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Posts para categoria ‘Dicas e Curiosidades’

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O Mangue, ou Manguezal, é um ecossistema típico de áreas costeiras alagadas em regiões de clima tropical ou subtropical.

Mesmo com uma variedade pequena de espécies o mangue ainda é considerado um dos ambientes naturais mais produtivos do Brasil devido às grandes populações de crustáceos, peixes e moluscos existentes.

O manguezal desenvolve-se nos estuários e na foz dos rios sendo um berçário para muitas espécies de animais.

O mangue é composto por apenas três tipos de árvores (Rhizophora mangle – mangue-bravo ou vermelho, Avicena schaueriana – mangue-seriba ou seriúba – e Laguncularia racemosa – mangue-branco) que podem chegar a até 20 metros de altura em alguns lugares do país. Esse tipo de ecossistema se desenvolve onde há água salobra e em locais semi abrigados da ação das marés, mas com “canais” chamados gamboas que permitem a troca entre água doce e salgada. Seu solo é bastante rico em nutrientes e matéria orgânica com características lodosas e, composto por raízes e material vegetal parcialmente decomposto (turfa).

Os manguezais formam um tipo de vegetação costeira. Ocorrem em regiões planas onde as águas salgadas das marés se misturam às águas doces dos rios. Esta combinação diminui a acidez e ajuda a consolidar e decompor as partículas, formando o lodo.

O mangue é alagado enquanto dura a maré alta e, na maré baixa, ficam aparentes as raízes rizóforos (raízes escoras) das cinco espécies de árvores que habitam esse ecossistema e que em quatro ou cinco anos podem alcançar quase vinte metros de altura, são elas: mangue-vermelho (Rizophora mangle), mangue-branco (Laguncularia racemosa), mangue-botão (Comacarpus erectus), mangue-preto ou siriúba (Avicenia schaueriana) e praturá (Spartina sp). Olhando para suas copas vemos algumas bromélias como a barba-de-velho (Tillandsia usneoides) e a aequimea (Aechmea lingulata), esta última, quando no solo, pode suportar os efeitos dos movimentos das marés. Se prestarmos atenção, veremos uma bromélia carnívora é a Catopsis barteroniana.

Também se fazem presentes muitas orquídeas amarelas, como os Epidendrum anceps, o Oncidium flexuosum e a encantadora Cattleya forbesii e outras, de aparência estranha, como é o caso do Elleanthus linifolius, ou delicadíssimas, como a Rodriguezia obtusifolia. Mas uma das mais esplêndidas é a Cattleya intermédia, que cresce espontaneamente no manguezal de Cananéia, no Estado de São Paulo.

Ainda surgem de vez em quando as guaxumas-de-mangue (Hibiscus penambucensis), com suas grandes flores amarelas, as samambaias-do-mangue (Acrostichum sp) e uma espécie de capim (Spartina sp). Há também muitos liquens e musgos aderidos aos galhos das árvores.

A fauna é representada por caranguejos, ostras, peixes, mamíferos e aves típicas dessas regiões como: o colhereiro, a garça e o guará-vermelho.

Temos no Brasil uma área de dez mil quilômetros quadrados de manguezais, que começam no Cabo Orange, no Amapá e vão ate a cidade de Laguna, em Santa Catarina.

Com a construção de rodovias, indústrias e condomínios à beira mar e o derramamento de petróleo, além da pesca predatória e o lançamento de esgotos, este ecossistema tem sofrido danos irreparáveis. Seria importante divulgar mais e melhor a necessidade de preservá-los, já que eles constituem grandes “berçários” naturais, enviando matéria orgânica aos estuários, estabilizando a linha da costa, evitando erosão, mantendo as comunidades de pescadores, entre outros benefícios.

Pois é, precisamos olhar um pouco melhor para nossa riqueza primordial, essa não poderá ser comprada com dinheiro nenhum.

Avicenia spavicenia sp.

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As regras são indispensáveis para conservar um paisagismo atraente o ano todo, pois a água é o componente principal dos tecidos vegetais, alcançando até 90% do peso da muda. Sua presença, ou ausência, repercute diretamente na estrutura da planta, transformando uma paisagem árida ou em selvática, sendo esta última típica nas regiões com chuvas anuais superiores a 2.000 milímetros. Quando as precipitações não atingem os 200 milímetros, no decorrer do ano, a flora é rala, como acontece na caatinga, ou totalmente ausente como em alguns desertos (Saara, no norte da África; Vitória, na Austrália; Gobi, na Mongólia), onde a umidade relativa ambiente é baixíssima.

