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Posts para categoria ‘Cactos e Suculentas’

suculentas

A primeira ilustração de uma suculenta “Kalanchoe citrina” foi descoberta em 1989 nas paredes do grande templo de Thutmosis III (1501 – 1447 a.c.) em Karnak, Egito. Este rei egípcio ficou conhecido e lembrado como grande explorador militar, especialmente na vizinha Síria.

Nas 17 expedições que fez ele trouxe para o Egito muitos exemplares de novos animais e plantas saqueados nas suas andanças. Assim seu templo próximo de Luxor é repleto de ilustrações.

Muitas delas sem identificação (poderiam ter sido estilizadas ou fantasiadas) mas outras eram perfeitamente identificáveis. Entre elas o “Kalanchoe citrina”. Provavelmente Karnak foi o primeiro Jardim Botânico do mundo e o jardineiro responsável chamava-se Nekht. Sua tumba foi descoberta em Thebes.

As suculentas só foram reconhecidas como um grupo à parte no século dezessete.
As datações de carbono mostram em fósseis de suculentas encontradas que as espécies mais antigas têm 24.000 anos.

Os dois primeiros livros publicados sobre suculentas foram de Richard Bradley(1716-27) e o outro de De Candolle e ilustrações de Redouté (1799-1837). Ambos iam sendo publicados por partes e ambos ficaram incompletos.

Na América sabe-se que há 9.000 anos atrás Agaves e Cactos eram usados na alimentação no México. Há mais de 2.000 anos no México também o Peiote (Lophophora williansii) era usado em cerimônias religiosas e por jovens (como droga).

Dedo De Moça (Sedum Burrito)

Por conter mescalina e outros alcalóides produzia visões coloridas e euforia.
Na Europa os Aloes e as Euphorbias eram muito usados por suas propriedades medicinais e outras utilidades.

Características das Suculentas
As suculentas são plantas que acumulam água em um ou mais de um dos seus tecidos. Por serem de regiões secas precisam de uma reserva para os longos períodos de estiagem. Elas podem armazenar água nas raízes, caules, troncos, folhas etc.

Por isso muitas vezes elas apresentam folhas, troncos ou o caule “gordinhos” cheio de água, daí o nome “Suculentas”.

As suculentas usam alguns “truques” para diminuir a perda de água como envolver as folhas com uma fina película de cera ou uma camada bem densa de espinhos para fazer sombra no corpo da planta.

Muitas suculentas desenvolveram também um metabolismo diferente, chamado CAM (metabolismo do ácido crassuláceo), onde as plantas fecham os estômatos durante o dia e os abrem durante a noite. Estômatos são pequenas aberturas nas folhas que absorvem o dióxido de carbono enquanto as raízes absorvem água.

O alimento para a planta é produzido pela fotossíntese, combinando a água e o dióxido de carbono para produzir açúcares. Nesse processo (fotossíntese) o oxigênio é produzido e liberado no ar.

suculenta

No caso das suculentas o dióxido de carbono absorvido durante a noite é liberado gradativamente durante o dia, e também combinado com vários ácidos orgânicos (ácido málico). Durante o dia este ácido é transformado em açúcar pela ação da fotossíntese. As suculentas são sempre de região seca; porém podem ser de regiões secas quentes ou regiões secas frias como Alpes ou Balcãs (Sempervivum).

As espécies de suculentas são em torno de 22.000, sendo 2.000 espécies de cactos.
As suculentas não são uma família, mas um grupo de plantas.

Fazem muita confusão também entre cactos e suculentas. Os cactos são de uma família do grupo das Suculentas (Cactaceae). Todo cacto é uma suculenta, mas nem toda suculenta é um cacto.

Nós fazemos classificação das Suculentas, quanto à luminosidade da seguinte maneira: * Muita luminosidade, sem sol direto.
* Sol durante o dia.
* Sol pleno.

suculenta-2

Necessidades ou cuidados mínimos
Cultivo:

1. Solo
As suculentas de maneira geral preferem solos ricos e bem drenados. Nunca se deve misturar areia na terra preparada para as suculentas porque “soca” demais. Devemos usar uma fibra natural, casca de pinus, pedriscos (tipo o que sobra de peneirar uma areia lavada grossa).

