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Posts para categoria ‘Bonsai e Samambaias’

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Para que um bonsai se desenvolva de uma forma natural e saudável, é necessário que a qualidade do seu solo seja inquestionável. Saiba qual o solo mais adequado para um bonsai e faça com que essa composição seja a mais benéfica possível.

A qualidade do solo de um bonsai é de extrema importância para o seu florescimento, pois a dimensão do vaso é muito reduzida e como tal, o solo tem de estar em perfeitas condições. No entanto, o que acontece na maioria das vezes é que a terra que vem a acompanhar alguns bonsais é de fraca qualidade pelas mais variadas razões: não tem nutrientes suficientes, está seca demais, não consegue drenar a água ou, simplesmente, não se adequa ao clima.

Se está a iniciar na arte do bonsai e teme que esta situação possa estar a atingir a sua planta, na época de renovar o envasamento, deve colocar o solo que mais vantagens proporciona ao seu bonsai.

O solo ideal para um bonsai
A árvore selecionada e as condições climatéricas influenciam sempre a escolha do solo mais apropriado para um bonsai, no entanto, aquele que melhores resultados oferece é o que resulta de uma mistura de terras. O solo ideal passa por colocar uma terra misturada com húmus, areia e terra barrenta ou terra japonesa específica, pois é a que oferece mais nutrientes e vantagens para o desenvolvimento e crescimento de  um bonsai saudável.

Tipos de terra para um bonsai
Distinguem-se três tipos de terra japoneses que servem de base para todas as misturas que possam ser efetuadas. São elas:

Akadama: É uma argila vulcânica japonesa com uma enorme capacidade de retenção de nutrientes e de absorção do excesso de água. Trata-se do tipo de terra que é mais utilizada como mistura universal para todos os tipos de bonsai.

Kanuma: É uma cidade japonesa localizada na província de Tochigi e dá nome a um tipo de terra que é muito utilizada nos bonsai. Esta terra é conhecida por ter um pH ácido e consegue manter essa acidez por um longo período de tempo. A utilização da kanuma é muito frequente no cultivo das azáleas e deve ser usada na mistura de terras.

Kiriu: Trata-se de uma terra bastante dura que tem origens vulcânicas japonesas. O fato de ser muito resistente reduz a capacidade de retenção de água e nutrientes, o que faz com que a sua drenagem seja maior. A kiriu é o tipo de terra ideal para as coníferas e para as espécies que requerem muita drenagem. Na mistura de terras, deve ter em atenção que a areia e a kiriu têm uma aplicação prática muito igual, o que pode condicionar o florescimento do bonsai.

Estas são as terras que podem ser utilizadas na obtenção do solo mais indicado para um bonsai e, para as adquirir, deve deslocar-se a uma drogaria ou a uma loja de jardinagem.

As principais vantagens de uma mistura de terras
A mistura de terras possibilita que um bonsai reúna todos os elementos necessários para a obtenção de um solo saudável. Conheça quais são as principais vantagens resultantes de uma mistura de terras:
- Aumenta o oxigênio para as raízes do bonsai;
- Melhora a drenagem da planta;
- No momento da renovação do envasamento, a mistura de terras impede que as raízes saiam danificadas;
- É uma mais-valia no combate ao apodrecimento das raízes;
- Permite que as raízes fiquem mais “libertas”, o que facilita a sua poda;
- Impede o acumular de temperaturas elevadas no próprio vaso;
- Garante o valor do pH correto para cada tipo de bonsai;
- Melhora a cor das folhas;
- Torna mais fácil a aplicação e a utilização de adubos e fertilizantes;
- Fortalece os ramos mais finos;
- A longo prazo faz com que a planta seja mais resistente e saudável.

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O processo de transplante em Bonsai, é uma das fases que requer mais sensibilidade, tanto no que diz respeito à sua realização como aos cuidados a ter após a mesma. Apoiado em métodos horticulturais e artísticos específicos da técnica de Bonsai, é indispensável para o saudável desenvolvimento da árvore.

Teoricamente ele deve ser realizado aproximadamente de dois em dois anos em plantas folhosas e de três em três para coníferas, de Fevereiro a Março para espécies de exterior e dupla localização e de Abril a Maio para as espécies de interior.

