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Posts para categoria ‘Bonsai e Samambaias’

Acer Palmatum

Saiba como adquirir um bom exemplar de Bonsai

Não é difícil encontrar vasos com bonsai em estabelecimentos comerciais, que vão desde lojas especializadas na arte oriental e viveiros até supermercados e floriculturas. Para um iniciante, nada melhor do que ter sua planta para colocar em prática todo conhecimento adquirido em cursos e livros.
Mas antes de colocar a mão no bolso, é importante atentar para questões relevantes, que abrangem do local da compra à espécie e suas características. A escolha é muito pessoal, no entanto, algumas regras básicas devem ser seguidas para evitar aborrecimentos.

Observar o lugar onde a planta será comprada é o primeiro passo. Verifique sua procedência, colha informações com um profissional da área e prefira lojas idôneas e que ofereçam assistência pós-venda, ajudando o cliente com dicas de cultivo ou dúvida que podem surgir após sua obtenção.
É necessário conferir a organização e a disposição dos exemplares e analisar o zelo e o cuidado com eles.

Algumas espécies são mais indicadas para os principiantes porque são mais fortes, resistentes e fáceis de serem encontradas. As nativas como a jabuticaba (Myrciaria cauliflora), pitanga (Eugenia uniflora), cereja-anã (Eugenia matosi), caliandra (Calliandra spp) e pithecolobium (Pithecolobium tortum). Quanto às de fora do Brasil são, fícus (Ficus spp) e celtis (Celtis spp). Ainda há o buxinho (Buxux sempervirens) e piracanta (Pyracantha spp). Elas crescem rápido e o resultado aparece em pouco tempo. Animando e entusiasmando seu proprietário. A piracanta tem uma beleza especial, porque possui frutos bonitos.

Algumas são menos recomendadas porque exigem técnica apurada e o cultivo é mais trabalhoso. Nesse grupo, estão as plantas de clima frio, como os pinheiros e outras coníferas. Evite começar na arte bonsaísta com pinheiro-negro (Pinus thumbergi) e junípero (Juníperus spp), por exemplo.

Avaliação da planta

Depois de encontrar um local adequado para a compra e a espécie que mais aprecia para iniciar o aprendizado, é hora de analisar a planta, averiguar se está saudável e se realmente é adequada para a prática do bonsai. É importante considerar o potencial de trabalho futuro.

O ponto principal da avaliação é o nebari*, ou seja, a junção das raízes com o tronco. É preciso que esteja forte, com raízes do mesmo tamanho e bem enraizado. Já o tronco deve começar grosso e afinar à medida que chega ao topo, conferindo equilíbrio e conicidade, o primeiro terço inferior do tronco precisa ter movimento, de preferência suave e orgânico, com ausência de cicatriz ou marca de aramado.
Essa área da base varia de acordo com a espécie. No junípero, por exemplo, o importante é que tenha movimento no tachia-gari**.  Já no fícus, quanto maior o diâmetro e mais equilibrado o nebari, melhor.

Um nebari não harmônico necessita de muito trabalho e tempo para correção, desvalorizando a mini-árvore.

A folhagem é uma referência de saúde da planta. Procure aquelas sem folhas amarelas, manchas ou alterações de tonalidade.  Atente para a cor natural, se o verde estiver diferente, é sinal de que ela pode estar debilitada, com as escassez ou de algum nutriente.

Essas estruturas abrigam pragas e são indicadores de doenças. Então, observe bem as faces superior e inferior da folha e ainda os brotos novos. Evite comprar exemplares que apresentem insetos, ferrugem ou uma substância similar a areia na folhagem.

Dimensões

A técnica oriental estabelece algumas proporções. Uma planta harmoniosa, quando olhada por todos os lados, oferece boa distribuição de galhos e o formato da copa deve ser cônico ou triangular, sem demonstrar as podas. As flores e os frutos também precisam ter tamanhos compatíveis, respeitando a estética do bonsai.