Nas matas tropicais, a umidade é constante, seja pelas chuvas ou pelo orvalho, resultando em uma vegetação exuberante representada especialmente por acantáceas, araliáceas, bromeliáceas, maramantáceas, musáceas, polypodiáceas e singiberáceas, só para citar algumas famílias, profusas em gêneros e espécies, mostrando sempre folhagem viçosa e de bom tamanho.
Quando usada nos jardins urbanos, essas plantas devem ter um suprimento de água auxiliar, pois nas cidades a umidade tende sempre a ser menor do que em seus habitats naturais.

O jardineiro deve compensar as deficiências atmosféricas no momento oportuno, para alcançar um equilíbrio. Hoje, o mercado oferece sistemas de irrigação automática que economizam tempo, esforço e também água, pois como um projeto inteligente, as regras são feitas de maneira uniforme e apenas quando necessárias, devido aos sensores que detectam a presença de chuva.

As raízes das plantas absorvem os nutrientes do solo em forma solúvel, portando a água é imprescindível. A retenção de água no solo depende da capacidade higroscópica das partículas que o constitui; quanto menores estas partículas, melhor a retenção da água, pois cada uma delas é revestida por uma membrana fina de água. Porém, é de suma importância empapar a folhagem; isto deve ser feito, de preferência, ao cair da tarde, quando os raios solares perdem força e não queimam as folhas molhadas que estão com seus estomas fechados.

Na maioria das vezes, as regas são feitas com água da rede pública. Esse abastecimento, além de caro, não é o preferido pelas plantas, pois, por ser tratado com cloro, perde seus componentes. A água proveniente das chuvas é ideal por possuir uma baixa mineralização e ser relativamente pura, dependendo da região. Ela pode ser armazenada em cisternas subterrâneas, equipadas com bombas submersas e utilizada através da irrigação.
Outro recurso, por enquanto pouco frequente, é a água de reúso, proveniente de serviços domésticos e esgoto. Quando tratada, se transforma em um elemento perfeito para a irrigação do jardim.

Talvez, o mais importante seja plantar espécies condizentes com o clima. Se o jardim estiver localizado em Brasília ou em Crato, no Ceará, logicamente dará menos trabalho de conservação se forem utilizados monjoleiros, angicos-pretos, cipós-de-ouro e barba-de-bode ao invés de plantas sedentas, como é o caso das jabuticabeiras e das helicônicas. Um jardim bem planejado não deve contemplar apenas aspectos estéticos. Para atingir a plenitude terá que ser formado por uma flora que represente de alguma maneira as tendências regionais e o pendor da paisagem existente.
Qual seria a graça de plantar pinheiro-do-paraná em Belém? Ou projetar jardins com tucumãs e samaumeiras nas serras gaúchas? Acho, sinceramente, que quando uma paisagem é mudada de forma radical, estão sendo feridos, não apenas a ciência que trata do belo, mas, fundamentalmente, o bom senso e a lógica da vida.

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Verão

flores
Algumas dicas para que o jardim usufrua destes meses quentes.

Canteiros floríferos: húmus de minhoca pode ser aplicado, junto com substratos. Para uma melhor incorporação ao solo, afofe a terra com uma enxadinha e use 2 kg de cada, por m².

Grama:
nunca apare a grama quando estiver molhada e cuide para que as facas do cortador (manual,elétrico ou a gasolina) estejam afiadas, caso contrário, as folhas serão mastigadas facilitando a ocorrência de doenças. O gramado fica mais verde se aplicar 8 g de uréia diluída em água por m².

Ervas aromáticas: é a estação indicada para secá-las, mas com cuidado: na sombra e protegidas da umidade.

Regas: devem ser abundantes; por causa das altas temperaturas, a transpiração é maior.

Trepadeiras:
devem ser, quando escandentes ou volúveis, conduzidas com amarrilhos para subirem nas treliças e pérgulas.

Pragas: com tanta chuva e calor, as plantas estão repletas de brotos tenros e atraentes para os pulgões, que podem ser controlados com calda de fumo. Cochonilhas desaparecem usando-se água e sabão ou, pulverizando-se com óleo mineral.

Plantas de interior: nas regiões frias, levar os vasos para o ar livre em local de meia-sombra para as plantas se revitalizarem.

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O sol é um poderoso absorvedor de umidade. Logo, quando ele não incide num local, a tendência natural é um excesso de umidade. Daí é necessário, nos jardins à sombra, recorrermos a alguns truques para permitir uma maior drenagem da água.

