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Posts para categoria ‘Adubos e Substratos’

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Um questionamento frequente feito é qual é a diferença entre terra vegetal e substrato.

Pois bem, o substrato, ou composto orgânico, é, grosso modo, a mistura de matéria orgânica e terra com o intuito de nutrir o solo onde será depositada a planta. Um bom substrato precisa ser rico em macronutrientes essenciais: nitrogênio, fósforo e potássio. Os elementos mais comuns na composição de substratos são o húmus de minhoca e a farinha de osso. Cada substrato tem uma finalidade específica (para plantio de flores, árvores, hortaliças, etc),  por isso consulte um especialista ou leia os rótulos das embalagens.

Já a terra vegetal é a mistura de terra com alto teor de matéria orgânica, como as turfas (solos escuros ricos em matéria orgânica), restos de plantas decompostos, como folhas, caules e cascas. Embora contenha naturalmente alguns nutrientes, a terra vegetal serve basicamente como a “cama” das raízes; para que a planta desenvolva-se em sua plenitude, é essencial que se misture (obedecendo aos traços próprios de cada espécie de planta) um bom substrato.

A terra vegetal é encontrada à venda em pacotes. Atenção: ela deve estar isenta de resíduos, como pedras e papéis

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Tipos de adubos
Os adubos químicos compostos fornecem todos os nutrientes básicos em várias proporções; os adubos simples contêm apenas um ou dois. Existem ainda adubos orgânicos, como a farinha de ossos, que atuam mais lentamente que os químicos. Por este motivo, deverão ser aplicados mais cedo do que estes.
No rótulo de qualquer embalagem de adubo pode ver-se o símbolo NPK, que indica os nutrientes existentes no adubo e as respectivas proporções. Por exemplo, 10:6:4 significa que o conteúdo tem 10% de azoto (N), 6% de fósforo (P) e 4% de potássio (K), sendo o restante composto por substâncias inertes. As percentagens são sempre indicadas pela mesma ordem.
Os adubos são apresentados sob forma granulada ou líquida (neste caso, são absorvidos mais rapidamente). Há também adubos foliares — líquidos especiais que são pulverizados sobre as folhas para uma rápida absorção quando se pretende um efeito tónico imediato.

Alimentem as plantas de interior apenas durante o período de crescimento, e nunca quando as raízes estão muito secas. Na sua maioria, as plantas dão-se bem com um adubo equilibrado, mas as plantas de flor beneficiam também com um pouco de adubo rico em potássio. Para manter a folhagem viçosa, pode utilizar ocasionalmente, e sob forma líquida, um adubo de azoto como o nitrato de amônio. Para fornecer um tônico rápido a uma planta débil, pulverize as folhas com um adubo foliar diluído, de forma a ter apenas um quarto da concentração habitual. Nunca aplique uma grande quantidade de adubo de cada vez, pois as raízes poderão ser danificadas. Em geral, é mais seguro diluir o adubo e deixá-lo apenas com metade da concentração recomendada e aplicá-lo com mais frequência.

Adubos para bulbos, trepadeiras e árvores
Os adubos para tomate, que têm elevado teor de potássio, podem ser aplicados durante o período do crescimento para induzirem a floração e frutificação de qualquer planta.
Quando utilizar adubos, siga rigorosamente as instruções quanto às doses recomendadas. Se tiver dúvidas, lembre-se de que é preferível aplicar de menos do que de mais.
Se usar sobretudo adubos químicos, deve alimentar também o solo com matéria orgânica para formar húmus (o húmus é a substância gomosa que agrupa as partículas do solo, permitindo a circulação do ar e da água). Poderá fazê-lo deitando estrume ou composto de jardim na terra, cavando bem com uma enxada.

Adubos para plantas de jardim
O melhor adubo para jardim é um composto equilibrado com 7% de cada um dos três nutrientes principais; no caso de preferir adubos orgânicos, os mais indicados são as farinhas de peixe e de ossos. Aplique-os, seguindo as indicações do fabricante, para preparar a terra para a plantação ou sementeira da Primavera. Volte a aplicar no intervalo entre a sementeira e a colheita. Os adubos simples de azoto, como, por exemplo, o nitrato de amônio, devem também ser utilizados na Primavera. Aplique-os na terra, em torno das plantas, para estimular o crescimento. Misture os adubos de fósforo na camada superior do solo antes de plantar herbáceas perenes, arbustos, rosas, etc.

