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Posts para categoria ‘Hortas e Medicinais’

alecrim

As plantas de folhas e flores aromáticas estiveram sempre presentes na história das pessoas, usadas pelos nossos antepassados, quando remédios eram um luxo só encontrados nas cidades.
Nossos índios sempre viveram e se trataram com plantas, algumas só recentemente pesquisadas.

As plantas medicinais estão numa lista sem fim de doenças e males para tratar problemas do estômago, intestino, fígado e rins, para a pele, para músculos doloridos, dor de dente e de cabeça, etc.

O que é planta aromática e o que planta medicinal?

São chamadas de aromáticas porque folhas, raízes, flores ou frutos tem aroma, perfume.
Muitos destes aromas são usados em condimentos para nossas receitas doces ou salgadas, dando o diferencial ao gosto de nosso paladar.
Outros tem destino certo para a área de perfumaria, misturados a outros para formar essências que às vezes atingem alto preço no mercado internacional.

O que dá este aroma que sentimos são partes de elementos voláteis, em geral terpenos, que estão presentes nas plantas. Os que mais sentimos são os que têm o aroma nas folhas , quando roçamos ou esmagamos entre os dedos, como no caso do manjericão (Ocimum basilicum) da hortelã (Mentha, diversas espécies(, do alecrim (Rosmarinus officinalis), do capim-limão (Cymbopogon citratus).
Nas plantas medicinais, as quais, nem todas são aromáticas, os elementos com propriedade curativa podem ser encontrados desde as raízes,caule, folhas, flores e sementes.
Algumas plantas consagradas pela sabedoria popular na medicina caseira ou indígena têm merecido a atenção dos pesquisadores e, com a capacidade técnica atualmente disponível, conseguem determinar se é ou não verdade.

Como cultivar plantas aroma´ticas e medicinais em casa?

Num simples vaso ou mesmo nos canteiros da horta ou jardim poderemos cultivá-las com sucesso.
Preparamos o canteiro retirando inços, pedras e plantas secas ou não desejadas. Arejamos este solo, revolvendo numa profundidade de 15 cm pelo menos.
A adição de composto orgânico de vegetais e adubo animal curtido garantirá o bom desenvolvimento das plantas.Tudo deverá ser bem incorporado na terra do canteiro.

As plantas poderão ser semeadas ou ser adquiridas em floriculturas e agropecuárias na forma de mudas em sacos ou vasinhos.
Escolher as plantas para colocar no canteiro que tenham o mesmo tipo de necessidade de luminosidade e umidade.
Abrir a cova do tamanho do torrão, acomodar e chegar terra com as mãos, apertando a muda de leve para fixar.
Regar para completa aderência do substrato ao redor do torrão e para que a água chegue às raízes. Saberemos que muda pegou quando iniciar a colocar mais folhas.

Poderemos fazer o cultivo em pequenos vasos, uma planta por recipiente ou optar por um vaso maior para o cultivo em comunidade.
Deveremos colocar um pedaço de manta geotêxtil de polipropileno no furo de drenagem, quem não tiver, poderá colocar pedrinhas, cacos de tijolos ou vasos quebrados.
Por cima um pouco de areia umedecida.

Mas por que areia molhada e não seca?
Se estiver seca escorrerá pelo furo de drenagem,escapando do vaso e sujando tudo ao redor. Por cima o composto orgânico preparado.
Se for cultivar dentro de casa suas plantinhas, não coloque adubo animal o qual poderá desprender odores não agradáveis. Deixe espaço para a acomodação do torrão. Preencha com mais composto, deixando 1 cm na boca do vaso para você poder regar a planta sem que derrame sobre os móveis.

A grande maioria das plantas aromáticas e medicinais necessitam de sol, pelo menos 3 horas diárias, senão seu desenvolvimento e teor de componentes químicos benéficos são alterados.
Os ambientes mais indicados são : sacadas, terraços, hortas, jardins.
Dentro de casa sem luz solar direta dificilmente sobreviverão.
As regas deverão ser regulares, observando-se a umidade do solo do vaso e do canteiro.

Secagem de folhas aromáticas

Verões quentes com chuvas regulares por vezes propiciam um grande crescimento de folhagem na hortelã e outras plantas. É possível então secar as folhas para uso posterior.
Não há perda das propriedades aromáticas e curativas se for seca à sombra e depois guardada em vidros hermeticamente fechados.
Colhe-se as folhas sem o orvalho formado na madrugada, amarra-se os ramos e coloca-se em um varal para secar, à sombra e em lugar arejado.
Plantas que soltam as folhas facilmente poderão ficar em bandejas forradas de papel.

Selecionar os ramos de plantas sadias, sem doenças ou insetos.
Ramos que estejam sujos de terra poderão ser lavados antes, mas deixá-los àparte dos demais, queremos que percam a umidade para armazená-los.

Quando o aproveitamento medicinal ou aromático é de outras partes da planta, como sumidades floridas ou raízes, o procedimento é o mesmo.
A colheita depois de seco o orvalho, secagem à sombra.

Para as raízes, será necessária a lavagem para retirada da terra, colocando-se sobre jornal em bandejas à sombra e em lugar com circulação de ar.
Após a secagem, armazenar em vidros tampados.

