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Posts para categoria ‘Cactos e Suculentas’

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A gente vê plantas plantadas em vasos diferentes e até em xícaras, uma maneira linda e prática de enfeitar. Mas como plantar suculentas ou cactos em xícaras, já que na maior parte das vezes não dá para furar a caneca antes?

Antes de tudo você precisa saber que qualquer vaso, pra que sua planta viva por muito tempo, tem que ter escoamento, ou seja, um buraquinho por onde sai o excesso de água, senão você pode matá-la afogada.

Se não existe essa possibilidade, o solo precisa ser bem preparado para a drenagem, com a ajuda de alguns materiais. Como as suculentas e cactos não necessitam de regas frequentes, pois armazenam a umidade em suas folhas, neste caso, isso não é um grande problema.

suculentas

Confira esse passo a passo:
Você vai precisar de:
– Xícara;
– Pedrinhas;
– Areia;
– Terra;
– Muda de suculenta ou cacto;
– Musgo, casca de pinus para decorar.

Como fazer:
1 – Limpe bem a xícara para evitar qualquer contaminação com fungos ou bactérias;

2 – Separe uma quantidade razoável de pedrinhas ou pedrisco. No fundo da xícara coloque uma porção delas. Se sua xícara for do tamanho das de chá, o ideal é deixar pelo menos 2cm de altura a camada de pedras. Faça o mesmo com um punhado de areia (areia de construção mesmo);

Dica: você também pode colocar um pouco de carvão vegetal triturado (desses para churrasqueira) no fundo da xícara antes das pedras – O carvão vegetal elimina odores e ajuda a manter a água que se acumula na parte baixa mais limpa;

3 – Pegue a suculenta ou cacto que já está em um vasinho, separe a terra da raiz. Com a própria terra do vaso, preencha a xícara até atingir mais ou menos a metade de seu volume com terra. Pode reaproveitar a terra do vasinho sem problemas;

4 – Transplante a suculenta para a xícara e cubra com mais um pouco de terra. Acondicione a planta, pressionando a terra com a ponta dos dedos para firmar a raiz;

5 – Decore com pedrinhas, musgos, cascas de pinus ou pedriscos bonitos. Seu vaso/xícara está prontinho.

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Cuidados
As suculentas e cactos demandam pouca rega e cuidados simples. Lembre-se que não há furo para a água drenar, portanto, regue a planta somente quando o solo estiver bem seco. Para saber isso, enfie um palitinho de dente na terra.

Se ele sair úmido, meio úmido, pouco úmido, não é preciso molhar ainda. Se ficar completamente seco e limpinho, sim.

Você pode regar uma vez por semana ou a cada 10 dias (se o clima for quente) e basta uma pequena quantidade de água – nem pense em encharcar a terra! A quantidade de água varia de acordo com o tamanho da xícara. As de café podem receber uma tampinha de água (dessas de garrafa PET). Já as plantadas em xícaras de chá podem levar de duas a três tampinhas.

As xícaras precisam ficar em algum lugar bem ventilado onde bata sol, ou em um local em que você possa abrir alguma janela algumas horas por dia. Suculentas e cactos adoram raios solares!

Curiosidade
Todo cacto é uma suculenta, mas nem toda suculenta é um cacto! O que os difere é o fato de o cacto possuir aréolas (círculos salientes onde nascem rebentos, espinhos e flores).

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cacto

Animais e plantas são adaptados aos locais onde vivem, pois de outra maneira, não resistiriam. Os cientistas acreditam que por um processo chamado evolução, os seres vivos se diversificaram e, assim, puderam ocupar os mais diferentes ambientes.

Alguns grupos de plantas se tornaram especialistas em viver nas regiões secas, entre os quais estão os cactos – plantas da Família das Cactáceas. Mesmo atravessando longos períodos sem chuvas, eles conseguem permanecer verdes e vigorosos.

Suas formas são variadas, a maioria tem espinhos e alguns dão flores muito vistosas, atraindo insetos, pássaros e até morcegos! Quanto aos tamanhos, podem ser pequenos (com 2 cm de altura, por exemplo) ou ter até 10 m de altura.

