Subscribe to PlantaSonya Subscribe to PlantaSonya's comments




oncidium

As orquídeas chuva de ouro são cientificamente conhecidas pelo nome Oncidium. Elas apresentam cerca de 600 espécies, sendo a maioria epífitas (vivem em árvores).

São encontradas principalmente no Brasil, Paraguai e no norte da Argentina, mas são distribuídas por toda a América tropical.

Elas são bem conhecidas aqui no Brasil como Chuva-de-ouro. Foi lhe dado esse nome pelo seu significado grego. A palavra é onkos que é igual a caroço, inchaço. E isso é característico da planta pelo calo que ela tem na base de seu labelo.

Sua floração ocorre por um período bem curto que pode durar de 1 semana até 1 mês, dependendo do cultivo e de outros fatores. Muitos orquidófilos dizem que a época da floração não é igual para todas as plantas e por isso não se pode especificar o mês ou período correto.

Mas elas apresentam sim uma época de floração, mesmo que não se aplique a todas, essa época é de agosto a setembro.

Suas flores são pequenas e normalmente apresentam a cor amarela, por isso elas receberam o nome popular de chuva de ouro.

Mas elas também podem ser de outras cores como:
* Laranja
* Marrom
* Verde

oncidium papilio

Obs: A oncidium papilio apresenta uma floração curiosa, pois diferente das demais, floresce em sessão, ou seja, nasce uma flor por vez, da primavera até outono.

Ela não é uma orquídea muito grande, mas também não pode ser considerada pequena, o seu tamanho varia de 30 cm até 75 cm, o que depende muito da espécie.

Para identificar se sua orquídea pertence a essa espécie basta seguir um procedimento muito simples:
* Verifique se ela tem um calo bem no labelo de sua flor, caso tenha, ela é uma oncidium.

A chuva de ouro é uma das orquídeas mais simples de se cultivar, sendo conhecida por se adaptar a quase todos os climas. Por isso, seu cultivo não será muito difícil.

Como plantar
A sua plantação é bem fácil e simples. Pode-se plantar em vasos de cerâmica, plástico ou outros. Porém o melhor lugar para se coloca-las é no tronco das árvores, onde seu resultado é melhor.

O ideal é sempre ver como está em questão da umidade, pois isso é importantíssimo para a planta. A irrigação deve ser feita de 1 à 2 vezes por semana. Mas sempre observando o estado de umidade do local.

Oncidium Sharry Baby Sweet-Fragrance

Plantá-las em árvores imitando o seu habitat natural ou em vasos de barro que tenham uma excelente drenagem. Sendo o cultivo em árvores o mais recomendado.

Para regá-las, basta fazer o que foi dito no artigo como cultivar orquídeas e caso sua orquídea esteja plantada em uma árvore, regue-a diariamente.

Obs: elas gostam de passar a noite molhadas.

Outro ponto importante é o cuidado com o excesso de sol direto na planta. Elas precisam de muita luminosidade, porém luminosidade indireta. O melhor é que ela pegue um pouco de sol direto bem de manhã ou no fim da tarde.

Veja também se a bastante ar para ela. Por isso, observe como está a situação de sua planta. Em caso de as raízes não pegarem (quando colocadas em árvore) ou manchas na planta é sinal que algo não vai bem.

O replantio deve ser feito quando os brotos estiverem no meio de seu crescimento. Provavelmente no período da primavera.

Veja quais são as temperaturas ideais para sua orquídea oncidium.
Ela pode ser considerada bem resistente nesse casos também, pois consegue resistir bem a temperaturas que variam de 14ºC até 35ºC. Mas mesmo assim, é recomendado que se evite colocá-la nessas duas temperaturas extremas para ela, especialmente 14ºC.

O local onde a chuva de ouro será cultivada deve ter uma luminosidade alta, algumas vezes com sol direto.

As necessidades de luz podem variar de sol direto a quase total, dependendo da espécie. A maioria prosperará de uma a várias horas de sol por dia. Geralmente, as plantas com folhas mais espessas, como “onça de mula” e “oncidiuns”, podem suportar mais luz.

Podendo variar, mas para verificar se sua orquídea quer mais sol ou menos sol, verifique as folhas de sua orquídea, procurando por manchas. Além disso, garanta que o local está bem arejado.

