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Posts para categoria ‘Adubos e Substratos’

Primeira regra, básica e essencial: Conhecer bem as suas plantas e o seu terreno. Uma planta num solo que não lhe é adequando, não vai crescer bem. Neste caso, a primeira tentação será alimentá-la artificialmente. Para que se possa evitar é preciso saber que tipo de solo temos, escolher bem as plantas para lhes satisfazermos todas as necessidades de água luz e terra.

Segunda regra: fazer o seu próprio adubo – o composto. Para isso, basta escolher um canto do jardim, cercá-lo ou adquirir um compostor. Juntam-se no compostor todos os detritos do jardim e os detritos vegetais da casa, e espera-se. SE se adicionarem folhas mortas, o processo de amadurecimento será mais rápido.

É também muito útil recorrer ao mulching para evitar que as ervas daninhas se apoderem da terra, conservar um bom nível de umidade e proteger as raízes do frio.

Desastre começou com ‘Revolução Verde’
Até a década de 60 a oferta de nitrogênio no planeta era controlada por processos naturais, por meio da fixação do elemento pelas plantas. Com a chamada Revolução Verde houve também a explosão da produção e do uso do nitrogênio sintético: atualmente a produção artificial do nitrogênio ultrapassa toda a produção natural em cerca de 30%. Quando em excesso, o nitrogênio não é absorvido pelas plantas e vira um poluente.

Mudando de estado rapidamente, circula entre terra, a água e o ar, contaminando os ecossistemas agrícolas e os lençóis freáticos. Na água, tanto em lagos como em rios, produz a eutrofização: ocorre o crescimento desordenado de organismos aquáticos, como algas. Estes, ao morrer, se decompõem, processo que gasta o oxigênio da água. Há morte de peixes e o ecossistema como um todo é afetado.

Em síntese, com os fertilizantes sintéticos em excesso, como o nitrogênio, há contaminação dos ecossistemas. Faltando o nutriente, ocorre a fome e a desnutrição. A alternativa é o retorno a formas naturais de produção, como a agroecologia.

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Cattleya Guttata Lindl

As orquídeas necessitam de alimento como qualquer outra planta. Quanto o adubo for líquido, dilua um mililitro (é igual a um centímetro cúbico) em um litro d’água. Uma seringa de injeção é um medidor prático.

Quando for sólido, mas solúvel em água, dilua uma colher de chá em um litro de água numa frequência de uma vez por semana. Essas soluções podem atuar como adubo foliar, mas nunca aplique durante o dia, pois os estômatos (minúsculas válvulas) estão fechados.

Faça-o de manhã, antes do sol nascer, ou no fim da tarde, molhando os dois lados das folhas (o número de estômatos é maior na parte de baixo das folhas). Concentração de adubo menor do que a indicada acima ou pelo fabricante nunca é prejudicial. Se diluir o adubo citado acima (um mililitro ou um grama) em 20 litros de água (ou mais) e com ela borrifar diariamente as plantas, você pode obter excelentes resultados. Corresponde a um tratamento homeopático.

Dosagem maior que a indicada funciona como veneno e pode até matar a planta. Se o adubo for sólido, insolúvel na água, deve ser pulverizado diretamente no vaso, numa média de uma a duas colheres de chá, dependendo do tamanho do tamanho do vaso, uma vez por mês.

Cuidado para não jogar diretamente sobre as raízes expostas.

orquídeas

Cattleya

Cada vez mais as autoridades ambientais brasileiras estão adotando medidas para inibir a utilização dos derivados de xaxim (Dicksonia sellowiana), que está na lista de espécies de plantas em perigo de extinção.

O problema é que era difícil encontrar substratos à altura dele. Mas também não era impossível, já que essas plantas são espécies epífitas ou rupestres. Assim, precisavam de algo que se parecesse ao máximo com o galho de uma árvore ou uma rocha, dependendo do tipo da orquídea. Esses substratos cumprirão duas funções básicas: oferecerão suporte e uma superfície que acumularão nutrientes.

