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Posts para categoria ‘Cactos e Suculentas’

Echinopsis-pachanoi

O cacto San Pedro, também conhecido como cacto São Pedro ou wachuma, é tradicionalmente consumido com fins medicinais, há milhares de anos, em diversas culturas, principalmente no continente sul americano. Além disso, em alguns países, o cacto San Pedro tem um papel religioso, sendo considerado sagrado.

Os cactos sagrados, como o Echinopsis pachanoi é assim conhecido por produzir substâncias com propriedades alucinógenas, do tipo alcaloides, dentre os quais a mais conhecida é a mescalina.

Consumido em rituais religiosos, feitos pelos os antigos povos indígenas que habitavam a América do Sul, o wachuma é considerado um meio de elevar o estado de consciência.

O cacto San Pedro ocorre nativamente em uma vasta região ocupada pelos Andes, em países como Argentina, Bolívia, Chile, Equador e Peru. A espécie Echinopsis pachanoi está adaptada à vida em regiões de altitudes elevadas, em localidades situadas a 2.000 metros acima do nível do mar.

Diversas espécies do gênero Echinopsis são largamente cultivadas e comercializadas como plantas ornamentais.

Em diversos países da América Latina, a espécie botânica Echinopsis pachanoi é conhecida por diferentes nomes populares, tais como sanpedrillo, huachuma, achuma, wachuma ou cactus de San Pedro.

Em países de língua inglesa, esta cactácea é popularmente chamada de San Pedro cactus, assim como no Brasil.

É importante não confundir o cacto San Pedro, Echinopsis pachanoi, com a tocha peruana, Echinopsis peruvianus, uma vez que são espécies distintas, mas com morfologias muito semelhantes.

Echinopsis pachanoi1

Esta é uma planta de porte colunar, que apresenta um crescimento rápido, podendo atingir seis metros de altura, quando cultivado em áreas externas e ensolaradas. Diversos ramos laterais podem ser produzidos, a partir da base da planta principal.

As flores do cacto San Pedro são brancas, com múltiplas pétalas, desabrochando apenas durante a noite. A floração é extremamente curta e não passa de dois dias.

No entanto, grandes touceiras bem formadas de Echinopsis pachanoi podem produzir diversas flores ao longo de semanas.

Quando comparado à maioria das outras cactáceas, que requerem elevadas temperaturas para se desenvolverem bem, o cacto San Pedro é mais tolerante ao frio, por ser de origem andina, habituado às temperaturas mais baixas das regiões de altitudes mais elevadas.

O cacto San Pedro cresce ativamente e aceleradamente durante os meses mais quentes do ano, na primavera e verão. Neste período, as regas podem ser mais frequentes, mas o solo não pode ficar encharcado por muito tempo.

Também é durante esta fase de metabolismo mais ativo que o Echinopsis pachanoi deve ser fertilizado.

A adubação pode ser administrada mensalmente, com uma fórmula NPK, própria para a manutenção de cactos e suculentas. Durante o inverno, quando o crescimento do cacto San Pedro é mais lento, a adubação pode ser suspensa e as regas reduzidas.

Além da fertilização inorgânica, através do fornecimento de sais minerais, este é um cacto que se beneficia de solos mais férteis.

Neste contexto, um bom substrato para o cultivo do cacto San Pedro deve conter uma parte de terra vegetal, uma parte de composto orgânico, que pode ser esterco curtido ou húmus de minhoca, e uma parte de areia grossa de construção, um terço de cada material.

É sempre bom evitar o uso da areia da praia, que contém elevados níveis de salinidade, prejudiciais ao desenvolvimento das raízes.

Echinopsis pachanoi-4

O vaso ideal para o cultivo do Echinopsis pachanoi é aquele que tenha um peso suficiente para evitar o tombamento da planta, cujo centro de gravidade é muito elevado.

Geralmente, vasos de barro, cerâmica ou cimento são boas opções, desde que tenham furos no fundo e uma camada de drenagem.

É importante que o vaso não seja muito grande, em relação ao tamanho da planta. Ele deve ser proporcional, evitando o uso de uma grande quantidade de substrato, que demora mais para secar e pode causar o apodrecimento das raízes.

Para que o substrato arenoso não escape pelos furos, durante as regas, uma manta geotêxtil pode ser posicionada sobre os pedriscos da camada de drenagem.