Embora sejam adaptados à vida em áreas secas, no Brasil, podemos encontrar cactos em diversos tipos de ambientes. No Nordeste temos o mandacaru, uma espécie que simboliza a região.

Ao longo do litoral, nas restingas, os cactos fazem parte da paisagem, já que resistem ao sol forte e ao calor excessivo das areias nos meses de verão.

Há, também, os cactos chamados ‘flores-de-maio’, que são cactos ornamentais encontrados facilmente em floriculturas e que, na natureza, ocorrem em florestas que vão do estado de Santa Catarina até o estado do Espírito Santo.

Melocactus macrodiscus
Já o Coroa-de-frade (Melocactus macrodiscus) ocorre do México até o Peru e, também, no Brasil.

Seu nome foi inspirado no fato de apresentar uma estrutura rosada, formada por pequenas cerdas e minúsculos espinhos, no alto da planta, como se fosse uma coroa. De dentro dessa estrutura é que saem as flores.

No Rio de Janeiro, o Coroa-de-frade quase não existe mais por causa da destruição dos ambientes onde ele costuma ocorrer, como as restingas.

Nas Américas, os cactos podem ser encontrados desde o Canadá (norte da América do Norte) até a Patagônia (no extremo sul da América do Sul). Ao todo, são aproximadamente 2.000 espécies, vivendo desde o nível do mar até em montanhas de 4.500 m de altitude.

Enfim, há cactos em lugares onde cai neve, como no Canadá e nos Andes, e sobre troncos de árvores de florestas, como na Mata Atlântica.

É interessante destacar que os locais muito frios apresentam também clima seco e a água disponível na forma de gelo ou neve não está no estado que a planta necessita.

Logo, nesses locais o cacto também precisa ser um especialista em driblar a sede para resistir. No caso das espécies de cactos que vivem nas florestas, vale a pena lembrar aquela velha história de que em toda regra há exceção.

Cereus-repandus

Isso quer dizer que, embora a família das Cactáceas seja melhor adaptada a ambientes áridos, existem espécies que não resistem à muita seca e por isso são mais adaptadas a ambientes florestais.

Mas, no caso dos cactos que vivem no alto das árvores, existe também a exposição ao sol e ao vento, o que também torna o ambiente hostil.

Os cactos são mais adaptados a ambientes muito secos, em geral, em solos formados por cascalho e areia, onde a água escoa muito rapidamente. Além disso, preferem ambientes abertos e com muita insolação, em regiões também de clima seco.

Uma das adaptações do cacto para viver nesta situação é apresentar raízes superficiais, muito longas e ramificadas, permitindo o aproveitamento de uma grande área de solo que permanece úmida por pouco tempo quando chove.

Há espécies que têm uma raiz principal muito grossa para acumular um bom volume de água e substâncias nutritivas. Muitas vezes, essas raízes são mais grossas que a parte aérea da planta.

Opuntia Cochenillifera
Os cactos podem ter forma globosa, que são os redondos; colunar, que são os compridos; ou achatadas, como as palmas – cujo nome científico é Opuntia – que costumam servir de alimento para o gado no Nordeste.

Essas palmas em especial não têm espinhos, assim não machucam o gado ao serem mastigadas. Porém, os parentes selvagens dessa espécie apresentam muitos espinhos para se protegerem.

E como se dá o acúmulo de água no corpo que faz a planta resistir a longos períodos de seca? A pele, ou cutícula, dos cactos é espessa e apresenta uma cera que ajuda a evitar a perda de água por transpiração.

A planta tem também estômatos – estruturas semelhantes aos nossos poros -, que durante o dia, sob sol forte, permanecem fechados para evitar a perda da água na forma de vapor.

Os espinhos são uma característica marcante dos cactos. Na verdade, eles representam folhas que se reduziram no processo de evolução dessa planta. Essa é uma outra maneira de reduzir a perda de água, porque sem as folhas eles evitam ainda mais a transpiração.

Os espinhos também protegem o cacto contra predadores e podem, ainda, ser importantes na dispersão da plantas. Alguns animais podem ter partes de cactos, como as palmas, ou mesmo plantas inteiras aderidas a seus pêlos e, assim, transportá-las para outros locais, onde poderão brotar.