Oncidium varicosum

Adubação, substrato e replantio
A adubação deve ser realizada com frequência, porém sem excessos. Variam os casos de fazer adubação semanal e a cada dois meses também. Olhe os dados do fabricante e quanto eles indicam. Não exagere, pois pode ser fatal para sua planta.

Você pode utilizar alguns tipos de adubo:
* NPK 10 10 10 (em qualquer período exceto a floração)
* NPK 30 10 10 (quando sua orquídea está na casca)
* NPK 20 20 20 (quando sua orquídea já saiu da casca)

Obs: a adubação também pode ser orgânica, eu recomendei esses adubos químicos, pois eles são mais fáceis para se obter e para aplicar.

Antes de colocar o substrato em sua orquídea, lave-o muito bem para que não passe nenhum animal para sua orquídea.

O substrato ideal para sua oncidium é feito com:
* 40% de musgo esfagno
* 30% de carvão
* 30% de casca de pinus moída.

orquideas-oncidium

Como cuidar da sua Orquídea Oncidium
*
Caso as folhas apresentem manchas escuras é necessário ficar de olho. Muito provável que sejam fungos ou algum outro tipo de bactéria.
* Caso a folhagem apresente manchas amareladas: Pode indicar que ela está exposta demais ao sol, com excesso de umidade ou com falta de nutrientes, tornando assim suas raízes mais fracas.
* Cuidado também com a conhecida Ferrugem, que é um tipo de fungo que causa manchas alaranjadas ou marrom-avermelhado na planta.
* Outro cuidado é com a famosa Canela seca. Ela apresenta manchas ovais marrom. Se alastra rapidamente e se caracteriza por 3 manchas na planta. Causando também dificuldade no crescimento e podendo murchar a planta.
* Além dos fungos é muito comum também encontrar nas orquídeas alguns insetos que são pragas pra elas. Como por exemplo, lesmas, fungos, cochonilha, parasitas, tatuzinhos de jardim e vários outros. Caso você perceba isso é importante pesquisar com a melhor forma de se livrar dessas pestes.
* Mas é importante antes de aplicar qualquer produto na planta verificar qual o problema que ela tem. Principalmente com as manchas. Deve-se verificar se não são naturais da planta.
* Muitas vezes as plantas ficam doentes também porque não estão bem cuidadas, alimentadas ou nutridas. Na mata onde elas vivem, doenças quase não aparecem. Pois o solo onde elas estão é um solo rico e tem o necessário para as necessidades das plantas. Plantas são semelhantes a nós, elas comem, respiram e são vivas.
* Por isso, é essencial o seu cuidado com elas. Elas necessitam estar bem cuidadas para ficarem com uma boa saúde. Cuide bem de sua plantinha e dificilmente ela terá algum problema.

O replantio deve ser feito a cada 2 anos quando novas raízes aparecerem.

marrevolto

liquen-8

Nos lugares mais inóspitos da Terra, do limite dos círculos polares aos áridos desertos, os liquens imprimem vivas cores e desenham formas sugestivas na pedra dos rochedos, no cone dos vulcões ativos e nas vertentes das montanhas.

Os liquens são associações mutualísticas entre algumas espécies de fungos e algas (principalmente algas verdes e cianobactérias). Nessas associações, os fungos são denominados de micobiontes, e as algas, que são os organismos fotossintetizantes, fotobiontes. O nome científico do líquen é o nome científico do fungo presente na associação.

A alga que a ele se associa é quase sempre unicelular e, quando isolada, muito sensível ao excesso de iluminação e aquecimento solar, como também à escassez de água.
Reunidos um e outro, porém, estão habilitados a viver em condições que ordinariamente nem o fungo nem a alga separados poderiam resistir.

O fungo absorve, além da escassa água que o substrato lhe forneça, a umidade do ar e os sais minerais trazidos pela poeira. A alga recebe essas duas matérias-primas e, graças à clorofila e à luz solar, absorve o gás carbônico diretamente da atmosfera e realiza a fotossíntese, que fornece o alimento orgânico indispensável a sua nutrição e à do fungo.

líquen vermelho

A trama de filamentos do fungo constitui cobertura protetora contra os excessos de iluminação solar e, em numerosos casos, é tão espessa e de textura tão compacta que a alga pode suportar temperaturas extremas.

Além disso, o fungo fornece à alga o gás carbônico excretado por sua respiração, bem como certos ácidos orgânicos, entre os quais o oxálico. Esse tipo de associação, em que ambos os concorrentes usufruem vantagens, é chamado simbiose.