A maior parte deles, com exceção da piaçava, não representa risco para a saúde das orquídeas. No máximo, o que pode ocorrer são pequenos atrazos no desenvolvimento e na floração.
Para evitar futuras “dores de cabeça”, uma boa idéia é ir testando com as orquídeas menos importantes ou que estão em duplicidade na coleção.

Quanto aos gastos, não fiquem preocupados, esses substitutos custam praticamente o mesmo que o xaxim e, as vezes, são até mais baratos. Por isso, testar vários deles é bom para as plantas e não vai machucar o bolso de ninguém.

Os pré-requisitos necessários
Para substituir com eficiência o xaxim, o substrato alternativo deve ter as seguintes qualidades:
- Reter bem os nutrientes depois de cada adubação para liberá-lo aos poucos.
- Ser facilmente encontrado no mercado.
- Não possuir substâncias que sejam tóxicas para a planta.
- Sustentar a planta com firmeza.
- Permitir uma boa aeração para raízes.
- Reter água na quantidade ideal, sem encharcar.
- Manter o pH equilibrado.
- Durar de 2 a 3 anos, pelo menos.
Como é difícil encontrar uma opção que reúna todas estas características, a solução é unir um substrato que retenha muita umidade com outro que retenha pouca umidade. Assim, é mais fácil produzir um equilíbrio para a planta.

Dicas para usar melhor os substratos alternativos
- Antes de mais nada lave bem.
- antes do plantio, leve bem o substrato com água quente, depois os deixe de molho, no mínimo 1 hora, depois passar em água limpa (enxaguar). Isso ajuda a eliminar o excesso de tanino (uma substância tóxica e matar fungos e bactérias.
- mensalmente coloque substrato (com a orquídea junto) em um balde com água de torneira por 15 min. Assim serão eliminados os excessos de sais que podem
queimar as raízes. É uma simulação do que acontece nsa florestas, quando cai uma chuva torrencial.
- faça adubações periódicas com NPK 20.20.20, pois nenhum, dos substratos alternativos possui a vantagem de liberar tantos nutrientes quanto o xaxim.

casca de pinus

Casca de pinus
Casca da árvore pinus elliotti.
Vantagens: é fácil de ser encontrado e retém adubo.
Desvantagens: possui excesso de tanino e se decompõe muito rápido, também quebra com facilidade e não fixa bem a planta no vaso, necessitando para isso de um tutor.
Durabilidade: no máximo 1 ano.
É indicado para cimbidium, vanda, cattleya e laelia
Retém umidade, a adubação é quinzenal, encontrado nas regiões sudeste, centro-oeste e sul do Brasil.
Dica:
vai muito bem quando é misturado com carvão vegetal ou pedriscos.
- Peneirar e se possível separa em tamanho.
- Lavar bem, escorrer em uma peneira e deixar secar um pouco.
- Pode também enriquecer a casca, colocando-a de molho em água limpa com fertilizante.

carvão

Carvão vegetal
Carvão comum, igual ao usado em churrasqueiras, mas que sempre deve ser novo, pois os que já foram usados prejudicam a planta.
Vantagens: o carvão vegetal sozinho é ótimo para ser usado em locais de clima úmido. Já em locais de clima seco, deve ser acompanhado de outro substrato que retenha umidade (como o pínus, por exemplo).
Desvantagens: necessita de adubações mais frequentes. É muito leve. Não segura a planta e, em razão de sua porosidade, tende a acumular sais minerais. Por isso, precisa de regas frequentes com água pura. O carvão vegetal muitas vezes é fabricado a partir de cortes de árvores de matas naturais, o que incentiva a devastação de florestas. Por último, o manuseio do carvão suja as mãos.
Durabilidade: cerca de 2 anos. Depois disso fica saturado de sais minerais e começa a esfarelar.
É indicado para vanda, ascocentrum, rhynchostylis, renanthera, laelia purpurata, cattleya e oncidium.
Não retém umidade, a adubação deve ser semanal e é encontrado nos supermercados.
Dica: Muitos orquidários estão usando carvão misturado com casca de madeira moída com excelentes resultados.

