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Cerca-Viva

Além do indiscutível efeito decorativo, as cercas vivas têm duas funções primordiais no paisagismo: delimitar espaços e proteger. Ambas as funções têm um sentido abrangente, que oferece diferentes maneiras de utilização, de acordo com a necessidade de cada um.

Podemos, por exemplo, dividir o jardim em dois ou mais ambientes, sem, no entanto barrar a visão entre os espaços.

Para isto, pequenos e médios arbustos, e até mesmo ervas se prestam. Já a criação de espaços menores, através da utilização de cercas vivas mais altas, favorece a intimidade e a introspecção, permitindo o uso da área para uma longa conversa  ou uma tranquila meditação.

A privacidade, o conforto e a segurança são os desejos mais frequentes quando se pensa em utilizar cercas vivas, seja em jardins residenciais, como em indústrias ou fazendas.

A função de proteger é bastante ampla e desta forma podemos aproveitar as características das cercas vivas para nos oferecer a privacidade, o conforto e a segurança que tanto almejamos.

Assim, uma sebe alta e compacta, protege com eficiência uma área com piscina contra olhares curiosos. Da mesma forma, cercas vivas largas e espessas formam uma forte barreira contra ventos, ruídos, e poeira.

Já os arbustos espinhosos servem para manter invasores afastados e ate mesmo para proibir a fuga de animais maiores da propriedade, como bois ou cabras.

As cercas vivas são apropriadas também para esconder áreas ou estruturas feias no jardim, tais como: casas de máquinas, pequenos depósitos, muros, lixeiras, etc.

O profissional paisagista deve saber explorar as funções básicas das cercas vivas, criando efeitos secundários, como orientar os pedestres pelos caminhos, destacar áreas ou elementos, atrair a fauna silvestre, adicionar movimento, textura, volume, contraste, estilo e perspectiva, entre outros aspectos não menos importantes que podem ser criados ou melhorados para o bem-estar e a satisfação dos utilizadores do jardim.

Com certeza, há espécies de plantas mais adequadas a uma ou outra função. Da mesma forma, as plantas escolhidas também devem se adequar ao clima e ao tipo de solo da propriedade, assim como o estilo do jardim e o nível de manutenção que será despendido.

A beleza de uma cerca viva está no visual uniforme de todas as plantas da fileira. Para isso, todas as mudas precisam estar saudáveis e recebendo o mesmo tratamento, desde as covas adubadas até as regas e a quantidade de sol.

É necessário saber como é o porte da planta adulta antes de escolher a espécie. As plantas de desenvolvimento rápido não irão parar de crescer mesmo quando tiverem atingido a altura que você deseja.

Não plante suas mudas muito próximas, cada planta terá um porte determinado na idade adulta e o espaçamento pequeno vai fazer com elas fiquem sobrepostas, prejudicando-se mutuamente. Para acelerar o processo plante espécies já formadas na distância recomendada.

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Alecrim

alecrim

Nomes Populares: Alecrim, rosmarino, erva da recordação.
Nome Científico: Rosmarinus Officinalis / família Labiadas

Origem Sua origem remonta às praias do Mediterrâneo (o nome rosmarinus vem do latino que significa “o orvalho que vem do mar”, devido ao cheiro das flores vegetando à beira mar). . Carlos Magno obrigava os camponeses a cultivá-lo. Foi companheiro dos portugueses nas Entradas e Bandeiras. Antigamente queimava-se caules de alecrim para purificar o ar do quarto de doentes em hospitais.

Características e Cultivo: Arbusto rústico e persistente, atinge até 1,5 m de altura, com folhas resinosas, coriáceas, lineares e verde-escuras. O caule, quadrado, torna-se lenhoso à partir do segundo ano. Locais ensolarados, companheira da sálvia, brócoli e couve, atrai abelhas e repele moscas da cenoura. Solo drenado e permeável, vai bem mesmo nos pedregosos. Flores agrupadas em inflorescências nas extremidades dos caules, de cor azul violáceo ou rosa. Floresce na Primavera e no Outono.

O alecrim é indicado para dores reumáticas, ciáticas, lumbagos, contusões entorses e distensões. Se for utilizado como infusão, serve para lavar as feridas e as chagas da pele. Internamente é utilizado tomando 3 ou 4 quatro chávenas por dia antes das refeições. Serve de tânico e aperitivo, é estimulante e anti-espasmódico.

É um arbusto muito exigente em termos de luz suportando bem altas temperaturas sendo os 15ºC e os 35ºC a temperatura ideal para este se desenvolver.

O solo tende a ser pouco exigente mas convém remexer o solo periodicamente para manter a planta em condições de cultivo ótimas e evitar o aparecimento de mais ervas. Se for cultivada em vaso, solte periodicamente um pouco o substrato superficial.

Orientações para plantação
- Cultivar no vaso original.

- Indicado para cultivo em vaso ou jardineira com uma largura mínima de 10 cm, comprimento 10 cm e altura 10 cm.

- Não é susceptível de se desidratar, deve estar num estado de umidade constante, sobretudo nas épocas mais quentes.

- A Rega frequente, mas em pequenas quantidades.

- Se for cultivado em vaso ou jardineira é necessário observá-lo mais frequentemente, dado que se desidrata com mais frequência, sobretudo no Verão.

No momento da colheita da planta, pode-se optar pela flor para infusões ou então colher os caules e as folhas.