Uma providência muito acertada é cavar, no meio ou na parte mais baixa do jardim, uma profunda vala em declive. Uma vala de, digamos, 90 centímetros a 1 metro de profundidade. Forra-se o fundo da vala com uma camada de pedrisco (pedra britada ou similar), instala-se sobre ele uma linha de tubos de cerâmica, ou plástico próprio para drenagem (perfurado), cobre-se à tubulação com pedrisco e, finalmente, completa-se o nível com a camada de terra do jardim.

O princípio de funcionamento é similar àquele de se colocar pedregulhos ou cacos de cerâmica no fundo de um vaso. No caso, o tubo seria o furo do vaso, que precisa, obviamente, ser instalado de tal modo a permitir o escoamento do excesso de água para fora da área que se pretende drenar.

A textura do solo pode ajudar muito
Existem terras, e terras ideais para um jardim à sombra. Para estes, a melhor é aquela bem permeável, onde o excesso de água escorre rapidamente para o subsolo. Ideal mesmo, seria aquela velha receita de solo para vasos: terra, areia de construção e esterco bem curtido, em partes iguais. Mas, na impossibilidade de ser preciso nas dosagens, misture à terra do canteiro bastante areia e, esterco animal bem curtido ou composto orgânico. Esta adição contribuirá muito para melhorar a textura da terra tornando-a mais permeável.

Luminosidade é importante
Sombra não é sinônimo de escuro. Quando se fala em jardim à sombra, está se falando em um local onde o sol não incide diretamente, ou onde só bate umas poucas horas por dia. Não em um local escuro. Assim, deve-se procurar ao máximo preservar a luminosidade natural.
Às vezes, basta desbastar um pouco uma árvore de copa muito densa, ou uma trepadeira, para se conseguir o dobro de luminosidade. Outras, pintar as paredes próximas em tons claros. Enfim, o importante é você observar o seu jardim em particular, e procurar imaginar os recursos possíveis para dar a ele um pouco mais de luminosidade natural.

Ajuda do Oriente
Há séculos, os orientais descobriram que o jardim não é um reino exclusivo das plantas. Eles como ninguém, tiram proveito de elementos não vegetais, sobretudo pedras e água para criar belíssimos efeitos paisagísticos. Com isso, conseguem transformar o que era uma simples área verde num verdadeiro jardim, sinônimo de tranquilidade e beleza.

Faça como eles. Pedras, água corrente, esculturas e vasos combinados com umas poucas plantas podem ser a melhor solução para áreas realmente difíceis.

Agora que você já tem as bases para o planejamento, deixe as idéias fluírem e crie, você mesmo, seu jardim encantado. Mas cuidado com a manutenção.

Como manter este belo jardim
Na verdade, os cuidados com um jardim à sombra devem ser redobrados. Num país tropical como o nosso, não podemos esquecer que, se o clima quente e úmido torna o verde mais verde, contribui também para a proliferação de uma infinidade de fungos e bactérias. Portanto, é melhor tomar algumas precauções para evitar que o desenvolvimento das plantas seja prejudicado.

Algumas delas:
Mantenha a área sempre bem arejada
Evite o encharcamento por excesso de regas.
Revolva aterra freqüentemente (o ideal é uma vez por semana), para facilitar a aeração do solo.
Fique de olho nas pragas e doenças.

Sintomas de problemas futuros
Não é nenhum bicho de sete cabeças a identificação dos micro-organismos, fungos e bactérias prejudiciais às plantas. Basicamente, o primeiro sintoma é a alteração da cor das folhas.

O oídio, por exemplo, caracteriza-se por deixar manchas brancas semelhantes ao mofo. Já a ferrugem, apresenta manchas amarelas e em relevo, enquanto o que a altenáría produz grandes manchas amarelas e pretas. Mas existe uma outra doença, a podridão, cujo sintoma é o surgimento de mofo no colo, e muitas vezes nos ramos da planta. Esta, se não for combatida a tempo, provoca o apodrecimento dos tecidos e a conseqüente morte do vegetal.

Para combater estes micro-organismos, o melhor é: :
Eliminar a parte afetada da planta.
Pulverizar a planta com fungicidas à base de cobre, tipo calda bordalesa. Ou se puder, opte pelos naturais, como o óleo de Nim.
Fazer pulverizações preventivas nas plantas vizinhas, com dosagem um pouco mais fraca.

Você já viu a maneira certa de planejar, e os cuidados que precisa ter com seu jardim à sombra.

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