Muitos cultivadores têm reaproveitado os filtros de café usados, para esta finalidade. O importante é que o material deixe a água escoar livremente, ao mesmo tempo em que retém o substrato e as raízes do cacto San Pedro.

Existem diversas variedades desta cactácea, que podem apresentar espinhos mais ou menos agressivos. Há, inclusive, exemplares que quase não apresentam espinhos.

Este detalhe é importante de ser observado, caso o cacto San Pedro fique em um local de passagem de pessoas, ou em ambientes visitados por crianças e pets.

Ainda neste sentido, deve-se evitar que estes pequenos curiosos façam a ingestão acidental do Echinopsis pachanoi. Como bem sabemos, trata-se de um cacto rico em substâncias alucinógenas, que não podem ser consumidas indiscriminadamente.

Ainda que prefira o sol direto dos ambientes externos, o cacto San Pedro pode sofrer queimaduras, caso exposto a uma radiação solar muito intensa, nas horas mais quentes do dia.

É aconselhável protegê-lo desta situação, principalmente no verão, em localidades onde as temperaturas costumam ser muito elevadas. Sempre lembrando que o Echinopsis pachanoi é uma espécie andina.

Por este motivo, o cacto São Pedro pode ser uma boa opção para o paisagismo de ambientes internos.

Echinopsis pachanoi

Caso seja cultivada em vasos, dentro de casas e apartamentos, é importante que esta cactácea receba bastante claridade, com o maior número possível de horas de sol diárias. Esta é uma excelente opção para jardins de inverno, varandas e coberturas.

Caso falte luminosidade durante o desenvolvimento do cacto San Pedro, a planta tenderá a se tornar estiolada, crescendo de forma mais acelerada, porém, ficando com o caule mais fino e frágil.

O excesso de nitrogênio na adubação também tende a provocar o estiolamento do Echinopsis pachanoi.

A multiplicação do cacto San Pedro pode ocorrer através de sementes, que são surpreendentemente consideradas de fácil germinação e cultivo, ou através de estacas retiradas da planta principal.

Neste caso, é importante deixar o segmento cortado descansando, em um local fresco e sombreado, por alguns dias, até que o ferimento cicatrize.

Ainda que possa ser um pouco controverso, devido aos elementos químicos nele contidos, o cacto San Pedro, ou cacto São Pedro, é uma magnífica planta ornamental. Suas majestosas colunas tornam-se o ponto focal em qualquer ambiente, seja uma sala ensolarada ou um jardim de inspiração desértica.

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rabo-de-macaco

Os amantes de plantas suculentas, particularmente as cactáceas, costumam ter adoração por estes longos cactos colunares em forma de caudas de animais. Dentre eles, o cacto rabo de macaco é, sem dúvida, o mais popular.

Trata-se da espécie botânica Hildewintera colademononis, que também pode ser encontrada como Cleistocactus colademononis.

Sua característica mais marcante é a superfície coberta por espinhos longos, finos e macios, cuja aparência nos remete à cauda de um animal peludo. Apesar da grande quantidade de espinhos, estas estruturas não são agressivas, de modo que o cacto rabo de macaco pode ser manuseado sem maiores problemas.

No topo do post uma foto de quando a planta ainda é bem jovem. Com o tempo, o cacto rabo de macaco vai se alongando, fazendo jus ao seu apelido, e adquirindo a característica de uma planta pendente.

Cada coluna pode atingir grandes proporções, além de se ramificar com facilidade, gerando novas mudas. O aspecto de uma touceira madura, bem cheia e encorpada, é de uma beleza espetacular.

Como se não bastassem os longos caules peludos, que podem ultrapassar os dois metros de comprimento, o rabo de macaco ainda pode produzir belas e vistosas flores avermelhadas, bastante ornamentais.

Hildewintera_colademononis

A espécie botânica é endêmica do departamento de Santa Cruz, na Bolívia, mais especificamente da província Florida. Isto significa que, em todo o mundo, o cacto rabo de macaco só é encontrado nativamente nesta localidade.

Trata-se de uma planta cujo hábito de vida se assemelha ao de famosos cactos epífitos, de porte pendente, tais como o cacto sianinha (Selenicereus anthonyanus) cacto macarrão (Rhipsalis baccifera) ou a flor de maio (Schlumbergera truncata),

No entanto, no caso do cacto rabo de macaco, o termo mais apropriado refere-se ao seu crescimento epilítico, litófilo ou rupícola, já que a planta cresce pendente, aderida às rochas que se elevam em meio às florestas bolivianas adjacentes. Quanto mais madura esta cactácea se torna, mais longos ficam seus caules.

