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Posts para categoria ‘Dicas e Curiosidades’

Pomar em casa

Veja como montar um jardim só com frutíferas em pequenos espaços e desfrutar do sabor das frutas.

ROMÃ

O material necessário

material necessário (Small) (Small)

Com a falta de espaço cada vez mais frequente, muitas pessoas deixam de aproveitar o que realmente gostariam, o de ter um pomar. É estranho imaginar árvores enormes cultivadas em ambientes reduzidos. Mas com um bom planejamento, é possível dispor frutíferas em vasos e colher frutos com o mesmo sabor.

Ao programar um minipomar, é preciso alguns cuidados, principalmente na escolha das espécies. Para não comprometer o resultado, é importante utilizar aquelas que tenham as mesmas exigências em relação a solo, luz, vento e adubação. Além disso, é essencial considerar seu tamanho, as de pequeno porte se adaptam com mais facilidade e atingem de 4 a 6 m de altura, como acerola, romã, laranjinha e pitanga. Hoje em dia existem variedades produzidas por enxertia que são menores e frutificam no primeiro ano. Também é preciso deixar espaço suficiente para que todas as mudas recebam sol pelo menos na parte da manhã.

Apenas em alguns casos os frutos das árvores em vasos são menores e o ciclo de vida pode ser mais curto, por outro lado, a época de colheita não muda.

Os recipientes de plantio podem ser de cerâmica ou barro, esses são os mais indicados porque permitem boa drenagem em função da porosidade do material. Vale lembrar que a dimensão é importante; precisa ser grande para oferecer bastante espaço para as raízes.

O vaso de cerâmica precisa ser impermeabilizado, caso contrário, boa parte da água que deveria irrigar a frutífera ficará retida no recipiente.

Hora do plantio

paso a passo (Small)

Primeiro, coloque uma camada de brita de cerca de dois dedos (1) ou o suficiente para cobrir o fundo do vaso. Esse material pode ser substituído por cacos de telha, sendo importante para a drenagem e para evitar que a terá vegetal saia pelos furos. Depois adicione areia na mesma quantidade. (2), que também contribuirá com o escoamento do líquido excedente. Deposite uma camada de terra vegetal de cerca de 5 cm (3) e acrescente o fertilizante químico NPK 4-14-8 (4), misturando bem os dois com a ajuda da pá (5). Essa formulação de adubo colabora para a frutificação.

Usando o canivete, corte o revestimento de plástico que envolve o torrão da muda e retire-o (6), mas mantenha a terra ao redor das raízes. Em alguns exemplares, pode acontecer o enovelamento das raízes, ou seja, elas começam a crescer para cima. Caso isso ocorra, com o auxílio do canivete, corte o torrão a 2 cm da base, como se fosse um disco (7), para que o sistema radicular volte a crescer no sentido correto.
Feito isso, coloque a planta no vaso e redistribua a terá vegetal até preencher todos os espaços (8) e oferecer firmeza à árvore. O substrato (terra vegetal) precisa estar no nível da frutífera, deixando seu colo à mostra, pois ele é sensível a pragas e doenças.

Regue abundantemente até que a água saia pelos furos da base do recipiente. Se houver necessidade, adicione terá vegetal, uma vez que a irrigação compacta o substrato. Para manter a umidade e evitar a proliferação de ervas daninhas, disponha uma camada de casca de pínus até atingir a borda.

Como a árvore passou por um procedimento estressante e está em um novo ambiente, é bom que durante um mês após o plantio, ela deve receber apenas o sol da manhã e ser regada diariamente. Depois desse período, os cuidados variam de acordo com a espécie.

Vamos conhecer um pouco melhor essas duas técnicas de plantio.

Plantar direto no canteiro constitui em duas etapas: semeamos diretamente no solo e depois selecionamos as melhores plantas para ficarem no nosso canteiro, arrancando as que ficaram piores, deixando as plantas no espaçamento entre plantas previsto (processo chamado de desbaste).

Plantar indiretamente, ou seja, com produção de mudas separadamente, a técnica é um pouco mais aprimorada, consistindo em: prepararmos bandejas (compradas em casas agrícolas) e semearmos lá. Esperamos as plantas de desenvolverem, geralmente até chegarem a uns 8 a 10 cm de altura. Poderemos notar que nem em todas as células (divisões) da bandeja haverão emergido plantas, já que algumas sementes sempre falham. Selecionamos só as melhores plantas, e plantamos essas no solo, no espaçamento previsto.

Deu para entender? É um tanto mais trabalhoso produzirmos mudas em bandejas antes, afinal, qual é a vantagem disso em relação a plantarmos direto no solo?
A vantagem é que, quando produzimos mudas antes, as plantas ficam mais uniformes, em geral mais fortes, algumas plantas são muito frágeis quando acabam de emergir da terra. Plantando em bandejas, podemos deixá-las em um ambiente mais seguro, mais controlado, sem a possibilidade de chuvas, ventos, geadas, sol forte, ou mesmo estamos assim diminuindo a possibilidade de que insetos e doenças ataquem a pequena planta nessa delicada fase, o que poderia comprometer o seu bom desenvolvimento futuro.