Assim, os liquens podem crescer em lugares e condições em que nenhum outro vegetal se desenvolve: na crosta das árvores, no solo, nas areias do deserto, nas rochas duras e lisas das montanhas de até seis mil metros de altitude, nos bordos das crateras vulcânicas e nos gelos polares.

Embora apresentem crescimento extremamente lento, os liquens podem viver séculos. São, no entanto, muito sensíveis aos gases e partículas de fumaça de que o ar urbano está sempre saturado e, por isso, não são encontrados nas cidades e seus arredores. Sua ausência é sinal inequívoco de poluição atmosférica.

Quanto à morfologia externa, os liquens podem ser filamentosos, foliáceos, fruticulosos, crustáceos e gelatinosos. Segundo o lugar em que crescem podem ser corticícolas, se vivem sobre as cascas das árvores; terrícolas, se sobre o solo; e litófitos ou petrícolas, se sobre rochas.

liquen-1
Organização
Na constituição do líquen distinguem-se dois sistemas: o vegetativo e o reprodutor. O vegetativo é formado por um corpo (talo) e rizóides que servem para fixação e absorção. O corpo se constitui de hifas, filamentos do fungo, intimamente aderidos aos gonídios, células de uma alga verde ou azul, na qual penetra por meio de ramificações denominadas haustórios.

O sistema reprodutor constitui-se de orgânulos denominados sorédios. Cada sorédio é formado por algumas células da alga, intimamente aderidas aos filamentos do fungo. Os sorédios formam-se em qualquer região da camada externa do líquen e são facilmente transportados pelo vento a grandes distâncias; onde caem, podem reconstituir o talo liquênico.

Quando os liquens atingem certa maturidade formam-se, sobre o talo, órgãos sexuados, os sorais, formados unicamente de ascos, filamentos diferenciados do fungo, que produzem grande quantidade de células reprodutoras denominadas esporos.

Características gerais dos líquens
Os líquens aderem-se a substratos específicos, como determinadas partes das árvores, rochas e solo. Apresentam diversas cores e formas, sendo estas geralmente determinadas pelo fungo, que ocupa a maior parte do seu corpo e é denominado de talo.

Apresentam tamanhos variados, desde talos quase microscópicos até os que apresentam vários centímetros. Em algumas espécies, as algas estão distribuídas uniformemente pelo talo; em outras, elas formam uma camada distinta (nesse caso, os líquens são chamados de estratificados).

Os líquens estratificados podem ser classificados de acordo com a forma de crescimento sobre o substrato:

crostoso
* Crostoso: achatado e firmemente aderido ao substrato, o talo é semelhante a uma crosta e encontra-se fortemente aderido ao substrato;

fruticoso
* Fruticoso: ereto e geralmente ramificado, o talo é parecido com um arbusto e tem posição ereta;

folioso

* Folioso: assemelha-se a folhas, o talo é parecido com folhas.

Os líquens possuem ampla distribuição e habitam as mais diferentes regiões. Normalmente os liquens são organismos pioneiros em um local, pois sobrevivem em locais de grande estresse ecológico.

Podem viver em locais como superfícies de rochas, folhas, no solo, nos troncos de árvores, picos alpinos, etc. Existem liquens que são substratos para outros liquens.

A capacidade do líquen de viver em locais de alto estresse ecológico deve-se a sua alta capacidade de dessecação.

Quando um líquen desseca, a fotossíntese é interrompida e ele não sofre pela alta iluminação, escassez de água ou altas temperaturas. Por conta desta baixa na taxa de fotossíntese, os liquens apresentam baixa taxa de crescimento.

liquen

Shiitake (Lentinula edodes)

Por muito tempo incluídos no reino vegetal, apesar de carecerem de clorofila e possuírem características muito diferentes das que apresentam as plantas, os fungos são hoje classificados em reino independente.

Parasitos das plantas cultivadas, permitem a produção de antibióticos e favorecem muitos processos de fermentação. Alguns são apreciados também como alimento.

Fungo é o organismo vivo simples heterotrófico, isto é, incapaz de sintetizar matéria orgânica a partir de substâncias inorgânicas, cujo corpo é formado somente de um talo unicelular ou pluricelular. Semelhante às plantas em alguns aspectos, delas difere muito em outros.