Antes de começar a caracterizar a pequena árvore, os galhos altos precisam ser podados até que diminuam o crescimento e fiquem baixos. Esse fato aliado a um nebari bem distribuído garante a qualidade artística.Quando a planta possui bastante ramificação, significa que foi muito trabalhada e, com isso, deve parecer mais velha. Há algumas com 50 anos que não traduzem nada e outras com 10 anos que foram muita trabalhadas e ganham aspecto de velhas.

Na visão moderna, a regra para verificar a proporcionalidade do bonsai é de duas ou três vezes a altura em relação ao tronco. Sendo assim, um exemplar com 10 cm de nebari deve ter, no máximo, 30 cm de altura.
Antigamente essa analogia era de cinco a sete vezes a altura em relação ao tronco, ou seja, se a árvore tivesse 10 cm de nebari deveria apresentar no máximo, 70 cm de altura.

Aprofundar o conhecimento

Ao comprar um bonsai é essencial buscar informações sobre a espécie e verificar se o local onde ele deve ficar é compatível com suas necessidades. De modo geral, essas plantas necessitam de muita água, bastante luminosidade e exposição solar mínima de quatro horas diárias.
Se a pessoa não souber cuidar, ele morrerá. É importante, sempre, pesquisar sobre a rega, adubação, poda e iluminação antes de ir a uma loja. O bonsai é uma arte de mão dupla. Você modela a árvore e ela o modelo.

* junção das raízes com o tronco. É a parte mais importante do bonsai

** primeiro terço inferior do tronco

Boa sorte com o cultivo do seu bonsai!

corujinhas

Juniperus chinensis (Small)

Akadama – argila vulcânica granulada utilizada como substrato
Ara-kawacho – árvore com a casca áspera e enrugada
Ara-ki – árvore coletada recentemente e utilizada como material para bonsai
Daiki – planta-mãe
Eda-jin – jin feitos artificialmente
Eda-nuki – remoção de galhos indesejáveis
Eda-uchi – galhos distribuídos com harmonia
Eda-zashi – poda dos galhos
Gobo-ne – pó das raízes
Há-gari – pinçagem das folhas
Hamizu – pulverizar as folhas com água
Hankan – tronco muito serpenteado
Hariganekake – aramar
Ha-zashi – poda das folhas
Honbachi – bandeja para bonsai
Ishitsuki – agarrado à rocha
Jin – galho morto ou seco que permaneceu na árvore
Ju-sei – crescimento da árvore
Ju-shin – topo da árvore
Kanju – árvore decídua
Kannuki-eda – galho mal formado que deve ser eliminado
Kansuic – rega
Karikomi – poda de galhos e folhas
Kesho-tuschi – solo decorativo
Keto-tsuchi – turfa
Ko-eda – árvore com extremidades muito graciosas
Kokejun – tronco afunilado
Komochi – bonsai com troncos gêmeos
Kuro-tsuchi – terra preta
Kuruma-eda – ramo mal formado que deve ser cortado ou eliminado
Mame – bonsai com altura máxima de 10 cm. Medida que pode variar conforme o autor usado como referência
Meiboku – bonsai muito velho ou antigo
Me-tsumi – pinçar a folhas com as unhas
Mi-momo – bonsai que produz frutos
Misho – mudas obtidas a partir de sementes
Misho-momo – bonsai cultivado a partir de sementes
Mizu-gire – demasiadamente seco
Misu-goke – musgo
Nebari – junção das raízes com o tronco. É a parte  mais importante do bonsai
Ne-zashi – corte ou poda de raízes
Oki-goe – fertilizante em grãos ou em pó
Oyake – planta-mãe utilizada na técnica da alporquia
Reboku – bonsai velho e antigo
Sabi – aparência de antigo
Sankan – árvore com três troncos: pai, mãe e filho
Sashi-ho – estaca utilizada para propagação
Sashi-ki – propagação a partir de estacas
Seishi – bonsai em fase de educação
Sentei – plantio de árvores
Shari – madeira morta do tronco
Sharimiki – árvore com tronco descascado
Shizen – naturalidade
Shohaku – árvores coníferas
Shohin – bonsai com, no máximo 15 cm de altura. Medida que pode variar conforme o autor usado como referência
Suiban – bandeja utilizada no cultivo de penjing e saikei
Tachia-gari – primeiro terço inferior do tronco
Tangei – material para bonsai
Tekishin – remoção de gemas e brotos
Tocho-shi – galho ou ramo com crescimento muito grande
Toriki – técnica de obter bonsai a partir da alporquia
Toriki-momo – bonsai obtido por meio de alporquia
Tsugi-ki – técnica de obter bonsai através de enxertos
Uro – concavidade feita ou existente na planta
Wabi – completo
Yamadori – plantas coletadoras na natureza para fazer bonsai

