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Posts para categoria ‘Orquídeas e Bromélias’

Brassavola fragrans

O território capixaba é uma região constituída de poucas terras baixas e de planaltos, sendo que estes são quase inexpressivos, com muitas serras acidentadas que abrangem 70% de todo o estado. Tem como ponto culminante o Pico da Bandeira, na Serra do Caparaó, já na divisa com Minas Gerais.

São nessas zonas, entre 500 m e 800 m e de 800 m a 1.000 m, e em áreas acidentadas e movimentadas, chegando a locais de 1.100 m e 1.800 m, que se apresentam importantes representações de fauna e flora com maior frequência de endemismos, expressados nas regiões de cume.

Quanto às orquídeas, especificamente, o território do Espírito Santo está ligado a essas plantas desde as primeiras referências escritas a respeito das espécies brasileiras.

No estado pode ser encontrada uma grande diversidade de espécies ornamentais, destacando-se representantes do gênero Catleya, Laelia, Oncidium, Miltonia, Sophronits, Encyclia, Epidendrum, Brassavola, Laeliocatleya, Zygopetalum, Yanipsis, Stanhopea e Catassetum.

As microorquídeas e as plantas de pequeno porte também apresentam muita variedade, inclusive, aparecendo em maior número de espécies. Pleurothsllis, Octomeriq, Stelis e Barbosella, são apenas alguns dos inúmeros gêneros encontrados no estado capixaba.

Para se ter noção do volume de orquidáceas, das quais quase 2,5 mil orquídeas conhecidas no Brasil (números da década de 80, época da realização de estudos), mais de 600 espécies foram assinaladas no Espírito Santo.

No entanto, a destruição de seus habitats tem ameaçado muitas delas, que se encontram em vias de extinção nas matas. Aspásia binata, Brassavola fragrans, Cattleya schilleriana, Epidendrum ciliare, Laelia pumilla, Miltonia clowessi e Oncidium pumilum são alguns exemplos.

A grande derrubada das florestas, sem dúvida, constituiu a maior causa para o extermínio de muitas espécies da fauna e flora silvestres. Lamento que a falta de consciência quanto à preservação da natureza pode permitir a destruição das espécies remanescentes.

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Miltonia clowesii aurea

O estado do Rio de janeiro é muito rico em orquídeas. Elas são encontradas, sobretudo, na capital fluminense e na região serrana, onde está situada a Serra dos Órgãos, que e estende por diversos municípios, como Teresópolis, Petrópolis, Magé e Guapimirim.

Particularmente, na cidade do Rio de janeiro há muitas espécies distribuídas em diferentes ambientes, como nas localidades do Parque Nacional da Tijuca, o Forte do Leme, a Prainha e a Pedra da Gávea. Na Prainha, por exemplo, uma pesquisadora está desenvolvendo sua tese sobre orquídeas e, nesse estudo, já identificou cerca de 30 espécies.

O Rio de janeiro é uma cidade abençoada por orquídeas, que tem como símbolo a Laelia lobata, espécie que, atualmente, é encontrada exclusivamente na Pedra da Gávea, no entanto, em trechos inacessíveis do lugar.

Já na região serrana, pode-se encontrar 25% de todas as espécies do País, mais exatamente na Serra dos Órgãos. Ali, elas estão mais protegidas do que nas áreas de restinga do literal, já que ficam mais expostas e vulneráveis ao avanço do homem. Hoje a maior parte delas está abrigda no alto das serras.

Brassavola, Miltonia, Oncidium, Cattleya, Cyrtopodium e Laelia são alguns dos gêneros encontrados em todo o Rio de Janeiro, além das microorquídeas, como as Pleurothallis.

Quando se fala do estado, as espécies que mais representam são a Sophronitis coccínea e as espécies Cyrtopodium, que apareciam em grande quantidade na Estrada do Sumaré – sliás o nome Sumaré remete a Cyrtopodium. Trata-se de orquídeas com propriedades medicinais, que não aparecem mais em abundância na região.

Em todo o estado fluminense as orquídeas estão desaparecendo com a destruição da natureza, como exemplo, a L. lobata, que está na lista internacional do Ibama de espécie ameaçada de extinção.

É preciso preservar as plantas que ainda vivem em seu habitat natural, além disso, sua preservação é a garantia de que as gerações futuras também poderão encontrá-las na natureza.

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Scuticaria_itirapinensisScuticaria itirapinensis. Espécie raríssima, da qual não há notícias comprovadas de espécimes em cultivo ou encontrados na natureza nos últimos trinta anos

Os estados da região sudeste do Brasil abrigam em seus territórios belas plantas. Para se ter noção da importância dessa região, os estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo, segundo pesquisas de orquidófilos, possuem cerca de um terço das espécies que ocorrem em todo o Brasil.