Já foram descritas cerca de 50.000 espécies, mas calcula-se que tal número possa chegar a 250.000. Os fungos encontram-se em habitats muito diversos: em meio aquático, no solo, no ar, sobre partículas em suspensão ou ainda à custa das plantas e também dos animais, que muitos deles parasitam. Aparecem onde quer que exista certo grau de umidade.

shimeji-preto
Características
Como as plantas, os fungos são organismos imóveis que vivem fixados a um substrato. Possuem um tecido indiferenciado, parecido com o talo de certos vegetais inferiores, e formam estruturas reprodutivas semelhantes aos esporos de outros seres vivos.

No entanto, não têm clorofila, substância graças à qual os vegetais realizam a fotossíntese, e se alimentam de matéria inorgânica por meio da captação de energia luminosa.

Os fungos, portanto, como seres heterotróficos, isto é, que vivem às expensas da matéria elaborada por outros organismos, devem necessariamente crescer sobre restos orgânicos em decomposição ou como parasitos de outros seres vivos.

A carência de clorofila, que confere às plantas sua característica cor verde, faz com que os fungos apresentem outras tonalidades, amiúde esbranquiçadas ou pardas, e também é a razão por que não precisam de luz para desenvolver-se.

Além disso, não possuem em suas células a típica parede de celulose dos vegetais e suas membranas frequentemente contêm quitina, substância de que se compõe a cutícula de alguns animais invertebrados, como os insetos. Essas características levaram os biólogos a considerarem os fungos como um reino à parte. A ciência que estuda esses seres denomina-se micologia.

As células dos fungos pluricelulares se dispõem em filamentos chamados hifas, as quais se agrupam e constituem o tecido fundamental ou micélio. A reprodução pode ser assexuada, em geral por meio de estruturas microscópicas denominadas esporos, ou sexuada.

Esta última se processa em certos fungos por fusão de células procedentes de duas hifas distintas. Alguns grupos formam duas classes de esporos: uns dotados de flagelo, prolongamento filiforme que lhes permite deslocar-se na água, conhecidos como zoósporos; e outros sem flagelo, os aplanósporos, carentes de mobilidade.

Cogumelo-do-mel (Armillaria ostoyae)

Os diversos grupos de fungos desenvolvem também diferentes tipos de órgãos produtores de esporos. Em alguns mofos, esses órgãos denominam-se esporângios e se apresentam como corpos arredondados situados na extremidade de um filamento.

Os cogumelos mais comuns produzem um órgão frutífero composto de um pé e um chapéu, que constituem a parte visível do fungo. Na parte inferior do chapéu há uma série de lamelas em que se originam os basídios, estruturas que emitem os esporos. Os levedos e certos mofos formam os ascos, pequenos órgãos que costumam desenvolver oito esporos.

Ordenação sistemática
Entre as diversas classes de fungos encontram-se os mixomicetes, que produzem corpos frutíferos dos quais surgem esporos muito resistentes, que podem permanecer em estado de latência durante muitos anos, até que as condições ambientais se tornem favoráveis a seu desenvolvimento.

A classe dos ficomicetes, fungos inferiores e antigos, agrupa os arquimicetes, muito primitivos; os oomicetes, que parasitam vegetais; e os zigomicetes, que incluem alguns dos mofos mais comuns, como os pertencentes aos gêneros Mucor e Rhizopus — os chamados mofos pretos — frequentes no pão, nas frutas e em outros alimentos em mau estado de conservação.

A classe dos ascomicetes, caracterizados por possuírem ascos dos quais saem os esporos, incluem, entre outros, os levedos do gênero Saccharomyces, importantes porque realizam diferentes processos de fermentação, entre os quais o da farinha, que assim se transforma em pão, e o da cerveja.

Bolor na fabricação de queijo Brie e Camembert (Penicillium camemberti)

A esse grupo pertencem também os fungos do gênero Penicillium, dos quais se obtém a penicilina, antibiótico descoberto pelo médico inglês Alexander Fleming em 1928, e as trufas, do gênero Tuber, muito apreciadas como alimento, por seu delicado sabor.

Agaricus_campestris

Lactarius deliciosus

Os cogumelos são fungos pertencentes à classe dos basidiomiceto, alguns dos quais comestíveis, como o Agaricus campestris, conhecido em culinária como champignon; e o Lactarius deliciosus.

