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Posts para categoria ‘Fungos’

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A identificação de cogumelos permite saber quais os fungos que os produziram e que estão presentes nesse ecossistema, pois cada espécie de fungo investe um cogumelo único e com características particulares. Para, além disso, conhecer os cogumelos permite tirar algum proveito e benefícios, pois existem muitas espécies comestíveis ou com propriedades medicinais, mas também evitar ou manusear cuidadosamente os cogumelos venenosos ou tóxicos.

O processo de identificação é relativamente complicado e complexo, pois, no início, os cogumelos parecem todos iguais. No entanto, uma observação mais cuidadosa, rigorosa e pormenorizada, considerando algumas características morfológicas (macroscópicas e microscópicas), características mais sensoriais, como o cheiro ou sabor (organolépticas) e ecológicas, permite descobrir muitas diferenças e variações entre os cogumelos.

Contudo, na maior parte das vezes, os cogumelos de uma determinada espécie não apresentam rigorosamente todas as características como são descritos na maioria dos guias de identificação, pois como se encontram expostos aos fatores ambientais, como chuva, temperatura e ação dos animais, sofrem modificações constantes.
Para, além disso, ao longo do processo de maturação de um cogumelo, ou seja, desde que surge sob o substrato, tornando-se visível, até ao momento em que se encontra muito deteriorado, o cogumelo sofre alterações morfológicas – forma, cores, textura -, que podem confundir durante o processo de identificação.

Assim, para uma identificação correta e segura deverão ser observados diversos exemplares em diferentes fases de maturação.
Por outro lado, para identificar um cogumelo pela primeira vez, é essencial extraí-lo inteiro, com muito cuidado, do substrato onde se encontra (solo, troncos, ramos, folhas, excrementos), pois existem características diagnosticantes que se encontram enterradas.

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Agaricus Blazei

Os cogumelos aparecem em diversos ecossistemas, quando o teor de umidade do solo e a temperatura são propícios. No entanto, a existência de cogumelos num determinado ecossistema significa que as espécies de fungos produtoras desses cogumelos encontraram, nesse local, as condições ideais para se instalarem.

Estas condições são diferentes entre as espécies e estão relacionadas, principalmente, com o seu modo de nutrição. Além disso, algumas espécies são mais generalistas, ou seja, são menos exigentes e encontram-se em qualquer ecossistema, enquanto outras só aparecem em locais muito restritos.

Assim, a presença de um fungo num determinado local depende da sua biologia, mas também das características ambientais do local, como do tipo de vegetação e de solo, da presença de gado, etc.

borboleta vermelha

Agrocybe_aegeritaAgrocybe aegerita

Os fungos não costumam ter boa fama. Geralmente são associados a doenças ou efeitos tóxicos.
Mas muitos tipos são comestíveis, funcionam como fermentos e são fonte do princípio ativo da penicilina.
Existem algumas espécies de fungos, os micorrízicos, que trazem benefícios para o jardim se forem cultivados junto com outras plantas.

Veja como cultivar estes fertilizantes naturais
1 – Compre esporos de fungos micorrízicos (mycorrhizal) em alguma loja de plantas.
Os esporos são as células reprodutoras que germinarão, dando origem a novos organismos.
Estas células minúsculas em geral são cor de mel, mas podem variar entre amarelo pálido e marrom escuro ou café.

2 – Existem várias técnicas para introduzir os cogumelos no jardim:
* Irrigação: dissolva os esporos dentro de um regador com água e, em seguida, molhe as plantas;
* Semeadura: espalhe os esporos entre as plantas e depois regue a área;
* Adubagem: misture os esporos em um punhado de húmus ou terra de terriço e distribua este adubo sobre a região das plantas.

3 -Dependendo das condições climáticas, em poucos dias você poderá observar os fungos crescendo entre as plantas.
O objetivo da incorporação deste biofertilizante é gerar uma relação simbiótica, ou seja, de mútuo benefício.

