
A flor-de-maio é uma planta muito rústica. No entanto um erro muito comum é cultivá-las em locais sombreados. Nestes locais ela sobrevive, fica meio-pendente, mas raramente floresce. Já as flores-de-maio cultivadas sob meia-sombra (pegando o sol da manhã ou da tardinha) florescem sempre uma vez por ano, em maio, junho ou julho. O florescimento é desencadeado pela gradativa redução das horas diárias de luz (foto período negativo). As minhas estão em plena floração agora.
O substrato da flor-de-maio é tão simples como de outras epífitas, como orquídeas e bromélias. Deve ser capaz de reter água e ser muito bem drenável. Ela abomina encharcamento. A mistura deve ser de terra vegetal, fibra de coco (jamais use xaxim ele está em extinção) e areia grossa de construção (para garantir a drenagem). Pode-se também colocar pedriscos ou carvão ou cacos de telha no fundo do vaso para facilitar a drenagem, e casca de pinus também é uma boa pedida.
Há pessoas que vêem problemas no pó de coco por apresentar fungos. Mas o coco não apresenta fungos. Os fungos atacam o material para decompô-lo com o tempo. Isso é normal, não esqueçamos que a maioria dos fungos são decompositores e benéficos. Muita gente se assusta muito quando vê fungos na terra, mas a preocupação deve ser maior quando os fungos estão sobre a planta.
Fungos eventuais sobre a terra sinalizam algumas coisas: Há matéria orgânica a ser decomposta e umidade excessiva. O primeiro sinal deve ser interpretado como uso de adubos pouco curtidos e o segundo é mais preocupante: sinaliza excesso de regas ou drenagem deficiente.
O uso do pó-de-coco puro é que é ruim, pois este substrato retém muita umidade e é pouco arejado (favorecendo encharcamentos e o aparecimento de fungos e bactérias oportunistas que apodrecem as raízes fragilizadas). Mas quando misturamos com terra e areia, a mistura se equilibra, fica arejada e bem drenável, criando um ambiente propício para o crescimento das raízes. A fibra-de-coco tem menos inconvenientes que o pó-de-coco e é mais indicada para compor substratos de plantas epífitas.
Plante em vasos de plástico ou cerâmica, com bons furos de drenagem, pedriscos no fundo e sem pratinho (para não correr o risco de encharcar a planta). Irrigue sempre que a terra se apresentar seca (superficialmente).
A adubação deve ser com NPK 10-10-10, a cada 60 dias.