Amanita muscaris

Outros são venenosos, como os mata-moscas (Amanita muscaria), e até mortais, como o Amanita phalloides, conhecido em português pelo nome comum de cicuta verde, é uma espécie de cogumelo altamente venenoso que pode causar a morte se eventualmente consumida.

Amanita_phalloides

A espécie é originária da Europa, mas pode também ser encontrada nas Américas, na Austrália e na Ásia. A Amanita phalloides habita florestas, normalmente junto de carvalhos, nogueiras e/ou coníferas.

cogumelos

Paphiopedilum maudiae "Darkness"

As orquídeas Paphiopedilum são originárias do continente asiático, desde os Himalaias até às Filipinas e Laos, passando pela China. Apesar de se cultivarem normalmente em casa ou no interior de uma estufa, no nosso país muitas espécies podem ser cultivadas no exterior em locais abrigados do sol e da chuva.

Os Paphiopedilum gostam de sombra, de ambientes mais frescos e úmidos, convém nunca deixar o substrato secar completamente, as raízes são diferentes das outras orquídeas, são finas, castanhas e com pilosidades.

Essas espécies de orquídea podem crescer no solo, agarrados a rochas ou, mais raramente, como plantas epífitas, nos troncos das árvores.

Nas nossas casas são cultivados em pequenos vasos com um substrato mais fino de modo a manter alguma umidade (uma mistura para orquídeas terrestres constituída por casca de pinheiro fina, musgo de esfagno ou perlite e fibra de coco).

Nestas orquídeas podemos colocar um prato na base do vaso para manter a umidade. As regas deverão ser feitas se possível com água da chuva ou água destilada e só devemos aplicar um fertilizante uma vez por mês. De dentro das folhas nascem as hastes florais. Algumas espécies dão só uma flor, outras são multiflorais.

A flor tem uma forma característica. Tem uma sépala dorsal geralmente grande e as outras duas sépalas estão fundidas formando um sinsépalo, as duas pétalas são muitas vezes pendentes e o labelo tem a forma de um copo parecendo também a parte frontal de um sapato, que originou a denominação comum de ‘sapatinho’.

As folhas são alongadas, com uma “dobra” longitudinal no centro. Podem ser completamente verdes ou podem ter manchas em tonalidades diferentes de verde. Costumamos dizer que as Paphiopedilum de folhas verdes são mais resistentes ao frio. As de folhas “pintadas” gostam de temperaturas mais amenas.

Os reenvasamentos devem ser feitos na primavera, depois da floração e só quando os vasos estão cheios de plantas. Se pretender dividir o vaso, faça-o de maneira a que fiquem sempre duas ou três plantas juntas em cada vaso e de modo a danificar o menos possível as raízes.

Não utilize vasos muito grandes, só o bastante para a planta crescer durante mais 2 anos. Demasiado espaço no vaso atrasa as florações podendo a planta estar anos sem florir.

Aconselha-se a quem se quer iniciar no cultivo de Paphiopedilum a começar pelos híbridos. Existem já muitos no mercado, de cores e formas variadas. Geralmente são mais resistentes e de cultivo mais fácil do que as espécies.

Phragmipedium longifolium

Há muitas espécies de orquídeas que levam o nome popular de “sapatinho”. Algumas são do gênero Paphiopedilum (o da foto é um Paphiopedilum maudiae “Darkness”), outras do gênero Phragmipedium, e uma minoria de outros gêneros mais raros de serem encontrados no Brasil.

Todas são terrestres, podem ser plantadas na terra preta comum com húmus de minhoca ou composto orgânico. Precisam ficar em local muito iluminado, mas sem receber a incidência direta de raios solares, que queimam as folhas.

Os sapatinhos costumam dar flores uma vez por ano, normalmente nos meses mais frios e úmidos, quando devemos diminuir um pouco as regas e a adubação. Passado o inverno, eles voltam a produzir novas raízes e brotos, sinalizando que devemos retomar os cuidados gerais.

Não podem ficar com as raízes encharcadas, mas apreciam ambiente constantemente úmido, por isso, procure plantá-los embaixo de uma árvore que ofereça boa sombra.

Paphiopedilum

Cuidados
- Mesmo sendo do tipo terrestre, as orquídeas paphiopedilum não devem ser plantadas em um solo comum.

- Pois você pode atrapalhar o crescimento e a respiração de suas raízes, fazendo seu cultivo ficar trabalhoso.

