tornam irreconhecíveis em relação ao seu potencial.

De modo geral, a orquídea deve se aproximar o mais possível de uma forma arredondada e plana, sem espaços entre seus segmentos, além de se distinguir pela cor, tamanho, textura, substância e número de flores, de acordo com sua espécie.

Uma orquídea é constituída de 3 sépalas e 3 pétalas, uma das quais formando o labelo que é, portanto, uma pétala diferenciada para ajudar na reprodução da flor.

Uma orquídea de forma ideal deve ter as 3 sépalas formando um triângulo equilátero, o mesmo ocorrendo com as pétalas, de forma invertida, ou seja, no vértice inferior está a 3a pétala, o labelo.

Dependendo da categoria da flor, não deve haver vãos entre as pétalas e as sépalas. Elas devem estar planas, nem encurvadas para trás nem para frente. Em outras palavras, espalmadas. O labelo deve estar ligeiramente encurvado para frente, mas não em ângulo reto com as sépalas.

Entretanto, existem espécies, como a C. araguaiense, cuja natureza é a existência inevitável de vãos entre pétalas e sépalas, pois é a característica natural delas. Já em espécies, como a C. labiata, walkeriana, nobilior e outras, existem clones em que as sépalas e pétalas são largas, espalmadas, sem vãos entre elas, arredondadas e muitas atingindo um diâmetro superior a 15cm.

A substância corresponde à rigidez ou dureza das pétalas, isto é, não são flácidas e, se você tentar dobrá-las, elas se quebram.

A textura corresponde ao brilho que se percebe nas pétalas. Elas podem ser cristalinas, aveludadas ou cerosas.

Alguns cuidados ao adquirir uma planta
Quando você comprar uma orquídea, já plantada há um certo tempo, muitas vezes coberta de musgo, pode estar levando para casa, como brinde, as seguintes dores de cabeça:

Lesmas, caracóis, tatuzinhos; Nematóides; Cochonilhas em raízes, folhas e pseudo-bulbos; Fungos e/ou bactérias.

Os cuidados abaixo, poderão livrar você desses hóspedes indesejáveis.

Se puder desenvasar, lesmas, caracóis e tatuzinhos podem ser eliminados por catação manual, não esquecendo os ovos, caso existam. Ovos de lesmas são esferas transparentes que chegam a atingir 3 mm de diâmetro.

Se o desenvasamento for difícil, um outro meio é imergir o vaso, por cerca de duas horas, num recipiente com água suficiente para atingir a borda do vaso. Como os bichos terão que subir para respirar, poderão facilmente ser eliminados.

Atenção para não encostar o fundo do vaso no fundo do recipiente, pois, muitas vezes, assim como o furo do fundo do vaso é o caminho de entrada, é também o caminho de saída dos bichos. Como podem ainda existir ovos, é preciso repetir o processo algumas vezes a cada semana.

As cochonilhas podem se hospedar nas raízes, sugando-lhes a seiva, ou no verso das folhas ou ficarem escondidas entre as palhas secas que cobrem o pseudo-bulbo. Parece um pó branco, mas, na verdade, são bichinhos de alguns milímetros que vão sugando a seiva da planta, deixando a região toda amarelada. Se não for combatida a tempo, esta parte da planta estará perdida.

Detectado o problema, faça uma limpeza manual, retire as partes secas e faça uma desinfecção, como está explicado no final do capítulo.

Nematóides causam estragos que, a curto ou longo prazo, levam a planta à morte. A re ação contra os nematóides varia de planta para planta. Ela pode até não morrer, se as condições lhe forem favoráveis, mas ficará raquítica e não dará flores.

Segundo os especialistas, existem cerca de 5.000 espécies de nematóides parasitos de plantas. O mais comum em orquídeas tem aspecto de lombriga, cor branca e tamanho da ordem de décimos de mm e, quando colocados sobre uma lâmina de um microscópio de baixo aumento com uma gota d’água, serpenteiam, como minhocas. Outros têm anéis e se movem se esticando e se encolhendo, como lagartas.

Eles atacam qualquer parte da planta, mas, em geral, iniciam seu ataque pelas raízes que começam a apodrecer.

Se as condições forem favoráveis para os nematóides (muita umidade), todas as raízes irão apodrecer em curto espaço de tempo. Do contrário, têm a capacidade de entrar em dormência por meses ou até anos.