pedaços de ardósia

Pedaços de ardósia
Pedra, normalmente escura, utilizada para pisos.
Vantagens: é rica em ferro, o que ajuda no crescimento e na floração.
Desvantagens: não retém água.
Durabilidade: longa e definida
É indicado para orquídeas rupícolos como a pleurotallis e a bulbophyllum rupiculum.
Não retém umidade, a adubação é quinzenal e é encontrada em lojas de pedras.
Dica: coloque duas pedras numa posição de “v” e coloque a orquídea no meio delas. Complete o recipiente com terra vegetal.

pedra

Pedras brita e dolomita
Pedras usadas em construções. A brita é de cor cinza e a dolomita é a branca, também usadas em aquários.
Vantagens: são facilmente encontradas e ajudam no enraizamento ds plantas.
Desvantagens: retém sais dos adubos e queimam as pontas da raízes de algumas espécies.
Pesam mais que os compostos orgânicos, Necessitam de muita adubação, pois não tem nenhum valor nutritivo. As britas soltam muito cálcio, o que pode a vir prejudicar algusn tipos de orquídeas.
Durabilidade: elas não se deterioram
É indicado para cattleya e laelia purpurata.
Não retém unidade, a adubação é semanal e é encontrada em lojas de material de construção.
Dica: se for usado um vaso raso, é possível diminuir a quantidade das pedras e consequentemente o peso.

cacos de vasos de barro

Caquinhos de vasos de barro
São pedaços de vasos de cerâmica e telha (sempre novos, pois os mais antigos podem estar atacados por fungos).
Vantagens: são porosos, conservam a acidez num nível bom além de reterem umidade e adubo. São bem arejados e sustentam melhor a planta no vaso.
Desvantagens: não têm nutrientes.
Durabilidade: no máximo 5 anos.
É indicado para vanda, ascocentrum, rhynchostylis, cattleya e laelia.
Não retém umidade, a adubação é quinzenal e é encontrado em olarias e lojas de jardinagem.
Dica: antes de usar, deixe mergulhado numa solução de NPK 30-10-10 (uma colher por litro) durante 12 horas. Com isso, os caquinhos ficarão encharcados de adubo e soltaram aos poucos os nutrientes para a planta.

nó de pinho

Nó-de-pinho
São gomos que se formam na araucária (araucaria heterophyma).
Vantagens: os nós são colhidos de caule de pinheiros em estado de decomposição e não possuem substâncias tóxicas.
Desvantagens: é difícil de encontrar na maior parte do Brasil, por serem espécies de regiões onde o clima é frio.
Durabilidade: longa e indefinida.
É indicado para cattleyas e micro-orquídeas.
Retém umidade, adubação de 3 em 3 meses, e é encontrada no sul e sudeste do país.
Dica: plante a orquídea na parte de cima do gomo.

casca de peroba

Casca de peroba
São cascas rugosas da árvore peroba-rosa (aspidosperma pyrifolim).
Vantagens: grande durabilidade, rugosa, retém pouca água. Com esta casca, podem-se cultivar orquídeas na vertical, prendendo as placas de peroba numa tela de alambrado ou parede.
Desvantagens: por ser um substrato duro, é preciso regar as plantas mais vezes. Também não retém adubo.
Durabilidade: mais de 5 anos.
É indicado para orquídeas epífitas que gostam de raízes expostas, como miltônia, oncidium, brassia, brassavola, encyclia e cattleya walkeriana.
Não retém umidade, a adubação deve ser quinzenal e é encontrado em madeireiras. São sobras de fabricação de toras de peroba.
Dica: quando plantar em casca de peroba (ou outra árvore) coloque-a de tal forma que a placa fique inclinada e não totalmente na vertical.