Além disso, os abundantes espinhos também vão se tornando mais compridos, com o passar dos anos, de modo que uma planta madura adquire um interessante e exótico aspecto densamente peludo, na coloração branca.

A aparência é similar à fase jovem do cacto cabeça de velho (Cephalocereus senilis), só que os pelos do cacto rabo de macaco são mais longos e bem penteados.

Contrariando a imagem típica que temos dos cactos, torrando sob o  sol pleno, o rabo de macaco não pode ser exposto aos raios solares de forma direta, principalmente nas horas mais quentes do dia, durante o verão.

Esta cactácea aprecia um local com bastante luminosidade, mas indireta ou filtrada por uma tela de sombreamento. Sob estas condições de cultivo, o cacto rabo de macaco apresenta um rápido crescimento, alongando-se com facilidade.

Hildewintera Colademononis

Para que a planta se desenvolva de forma apropriada, é importante fornecer-lhe um substrato bem aerado, rapidamente drenável, típico para o cultivo da maioria das cactáceas.

Existem misturas próprias para o cultivo de cactos e suculentas, à venda em lojas especializadas. Alternativamente, pode-se misturar terra vegetal e areia grossa de construção, em partes iguais.

O vaso para o cultivo do cacto rabo de macaco pode ser de plástico ou barro. O importante é que ele não seja muito pequeno, já que as raízes precisam de espaço para crescerem e garantirem um bom desenvolvimento da planta.

Também é essencial que o recipiente tenha furos no fundo e seja montado com um sistema eficiente de drenagem, composto por pedrisco, brita ou argila expandida.

Para que a terra e areia não fiquem escapando pelos furos, pode-se posicionar uma manta geotêxtil sobre esta camada, antes da adição do substrato arenoso.

Como acontece com todas as suculentas e cactáceas, as regas devem ser feitas com moderação, de modo a não deixar o solo encharcado por muito tempo. Como uma regra geral, devemos regar apenas quando o substrato estiver bem seco, independentemente da periodicidade.

Durante o inverno, quando o cacto rabo de macaco se desenvolve mais lentamente, e a evaporação diminui, em função das temperaturas mais baixas, é aconselhável reduzir a frequência das irrigações.

Ainda que se adapte bem dentro de casas e apartamentos, o cacto rabo de macaco precisa de um bom nível de luminosidade para que possa produzir suas belas florações avermelhadas.

O ideal é posicioná-lo próximo a uma janela bem iluminada, protegida do sol direto nas horas mais quentes do dia. Uma adubação mais rica em fósforo também irá estimular a planta a florescer.

Outro fator que ajuda na floração é a clara demarcação das estações do ano. No caso do rabo de macaco, é importante que a planta passe por um período mais frio, durante o inverno, para sinalizar que sua floração ocorrerá nas estações seguintes, primavera e verão.

A propagação do cacto rabo de macaco é relativamente simples, podendo ocorrer através de sementes ou cortes da planta principal. Neste último caso, é importante que os segmentos seccionados descansem por algumas horas ou dias, até que o corte fique bem cicatrizado.

Para se evitar infecções fúngicas ou bacterianas, a canela em pó pode ser salpicada nas áreas cortadas. Somente então, estas estacas podem ser normalmente plantadas, em um substrato arenoso e apropriado para cactos e suculentas.

O recomendável é que este processo seja realizado durante a primavera, de modo a garantir alguns meses de temperaturas mais altas, nos quais o metabolismo do cacto rabo de macaco está mais ativo.

Hildewintera Colademononis

A multiplicação através de sementes, embora seja mais demorada, é bastante interessante. Ao contrário de outras plantas, que são mais desafiadoras nesta questão, o cacto rabo de macaco pode germinar com facilidade, a partir de sementes.

O maior desafio é ter paciência para cultivar as plântulas até a idade adulta, já que o processo pode levar anos. Existem algumas empresas idôneas que comercializam sementes de cactos, em envelopes lacrados. O pequeno problema é que não sabemos o que nascerá a partir delas, já que são sortidas.