Normalmente nós misturamos um substrato comprado no mercado de alguma firma idônea, misturado com a fibra e um pouco de terra vermelha de sub-solo de barranco. Acrescentamos para o plantio uma fonte de fósforo, cálcio e magnésio e depois fazemos adubações de cobertura periódicas.

2. Luminosidade
É um dos grandes segredos do sucesso no cultivo das suculentas. É Normalmente todas elas gostam de muita luz e morrem ou se descaracterizam na falta dela.

Elas são divididas em verdes (ex. Rhipsalis, Hatiora, Gasteria e Haworthias) que precisam de muita luz, mas não de sol diretamente. As amarelas (ex. Echeverias, Crassulas) que precisam de luz pelo menos uma parte do dia. As vermelhas (ex. Kalanchoe tyrsifolia, Crassula capitela) que precisam de sol pleno, o dia todo.

3. Irrigação
Este é outro ponto crítico para o cultivo de suculentas. A regra básica é regar abundantemente 1 vez por semana no verão e de 15 em 15 dias no inverno (ou no verão se o tempo estiver chuvoso ou nublado).

Deve-se molhar como uma “tempestade”, inclusive folhas e tudo. Não tem problema! Não pode é “borrifar” água, que aumenta a umidade relativa do ar em volta da planta nem usar prato embaixo do vaso.

É importante colocar brita, cacos de cerâmica ou argila expandida no fundo dos vasos para facilitar a drenagem do excesso de água.

Outra coisa interessante é utilizar pedrinhas cobrindo a superfície do vaso o que faz com que a água passe por aquele espaço sem se acumular alí, indo direto para as raízes. Isto evita muito o apodrecimento do colo da planta (pescoço), parte muito sensível a tombamento.

Echeveria agavoides

Vale lembrar que toda regra tem exceção, que vasos expostos ao sol direto e/ou vento necessitam de mais água que outros mais protegidos. Também tem alguns cactos de mata Atlântica como os Rhipsalis que gostam de regas mais frequentes.

A adubação deve ser feita periodicamente, sem exageros principalmente de nitrogênio para evitar que a planta cresça muito verticalmente. Normalmente após o plantio das mudas em vasos reduzimos a adubação até o vaso “firmar” e ir para o mercado para que as plantas “se comportem” não precisando serem trocados para vasos maiores com muita frequência.

As suculentas são plantas fáceis de serem cultivadas principalmente seguindo-se as regras da luminosidade e rega. Sua multiplicação é feita por semente ou por partes das plantas como folhas.

Também é possível fazer mudas por estacas o que acelera bastante o processo de multiplicação. Há plantas fáceis e rápidas de multiplicar e outras já muito lentas para crescer e até amadurecer para se conseguir sementes. Alguns Agaves podem levar até vinte anos ou mais para florescer.

As suculentas têm sido muito procuradas pela praticidade (regas semanais) e pela procura por novidades, plantas com aspectos diferentes ou curiosos. Como são muito diversas podem se adaptar bem a canteiros ou vasos.

Vai depender da espécie a ser plantada, da maneira adequada de plantar, observando a luminosidade e a drenagem principalmente. As suculentas preferem vasos de barro (queima de “biscoito”), não vitrificados, e que de preferência sejam rasos e largos, tipo “bacia”.

suculentas-mix
Para montar um jardim de suculentas devemos combinar espécies que tenham a mesma necessidade básica de luz e frequência de regas para facilitar o manejo, inclusive dos setores da irrigação automatizada, se tiver.

As suculentas devem ser plantadas fazendo-se pequenas elevações no terreno, utilizando pedras e pedriscos e naturalmente utilizando as mantas tipo bidim para ajudar na drenagem.

Ficam muito bonitas em jardineiras de apartamentos, onde elas são protegidas do excesso de chuva por uma marquise. Jardim de inverno nem pensar! Não conheço nenhum que tenha dado certo com suculentas e raríssimas exceções com outros tipos plantas.

lagoinha

Pachyphytum compactum

A planta-diamante, também conhecida como planta-jóia e pedra-preciosa. É uma espécie de planta originária do México, e que chama a atenção de colecionadores por suas folhas multifacetadas, como se tivessem sido lapidadas igual uma pedra preciosa.

