Ocorrência – de Pernambuco ao nosrte de Santa Catarina
Outros nomes – caxeta, tabebuia, pau caxeta, pau paraíba, tabebuia do brejo, pau de tmanco, tamanqueira, malacaxeta, pau de viola, corticeira, tamancão, caixeta-do-litoral.
Características – árvore de pequeno porte que atinge de 3 a 13 m de altura e de 10 a 30 cm diâmetro. Raramente chega a 20 m de altura, sempre em locais onde não é explorada. O tronco é tortuoso e geralmente possui raízes aéreas, que servem como escora, já que a árvore muitas vezes vegeta em solos pouco firmes. A copa é pequena e a casca apresenta coloração que varia do bege-claro ao cinza-pardo. Folhas simples, coriáceas, glabras, de 12 a 22 cm de comprimento por 4 a cm de largura. As flores, pouco numerosas, são brancas com estrias roxas e perfumadas, e os frutos têm forma de cápsula. As sementes são do tipo aladas, ou seja, dispersadas pelo vento.
Habitat – terrenos alagadiços da faixa litorânea, Mata Atlântica.
Propagação – além das sementes, a planta rebrota depois de cortada e, além disso, se reproduz por brotações que nascem a partir das raízes. O manejo adequado do caixetal pode evitar a demorada e cara reprodução por sementes.
Madeira – muito leve e extremamente fácil de cortar, aplainar e lixar. O alburno e o cerne não se diferenciam. Apresentam coloração branca, levemente rosada. Na maioria das árvores, o alburno, parte mais nova da madeira do tronco e ligada à casca, é mais claro que o cerne. Não racha nem empena.
Utilidade – sua madeira não é considerada nobre nem está na lista das mais cobiçadas no mercado internacional. Tem, porém, múltiplas utilidades, o que lhe conferiu importância econômica nas áreas de ocorrência. A madeira é usada no artesanato e para fabricar lápis. É ótima para ser usada na construção de instrumentos musicais, na fabricação de tamancos, palitos de fósforo entre outros objetos. Para se ter uma idéia de sua utilidade, até os anos 70, uma importante indústria de lápis do país, a Johan Faber, só usava a caixeta como matéria-prima. Já teve o corte proibido e volta a ser explorada através do manejo da floresta.
Florescimento – começo da primavera, no Sudeste e no Sul, e no verão, no litoral nordestino.
Frutificação – outubro a março
Ameaças – as áreas de caixetais vêm sofrendo um processo de desaparecimento baseado em três pontos básicos relacionados diretamente a ações antrópicas que refletem a falta de conhecimento dos caixetais pelo homem, que ignoram o conhecimento e a experiência de populações tradicionalmente “manejadoras” de caixeta: o assoreamento dos rios e consequentemente das áreas de várzea, por sedimentos originados da erosão dos solos, lançamento constante de detritos sólidos nos cursos d’água por industrias e centros urbanos em geral, bem como a criação de barragens, açudes e estradas cruzando cursos d’água e alterando os regimes hidrológicos; a extração seletiva de caixeta, principalmente no método por vala, favorece outras espécies em detrimento da caixeta. A ausência de um plano de manejo adequado normalmente resulta em práticas inadequadas de exploração, como a inexecução de desbrota após o corte, que pode diminuir o incremento de madeira (caixeta) e comprometer explorações futuras. Estas práticas tendem a médio/longo prazo, alterar negativamente a densidade de caixeta nas áreas, bem como seu volume absoluto; a pressão resultante da expansão desordenada dos centros urbanos e especulação imobiliária, bem como o aumento dos condomínios à beira mar impulsionados pelo turismo, vêm determinando o aterro de diversas áreas alagadas (mangues, brejos e várzeas) e a devastação das mais diversas formações vegetais (restingas, mangues, e caixetais entre outros…) no litoral
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Ocorrência – litoral brasileiro, do Amapá a Santa Catarina
Outros nomes – tinteira, mangue manso, mangue verdadeiro, mangue de cortume
Características – espécie que apresenta pneumatóforos. Folha, oblonga ou elíptica, com pecíolo vermelho, com dois pontinhos na parte superior, que na verdade são glândulas vestigiais, uma em cada pecíolo junto à folha. Esta característica proporciona a fácil identificação em campo. Flores pentâmeras, pequenas de coloração branca esverdeadas. O seu sistema radicular também se forma perpendicular à superfície do solo, desenvolvendo pneumatóforos. Estas estruturas são menores e mais grossas do que em Avicennia . O sistema radicular é radial superficial. Os mangues brancos localizam-se mais para o interior do manguezal. Possuem glândulas de secreção de sal nas suas folhas por onde libertam o excesso de sal. Atualmente, pensa-se que a queda de folhas é mais um meio de eliminação do excesso de sal.
Habitat – manguezais
Propagação – sementes, rebrotas e mudas
Madeira – coloração marrom esverdeada escura, textura moderadamente fina, resistente a xilófagos
Utilidade – a madeira é utilizada para energia (lenha) e pequenas construções de pesca como cercos, etc. A casca e folhas são usadas para se extrair o tanino e para fins medicinais.
Florescimento – janeiro a março
Frutificação – fevereiro a abril
Cuidados – a legislação determina que o mangue é Área de Preservação Permanente. Os manguezais estão incluídos em diversas leis, decretos, resoluções. Os instrumentos legais impõem ordenações de uso e ações em áreas de manguezal.