Para quem gosta de plantas diferentes e chamativas, o cacto rabo de macaco é a escolha ideal. Em qualquer ambiente, um vaso suspenso, com os longos caules peludos e pendentes desta cactácea, costuma roubar a cena.

Principalmente quando temos o privilégio de sermos contemplados com as belas florações do rabo de macaco.

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O gênero Tradescantia é mais frequentemente associado a plantas utilizadas no paisagismo como folhagens ornamentais e forrações. É o caso do Lambari-roxo, Traproraba-roxa e o famoso Abacaxi-roxo, entre outras belíssimas espécies.

Suas folhas trazem colorido e diversidade aos ambientes, já que frequentemente apresentam várias nuances de rosa, lilás e púrpura. São conhecidas por sua resistência e facilidade de cultivo.

Além disso, crescem com bastante rapidez e propagam-se prontamente, formando densas touceiras.

No entanto, há neste seleto grupo uma planta com uma característica única, totalmente diferente das demais espécies, a Tradescantia sillamontana.

Provavelmente menos conhecida, a mais monocromática entre as representes do gênero Tradescantia, esta é uma espécie suculenta, que apresenta o curioso diferencial de ter sua superfície, folhas e caules, recoberta por pelos que lembram teias de aranha.

Aqui no Brasil, há quem a chame de suculenta teia de aranha. Outros nomes populares para esta espécie são veludo branco e Tradescantia lanosa.

A Tradescantia sillamontana pertence à família botânica Commelinaceae e é endêmica do estado de Nuevo León, no México. Isto significa que ela não é encontrada naturalmente em nenhum outro lugar do mundo.

Por ter sido descoberta em uma montanha chamada Cerro della Silla, a espécie recebeu o nome científico sillamontana. Evidentemente, sua aparência exótica e diferenciada incentivou sua utilização como planta ornamental, no cultivo doméstico, sendo hoje difundida em coleções por todo o globo.

A densa penugem não é um mero enfeite. Estas estruturas que recobrem a planta ajudam a protegê-la da incidência intensa dos raios solares, bem como reduzir a perda de água por evaporação.

Cada pelo é denominado tricoma. Tecnicamente falando, trata-se de um apêndice da epiderme vegetal. Lembrando que a Tradescantia sillamontana, ao contrário de suas parentes, é uma suculenta, adaptada à vida em ambientes áridos.

Tradescantia sillamontana

Embora mais discreta, a Tradescantia pallida purpúrea, popularmente conhecida como trapoeraba-roxa, também possui a folhagem coberta por tricomas.

Por esta razão, apesar de ser uma planta de fácil cultivo, a suculenta teia de aranha deve ser regada com cautela, evitando-se excessos. Durante este procedimento, deve-se evitar molhar as folhas, que podem apodrecer devido ao excesso de umidade.

Todos os cuidados típicos recomendados para se cuidar de suculentas aplicam-se à Tradescantia sillamontana. Neste sentido, é preciso verificar o solo, com a ponta do dedo, para aferir o nível de umidade.

Devemos regar a planta apenas quando a terra estiver completamente seca, independentemente da periodicidade. Para evitar o acúmulo de água, o uso do pratinho sob o vaso deve ser abolido.

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O vaso para o plantio da Tradescantia sillamontana pode ser de barro ou de plástico. É importante ter em mente que o plástico retém a umidade por mais tempo. Desta forma, as regas precisam ser mais espaçadas.

Em ambos os casos, os vasos precisam ter uma boa camada de drenagem no fundo, que pode ser composta por pedrisco, brita ou argila expandida. Uma manta geotêxtil por cima desta camada ajuda a reter o solo, impedindo que ele escape pelos furos durante as regas.

Observando o habitat original da Tradescantia sillamontana, de natureza árida, fica fácil inferir que o melhor substrato para o cultivo desta suculenta é aquele mais arenoso. Existem misturas próprias para o cultivo de cactos e suculentas, à venda em lojas especializadas.

Alternativamente, basta misturar terra vegetal e areia grossa, em partes iguais, para formular um substrato caseiro adequado. Não é necessário adicionar muito material orgânico, como esterco curtido ou húmus de minhoca, já que esta Tradescantia está habituada a solos pobres em nutrientes.

De qualquer forma, para garantir boas florações, é interessante fazer uma adubação mais rica em fósforo, a letra P do NPK, muito embora as flores da Tradescantia sillamontana sejam consideradas de importância ornamental secundária. Eu as adoro, acho um charme.