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Como cultivar cactos
Em vasos
Os cactos necessitam de sol, ventilação e não suportam excesso de umidade. Isso é o básico para quem deseja cultivar cactos. A exceção fica por conta dos minicactos (aqueles que encontramos até em supermercados, em pequenos vasinhos) que, em geral, têm menos de três anos.

Como ainda são bem jovens, os minicactos apresentam menor resistência à exposição direta dos raios solares. Neste caso, é melhor colocá-los em áreas claras e arejadas, mas longe da luz solar direta.

Água
Este é talvez o fator mais importante para o sucesso no cultivo de cactos. A quantidade de água necessária para a manutenção destas plantas depende de outros fatores (terra, drenagem, temperatura, etc.), sendo difícil determinar uma periodicidade exata para as regas.

Mas, dá para chegar numa média, de acordo com os períodos do ano. No verão, as espécies com mais de três anos devem ser regadas a cada 5 ou 6 dias; já os minicactos a cada 4 dias.

No inverno, os cactos mais velhos devem receber água a cada 12 dias e os jovens a cada 8 dias. Toda a terra ao redor deverá ser molhada, mas não encharcada. Deixe que a água seja absorvida antes de colocar mais água.

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Terra e fertilizante
A mistura de terra indicada para o cultivo de cactos pode ser obtida misturando partes iguais de areia e de uma boa terra para plantas caseiras. Para fertilizar, recomenda-se, uma vez por mês, substituir a água da rega por um fertilizante líquido básico para plantas verdes diluído na proporção indicada pelo fabricante.

Replantio
Uma questão que sempre se levanta é o replantio dos cactos: geralmente, o cacto deve ser replantado quando o vaso estiver pequeno demais para a planta, lembrando que a mistura de terra do novo vaso deve conter terra vegetal e areia (dessas usadas em construção), para garantir a boa drenagem.

Além disso, para retirar o cacto do antigo vaso é preciso muito cuidado, pois os espinhos podem machucar. Uma boa dica é usar folhas de jornal dobradas várias vezes, em forma de tira, para envolver o cacto e desprender suas raízes com a outra mão (basta torcer levemente o vaso), sem forçar muito, para não quebrar a planta.

Depois de solto, é só encaixar o cacto no novo recipiente. Com uma ferramenta de jardinagem pequena, pressione a terra do vaso, para firmar bem a planta.

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Em jardins
O plantio de cactos em jardins pede outros cuidados. O principal deles é escolher o local adequado para evitar acúmulo de umidade. Não se deve escolher um local baixo ou em desnível, para evitar que a água das chuvas forme poças ou fique parada.

Como já foi explicado, a água em excesso causa o apodrecimento dos cactos e pode até matá-los. O ideal é escolher um local mais alto ou até fazer um morrinho, amontoando terra e apoiando com pedras. O aspecto visual fica bem interessante.

Prepare as covas: para espécies que chegam a mais de dois metros de altura, faça covas com cerca de 40 cm de profundidade; para espécies menores (as mais comuns) faça covas rasas, com cerca de 15 cm.

Coloque no fundo das covas, uma camada de pedrinhas (tipo brita) e, por cima, coloque a mistura de terra (pode-se usar a terra retirada do buraco, misturada à areia de construção e terra vegetal, tudo em partes iguais).

Plante os cactos usando a dica de segurá-los com a faixa de jornal. Em volta dele, por cima da terra, espalhe outra camada de pedrinhas, para auxiliar na drenagem. Para fertilizar cactos de jardim, siga a mesma periodicidade indicada para os cactos de vasos.

É importante lembrar que para conseguir um bonito efeito com cactos em jardins é necessário saber escolher bem as espécies, que devem ter a resistência necessária à exposição direta aos raios solares, à chuva e ao vento constante.

Uma boa idéia é consultar um produtor ou especialista na hora da compra, para ter certeza de escolher os tipos de cactos adequados ao seu jardim.