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Adubar

Adubar uma planta significa dar a ela todos os elementos indispensáveis para um crescimento saudável. Se a quantidade desses elementos for insuficiente ou exagerada, as plantas vão se ressentir e poderão até morrer. Então, o primeiro passo é você conhecer as necessidades gerais dos vegetais e as específicas de cada espécie que você cultiva.

Para uma planta crescer viçosa, precisa de 16 elementos. Destes, o carbono, o oxigênio e o hidrogênio são retirados do ar, e o restante do solo. Por isso, os adubos devem conter 13 elementos, que são divididos em dois grupos:

O primeiro reúne os macronutrientes, que devem ser dados às plantas com certa frequência. São eles; nitrogênio (N), fósforo (P), potássio (K), cálcio (Ca), enxofre (S) e magnésio (Mg).

No segundo grupo, aparecem os micronutrientes, que não exigem aplicações constantes, mas desempenham um papel muito importante no crescimento dos vegetais. Todos esses elementos são encontrados nos adubos orgânicos, nos minerais e nos químicos.

Os adubos orgânicos
São os estercos animais, farinha de ossos, bem como elementos vegetais em decomposição, e se caracterizam por liberar gradualmente os elementos. São de ação mais lenta mas não oferecem nenhum perigo às plantas, pelo contrário, tomam a estrutura do solo mais porosa, beneficiando a oxigenação das raízes.

Os adubos minerais são encontrados em formas mais simples (salitre do Chile, sulfato de amônia, superfosfato, etc.) ou então em misturas químicas já prontas, em pó, líquido, pastilhas ou granulados.

Os adubos químicos também são encontrados em pó, cristais, líquidos ou pastilhas, e reúnem algumas vantagens, pois agem imediatamente, recuperando plantas fracas com facilidade.

Podem ter todos os elementos bem balanceados, inclusive com fórmulas especiais para cada tipo de planta. O único problema é que devem ser aplicados rigorosamente de acordo com as instruções dos fabricantes, porque qualquer excesso pode até matar as plantas.

Mas o segredo mesmo da adubação está na aplicação. Cada planta tem um ritmo de crescimento próprio e precisa ser adubada com determinada frequência. Por exemplo; algumas plantas de rápido crescimento, como os gerânios, podem ser adubadas até uma vez por semana no período de crescimento. Já outras, como os cactos e as suculentas, não precisam mais de uma ou duas aplicações por ano.

O ideal é saber a dosagem e a frequência que cada espécie precisa, e prestar atenção aos sinais de adubação excessiva: crescimento exagerado das hastes, limo esverdeado na superfície do vaso, folhas com pontas amarronzadas.

Se você notar esses sintomas, suspenda a adubação
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O Substrato é basicamente, o meio no qual se desenvolvem as raízes das plantas cultivadas em recipientes fora do solo, ou seja, é a “terra” colocada nos vasos e jardineiras, e tem a função de dar suporte às plantas, regular a disponibilidade de nutrientes, água e oxigênio para as raízes. Pode ser formado de fontes minerais e ou orgânicas, de uma ou de vários tipos de materiais diferentes.

O substrato necessariamente deve ser melhor que o solo em todas as características, pois deve proporcionar à planta:
- melhor e maior aproveitamento da água aplicada,
- fornece o ar necessário às trocas de gases e respiração das raízes,
- dá permeabilidade, proporcionando condições às raízes de desenvolvimento,
- dá firmeza, propiciando suporte e ancoragem à planta,
- conserva densidade e volume constante, seco ou molhado,
- não permite mudanças bruscas de pH (acidez),
- retém os nutrientes necessários ao desenvolvimento da planta,
- dá alta estabilidade, evitando compactação,
- maior resistência á decomposição e apodrecimento,
- a inexistência de agentes causadores de doenças e pragas,
- a inexistência de sementes de quaisquer tipos de plantas.