Apesar de apreciar bastante luminosidade, é sempre bom evitar o sol direto, nas horas mais quentes do dia. Caso a Tradescantia sillamontana seja cultivada no interior de casas e apartamentos, é importante que ela fique posicionada próxima a uma janela bem iluminada.

Quando há luz insuficiente, em ambientes muito sombreados, a planta dificilmente florescerá. Além disso, ela tende a ficar estiolada, situação em que seu caule cresce aceleradamente, ficando mais fino e comprido.

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Este comportamento é uma adaptação à falta de luminosidade. Quanto mais luz a planta receber, mais denso e compacto será seu porte.

A floração da Tradescantia sillamontana ocorre durante o verão. Neste aspecto, as flores são bem similares às encontradas nas outras espécies do gênero. São solitárias, em um belo tom magenta, portando três pétalas.

O interessante é que até mesmo os botões florais são recobertos por tricomas, ficando com a característica aparência peluda de toda a planta.

Ao contrário da maioria das espécies do gênero, que possui um hábito prostrado, ficando com os caules pendentes, a Tradescantia sillamontana apresenta um porte mais ereto. Com o tempo, a planta vai ficando cada vez mais alta e comprida, principalmente quando cultivada em interiores.

Neste momento, para evitar que os caules tombem, é interessante fazer uma poda. As ponteiras podem ser plantadas separadamente, gerando novas mudas. Não há necessidade de colocá-las em água para enraizarem.

Alternativamente, pode-se plantá-las no mesmo vaso, causando o adensamento da touceira. A parte cortada brota novamente, continuando a crescer sem problemas. A Tradescantia sillamontana propaga-se facilmente através de estacas ou divisão de touceira.

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É normal que as folhas mais antigas, localizadas na parte inferior da planta, amarelem e sequem. É aconselhável retirá-las, de tempos em tempos, para evitar que se transformem em locais de abrigo para pragas como cochonilhas e pulgões.

Para quem aprecia espécies suculentas e felpudas, de fácil cultivo, e dispõe de um local bem iluminado, esta é uma interessante indicação.

A Tradescantia sillamontana adiciona um ponto exótico de interesse à coleção, quebrando a monotonia das folhagens sempre verdes com sua aparência peluda e esbranquiçada. As minúsculas flores solitárias, em magenta, dão o toque final à composição.

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Sedum rubrotinctum

Dentre as suculentas coloridas, a espécie popularmente conhecida como dedinho de moça, Sedum rubrotinctum, é a que mais se destaca pela esfuziante variedade de colorações em suas folhas, que se modificam conforme a luminosidade à qual a planta é exposta.

Muitas suculentas apresentam este comportamento de camaleão, mudando radicalmente sua aparência, conforme o local em que são cultivadas.

O apelido curioso desta espécie botânica originou-se do fato de as pontas das folhas, cilíndricas e gorduchas, ficarem tingidas de vermelho, como os dedos de uma dama com unhas pintadas.

No exterior, a suculenta dedinho de moça costuma ser conhecida por um nome popular ainda mais curioso, jelly beans succulent, devido à aparência de jujubas de suas folhas. Até a textura e o aspecto lustroso são parecidos com aquelas balinhas de mascar.

Trata-se de uma espécie originária do México. Há ainda uma outra corrente de pesquisadores que afirmam se tratar de um híbrido primário entre Sedum pachyphyllum e Sedum stahlii. Neste caso, a grafia correta seria Sedum x rubrotinctum.

As suculentas do gênero Sedum pertencem à família botânica Crassulaceae, repleta de espécies frequentemente cultivadas com fins ornamentais. São plantas que apresentam uma grande variabilidade quanto aos seus aspectos vegetativos, havendo representantes arbustivos, outros rasteiros, formando densos tapetes, além daqueles cujo hábito é pendente.

Sedum rubrotinctum

Em comum, todas estas espécies, incluindo a suculenta dedinho de moça, apresentam a necessidade de uma grande exposição à luz solar, para um bom desenvolvimento. Quanto maior for a luminosidade no ambiente de cultivo, mais compacta será a disposição das folhas.

Nos casos em que estas suculentas são cultivadas em locais muito sombreados, existe uma grande tendência ao crescimento estiolado, no qual a planta se torna fina e comprida, com um grande espaçamento entre as folhas.