Sendo assim, a produção de mudas em bandejas, para plantarmos só depois no canteiro definitivo, serve para:

- Protegermos melhor as mudas mais sensíveis – Pois as bandejas podem ser transportadas para um local mais confortável, o canteiro não.

- Reduzir as perdas excessivas de semente (perdidas no desbaste) – Para ter idéia, comprando latas de 50 g de sementes, o custo de 5000 sementes de alface crespa é de aproximadamente R$ 0,53, já o de tomate chega a R$6,00. Uma lata de 10 kg de sementes de tomate santa cruz, custa em torno de R$ 4.000,00. Não dá para desperdiçar essas sementes, não?

- Reduzir a necessidade de replantio, já que às vezes, plantando diretamente, podemos ter buracos sem plantas em locais que queríamos plantas, o que nos leva muitas vezes a replantar as sementes nesse espaço vazio.

Mas atenção: O plantio em bandejas tem vantagens para a maioria das plantas, mas para algumas plantas, sua utilização é impossível ou prejudicial à planta. A cenoura, por exemplo, se plantada em bandejas, sua raiz (parte que comemos), fica torta e esmagada, devendo ser obrigatoriamente plantada direto no canteiro.

O reenvasamento é necessário para revitalizar e obter novas florações, aliado às regas adequadas e regulares e ao ambiente exigido pelas planta: sol, ou sombra, ou meia-sombra; e, se planta de interior: junto a janela com sol, ou em local de muita claridade sombreada e arejada (ventilada), ou  normal, ou pouca.

* – Para sua planta em vaso repetir floradas bonitas e abundantes e/ou continuar crescendo saudavelmente, é necessário mantê-la com saúde, nutrida (adubada) e, se necessário, periodicamente trocar o substrato (terra mistura que é colocada no vaso); processo também chamado de replante ou transplante, quando feito para outro local (vaso, floreira, jardim).
* – Troque para um vaso (recipiente) maior se for planta arbustiva em crescimento. Quanto maior o espaço para enraizamento, maior ficará a planta em folhagem (copada) e em altura.
* – Remova hastes de flores e folhas vencidas. Poda de galhos e ramagens são recomendados no desbaste da planta no replantio, como também, são úteis na formação da sua copagem e no formato desejado.
* – Para soltar, retirar a planta do vaso, proceda como se retirasse pedrinhas de gelo da forma de gelo, acolhendo o tronco/haste/ramos da planta entre os dedos de uma mão ao aparar o torrão, na virada do pote (vaso) pela outra mão.
* – Cuide para não desmanchar o torrão, desenraizando a planta, evitando necessidade de novo enraizamento, que nem sempre ocorrerá.
* – Com os dedos, faca, canivete ou espátula, retire terra cuidadosamente, diminuindo o torrão entre as raízes, sem contudo desintegrá-lo.
* – Ao colocar o novo substrato (terra mistura) no vaso, cubra antes o orifício no fundo do vaso com pedrinhas, cacos sólidos, permitindo o dreno para a saída do excesso de água da rega e reabsorção da água do pratinho.
* – As diferentes espécies de plantas requerem diferentes composições de elementos minerais, químicos e nutrientes no substrato (solo) adequado para o seu desenvolvimento; têm também, diferentes necessidades de umidade (rega), luminosidade (luz) e temperatura (clima).
* – Procure informar-se destas particularidades para melhor cuidar de suas flores e plantas envasadas, mantendo-as vivas e bonitas por mais tempo.

vasos

Na hora de decorar seu terraço com plantas, tudo é permitido. Jogue com vasos de vários tamanhos, materiais e formatos. Além disso, improvise à vontade, lançando mão de recipientes originais: calderôes e panelas antigas, carrinhos de mão, pratos e xícaras sem uso, cumbucas de barro, sopeiras…

Material do vaso
Para terraços ou para uso externo em geral dê preferência aos vasos de cimento, cerâmica, fibra de vidro ou madeira resistente. Evite metal, plástico e madeira de qualidade inferior: os dois primeiros não permitem boa drenagem, e o último se desfaria depois de algum tempo, com as constantes regas.

Tamanho e profundidade
Vasos muito grandes são difíceis de transportar de um lado para outro; vasos pequenos demais necessitam de regas freqüentes, principalmente se o terraço receber muito sol. No caso de sacadas de apartamentos, é aconselhável verificar o peso máximo que a estrutura pode suportar.

Drenagem dos vasos
De modo geral, todos os vasos já vêm com o orifício de drenagem. Isso é fundamental para que a mistura de solo não fique encharcada e provoque o apodrecimento das raízes. Se o vaso não tiver orifícios, faça-os com uma verruma.

E lembre-se: quanto maior o vaso, mais orifícios de drenagem deve ter. Antes de colocar a mistura do solo, vede esses orifícios com alguns caquinhos.

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