joaninha

Nephrolepis_sp. (Small)

Samambaia ( Nephrolepis sp., Polypodium sp., etc.) – planta perene da família das Davalliaceae, Polypodiaceae , Pteridophyta nativa de diversas áreas, principalmente tropical. As samambaias são em geral plantas herbáceas, rizomatosas com folhas longas, subdivididas em folíolos que podem ser lisos ou rendados.

De coloração verde, com diversas tonalidades, podem ser mais eretas ou mais pendentes dependo da espécie e variedade. Normalmente formam touceiras volumosas, demonstrando sua bela textura. Apresentam tamanhos muito variados, para todos os gostos e ambientes.

As samambaias fizeram e fazem muito sucesso na decoração de interiores, sendo uma das plantas ornamentais mais vendidas no Brasil. Comumente é plantada em vasos de xaxim, fato este condenável atualmente, devido ao perigo de extinção do xaxim.

Algumas alternativas estão sendo estudadas em substituição a este substrato, como os vasos de fibra de coco, por exemplo. No entanto, os apreciadores das samambaias e outras epífitas, afirmam que estes substratos ainda não apresentam as mesmas qualidades do xaxim.

Com certeza, em pouco tempo a ciência chegará a fórmula do substrato ideal, e ecologicamente correto. Até lá, é nosso papel respeitar o xaxim e experimentar novos substratos e combinações. A iluminação ideal para as samambaias em geral é a meia-sombra, salvo em algumas exceções.

São plantas rústicas e que não gostam de frio. Os vasos devem ser irrigados frequentemente, porém devem ser bem drenados.

Nephrolepis_sp. (Small)

Samambaia-paulista (Nephrolepis pectinata) – planta perene da família das Davalliaceae , Pteridophyta nativa do Chile, México, Japão e Nova Zelândia.
As samambaias paulistas são muito rústicas e podem ser plantadas diretamente no solo, à meia-sombra.

Com cerca de 40 cm de altura, e sua folhagem quase ereta, são plantas muito indicadas para forrações e para planta de corte compondo lindos buquês com flores.
É resistente ao frio e muito vigorosa, tornando-se planta invasora em muitos casos.
Como as outras samambaias, aprecia a umidade e o calor.

Pteris cretica
Samambaia-prata (Pteris cretica) – planta perene da família das Pteridaceae, Pteridophyta nativa da América Tropical.
Esta samambaia possui folhagem vistosa e delicada. Os folíolos são alongados em forma de lança, com bordas lisas, denteadas e ou onduladas.

Uma das variedades mais apreciadas apresenta uma faixa central branca-prateada no centro dos pecíolos.

É uma planta bastante adequada para ambientes internos bem iluminados, seja em vasos ou em jardins de inverno.

Externamente pode ser cultivada em jardineiras, canteiros e vãos entre muros ou paredes preparadas para receber epífitas.
omo a maioria das samambaias devem ser cultivadas a meia-sombra ou sombra.