Trata-se de uma suculenta pertencente à família Crassulaceae, cuja principal característica é a formação de densas rosetas compostas por folhas alongadas, cilíndricas e com as extremidades em ogivas, como pequenos zeppelins.

Estas estruturas suculentas são densamente imbricadas e lembram cristais multifacetados. A impressão que se tem é que foram lapidadas individualmente, como diamantes.

As cores e formas variam do verde claro ao acinzentado, com pontas avermelhadas, mas podem mudar de acordo com a cultivar e com as intempéries, tendendo a ser mais verdes e alongadas sob meia sombra e mais coloridas e compactas sob sol pleno, frio e estiagem.

Pachyphytum compactum

Floresce eventualmente, despontando acima da folhagem flores em forma de sino de cor amarela, laranja ou rósea.

É uma planta única, de aspecto duro como pedra, mas extremamente delicada. É preciso ter muito cuidado ao manusear a espécie em replantios e divisões, pois suas folhas se soltam com muita facilidade.

Não obstante, cada folhinha solta é uma excelente forma de propagação que deve ser aproveitada. Apresenta crescimento lento a moderado, mas vale muito à pena ter essa pequena jóia na sua coleção de suculentas.

Sua textura e cores diferentes são uma excelente combinação para outras espécies, ou mesmo na formação de um denso tapete em vasos e jardineiras, adornados com pedriscos que valorizem sua folhagem.

Seu cultivo deve sob sol pleno ou meia sombra, em substrato próprio para cactos e suculentas, leve, arenoso, perfeitamente drenável e enriquecido com matéria orgânica.

A irrigação deve ser esparsa, permitindo que o substrato seque entre as regas. As regas assim são mais frequentes na primavera e verão, e bastante reduzidas no outono e inverno.

Pachyphytum compactum

Como muitas suculentas, a planta diamante não tolera encharcamentos, que levam ao rápido apodrecimento das raízes, assim, evite utilizá-las em terrários sem drenagem ou com pratos sob os vasinhos.

Não resiste bem ao frio intenso por tempo muito prolongado. Evidencia cores, formas e contrastes mais vibrantes quanto exposta ao sol, estiagem e frio.

Sua multiplicação é feita facilmente por estaquia das folhas, além da separação das novas rosetas que se forma entorno da planta mãe.

Deixe as folhas e rosetas novas para cicatrizar por 24 horas na sombra antes do plantio.

trovador

Graptopetalum paraguayense

A planta-fantasma é uma suculenta procedente do México, que pertence à família Crassulaceae. Esta planta carnuda é também conhecida pelo nome Sedum Weinberg.

As folhas são carnudas e lanceoladas, com tonalidades azuladas, cinzentas esbranquiçadas, ligeiramente rosadas ou arroxeadas, dependendo do meio em que vivem.

Estão revestidas por um pó fosco, que lhes dá uma aparência fantasmagórica e que desaparece nos pontos onde se passa a mão. Apresentam-se dispostas em forma de roseta, no ápice de ramos com tendências pendentes.

As flores surgem na Primavera, são brancas e pequenas, com formato de estrela. Agrupam-se numa longa haste floral, que surge do centro da roseta, porém não apresenta grande valor ornamental.

É utilizada em canteiros, vasos, floreiras e jardins rochosos, assim como planta de interior.

Graptopetalum paraguayense

Cultivo
Não necessita de muitos cuidados. Prefere sol pleno, mas adapta-se a ambientes de meia-sombra. O solo deve ser bem drenado e as regas pouco frequentes.

Uma das características desta planta é o facto de ser frágil e as suas folhas caírem muito facilmente quando manuseadas. No entanto, estas desenvolvem facilmente um sistema radicular, dando origem a uma nova planta.