açai

Caroço de açaí
Semente da palmeira muito comum na região amazônica.
Vantagens: é barato e abundante, na região de origem dessa palmeira (Belém e outras cidades do Pará). Conserva a acidez num nível bom para as orquídeas e retém a quantidade ideal de adubos e de umidade. Também não possui excesso de tanino ou outras substâncias tóxicas.
Desvantagens: em regiões úmidas, deteriora-se com muita rapidez devendo ser trocado, pelo menos, a cada 2 anos. As orquídeas devem ficar num local coberto para que o substrato não encharque. Não é encontrado tão facilmente em outras regiões do país.
Durabilidade: 3 anos
É indicado par tosos os gêneros de orquídeas cultivadas no Brasil.
Retém umidade, a adubação.
Dica: Antes de utilizar, lave bem para tirar o pó e ferva durante 10 minutos para evitar que o embrião germine.

fibra de coco

Coco desfibrado
Dica: é o substrato mais facilmente encontrado em lojas atualmente. É possível até preparar em casa o coco desfibrado. Basta pegar um coco seco, deixá-lo encharcado na água e depois desfibrá-lo manualmente.

fibra  de coco prensada


Fibra de coco prensada
Produto industrializado feito a partir do coco desfibrado. Pode ser encontrado em forma de vasos, pequenos cubos, bastões, placas ou fibras. Um dos mais conhecidos é o coxim, que tem causado muita polêmica entre os orquidófilos. Alguns acham que é o substituto ideal par o xaxim, já para outros ele não é recomendável porque encharca. O nome é uma referência ao material utilizado (coco + xaxim).
Vantagens: conserva a acidez num nível bom e necessita de pouca regas, pois é muito absorvente. Demoram mais para aparecer crostas verdes (uma espécie de musgo) comuns nos xaxins e que, em excesso, podem prejudicar a planta. É ideal para regiões mais secas e quentes.
Desvantagens: não retém muito adubo e é carente de nitrogênio. Ao absorver a água, o coxim aumenta um pouco de tamanho e se expande.
Ao secar, volta ao seu volume original. Por esta razão, os cubos devem ser colocados de forma desarrumada e não socados em vasos, para não estourá-los. O excesso de tanino pode queimar as raízes. Não é recomendado para regiões frias e úmidas porque retém muita água e as raízes podem apodrecer.
É indicado para miltônia, phalaenopsis e vanda.
Retém umidade, adubação quinzenal e encontrada na região nordeste do Brasil.
Dica: muitas orquídeas, como as vandas, vão bem quando plantadas em cubinhos de fibra prensada nos cachepots de madeira. Para eliminar o excesso de tanino antes de usar, o fabricante do coxim recomenda a imersão em água por quatro dias para os vasos, por oito dias para os cubos e tiras e, por 15 dias para as placas e bastões.
a) Deve ser peneirada antes de colocar de molho, caso esteja com muito pó.
b) No tanque ou balde coloque a fibra de coco de molho com água sanitária, no mínimo uma hora, depois passar em água limpa (enxaguar).
c) Retirar a fibra de coco apertando-a com as mãos, para escorrer a água, depois colocar dentro de uma peneira uma peneira, para escorrer e secar um pouco.
d) Guardar a fibra de coco, ainda úmida, em um saco plástico e amarrar, caso não for usá-la de imediato.