São Paulo
A partir de São Paulo, seguindo do Sul em direção ao Norte do País, o clima já sofre uma mudança significativa. Do subtropical sulino, passa a predominar o tropical. Com isso, o estado apresenta também vegetação diferenciada e adaptada às condições encontradas, inclusive, as orquidáceas.

A Mata Atlântica é o local mais rico em diversidade de orquídeas em São Paulo. Mas no passado havia muitos outros lugares que as habitavam. Na beira do rio Tietê, encontravam-se Catleya loddigesii vegetando em árvores nas suas margens. Podem acreditar!

Elas sobrevivem, crescem e povoam essas localidades por predo minarem condições adequadas, com boa luminosidade e umidade. A Serra da Mantiqueira e o Vale do Paraíba são exemplos de áreas de Mata Atlântica com uma grande quantidade e variedade de orquidáceas.

Na verdade, segundo estudiosos, esse bioma é onde está a maior variedade dessas plantas no País.

As espécies epífitas são predominantes. É possível encontrar uma grande variedade delas na natureza. C. leopoldii, C. intermédia, C. loddigesii, C. harrisoniana, C. walkeriana, Laelia purpurata e L lundii são alguns exemplos das quais vegetam nas matas de São Paulo.

No entanto, a diversidade já foi muito maior, já que o estado paulista sofreu e continua sofrendo com a destruição de susa áreas verdes. Atualmente, muitas orquidáceas, que tinham como habitat diferentes localidades do estado, estão extintas ou praticamente extintas. Este é o caso da C velutina e da L. virens.

Um exemplo de planta endêmica do estado de São Paulo, que não é mais encontrada no País, é a espécie Scuticaria itirapinensis. No caso da C. velutina e da L. virens foram realizadas semeaduras, Por isso, não ocorrem mais riscos.

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Tolumnia Genting Leopard

As orquídeas do gênero Tolumnia pertencem ao grupo dos Oncidium e são plantas pequenas com lindas e cintilantes flores multicoloridas. Ao todo são cerca de 18 espécies distribuídas pelo Caribe, com uma espécie ocorrendo no extremo sul da Flórida. Hoje em dia existem incontáveis híbridos dentro desse gênero e a cada ano novos mais surgem.

O fascínio que elas exercem sobre os orquidófilos está no fato de serem orquídeas miniatura, com folhas de 8 a 10 cm de comprimento apenas, mas com grandes inflorescências em relação ao tamanho da planta.

Um cacho chega a ter de 20 a 30 cm de comprimento e pode ostentar flores com 2 a 4 cm de diâmetro. As Tolumnia também são chamadas de Oncidium Equitante, pois as suas folhas são imbricadas, isto é, estão trepadas umas sobre as outras, formando uma espécie de leque, onde as folhas de fora estão montadas sobre as de dentro, como telhas em um telhado. Equitante quer dizer “montado à cavalo”, numa alusão à posição das folhas.

Na natureza as Tolumnia vivem em galhos finos de arbustos ralos, com algumas raízes soltas balançando ao vento, à maneira das nossas conhecidas Ionopsis e Comparettia.
Diferente dessas duas, no entanto, as Tolumnia crescem bem expostas à luz do sol, nas pontas dos galhos. Em algumas espécies, as folhas chegam a ficar bronzeadas.

A umidade que necessitam elas recebem do sereno noturno ou da evaporação da água no solo arenoso. Com pseudobulbos tão pequenos que chegam a ser inexistentes, o armazenamento da água dentro das folhas, que em uma planta saudável, ficam gordinhas, à maneira das brassavolas, como se fossem uma planta suculenta.
As folhas possuem um leve serrilhado na borda, sensível ao tato. Em cultivo, as Tolumnia devem ser plantadas ou em pedaços de galhos finos de cafeeiro, por exemplo, ou em pequenos vasos com substrato de drenagem muito rápida.

O pior inimigo das Tolumnia é o excesso de água, sendo em caso de dúvida melhor borrifar do que regar. O local ideal para mantê-las no orquidário é junto das Cattleya walqueriana e Cattleya nobiliar, sempre em situação de muita luz, substrato seco e uma rega leve ou borrifo diário simulando o sereno.

Em caso delas estarem em vasos, as regas devem ser ainda mais reduzidas, mas constantes. Na natureza as raízes ao se fixarem nas árvores, correm ao longo dos galhos por grandes distâncias.

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