Os assuntos sobre plantas medicinais são infinitos e nos deteremos agora a falar em plantas que podemos ter no jardim e nos beneficiar delas, para tratamento de picadas de insetos, chás para tratamento de garganta, repelir mosquitos e outras coisas simples do nosso dia a dia.

Além de oferecer produtos frescos na hora de preparar as refeições, ter uma plantação de hortaliças rende um certo charme à cozinha. Mesmo quem mora em pequenos apartamentos pode ter uma.

Não é preciso ter muito espaço para cultivar vasos com temperos. Ttentativas frustradas –que levam muita gente a abandonar a idéia de ter sua própria horta- acontecem por causa da falta de cuidados simples.

O primeiro segredo para que mudas de hortelã, alecrim, coentro, cebolinha, salsinha e pimenta, por exemplo, vinguem é a profundidade do vaso em que eles devem ser colocados. Coloque, no mínimo, 15 centímetros de terra.

Outra dica é misturar substratos a ela. Adubo orgânico e calcário são os mais indicados e facilmente encontrados em casas de jardinagem.

Nas primeiras semanas, é recomendável colocar um copo de água nos vasos duas vezes por dia. Quando as folhagens começarem a se formar, uma vez ao dia já será suficiente. Água é essencial, mas colocar muita também não é bom. Ela pode criar um ambiente de proliferação de bactérias que acabam com as plantas.”

Outro cuidado essencial é deixar os vasos em contato com a luz do sol durante seis horas, todos os dias. Quem não tem quintal pode deixá-los na janela da cozinha mesmo.

capim limão
Capim Limão (Cymbopogon ciratus)

O Capim Limão é uma erva originária da Índia e perfeitamente adaptada ao clima do Brasil (principalmente em terras úmidas).

Seu nome popular deve-se ao aroma cítrico exalado por suas folhas. Outras denominações comumente utilizadas para o Capim Limão são: Capim-cheiroso, Capim-cidreira, Patchouli e Erva-cidreira. Trata-se de uma erva relaxante e suas folhas, em forma de chá, acalmam, diminui a ansiedade e incitam o sono.

Por estimular a transpiração, ele ajuda a baixar a febre. Esta erva também diminui os gases intestinais e facilita o trabalho do aparelho digestivo.

Por estimular a lactação, o Capím Limão é indicado para gestantes e lactantes.

plantas medicinais
Os benefícios das plantas medicinais (fitoterápicas) são muitos, comprovados pela sabedoria popular e pela ciência. Porém, como qualquer medicamento, é preciso critérios na hora do uso. Para a troca de experiências e informações, a Copérdia, a Epagri, a Pastoral da Saúde e a Prefeitura de Concórdia realizaram na quinta-feira, 14, o I Seminário do Alto Uruguai Catarinense de Ervas Medicinais no Pavilhão Cinqüentenário.

Uma das palestrantes do encontro, a produtora e pesquisadora Cecília Cipriano Osada, alerta que as plantas, mesmo sendo medicamentos naturais, têm contra-indicações e efeitos colaterais. O ginkgo biloba, por exemplo, ativa a circulação sangüínea e não pode ser usado por quem acabou de fazer uma cirurgia. Já alguns tipos de chás, se tomados em excesso, podem causar sobrecarga nos rins ou efeito tóxico no organismo.

A forma de preparar as plantas fototerápicas também é importante, pois pode anular o efeito das mesmas. A hortelã, se fervida, perde seus princípio ativo. Ao contrário, a canela só libera substâncias benéficas na fervura. A forma de colheita e armazenagem é importante. Nunca se deve utilizar plantas que crescem na beira das estradas, pois essas estão carregadas de metais pesados. O mesmo vale para áreas próximas a lavouras tratadas com agrotóxicos.

Há ainda muita confusão na classificação dessas plantas. A nomenclatura popular varia em cada região é há muitas variedades semelhantes, apesar de não serem indicadas para o mesmo fim. Um desses casos é o alecrim, que tem uma variedade altamente canforada, indicada apenas para uso externo. Confusão semelhante acontece com a erva cidreira, a espinheira santa ou o boldo.

Cecília afirma que o Brasil é o país com o maior potencial no mundo para desenvolvimento de remédios a partir de plantas bioativas. Porém, faltam políticas públicas de incentivo ao uso correto dessas plantas, bem como sua produção comercial e a preservação das matas, onde há muitas plantas úteis ainda a serem descobertas.

De acordo com o pesquisador da Epagri de Itajaí, Antônio Amaury Silva Júnior, a pesquisa científica sobre ervas medicinais é baseada no conhecimento popular. Em muitos casos, o cientista apenas confirma o que o povo já sabe. Em outros, corrige algum erro, seja na indicação ou na forma de uso. “Se a ciência tivesse que ir na mata e fizer a investigação de cada planta isoladamente, seria praticamente impossível, pelo tempo e pelo custo. Hoje a ciência vai buscar o conhecimento básico popular”, afirma, e completa: “na flora mundial, apenas 2% é conhecida de fato. Então, 98% tem que ser descoberta ainda, existem muitos segredos a serem desvendados”.