tutor

Tutor vivo
Árvores de casca rugosa, como a jaqueira, a romãzeira, a figueira, a gabirobeira, o limão cravo, entre outras.
Vantagens: é o substrato que melhor imita as condições naturais das florestas. É excelente para compor situações de paisagismo e cultivo.
Desvantagens: torna viável transportar as orquídeas para outros lugares, como exposições, por exemplo.
Durabilidade: enquanto a árvore estiver viva.
É indicado para todas as orquídeas epífitas (que crescem em árvores), como a cattleya labiata, a cattleya aclandiae, a laelia pupurata e a dendobrium nobile, entre outras.
Só é preciso levar em consideração o clima e o lugar. Não adianta colocar uma orquídea que gosta de umidade numa árvore em pleno cerrado, por exemplo.
Retém umidade, adubação mensal e é encontrado nsa matas.
Dica: evite colocar a orquídea numa forquilha dos galhos, pois esta área acumula folhas e excesso de umidade que podem prejudicar a planta.

Casca da cajazeira
Casca da árvore frutífera cajazeira (Spondias mombim L.). As indicadas são as grosas e duras que evitam os cupins e as brocas.
Vantagens: os vãos nas cascas seguram a umidade que ajuda no enraizamento. A casca é renovável, o que a torna ecologicamente correta.
Desvantagens: é difícil de encontrar. Decompõe-se facilmente por causa as umidade, do calor e das bactérias. Uma outra preocupação é o tanino. Elemento prejudicial que precisa ser eliminado.
Durabilidade: mais de 5 anos.
É indicado para cattleya walkeriana e cattleya nobilior.
Retém umidade, adubação semanal, encontrado em quase todo o litoral nordestino e no sudeste. A retirada da casca não prejudica a árvore por que ela é renovável.
Dica: é a casca que dá melhor resultado com plantas de pequeno porte como as microorquídeas.

Casca de sambaíba
É a casca da curatella americana, uma arvoreta de 3 m de altura parecida com o cajueiro, mas não dá frutos.
Vantagens: a casca é renovável, o que a torna ecologicamente correta.
Desvantagens: na hora da coleta, pode gerar acidentes, pois dentro da casca vivem animais peçonhentos como escorpiões.
Durabilidade: mais de 3 anos
É indicado para cattleyas
Não retém umidade, adubação quinzenal e é encontrado em todo o cerrado brasileiro e alguns estados do nordeste.
Dica: colocar a casca sempre em posição vertical no vaso. Isso aumenta a drenagem e ajuda no desenvolvimento das raízes da planta.

Esfagno

Esfagno
Apesar de serem apontados como substituto para o xaxim, esta opção apresenta alguns problemas. É um musgo retirado da beira dos rios, usado para cultivar muda de orquídeas a partir de sementes. Apesar de ser encontrado em lojas especializadas, sua coleta é proibida pelo IBAMA e ainda não há cultivadores desse tipo de substrato no Brasil. Quem compra esfagno está contribuindo para uma ação extrativista não controlada, igual à que ocorre com o xaxim.

Como é difícil encontrar uma opção que reúna todas estas características, a solução é reunir um substrato que retenha muita umidade com outro que retenha pouca umidade. Assim, é mais fácil produzir um equilíbrio para a planta.

orch

adubo organico
Os adubos são produtos que, por apresentarem elevados teores de elementos nutritivos (sobretudo macronutrientes principais), vão atuar nas culturas de forma essencialmente direta, isto é vão permitir-lhes uma maior absorção dos nutrientes que elas exigem em quantidades mais elevadas

Estão divididos, relativamente à sua composição, em minerais e orgânicos. Sendo o objetivo deste trabalho dar a conhecer os fertilizantes orgânicos, apenas esclareceremos as funções dos adubos orgânicos.

A utilização de adubos orgânicos já vem de há muito tempo. Desde a altura da civilização Grega e Romana. Foi o resultado da necessidade cada vez maior, por parte destes povos, de conseguirem solos ricos o suficiente para abastecê-los de alimentos. A adubagem orgânica tem vindo a sofrer alterações com o decorrer dos tempos, devido a uma necessidade cada vez maior de alimentos.