Curiosidades sobre os cactos
* A origem do nome: o termo ‘cactos’ foi usado há cerca de 300 anos antes de Cristo pelo grego Teofrastus. Em seu trabalho chamado Historia Plantarum, ele associa o nome cacto à plantas com fortes espinhos.

Embora os cactos possam ter formas diversas, ainda hoje associamos a idéia de que são plantas com muitos espinhos.

* Nem todas as plantas que mantêm água dentro da sua estrutura são cactos. Essa característica também é comum às plantas suculentas.

A diferença é que os cactos têm apenas caule e espinhos e as suculentos também têm folhas e nem sempre espinhos.

* Todos os cactos florescem, porém algumas espécies só dão flores após os 80 anos de idade ou atingir altura superior a dois metros. Depois da primeira floração, todo ano, na mesma época, as flores voltam a aparecer.

Figo da Índia (Opuntia ficus indica)

* Algumas espécies dão frutos comestíveis. É o caso do cacto mexicano Opuntia Ficus-indica, que produz o conhecido figo-da-índia.

* Cactos podem viver até 200 anos e alcançar 20 metros de altura (como o Cornegia gigantea, originário dos EUA e México). Mas também existem espécies minúsculas. A menor conhecida é o Blosfeldia liliputana, dos Andes bolivianos, com apenas 0,5 cm de diâmetro.

* Apesar de 92% de sua estrutura ser composta por água, a presença do cacto indica sempre um solo pobre e seco.

No mundo, existem mais de duas mil espécies de cactos catalogadas. Só no Brasil, são mais de 300 tipos.

* Os cactos reproduzem-se tanto por sementes quanto por estacas.

cacto

suculentas

A primeira ilustração de uma suculenta “Kalanchoe citrina” foi descoberta em 1989 nas paredes do grande templo de Thutmosis III (1501 – 1447 a.c.) em Karnak, Egito. Este rei egípcio ficou conhecido e lembrado como grande explorador militar, especialmente na vizinha Síria.

Nas 17 expedições que fez ele trouxe para o Egito muitos exemplares de novos animais e plantas saqueados nas suas andanças. Assim seu templo próximo de Luxor é repleto de ilustrações.

Muitas delas sem identificação (poderiam ter sido estilizadas ou fantasiadas) mas outras eram perfeitamente identificáveis. Entre elas o “Kalanchoe citrina”. Provavelmente Karnak foi o primeiro Jardim Botânico do mundo e o jardineiro responsável chamava-se Nekht. Sua tumba foi descoberta em Thebes.

As suculentas só foram reconhecidas como um grupo à parte no século dezessete.
As datações de carbono mostram em fósseis de suculentas encontradas que as espécies mais antigas têm 24.000 anos.

Os dois primeiros livros publicados sobre suculentas foram de Richard Bradley(1716-27) e o outro de De Candolle e ilustrações de Redouté (1799-1837). Ambos iam sendo publicados por partes e ambos ficaram incompletos.

Na América sabe-se que há 9.000 anos atrás Agaves e Cactos eram usados na alimentação no México. Há mais de 2.000 anos no México também o Peiote (Lophophora williansii) era usado em cerimônias religiosas e por jovens (como droga).

Dedo De Moça (Sedum Burrito)

Por conter mescalina e outros alcalóides produzia visões coloridas e euforia.
Na Europa os Aloes e as Euphorbias eram muito usados por suas propriedades medicinais e outras utilidades.

Características das Suculentas
As suculentas são plantas que acumulam água em um ou mais de um dos seus tecidos. Por serem de regiões secas precisam de uma reserva para os longos períodos de estiagem. Elas podem armazenar água nas raízes, caules, troncos, folhas etc.

Por isso muitas vezes elas apresentam folhas, troncos ou o caule “gordinhos” cheio de água, daí o nome “Suculentas”.

As suculentas usam alguns “truques” para diminuir a perda de água como envolver as folhas com uma fina película de cera ou uma camada bem densa de espinhos para fazer sombra no corpo da planta.

Muitas suculentas desenvolveram também um metabolismo diferente, chamado CAM (metabolismo do ácido crassuláceo), onde as plantas fecham os estômatos durante o dia e os abrem durante a noite. Estômatos são pequenas aberturas nas folhas que absorvem o dióxido de carbono enquanto as raízes absorvem água.