Ameaças – destruição do habitat, pesca predatória, a captura de caranguejos durante a época de reprodução das espécies, ocupação desordenada do litoral, aterros e desmatamentos.
Ocorrência – Maranhão e região Nordeste do país até a Bahia
Outros nomes – cebiá, sansão do campo
Características – planta espinhenta com 5 a 8 m de altura, tronco com 20 a 30 cm de diâmetro. Folhas compostas bipinadas, geralmente com 6 pina opostas, cada uma com 4 a 8 folíolos glabros, de 3 a 8 cm de comprimento. Um Kg de sementes puras contém aproximadamente 22.000 unidades.
Habitat – caatinga
Propagação – sementes
Madeira – pesada, dura, compacta, superfície brilhante e lisa, de grande durabilidade, mesmo quando exposta à umidade e enterrada.
Utilidade – madeira muito apropriada para usos externos, como moirões, estacas, esteios e para lenha e carvão. A árvore apresenta as características ornamentais, principalmente pela forma entouceirada que geralmente se apresenta, podendo ser empregada em paisagismo. É também muito utilizada como cerca viva defensiva e quebra ventos. É amplamente cultivada para produção de madeira na Região Nordeste do país. Como planta tolerante à luz direta e de rápido crescimento é ideal para reflorestamentos heterogêneos destinados a recomposição de áreas degradadas.
Florescimento – novembro a março
Frutificação – setembro a novembro
As palmeiras são muito utilizadas em vias públicas, praças e jardins residenciais pela sua beleza e imponência, sobretudo pela exuberância da coloração e disposição de suas folhas. Entretanto, têm-se observado neste ano que um número cada vez maior dessas plantas vem sofrendo uma desfolha rápida e intensa.
Trata-se da ação da lagarta Brassolis sophorae, conhecida vulgarmente como lagarta das folhas, uma praga comum das palmáceas em regiões onde elas são exploradas economicamente.
Esse inseto na fase adulta é uma borboleta com 6 a 10 cm de envergadura com asas marrons atravessadas por uma faixa alaranjada. A forma jovem, responsável pelos danos às plantas, é uma lagarta de cabeça castanha e corpo marrom, que atinge 6 a 8 cm de comprimento com duas listras longitudinais escuras.
Essa praga, na fase de larva, vive em grupo e apesar de possuírem um tamanho relativamente grande é de difícil observação, pois possuem hábito noturno. As lagartas fazem ninhos unindo vários folíolos com fio de seda, onde passam o dia e só saem ao anoitecer para se alimentarem, ficando expostas por um período curto, em geral menos de duas horas, voltando em seguida para o ninho.
A incidência generalizada dessa lagarta no Estado do Paraná pode estar ocorrendo devido ao desequilíbrio ambiental. Um de seus principais inimigos naturais é um grupo de pequenas vespas (microimenópteros) e a aplicação de agrotóxicos nas lavouras e a falta de áreas de refúgios pode estar afetando a população desses insetos e levando ao aumento populacional das lagartas.
O ataque da lagarta tem levado muitas pessoas a cortarem as plantas atingidas, principalmente pela perda da sua beleza natural e também, temendo o ataque do insetos.
Cumpre-nos sugerir que o corte dessas plantas seja avaliado cuidadosamente, pois as plantas atacadas podem se recuperar em alguns anos, devolvendo ao ambiente a beleza original mais rapidamente de que se forem substituídas por mudas. O corte dessas plantas por temor ao ataque do inseto também pode ser um equivoco, pois a lagarta Brassolis sophorae não é urticante, ou seja, não causa nenhum tipo de alergia ou queimadura.
No caso de dúvida, deve-se consultar a vigilância sanitária local. Outro temor desnecessário é provocado pela crença popular de que as borboletas podem provocar cegueira. Na realidade, as asas das borboletas são recobertas por escamas que se desprendem do inseto à medida que eles se debatem.
Quando essas escamas entram em contato com os olhos podem causar irritação, sem, contudo, levar a maiores consequências.
Para evitar que o problema ocorra com as palmeiras é necessário que elas sejam vistoriadas periodicamente. O controle da lagarta deve ser feito no início do ataque, antes que a desfolha atinja um estágio muito avançado e comprometa a estética da planta.
Como medida de controle sugere-se a derrubada das lagartas com o emprego de varas, fazendo-se em seguida o esmagamento, enterrio ou queima das larvas. O controle pode ser feito ainda com o uso de produtos inseticidas.
De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária no Brasil há sete produtos registrados para controle da praga, sendo que quatro deles são formulados a base da bactéria Bacillus thuringiensis. Essa bactéria atua produzindo uma toxina que destrói a parede do intestino do inseto.
No entanto, não é patogênica para os mamíferos (inclusive o homem), pássaros, anfíbios ou répteis por não encontrar no trato digestivo desses seres condições ideais para seu desenvolvimento.
O produto deve ser aplicado sobre as folhas e para que faça efeito é necessário que seja ingerido pela lagarta.
Podem ser encontrados as seguintes marcas comerciais do produto: BAC-CONTROL PM, DIPEL PM, ECOTECH PRO e THURICIDE.