Esta técnica consiste essencialmente no enterramento de vegetais, o que provoca uma série de problemas e dúvidas quanto á sua viabilidade econômica. Além desses problemas, o emprego de adubos orgânicos deve ser preciso, ou seja, consoante o vegetal que cultivamos, devemos ter em conta o adubo utilizado. Por exemplo, se quisermos uma grande disponibilidade de azoto no solo devemos considerar o enterramento de leguminosas. Outro ponto a considerar é que o vegetal utilizado deve estar num estado físico específico, ou seja, em fase de vegetação muito avançada.

O que são Adubos Corretivos?
Embora os adubos desempenhem, normalmente, o principal papel na quantidade e até mesmo na qualidade das produções agrícolas, a sua ação só poderá manifestar-se de forma eficaz desde que no solo não existam outros fatores que, atuando desfavoravelmente, limitem a sua capacidade produtiva.

Desses diversos fatores assumem particular interesse no nosso país os que se referem à reação e teor de matéria orgânica dos solos, cujo controlo deverá ser efetuado mediante a aplicação dos produtos genericamente designados por corretivos agrícolas.

Os corretivos, são fertilizantes que vão atuar por forma essencialmente indireta. De fato, embora os produtos utilizados como corretivos agrícolas possuam, quase sempre, elementos nutritivos e, como tal, susceptíveis de ter algum efeito fertilizante direto, a sua principal função é exercida indiretamente, ou seja, provocam a melhoria das propriedades físicas, químicas e biológicas dos solos.

Produtos que se incorporam ao solo com o fim de melhorar a sua condição física ou de corrigir a sua reação química ou ainda para estimular a sua atividade biológica. A ação destas substâncias manifesta-se na melhoria da textura do solo, tornando-o mais permeável ao ar e à água ou menos resistente à penetração das raízes na sua reação, conferindo-lhes a acidez mais apropriada ao desenvolvimento das plantas na solubilização dos nutrientes e ainda na atividade bioquímica do solo.

Tal como os adubos podem ser colocados em diferentes grupos consoante a sua origem e os seus efeitos.

Vamos apenas caracterizar os corretivos orgânicos, uma vez que é apenas a nossa função.

Os corretivos orgânicos têm por finalidade aumentar, ou pelo menos manter, o teor de matéria orgânica nos solos, substância importantíssima.

Os corretivos orgânicos, por sua vez dividem-se em estrumes naturais e estrumes artificiais. Tomam-se como exemplo as substâncias resultantes dos tratamentos de lixos e dos esgotos, as algas, as turfas, os detritos das culturas, entre outros.

Os adubos orgânicos são os corretivos mais frequentemente usados. Tanto a qualidade como composição, no caso dos adubos orgânicos, dos estrumes está dependente das idades dos animais e das suas dietas alimentares.

Os estrumes naturais têm diferentes nomes com base na sua origem.

Os estrumes naturais são também, hoje em dia utilizados como fontes energéticas, obtendo-se como produtos resultantes outros corretivos orgânicos.

Os estrumes artificiais como o próprio nome indica não são obtidos naturalmente, ou seja, resultante de processos biológicos ou decomposição de vegetais e animas. Estes estrumes são obtidos a partir de vários métodos, que obedecem, no entanto, todos eles a um princípio comum que é: umedecer os produtos vegetais, aplicar fermentos umificantes, fornecer conveniente alimentação a estes fermentos e comprimir bem a pilha depois de se iniciar a fermentação. Como fermentos umificantes, temos normalmente camadas de estrume natural ou artificial intercaladas com camadas de detritos a transformar. Estes estrumes têm um período de formação um pouco elevado, ou seja, de 3 a 4 meses. Quando devidamente fabricados, os estrumes artificiais têm propriedades muito semelhantes às dos naturais. Infelizmente o custo de mão-de-obra e a escassez da matéria-prima colocam estes corretivos como hipóteses pouco viáveis do ponto de vista econômico.

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