Material necessário para o transplante
Vaso
Redes de drenagem
Arames de fixação
Solo indicado para a espécie
Tesoura para podar a copa e tesoura para podar raízes
Alicate corte de Raízes (se formos cortar raízes muito grossas)
Adubos para o pós transplante

Primeiro Passo
Preparar o vaso colocando-lhe redes a tapar os furos de drenagem e arames de fixação, para podermos prender a planta após transplante (durante cerca de 3 meses), desta forma vamos garantir que a planta não vai ficar com as raízes expostas ao ar provocado por um vendaval ou outro processo.
Depois começamos por remover totalmente o solo antigo, que já se encontra desgastado, sem capacidade de drenar o excesso de água, de reter nutrientes e de permitir a respiração das raízes.
Durante o transplante é analisado o estado de saúde das raízes da planta e são- lhe cortados cerca de 1/3 das raízes (dependendo do estado das mesmas).
O corte das raízes vai permitir criar espaço para que a planta se desenvolva até ao próximo transplante e vai estimular a divisão radicular.

Na época do transplante tem de se podar fortemente a planta, em algumas espécies dependendo da altura do ano pode mesmo ter de se remover todas as folhas, aproveita-se sempre esta operação para modelar a planta, através da poda e de arames, se necessário.

Não é obrigatório trocar o vaso em cada transplante, só o devemos fazer quando após retirado o solo velho e cortadas as raízes nos percebermos que o espaço livre não vai ser suficiente para o saudável desenvolvimento até à próxima época de transplante.

Quanto mais velha é a planta, menores vão sendo os “aumentos” de vaso, mas devemos respeitar sempre os intervalos de substituição de solo.

Em alguns casos podemos mesmo ter de optar por uma redução do vaso, optando por um que se enquadre melhor esteticamente, o vaso utilizado tem sempre de ser especifico para Bonsai, pois só estes reúnem as características físicas e químicas indispensáveis a manutenção e sobrevivência do Bonsai.

Tendo em conta que regra geral a planta ainda se encontra no solo original, aconselhamos a transplantar o seu Bonsai na próxima época de transplante a seguir a sua aquisição.
Embora possa parecer complicado, o transplante quando realizado por uma pessoa experiente e numa planta saudável, é um processo praticamente sem riscos.

Cuidados após transplante
Após ter transplantado o seu Bonsai durante aproximadamente um mês deve:
- Protegê-lo do sol direto nas horas de sol forte;
- Protegê-lo dos ventos fortes;
- Redobrar a atenção com a rega, não permitindo que a planta passe por longos períodos de sede, mas deixando a camada superficial do solo secar ligeiramente entre regas, para que as raízes da planta possam respirar e não apodreçam por excesso de água;
- Interromper o processo de adubação, só o iniciando quando a planta demonstre. Ter recomeçado o seu normal crescimento (nunca começar a adubar antes de decorridos os 30 dias);
- Aplicar um adubo após transplante, que facilitará a produção de novas raízes.

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Família – Rubiaceas (família do cafeeiro)
Origem – China Meridional e Japão

Arbusto perene de folha verde ovalada de reduzida dimensão, existem diferentes variedades, a mais comercializada como Bonsai é a Serissa Japónica thunbergii e é produzida na China, existem ainda a Serissa Japônica e a Serissa de Shangai (menos comuns no nosso mercado), todas possuem uma versão variegata (de folhas brancas e verdes), a qual se deve a um vírus inócuo que terá afetado a planta mãe na origem.

A maioria dá uma flor de cor branca, mas existem variedades de cor rosa, podendo ocorrer o ano inteiro o auge de floração dá-se no fim do verão, deve o seu nome cientifico Serissa Foetida (mal cheirosa em latim) ao cheiro que exala após podada.

As variedades oriundas da China são consideradas Bonsai de interior, ainda que lhes agrade o exterior durante a primavera e o Verão, devemos protegê-las logo que as temperaturas médias baixem dos 16 º C.

Gostam de estar em locais iluminados, junto de uma janela (sem cortinas nem persianas), quando colocadas no exterior deve-se ter o cuidado para que peguem sol somente no inicio e final do dia.

Rega – Visto ser sensível a fungos provocados por excesso de água, convém deixar secar ligeiramente a camada superficial do solo entre regas (principalmente no Inverno em que quase estagna o seu crescimento), regando-a depois abundantemente com um regador de ralos finos.

Nutrição – A Serissa deve ser adubada de Fevereiro a Novembro, beneficiando com a aplicação de vitaminas o ano inteiro, gosta ainda de reforços nutricionais com adubos de Fósforo e Potássio que apresentam uma ação preventiva contra o aparecimento de fungos do colo (phitoftora).