Esta podridão é distinguível da podridão negra (causada pelo fungo Pythium), porque o ataque do nematóide pára quando atinge o cerne duro, enquanto que o Pythium avança pelo rizoma até o pseudo bulbo em questão de dias. Mais ainda, o broto atacado por nematóide fica mole e aquoso, enquanto que o atacado pelo fungo Pythium não perde a consistência.

Se você notar mancha negra ou marrom, começando em geral pelo rizoma ou pseudo bulbo, é podridão negra. Corte imediatamente a parte afetada e tente salvar o resto.

Um nematóide fêmea, parasito de plantas, tem uma postura de cerca de 2.000 ovos, de modo que a proliferação é intensa. Através de respingos de água, eles se espalham pela vizinhança. Se atingem um broto, este apodrece. Não é incomum o cálice entre as folhas tenras superiores de uma Vanda apodrecerem infectados por nematóides

É importante não esquecer jamais de desinfectar o instrumento cortante. O meio mais prático é flambear com uma chama que pode ser até de um isqueiro. Para ter certeza de que a chama atingiu 100 graus centígrados, o instrumento deve chiar ao ser imerso na água.

Um outro meio prático de flambear é adquirir um maçarico portátil com magiclick que é vendido em lojas de ferragens. Há vírus que suportam temperatura de 92 graus durante vários minutos.

Voltando aos nematóides, se uma raíz tiver uma parte escura e outra branca, os nematóides podem estar ativados neste ponto de transição. Espremendo este ponto e examinando num microscópio de baixo aumento pode-se detectar nematóides no caldo.

Uma outra maneira bem mais prática é fazer uma desinfecção preventiva da seguinte maneira: Em 1 litro de água, com PH entre 5 e 6, dilua um inseticida nematicida de amplo espectro com qualquer fungicida e borrife toda a planta, jorrando no substrato até escorrer pelo fundo.

Este processo elimina caramujo, caracol, tatuzinho, nematóide, cochonilha de raízes, alguns fungos, como a Rhyzoctonia Solani que também é responsável pela podridão das raízes (quando a podridão avança pelo rizoma a causa é este fungo e não nematóide).

Obs.: pH é o grau de alcalinidade ou acidez da água. O melhor é ter uma água com um grau de acidez menor que 7. Há defensivos agrícolas que, se diluídos em água de torneira, têm a vida média de 10 minutos, enquanto que, se forem diluídos em água com pH entre 5 e 6, permanecem ativos durante 30 horas.

Por isso é importante saber qual o pH de sua água. Mais abaixo, mostramos como chegar ao pH ideal.

Nunca use agrotóxico em temperatura acima de 25 graus, sob pena de perder suas plantas. Dê preferência a temperaturas abaixo de 20 graus.

Cuidado com agrotóxicos com grau de toxidez 1, também identificado com uma tarja vermelha no rótulo, pois são produtos de alta toxidez para nós e outros seres vivos.

Atualmente está sendo lançado na praça um óleo extraído da semente de uma árvore chamada Nim que tem a vantagem de ser um produto biológico pouco tóxico. Quem tiver acesso a esta árvore, pode usar 15g de suas folhas, batidas num liquidificador com 1 litro de água e usar como:

a) inseticida contra as principais pragas de orquídeas, como pulgões, cochonilhas, nematóides, ácaros, trips, lagartos, besouros,

b) como fungicida, na rhizoctonia solani (podridão das raízes), fusarium oxysporum (debilidade geral da planta, amarelecimento, podridão das raízes), sclerotium rolfsii (podridão negra)

c) bactericida.

Nas soluções de agrotóxicos, o PH da água deve estar em torno de 5 a 6. Para conseguir a máxima eficiência dos produtos utilizados, deve-se acrescentar um espalhante adesivo, facilmente encontrável em casas de produtos agrícolas. Quem usar água de rua, pode acrescentar de 8 a 10 gotas de vinagre por litro e o pH irá se reduzir entre 5 a 6.

Nas casas de produtos agrícolas, existe uma substância própria (em geral em embalagem de 1 litro) cuja finalidade é controlar o PH da água. Quimicamente, é fosfato de cálcio (super fosfato)

Ca2 (H2 PO4 )2 . H2 O, de modo que também é um adubo. Água da chuva ou de poço, em geral, tem pH entre 5 e 6.

Em plantas muito detonadas por fungos (manchas, pintas, etc.), faça um coquetel, usando o dobro da dosagem indicada na bula. Em uma semana ou até antes, conforme a gravidade da doença, aplique um outro coquetel com produtos diferentes e assim por diante. Se, com tudo isso, surgir uma nova folha com os mesmos sintomas, esteja atento para uma possível virose.

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