Além disso, particularmente no caso do Sedum rubrotinctum, a exposição ao sol intensifica o colorido de suas folhas suculentas. O mesmo não acontece com as demais espécies acima mencionadas, cuja coloração não se altera significativamente em resposta à luminosidade.

A suculenta dedinho de moça é predominantemente verde, quando cultivada em locais à meia sombra, adquirindo diversas nuances de amarelo, laranja e vermelho, quando exposta à luz solar direta.

Quando bastante estressada, em ambientes de muita luminosidade, a planta pode adquirir um aspecto nas tonalidades de bronze ou púrpura.

Ainda que a suculenta dedinho de moça adapte-se ao cultivo tanto em ambientes mais sombreados como sob sol pleno, é importante fazer a transição de forma gradativa.

Uma planta acostumada ao cultivo em interiores pode ter suas folhas queimadas, caso seja repentinamente exposta à luz solar direta. O problema no sentido inverso também ocorre. Neste caso, a planta tende a estiolar rapidamente.

sedum-rubro-sedum-rubrotinctum

Tomando-se estes cuidados, a suculenta dedinho de moça pode ser tranquilamente cultivada dentro de casas e apartamentos. Basta que o local receba bastante luz e tenha uma boa ventilação.

O Sedum rubrotinctum é de fácil cultivo e propaga-se facilmente. É comum que, durante o manuseio da planta, algumas folhas sejam facilmente destacadas do caule. Neste caso, basta colocá-las em um berçário de suculentas e aguardar pelas brotações, que irão gerar novas mudas.

Frequentemente, este processo ocorre de forma espontânea, sem que precisemos nos preocupar com o desenvolvimento dos bebês. Com o tempo, o vaso vai formando grandes touceiras repletas de dedinhos de moça.

Outra forma bastante tranquila de se propagar esta suculenta é através do método da decapitação. Quando o Sedum rubrotinctum se torna muito comprido, pescoçudo, pode se tornar desejável fazer uma poda drástica.

Para tanto, basta cortar a roseta apical e plantá-la separadamente, o que irá resultar em uma nova planta. Durante este processo, é aconselhável aguardar algumas horas ou dias, até que o corte fique bem cicatrizado, antes de colocá-lo em contato direto com o solo. Desta forma, prevenimos o apodrecimento da estaca pelo ataque de fungos ou bactérias.

Devido à sua grande capacidade de armazenar água, a suculenta dedinho de moça sobrevive a longos períodos de estiagem. Sendo assim, esta é uma planta de fácil cultivo e baixa manutenção.

Sedum rubrotinctum4

O único cuidado a ser tomado é quanto ao excesso de regas. É importante aguardar que o solo seque completamente, antes de regar novamente.

Para garantir que a umidade não se acumule em torno das raízes do Sedum rubrotinctum, o ideal é utilizar um substrato apropriado para o cultivo de cactos e suculentas, que já é vendido pronto para o uso.

Alternativamente, pode-se preparar uma versão caseira, através da mistura de terra vegetal e areia grossa de construção. A mistura deve ser bem aerada, facilmente drenável e não compactada.

Também é importante que o vaso tenha uma boa camada de drenagem, no fundo. É interessante utilizar uma manta geotêxtil, entre o substrato e o material de drenagem, para evitar que a areia escape pelos furos inferiores.

Não é necessário adicionar matéria orgânica ao substrato, como esterco de galinha ou estrume curtido. A suculenta dedinho de moça está habituada a solos pobres em nutrientes, em seu habitat de origem.

Uma adubação de manutenção, do tipo NPK, própria para cactos e suculentas, é mais que suficiente para garantir um bom desenvolvimento do Sedum rubrotinctum.

Sedum rubrotinctum

Convém salientar que uma adubação em excesso, principalmente aquela rica em nitrogênio, contribui para que a planta cresça de forma estiolada, adquirindo um aspecto esteticamente desagradável.

Por fim, é preciso alertar os cultivadores da suculenta dedinho de moça quanto à toxicidade de suas folhas com aspecto de jujubas.

Como são muito fofinhas e coloridas, estas estruturas tendem a atrair a atenção de crianças pequenas e animais de estimação.

No entanto, sua ingestão acidental pode causar problemas gástricos. É importante deixar esta planta fora do alcance de pequenos curiosos.

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