Cuidados com a planta-fantasma
* Condições de cultivo: Prefere uma boa exposição solar, mas suporta lugares de meia sombra. Quando pega mais sol as folhas exibem uma ligeira tonalidade rosada.
Apesar de preferir climas quentes, tolera uma ampla gama de temperaturas.

Quando cultivada em interior, deve ser afastada dos aparelhos de aquecimento. Suporta bem os ambientes secos. O solo deve conter uma percentagem de areia, de modo a facilitar a drenagem.

Graptopetalum paraguayense

* Rega: As regas devem ser moderadas na época quente e escassas no Inverno. Evite sempre o encharcamento e ao regar evite molhar as folhas carnudas. Permita que a terra seque entre as regas.

O excesso de água pode provocar o apodrecimento das raízes ou provocar o aparecimento das doenças fúngicas, como o oídio. Quando os caules e as folhas apresentam um aspecto mais delgado, poderá ser um indicativo de falta de água.

* Cuidados: A planta fantasma é das suculentas mais resistentes que eu conheço, não necessita de muitos cuidados e sobrevive sob condições bastante adversas. Poderá adubá-la a cada 20 dias com um adubo indicado a suculentas, na época de crescimento entre a Primavera e Verão.

rosa-de-pedra

A planta pode mudar a sua cor (variando do branco ao cinza, podendo assumir tonalidades de azul, cor-de-rosa ou verde), dependendo da constituição do solo onde vive e da sua localização.

Para mantermos a coloração e o aspecto característico das folhas, estas precisam de sol direto. Esta espécie é muito semelhante à Echeveria, com a qual híbrida frequentemente.

Por vezes, aparecem indicações que as suas folhas são utilizadas em Taiwan na medicina tradicional.

planta-fantasma

Multiplicação da planta-fantasma
Propaga-se muito facilmente por meio das folhas. Elas têm uma grande capacidade de sobrevivência, enraízam espontaneamente e rapidamente dão origem a uma nova planta, até nos sítios que nos parecem mais improváveis.

Também se multiplica por semente, por estacas de ponta de caule ou pela separação dos rebentos novos que nascem à volta da roseta.

Curiosidades da planta-fantasma
É utilizada para decorar a cassa e o jardim, seja em canteiros, jardim rochosos em conjunto com outras suculentas, vasos pendentes ou floreiras.

Quando cultivadas continuamente no exterior, mostram maior resistência, superam melhor as baixas de temperatura e o excesso de água que advêm da chuva.

As folhas caem muito facilmente e muitas vezes nem é preciso colocá-las no berçário, elas desprendem-se e originam novas plantas, mesmo sem contato com a terra.

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Espironema

A espironema é uma planta, suculenta, de folhagem e florescimento ornamentais. Pertence à família Commelinaceae e sua origem é da América Central.

Seu caule é curto e emite ramificações que podem originar novas plantas. Suas folhas apresentam-se dispostas em rosetas, de aspecto triangular, textura suculenta e cerosa, de cor verde clara e com margens destacadas, bem claras.

As folhas mais velhas adquirem tons avermelhados. Floresce o ano todo, despontando longas hastes florais, com cerca de 30 cm de altura, carregadas de florzinhas roxas. As flores são atrativas para beija-flores.

Ótima planta para lugares quentes, pois ela não tolera frio intenso ou geadas. A espécie é ideal para o uso como forração ou bordadura, podendo ser plantada em vasos, canteiros e jardineiras. Bastante resistente, ela pede pouca manutenção e não exige podas. Mas tome cuidado ao manuseá-la: sua seiva pode causar alergias.

Espironema 2
Suas formas geométricas a tornam uma folhagem de eleição. No entanto, o florescimento delicado e vistoso não deixa de ser um excelente atrativo também.

Além disso, é de extrema rusticidade e baixa manutenção, não exigindo podas ou aplicação de defensivos. Perfeita para os jardins contemporâneos.

Deve ser cultivada sob sol pleno ou meia sombra, em solo fértil, drenável, enriquecido com matéria orgânica e irrigado regularmente.

Sua multiplicação é feita por divisão das touceiras e separação das pequenas mudas que se formam na haste floral após a floração.

casinha na chuva