Podem ser utilizados vários tipos de materiais para compor o substrato, trazendo as características necessárias:
Areia - Elemento mineral inerte, utilizado para aumentar a porosidade e drenagem do substrato.

Vermiculita - Minério capaz de expandir até 20 vezes quando aquecido, o produto dessa expansão é inodoro, não irrita a pele ou pulmão, não decompõe, nem atrai insetos, traz leveza e baixa densidade ao substrato.

Casca de pinus – Produz elementos fitotóxicos que impedem a germinação de sementes, por isso não deve ser utilizado sem a retirada desses elementos, que podem ser eliminados pela compostagem, é muito utilizado em orquídeas e também na jardinagem, em decoração de lugares onde não se queira que haja germinação de plantas daninhas.

Casca de arroz carbonizada - Resíduo do processamento do arroz, é totalmente isento de doenças e pragas, por causa da carbonização, possui silício, mineral que confere á planta resistência aos ataques fúngicos.

Turfa - É um material de origem vegetal, parcialmente decomposto que provém de regiões pantanosas, consegue reter com eficácia os nutrientes e disponibilizá-los à planta, geralmente estão presentes em substratos comerciais.

Humus - Matéria orgânica estável resultante da compostagem ou da vermicompostagem, que é o uso de minhocas na produção de húmus, decompondo o lixo orgânico em poucos dias (30 a 35 dias).

Fibra de coco - Produto ecológico, pois se trata de um reaproveitamento de materiais que seriam descartados, inerte, não possui nutrientes, não retém água e possui decomposição lenta, depois de triturado pode ser incorporado a outros materiais, aumentando a drenagem do substrato.

Sphagnum e Hypnum – São musgos que depois de desidratados, possuem a capacidade de manter a umidade e de manter uma decomposição lenta, muito utilizados para o cultivo de orquídeas e plantas carnívoras, utilizando misturas de musgos e areia.

Perlita – Mineral de rocha formada por silicatos, muito utilizada no cultivo de suculentas, aumenta a capacidade de drenagem e uma maior aeração das raízes das plantas.
Mesmo com estas informações, fica a dúvida de qual substrato utilizar.

Não existe uma receita de bolo para se preparar um substrato ótimo que supra as necessidades de todos os tipos de plantas que você queira cultivar, por isso são necessários testes com o material que se tenha em mãos para a produção de um substrato que atenda suas necessidades. Lembramos que estes materiais por si só não disponibilizam os nutrientes necessários ao desenvolvimento satisfatório da planta, por isso independente do uso desses materiais, ainda assim é necessária a adição de adubos químicos ou minerais, que fornecerão os nutrientes e regularão o pH.
Para regular pH, fornecer cálcio e magnésio pode ser utilizado o calcário;
Para correção da deficiência de fósforo do substrato, pode ser utilizado Termofosfato ou super fosfato simples;
Pode também ser acrescentado K e N para as primeiras semanas da planta ao substrato.

Lembramos que diferentes materiais e nutrientes acrescentados ao substrato, darão diferentes condições de crescimento à planta, e até proporcionando formas diferentes de crescimento, dependendo de disponibilidade ou deficiências de nutrientes.

Abaixo estão listadas algumas fórmulas que podem ser usadas para a produção de um bom substrato, mas que talvez não atenda à planta que você queira cultivar:
1 – Para Lisianthus, pode ser utilizada a mistura de Vermiculita + Humus + Perlita, na proporção de 2: 1 : 1/5, ou para cada 10 litros de substratos, misturar:
6,25 litros de Vermiculita
3,12 litros de Humus
0,62 litros de Perlita

2 – Para o cultivo de Gloxínia, bons resultados são obtidos com a mistura de ½: 1 : ½ , ou para cada 10 litros de mistura, colocar:
2,5 litros de Vermiculita
5 litros de Humus
2,5 litros de Perlita

Caso se queira aumentar ou diminuir a drenagem, é só modificar a quantidade da Perlita, para aumentar a densidade e o peso, pode-se adicionar solo argiloso à mistura.

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