É bastante exigente em matéria orgânica e irrigação. Não é tolerante o frio e as geadas. Pode ser multiplicada divisão de touceiras.

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samambaias

Pouca gente sabe, mas a samambaia que todo mundo conhece – e que marcava presença em nove de cada dez lares nos anos 80 – é apenas um dos muitos tipos desta planta. Essa, a mais famosa, é a chamada samambaia de metro. Outras, conhecidas como avenca, chifre-de-veado, renda portuguesa e renda francesa são também samambaias.

Depois de anos esquecida e até mesmo considerada por muitos como algo kitch na decoração (se é que podemos falar em moda quando o assunto são as plantas), ela volta a figurar em projetos de paisagismo contemporâneos, em especial nos jardins verticais.

A samambaia é um dos primeiros DNAs da Terra. Junto com os musgos, são as plantas mais antigas do planeta. Há anos, voltei a usá-las em jardins verticais não só por sua textura maravilhosa, mas porque de fato trata-se de um clássico, em especial as de metro.

Segundo a paisagista, a palavra samambaia significa, do tupi-guarani, aquilo que se desenrola no próprio tronco.

Houve época em que jardins impecáveis exibiam rendas portuguesas gigantes forrando o gramado, enquanto as samambaias de metro se despencavam de seus xaxins presos no teto com suas pontas chegando quase a tocar o chão. Hoje, elas estão reconquistando seu espaço, com sua linda gama de verdes.

O chifre-de-veado, preso a um painel de fibra de coco, é outro exemplar de samambaia. Este também pertence a Maricy Pissinatti.

Xaxim, não. Coxim!
O xaxim – onde as samambaias eram normalmente plantadas – tem origem em uma variedade nativa da própria planta, a samambaiaçu.
O xaxim era o substrato excelente para as samambaias, porque lhes fornecia os nutrientes necessários. Mas, atualmente, está proibida a venda, em função da sua extração indiscriminada na Mata Atlântica, levando quase à extinção.

Assim, a saída encontrada por botânicos e agrônomos foi utilizar um material semelhante ao xaxim para a fabricação de vasos e painéis – empregados nos modernos jardins verticais –, que hoje em dia são feitos com fibra de coco. É o chamado coxim.

O aspecto é parecido, porém a fibra de coco não é um substrato tão bom quanto o xaxim. Portanto, as plantas colocadas em vasos ou placas de fibra de coco devem ser sempre acrescidas de um substrato com terra adubada, orienta a paisagista.

Cuide bem da sua samambaia
- As samambaias normalmente gostam de meia sombra e de ambientes úmidos. reproduzindo o habitat na Mata Atlântica.

- Elas não podem ficar expostas ao sol, caso contrário amarelam totalmente. Se for o caso, que seja o sol da manhã, mas de forma indireta.

- As samambaias gostam de ficar sob um terraço, uma árvore, sempre à meia sombra.

- A rega pode ser feita três vezes por semana, no mínimo. Mas tudo depende da estação do ano. No verão, a água evapora mais rápido, então é preciso regá-la mais. No inverno, a umidade permanece na planta, então pode-se regar menos. O importante é manter o vaso sempre úmido.

- A samambaia de metro ou a amazônica devem ficar penduradas em vasos ou placas de fibra de coco. Já as rendas portuguesas e outras samambaias que não ficam pendentes podem ser plantadas na terra, em canteiros, mas em locais sombreados.

- Esse tipo de planta se desenvolve bem em regiões quentes e úmidas, como a Mata Atlântica.

- Uma muda dessa planta precisa de espaço para crescer. A de metro, como o nome já diz, fica imensa.

- Samambaias devem ser totalmente podadas no inverno. Assim, elas brotam em dobro na primavera.

- Para mantê-las saudáveis, deve-se usar adubos nitrogenados, que favorecem as folhas, além de inseticidas contra pulgões e cochonilhas.

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