O alimento para a planta é produzido pela fotossíntese, combinando a água e o dióxido de carbono para produzir açúcares. Nesse processo (fotossíntese) o oxigênio é produzido e liberado no ar.

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No caso das suculentas o dióxido de carbono absorvido durante a noite é liberado gradativamente durante o dia, e também combinado com vários ácidos orgânicos (ácido málico). Durante o dia este ácido é transformado em açúcar pela ação da fotossíntese. As suculentas são sempre de região seca; porém podem ser de regiões secas quentes ou regiões secas frias como Alpes ou Balcãs (Sempervivum).

As espécies de suculentas são em torno de 22.000, sendo 2.000 espécies de cactos.
As suculentas não são uma família, mas um grupo de plantas.

Fazem muita confusão também entre cactos e suculentas. Os cactos são de uma família do grupo das Suculentas (Cactaceae). Todo cacto é uma suculenta, mas nem toda suculenta é um cacto.

Nós fazemos classificação das Suculentas, quanto à luminosidade da seguinte maneira: * Muita luminosidade, sem sol direto.
* Sol durante o dia.
* Sol pleno.

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Necessidades ou cuidados mínimos
Cultivo:

1. Solo
As suculentas de maneira geral preferem solos ricos e bem drenados. Nunca se deve misturar areia na terra preparada para as suculentas porque “soca” demais. Devemos usar uma fibra natural, casca de pinus, pedriscos (tipo o que sobra de peneirar uma areia lavada grossa).

Normalmente nós misturamos um substrato comprado no mercado de alguma firma idônea, misturado com a fibra e um pouco de terra vermelha de sub-solo de barranco. Acrescentamos para o plantio uma fonte de fósforo, cálcio e magnésio e depois fazemos adubações de cobertura periódicas.

2. Luminosidade
É um dos grandes segredos do sucesso no cultivo das suculentas. É Normalmente todas elas gostam de muita luz e morrem ou se descaracterizam na falta dela.

Elas são divididas em verdes (ex. Rhipsalis, Hatiora, Gasteria e Haworthias) que precisam de muita luz, mas não de sol diretamente. As amarelas (ex. Echeverias, Crassulas) que precisam de luz pelo menos uma parte do dia. As vermelhas (ex. Kalanchoe tyrsifolia, Crassula capitela) que precisam de sol pleno, o dia todo.

3. Irrigação
Este é outro ponto crítico para o cultivo de suculentas. A regra básica é regar abundantemente 1 vez por semana no verão e de 15 em 15 dias no inverno (ou no verão se o tempo estiver chuvoso ou nublado).

Deve-se molhar como uma “tempestade”, inclusive folhas e tudo. Não tem problema! Não pode é “borrifar” água, que aumenta a umidade relativa do ar em volta da planta nem usar prato embaixo do vaso.

É importante colocar brita, cacos de cerâmica ou argila expandida no fundo dos vasos para facilitar a drenagem do excesso de água.

Outra coisa interessante é utilizar pedrinhas cobrindo a superfície do vaso o que faz com que a água passe por aquele espaço sem se acumular alí, indo direto para as raízes. Isto evita muito o apodrecimento do colo da planta (pescoço), parte muito sensível a tombamento.

Echeveria agavoides

Vale lembrar que toda regra tem exceção, que vasos expostos ao sol direto e/ou vento necessitam de mais água que outros mais protegidos. Também tem alguns cactos de mata Atlântica como os Rhipsalis que gostam de regas mais frequentes.

A adubação deve ser feita periodicamente, sem exageros principalmente de nitrogênio para evitar que a planta cresça muito verticalmente. Normalmente após o plantio das mudas em vasos reduzimos a adubação até o vaso “firmar” e ir para o mercado para que as plantas “se comportem” não precisando serem trocados para vasos maiores com muita frequência.

As suculentas são plantas fáceis de serem cultivadas principalmente seguindo-se as regras da luminosidade e rega. Sua multiplicação é feita por semente ou por partes das plantas como folhas.