Os benefícios para as suas plantas serão:
* Maior utilização dos nutrientes e minerais do solo – o consumo de fósforo e carbono será mais eficiente;

* Melhor fixação das plantas em solos que sofreram erosão ou são pobres;

* Aumento do sistema radicular da planta. O fungo forma agregados no solo, proporcionando melhor estrutura e maior porosidade;

*Maior resistência das plantas em condições de estresse, como ataque de pragas, seca, salinidade ou falta de nutrientes no solo.

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liquens (Small)

Líquen – é formado por um fungo (responsável pela sua estrutura, obtenção de água e sais minerais, além de proteger o líquen dos raios solares) e por uma alga (que forma uma camada paralela à superfície superior e metaboliza os carboidratos). O líquen prolifera nos substratos mais variados: rochas, solo, casca de árvores e madeira. Vivem em ambientes onde nem fungos, nem algas sobreviveriam, tolerando condições climáticas extremas, Apesar disso são sensíveis à poluição, não se desenvolvendo em cidades.

Os líquens são vegetais simbióticos formados pela associação de uma alga microscópica com um cogumelo filamentoso.

Juntamente com os musgos, os liquens são as primeiras plantas a crescer sobre rochas, as quais desgastam por meio de substâncias produzidas por sua atividade biológica. Desse modo permitem que, depois deles, outros vegetais possam crescer sobre estas rochas. Daí seu importante papel nas primeiras etapas de formação dos solos, auxiliando o homem em seu preparo para a agricultura.

Os liquens são associações de fungos e algas, por isso são mais resistentes a variações ambientais e auxiliam no equilíbrio da natureza. Os liquens aquáticos auxiliam na transformação do monóxido de carbono em oxigênio, desintoxicando ambientes aquáticos e equilibrando o ecossistema.

musgos (Small)
Musgo – As vezes confundido com os liquens. São os maiores representantes das briófitas, apresentam 90.000 espécies já classificadas. São plantas avasculares e umbrófitas, ou seja, são desprovidas de vasos condutores de seiva e habitam ambientes sombrios e úmidos.

Algumas espécies de musgos podem ser encontradas em habitats desérticos e ainda formarem extensos tapetes sobre rochas expostas. Apresentam rizóides, caulóides e filóides.

São plantas criptógamas, apresentam o órgão reprodutor escondido e não apresentam flores. Dependem de água para sua reprodução, onde a fase dominante é o gametófito.

Os musgos são plantas de pequeno porte, apresentam poucos centímetros de altura, justamente por não apresentarem vasos condutores. Seu pequeno tamanho facilita o transporte de nutrientes que é feito célula a célula.

No Brasil, existem cerca de 1964 espécies de musgos, mas poucos são os que conseguem identificar as espécies corretamente. No Brasil, podemos encontrar, no máximo, 10 especialistas em identificação de musgos. Os liquens são divididos em quatro tipos: crustáceo, escamoso, foliáceo e arbustiforme.

Este grupo tem uma importância econômica muito limitada. O maior uso comercial é na exploração de espécies do gênero Sphagnum para enfeitar vasos de flores e como condicionador de solo. No exterior, no norte da Europa, já tiveram alguma importância no tratamento de feridas (Sphagnum) e contribuíram para a formação de extensos depósitos de turfa, usada como combustível e condicionador de solo. Existem alguns indícios de Briófitas que produzem substâncias com ação antibiótica, mas não parecem ter sido explorados em escala comercial. São muito sensíveis a pequenas modificações ambientais e funcionam como excelentes indicadores ecológicos em muitos casos.

Apesar do aspecto modesto, os musgos têm grande importância para os ecossistemas. Juntamente com os líquens, os musgos foram as primeiras plantas a crescer sobre rochas, as quais desgastam por meio de substâncias produzidas por sua atividade biológica. Desse modo, permitem que, depois deles, outros vegetais possam crescer sobre essas rochas. Daí seu importante papel nas primeiras etapas de formação dos solos.

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