Os cactos são originários da América, entre o Sul dos Estados Unidos e o Peru. O Brasil, México, Uruguai e Argentina são os países mais ricos em espécies exóticas. O México é o país por excelência dos cactos, com mais de 700 espécies.
Sempre que falamos de cactos associamos o nome ao deserto e a espinhos. São plantas xerófilas (xeros = seco) que quase não necessitam de água. Eles armazenam a água.
A palavra cacto, que vem do grego Kaktos, foi usada há cerca de 300 anos antes de Cristo pelo grego Teofrastus, e no seu trabalho chamado “Historia Plantarum”, ele associa o nome cacto a plantas com fortes espinhos.
Cientificamente podem ser classificados da seguinte forma:
- Reino: Plantae
- Divisão: Magnoliophyta
- Classe: Magnoliopsida
- Ordem: Caryophyllales
- Família: Cactaceae ou cactáceas
- Gênero: Conhecidos mais de 84
- Espécie: Conhecidos mais de 2000
- Sub espécie: São milhares
Os cactos podem ser divididos em dois grandes grupos:
· Os do deserto, onde é raro chover
· Os da floresta – que crescem à sombra das árvores
Família
Associamos muitas vezes os cactos a plantas suculentas mas, enquanto que todos os cactos são plantas suculentas, nem todas as plantas suculentas são cactos. Plantas suculentas são plantas com órgãos carnosos que no caule os seus tecidos retêm água durante os períodos de seca. As suculentas apresentam folhas e nem sempre espinhos.Os cactos pertencem a uma única família, as Cactáceas, enquanto que as plantas suculentas têm inúmeras famílias. As cactáceas são plantas suculentas com folhas completamente reduzidas ou transformadas em mamilos com espinhos, com exceção do gênero Pereskia, que apresenta folhas e frutos.
Uma outra classificação divide a família das cactáceas em três subfamílias:
1 – Pereskioideae, com folhas persistentes e sem gloquídios - (pereskia).
2 – Opuntiae – caules arredondados, planos e caducos (opuntia, cylindropuntia, maihueniopsis, maihuenia, pterocactus, tunas, tephrocactus).
3 – Cactoideae – Estas podem ter 3 Tribos
3.1 – Cereae – Colunares, poucas costelas e flores pelas antigas aréolas.
Apresentam 2 sub-tribos:
* Cereae – Colunares, tamanhos vários, alguns de grande porte e altura (Cereus, Echinocereus, Echinopsis, Myrtillocactus, Carnegiea)
* Pachycereae – Colunares gigantes e com cefálio (Browningia)
3.2 – Cactaceae – Pequenos, muitas costelas, flores em aréolas novas, globulares e com muita variedade de espinhos (Arocarpus, Echinocactus, Mammillaria, Lophophora, Rebutia)
3.3 – Rhipsalidae – são as Epífitas (Acanthorhipsalis, Pseudozugocactus, Rhipsalis, Lepismium, Phyllocactos)
Fotosíntese
O caule dos cactos varia muito no formato. É sempre verde, exercendo ao mesmo tempo a função de caule – dando-lhe a resistência e a função clorofilina. A fotossíntese é o principal processo em que o dióxido de carbono (CO2) é fixado pelas plantas verdes. O CO2 é fundamental para formar todos os compostos orgânicos duma planta. Os cactos assimilam o CO2 durante a noite ou na escuridão, evitando assim abrir os seus estomas ou poros durante o dia, o que ocasionaria grandes perdas de água. Assim, acumulam ácido málico a uma velocidade superior à que o expulsam durante a respiração, resultando daí uma reserva com acumulação de CO2. Com a exposição à luz, a acidez diminui e a este fenômeno, descoberto primeiro nas crassuláceas, chama-se CAM (Crassulean Acid Metabolism). As folhas transformaram-se em espinhos para não perderem na fotossíntese grande e preciosa quantidade de água.
Veja mais »