- Na natureza, as orquídeas terrestres têm muitos nutrientes vindos das árvores e também de animais mortos.

- E é claro, uma boa quantidade de água, na maioria das vezes.

E por isso, um cuidado que você deve ter ao escolher o substrato para sua orquídea é: Verificar se ele consegue reter bem a água.

Como a sapatinho não possui pseudobulbo e nem caule, ela não consegue armazenar água. Mas tenha cuidado, o substrato não pode ficar encharcado, ele deve ficar úmido.

Os substratos recomendados para seu cultivo são muito diversos, então escolha qual é o de sua preferência, desde que mantenha umidade.

Algumas das melhores opções de substratos para a orquídea sapatinho são:
* Musgo de esfagno
* Perlite
* Fibra de coco
* Casca de pinheiro fino

Você também pode optar por fazer uma mistura com todos esses substratos. Além disso, verifique se o substrato não vai se compactar com o passar do tempo, pois caso aconteça isso, pode matar a sua orquídea sufocada nas raízes. Porque quando o substrato comprimir, ele vai impedir o crescimento e a respiração das raízes.

Sapatinho

Como regar

Normalmente você vai aprender que com todas as orquídeas, o você tem que tomar cuidado com o excesso de água. Por que o excesso pode apodrecer as raízes e matar a orquídea.

Mas no caso das paphiopedilum, um dos maiores cuidados que você deve ter é com a falta de água. Pois como dito acima, essa planta não possui meios para guardar água. Então cuidado para não matá-la de sede.

A rega deve ser aumentada durante os tempos de calor, pois a evaporação da água é maior. Basta nunca deixar os substratos secarem.

E também não deixe que as raízes fiquem encharcadas. Quando for regar, tente fazer isso pela manhã, utilizando água morna. Procure utilizar água da chuva ou água destilada.

Já quanto a umidade, garanta que ela tenha uma umidade grande no local onde está. Isso porque na natureza, elas vivem abaixo das árvores, onde tem uma umidade constante em suas raízes.

Como adubar a orquídea Sapatinho (Paphiopedilum)
As orquídeas sapatinho em sua maioria são plantas que não necessitam de uma grande quantidade de adubação. Isso acontece, por que elas são plantas de crescimento mais lento, o que as faz gastarem menos nutrientes. Por isso, durante o período vegetativo adube uma vez a cada mês.

O período vegetativo é aquele compreendido entre a germinação e a floração, quando a planta cresce e se fortalece através da fotossíntese e acumula recursos que serão fundamentais na seguinte fase. Um mês antes da floração começar, adube 1 vez por semana a sua orquídea.

Já os adubos adequados são foliares do tipo:
* NPK 10 10 10
* NPK 20 20 20
* NPK 30 10 10 (apenas se estiver sendo cultivada em cascas, pois ao se desfazer, essas cascas gastam muito nitrogênio)

Ao aplicar, lembre-se de borrifar nas folhas e também no substrato. Mas tenha cuidado com o horário, de preferência adube no começo da manhã (até 9hrs). Pois, o sol em conjunto com o adubo pode queimar suas folhas e também suas raízes.

Paphiopedilum Leeanum

Flores e Floração
Se você cuidou de sua orquídea, vai chegar a hora de receber o seu prêmio, e essa hora é a floração. As orquídeas sapatinho podem variar muito o seu tipo de floração.

Sendo que algumas possuem hastes uni-florais e outras hastes multi-florais e a duração de cada uma pode variar.

As duas principais características de sua floração:
- Elas florescem uma vez por ano, nos meses frios e mais úmidos.
- Suas flores vão durar de 6 a 8 semanas.

Agora, se você plantou a sua orquídea sapatinho com uma semente e ela está demorando para florescer, não se assuste. As paphiopedilum demoram em média de 3 a 4 anos para dar a sua primeira floração.

E caso sua floração ocorra naturalmente, é necessário que se realize uma poda. Isso garantirá uma nova floração no ano seguinte. Essa poda ocorre quando as flores já tiverem sido finalizadas (mortas ou caídas).

Você deve cortar a ponta até o nível das folhas com uma tesoura esterilizada. A tesoura garante que não sejam propagadas doenças a sua orquídea. Após isso, basta continuar cuidando de sua planta que no ano seguinte ela estará com uma nova floração.

flores  brancas