Os ramos podem ser cortados em qualquer altura se se tencionar utilizá-los frescos (na cozinha para guisados, para aromatizar).

Devem-se cortar os ramos quando a planta estiver prestes a florescer. Deixam-se a folhas e flores a secar à sombra e guardam-se em recipientes herméticos, em ambiente seco e escuro.

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bouganvillea

Recuperar uma planta sem vida incorre em escolher o adubo certo. O do tipo químico promove uma recuperação mais rápida que o adubo orgânico – um mês para que a planta se reanime -, embora o último (que deve ser renovado de quatro em quatro meses) tenha o poder de melhorar a estrutura física e química do solo. É como homeopatia.

O orgânico vai cuidar do solo como um todo e não só de um tipo de doença. O adubo químico NPK (nitrogênio, fósforo e potássio) resolve os problemas mais comuns. Se as folhas das plantas estiverem sem viço ou pouco desenvolvidas, falta nitrogênio.

Folhas malformadas e flores que não se abrem indicam insuficiência de fósforo. Folhas necrosadas (com bordas marrons) são comuns em arbustos como, por exemplo, a primavera (Bougainvillea spectabilis) – denotam carência de potássio, o que deixa a planta suscetível a pragas e doenças.

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sementes

Sementes são organismos vivos. Para que germinem com máximo percentual observe alguns itens básicos:

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Recipiente: O recipiente usado para germinar sementes é chamado de “sementeira”. Utilize qualquer recipiente que tenha disponível, pode ser um vaso, uma jardineira, um caixote. Evite apenas recipientes muito pequenos, estes secam muito rápido.

Substrato - Substrato é basicamente o “solo” utilizado. O termo substrato é mais adequado visto que muitas misturas para plantas não contém solo mineral propriamente. No mercado existem substratos próprios para germinação, são ideais, já vêm esterilizados e com nutrientes na medida certa. Outros que podem ser utilizados são Casca de Pinus compostada de granulação fina, vermiculita, casca de arroz carbonizada, pertlita, etc.. são igualmente limpos e ideais. JAMAIS utilize fibra de coco e xaxim, são muito ácidos.

Como nem sempre encontramos estes substratos ideais à venda nas cidades, por serem eles mais usados na agricultura, utilize então qualquer solo de textura média, do seu jardim mesmo, ele não deve encharcar ou secar muito rápido, nem se compactar facilmente (como barro).

Uma boa mistura é a de areia e terra vegetal em partes iguais. Neste caso precisaremos esterilizá-lo Algumas espécies podem exigir um solo específico, sendo o caso estará descrito nas instruções que acompanham as sementes.

Higiene - Os substratos comerciais já vêm esterilizados. Mas se utilizar misturas de solo é altamente recomendado esterilizar.

Fungos e bactérias costumam apodrecer as sementes antes mesmo que elas tenham a chance de germinar, são tão os responsáveis pelo “damping off” (apodrecimento de raiz em mudas jovens), assim a higiene da terra não apenas assegura a correta germinação das sementes como proporcionará plantas mais saudáveis.
- Coloque o solo em um tabuleiro velho (pois poderá manchar) e leve ao forno por 30 a 60 min. Para sementes de espécies nativas ou aclimatadas essa higiene não é necessária, pois estas espécies já possuem grande resistência aos fungos e bactérias encontrados em solos brasileiros.

Profundidade em que se deve semear - A profundidade ideal é de 2 a 3 vezes o tamanho da semente. Por exemplo, sementes de baobá têm aproximadamente 1 cm, logo a profundidade ideal para enterrá-la é de 2 a 3 cm. Sementes muito pequenas costuma-se não enterrar, mas apenas distribuí-las sobre o substrato úmido.

Qualidade da água – Use sempre a água mais pura que dispuser e evite ao máximo a clorada, pois o cloro é nocivo as pequenas plantas.

Umidade - A regra é manter o substrato da sementeira sempre úmido até a germinação. Quando o substrato seca as sementes abortam o processo de eclosão (inclusive as de plantas desérticas).

Isso é válido sobretudo para sementes menores, enquanto que as maiores de 0,5cm podem até tolerar uma pequena falta de água. Após germinação a umidade deve ser reduzida, conforme as exigências de cada espécie.

Luminosidade - O ideal para sementes é aquele local claro mas sem sol direto. Sol do meio-dia em pleno verão nem pensar. Algumas sementes exigem um pouco de sol, isto estará indicado nas instruções, mas providencie apenas o sol da manhã (até 10 hs) se for verão, e durante o inverno dependendo da região a sementeira poderá ficar ao sol pleno.

Proteção - Para sementes muito pequenas providencie proteção contra chuva e sol, estas são mais sensíveis. E regue com o auxilio de um pulverizador, para que elas não sejam deslocadas, caso isso aconteça, pode comprometer a germinação.

Temperatura - Algumas sementes exigem temperaturas específicas para germinação. Por exemplo, as sementes que exigem temperatura mais amena podem ser semeadas no outono, inverno ou primavera, e a sementeira deixada em local mais fresco.

Do lado oposto há espécies que exigem calor, sobretudo as tropicais, assim semear nas épocas mais quentes do ano é aconselhado, e estando fora da época providenciar um local mais quente como dentro de casa ou uma estufa. Há também aquelas que exigem estratificação, que é basicamente uma simulação de inverno.

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