Transplante – Ainda que o seu crescimento radicular seja lento, é aconselhável transplantá-la de dois em dois anos para garantir a ideal drenagem do solo, este deve ser constituído por uma Mistura Universal para Bonsai, a época ideal é quando as temperaturas se mantêm em torno dos 20ºC.

Modelação – Juntamente com a localização, a rega e a nutrição, a poda é um dos principais segredos para manter a Serissa forte e densa, responde muito bem a podas fortes rebrotando mesmo em madeira antiga, é importante não a deixar alargar-se muito pois perderá a densidade das folhas, devemos regularmente arrancar-lhe os gomos ladrões que brotam junto às raízes.

Normalmente não se arama usando-se puxadas e tensores para direcionar, pode ser aramada na primavera, mas a madeira é muito quebradiça.

Propagação – O método mais utilizado é por estaca de brotes novos durante a primavera.

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Platyccerium,

Há milhões de anos atrás, samambaias enormes dominaram florestas imensas, muito antes de surgirem as plantas atuais. Elas não desenvolvem sementes, mas propagam-se através de esporos ou pela divisão de seus risomas.

A maior parte dos gêneros utilizados em paisagismo são provenientes dos trópicos, destacando-se Adiantum, Asplenium, Polypodium, Pteris e Platyccerium, com diversos tamanhos e formas.
Foram provavelmente o primeiro grupo vegetal vascularizado. Suas características permitiram-lhes atingir maiores dimensões do que qualquer outra planta terrestre existente até então, transformando-as nas primeiras plantas a abandonar por completo o meio aquático. Entretanto, ainda necessitam de água para a reprodução.

Seu habitat pode ser tanto um vaso de xaxim (coxim) como o tronco de uma árvore, uma pedra ou mesmo o próprio solo ou a água, como as samambaias aquáticas. O sucesso no cultivo destas plantas depende da capacidade de reproduzirmos em casa as condições naturais em que estas vivem nas matas.

A maior parte das espécies preferem ambientes sombreados ou à meia sombra, solo levemente úmido, rico em matéria orgânica e os substratos devem ser: areia, turfa e um composto orgânico completo de resíduos vegetais de poda e cascas de frutas, hortaliças acrescentando adubo animal de curral curtido, areia e terra).

Para as plantas do tipo chifre-de-veado (Platycerium), avencas (Adiantum), asplênios (Asplenium) e outras samambaias, a luz é fator muito importante, pois dela necessitam para fazer a fotossíntese. Mas a luz direta do sol tende a queimá-las.

Seu cultivo externo poderá ser feito sob ripados, com sombra de mais de 50%, sob árvores, em varandas com sol pela manhã.
Dentro de casa, junto a janelas sem sol direto em cima, também podemos colocá-las, de modo a que a luz solar seja coada por cortinas.

O vento é um dos seus maiores inimigos, causando “queima” das folhas mais jovens e perda de água por evaporação, ficando desfolhadas.
Locais arejados são necessários para evitar fungos, mas devem ser abrigados dos ventos fortes.

Samambaias também não gostam de alterações de lugar, pois elas acostumam-se com a luminosidade, temperatura e umidade local, podendo definhar e até morrer caso sejam mudadas. Normalmente são cultivadas em xaxim, que retêm mais a umidade e permitem que as raízes respirem melhor.

Principais pragas:
As pragas mais comuns são pulgões, cochonilhas, ácaros e lagartas que devem ser retiradas manualmente ou através de uma pinça, para evitar o uso de inseticidas.

Podem também ocorrer algumas doenças, causadas por fungos ou bactérias. Nestes casos, as folhas apresentam manchas e as raízes apodrecem, devendo-se eliminar as partes doentes.

Vários tipos de cochonilha atacam e são mais comuns na samambaia de folhas compridas, também chamada de samambaia-espada (Nephrolepis).

Para combatê-la poderemos usar o sulfato de nicotina, que é fumo deixado de molho na água, coado e aspergido, óleo de nim ou nossa receita caseira de chá de alamanda.
Insetos em geral não apreciam as samambaias.

Os cuidados em casa
*
Manter a planta em local sombreado fora do vento (evite trocá-la de lugar).

* As regas devem ser frequentes, mantendo o substrato levemente úmido, mas não encharcado. Por isto, a presença da areia no substrato é fundamental, evitando que as raízes fiquem apodrecidas.
No inverno, irrigar 1 vez por semana e, no verão, irrigar 2 a 3 vezes por semana. Em dias quentes poderemos colocar água no borrifador e passar uma nuvem sobre elas, propiciando o clima úmido de sua preferência.

*  Adubar uma vez por mês.

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