Também é possível fazer mudas por estacas o que acelera bastante o processo de multiplicação. Há plantas fáceis e rápidas de multiplicar e outras já muito lentas para crescer e até amadurecer para se conseguir sementes. Alguns Agaves podem levar até vinte anos ou mais para florescer.

As suculentas têm sido muito procuradas pela praticidade (regas semanais) e pela procura por novidades, plantas com aspectos diferentes ou curiosos. Como são muito diversas podem se adaptar bem a canteiros ou vasos.

Vai depender da espécie a ser plantada, da maneira adequada de plantar, observando a luminosidade e a drenagem principalmente. As suculentas preferem vasos de barro (queima de “biscoito”), não vitrificados, e que de preferência sejam rasos e largos, tipo “bacia”.

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Para montar um jardim de suculentas devemos combinar espécies que tenham a mesma necessidade básica de luz e frequência de regas para facilitar o manejo, inclusive dos setores da irrigação automatizada, se tiver.

As suculentas devem ser plantadas fazendo-se pequenas elevações no terreno, utilizando pedras e pedriscos e naturalmente utilizando as mantas tipo bidim para ajudar na drenagem.

Ficam muito bonitas em jardineiras de apartamentos, onde elas são protegidas do excesso de chuva por uma marquise. Jardim de inverno nem pensar! Não conheço nenhum que tenha dado certo com suculentas e raríssimas exceções com outros tipos plantas.

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Pachyphytum compactum

A planta-diamante, também conhecida como planta-jóia e pedra-preciosa. É uma espécie de planta originária do México, e que chama a atenção de colecionadores por suas folhas multifacetadas, como se tivessem sido lapidadas igual uma pedra preciosa.

Trata-se de uma suculenta pertencente à família Crassulaceae, cuja principal característica é a formação de densas rosetas compostas por folhas alongadas, cilíndricas e com as extremidades em ogivas, como pequenos zeppelins.

Estas estruturas suculentas são densamente imbricadas e lembram cristais multifacetados. A impressão que se tem é que foram lapidadas individualmente, como diamantes.

As cores e formas variam do verde claro ao acinzentado, com pontas avermelhadas, mas podem mudar de acordo com a cultivar e com as intempéries, tendendo a ser mais verdes e alongadas sob meia sombra e mais coloridas e compactas sob sol pleno, frio e estiagem.

Pachyphytum compactum

Floresce eventualmente, despontando acima da folhagem flores em forma de sino de cor amarela, laranja ou rósea.

É uma planta única, de aspecto duro como pedra, mas extremamente delicada. É preciso ter muito cuidado ao manusear a espécie em replantios e divisões, pois suas folhas se soltam com muita facilidade.

Não obstante, cada folhinha solta é uma excelente forma de propagação que deve ser aproveitada. Apresenta crescimento lento a moderado, mas vale muito à pena ter essa pequena jóia na sua coleção de suculentas.

Sua textura e cores diferentes são uma excelente combinação para outras espécies, ou mesmo na formação de um denso tapete em vasos e jardineiras, adornados com pedriscos que valorizem sua folhagem.

Seu cultivo deve sob sol pleno ou meia sombra, em substrato próprio para cactos e suculentas, leve, arenoso, perfeitamente drenável e enriquecido com matéria orgânica.

A irrigação deve ser esparsa, permitindo que o substrato seque entre as regas. As regas assim são mais frequentes na primavera e verão, e bastante reduzidas no outono e inverno.

Pachyphytum compactum

Como muitas suculentas, a planta diamante não tolera encharcamentos, que levam ao rápido apodrecimento das raízes, assim, evite utilizá-las em terrários sem drenagem ou com pratos sob os vasinhos.

Não resiste bem ao frio intenso por tempo muito prolongado. Evidencia cores, formas e contrastes mais vibrantes quanto exposta ao sol, estiagem e frio.

Sua multiplicação é feita facilmente por estaquia das folhas, além da separação das novas rosetas que se forma entorno da planta mãe.

Deixe as folhas e rosetas novas para cicatrizar por 24 horas na sombra antes do plantio.

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